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USO DE DORMENTES DE POLÍMERO RECICLADO COMO VIGOTAS DE AMV NA VLI
16:20 até 17:00
14/09/16

Sala 5

Descrição: O dormente ferroviário é um dos mais importantes elementos da via permanente. Suas principais funções são transmitir e distribuir as cargas verticais, laterais e longitudiais transportadas sobre os trilhos para o lastro, sublastro, leito e subleito e manter a bitola da via permanente constante. Tradicionalmente o dormente de madeira nativa foi o material mais utilizado no mundo devido às suas excelentes propriedades mecânicas aliadas à um contínuo aperfeiçoamento dos tratamentos preservativos que garantia às empresas ferroviárias baixo custo de aquisição e elevada vida útil. Contudo, o acesso à madeira nativa vem sendo cada vez mais restringida pelos órgãos ambientais e com isso iniciou-se uma corrida tecnológica para se encontrar materiais alternativos que substituíssem o dormente de madeira nativa. E nesta corrida tecnológica o dormente de polímero reciclado (DPR) vem sendo estudado por diversas ferrovias como uma possbilidade técnica de substituição do dormente de madeira por possuir também elevada vida útil (mais de 20 anos, se bem dimensionado para as características operacionais da ferrovia). Contudo, o empecilho de sua utilização em massa como dormente de linha principal é a sua baixa competitividade na relação custo benefício frente aos seus concorrendes: Eucalipto, concreto e aço. Já para vigotas de AMV cujo custo de manutenção é bastante elevado, e a demanda é baixa quando comparada ao dormente de linha principal é possível absorver este maior custo em busca de um melhor Life Cycle Cost. Vale ressaltar que o fator custo é extremamente variável dependendo do momento econômico, demanda da ferrovia, competição entre fornecedores e etc, de toda forma é importante que se continuem os estudos para que, se no futuro caso este cenário se inverta, a ferrovia esteja preparada para utilizar materiais alternativos como dormentes ferroviários. Este trabalho propõe analisar o comportamento dinâmico destas vigotas de dormentes de polímero instaladas em um site teste no corredor Minas-Rio (20 ton/eixo) no segundo semestre de 2014. As vigotas foram avaliadas através de inspeções visuais e monitoramento das cotas salva guardas. Os resultados foram promissores para viabilizar tecnicamente o dormente de polímero plástico reciclado como uma alternativa ao dormente de madeira para as características operacionais do corredor Minas Rio da FCA.

 

AUTORES: Patrick Douglas Freitas Macedo, Wagner Orlando Menezes, Luiz Carlos Rampinelli, Cristiano Gomes Jorge.

T24-Patrick-Macedo.pdf

T24-Cristiano-Gomes-artigo.pdf