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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – ESTUDO COMPARATIVO DO CONSUMO DE ENERGIA DO MATERIAL RODANTE NAS FROTAS DA COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO – METRÔ-SP
09:00 até 10:20
16/09/16

Sala 5

Descrição: Em suas quatro linhas (1 – Azul, 2- Verde, 3 – Vermelha e 5 – Lilás), a Companhia conta com 10 frotas de material rodante. As frotas A, D, e E são as mais antigas, seus sistemas de tração são constituídos de motores de corrente contínua (CC) acionados por chopper, uma tecnologia considerada obsoleta. Nas demais frotas a tração é desenvolvida através de motores de corrente alternada (CA) acionados por inversores de frequência, mais econômicos e eficientes na recuperação da energia cinética do trem durante a frenagem (freio regenerativo) do que os sistemas com motores de CC. As frotas A e D estão passando por um processo de modernização em que seus sistemas de tração serão substituídos por modernos sistemas de tração com motores de CA. Os trens possuem sensores que medem as tensões e correntes da tração para o monitoramento e controle de sua movimentação, assim como existem sensores que realizam as mesmas medições para a entrada do inversor estático que alimenta as cargas auxiliares do trem. Estes sensores poderiam ser utilizados para a aquisição dos dados, porém, optou-se pela instalação de outros transdutores, resultando em maior mão-de-obra para a preparação dos testes, mas com um menor risco de erros decorrentes de falhas ou diferenças de calibração dos sensores instalados em cada trem. Os sinais coletados durante os testes foram os seguintes: tensão e corrente de entrada do sistema de tração, tensão e corrente no resistor de frenagem reostática, tensão e corrente de entrada do inversor auxiliar, velocidade, aceleração e massa do carro. Os testes foram realizados em dias úteis, com o trem prestando serviço normalmente, iniciando o registro no início da operação comercial e término após o horário de pico da manhã. Com base nas informações coletadas calculou-se a energia elétrica consumida pelo sistema de tração, pelos sistemas auxiliares do trem e também a consumida pelos resistores de frenagem. Considerando o deslocamento do trem no período analisado, calculou-se o consumo por km de cada frota [kW.h/km] em função da linha em que a mesma opera. O presente trabalho visa oferecer subsídios para futuros estudos técnicos objetivando uma maior eficiência energética do Metro-SP, tais como o ajuste da tensão de linha para otimização do sistema de freio regenerativo e a regulação do programa de oferta de trens (POT), como a identificação e solução de gargalos do sistema, como por exemplo, o excessivo consumo de energia no bloco reostático dos trens de uma frota.

 

AUTORES: Paulo Sérgio Siqueira De Carvalho, Thiago Da Silva Amate, Marcal Lopes De Paula, Fernando Gomes Clímaco

T54-Paulo-Sergio.pdf

T54-Paulo-Sérgio-artigo.pdf