EDIÇÃO 371, DE 10 A 16 DE ABRIL DE 2017

Obra da Estação Brooklin, Linha 5 – Lilás do Metrô-SP em março de 2017. Foto: Metrô-SP
EXPANSÃO METROFERROVIÁRIA
Licitação da operação da Linha 5 – Lilás e da Linha 17 – Ouro terá apresentação internacional na terça, 18 de abril, na sede da UITP, em Bruxelas, Bélgica
Por intermédio de convite assinado pelo secretário Clodoaldo Pelissioni, a Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo está comunicando a realização, na manhã da terça-feira, dia 18 de abril de 2017, na sede mundial da União Internacional de Transportes Públicos (UITP), em Bruxelas, Bélgica, de uma apresentação do processo de licitação para a concessão operacional da Linha 5 – Lilás (metrô) e da Linha 17 – Ouro (monotrilho) do sistema metroferroviário de São Paulo. Na parte da tarde os interessados poderão conhecer outros aspectos dos projetos.
O convite informa que a Linha 5 – Lilás tem tem extensão de 11,5 km, demanda de 885 mil passageiros diários, representando investimento de R$ 10,5 bilhões, e que a Linha 17 – Ouro tem extensão 7,7 km, demanda de 185 mil por dia, representando investimento de R$ 3,5 bilhões.
Faz parte do texto do convite a seguinte afirmação: “Com dedicação e trabalho árduo queremos ser um dos melhores prestadores de serviços no sector da mobilidade”.
23ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA
Site da Ferrofrente publica o texto ‘A necessária e urgente expansão das redes sobre trilhos’, que discute aspectos do tema central da 23ª Semana de Tecnologia
“Hoje, 127 anos depois da inauguração da primeira ferrovia, temos apenas cerca de 25.000 km de trilhos, a mesma malha do Japão (país do tamanho do Estado de São Paulo), 14 vezes menos do que os EUA e quatro vezes menos do que a Rússia”. As informações são do professor e doutor José Manoel Ferreira Gonçalves que, com elas, sublinha a existência, em 2017, de um cenário preocupante em que têm destaque a ausência de um marco regulatório atualizado, com direito de passagem garantido, além de outros aspectos que precisam ser considerados para destravar os nós que atrapalham o deslanche do setor.
Tais ponderações constam do texto A necessária e urgente expansão das redes sobre trilhos (alusão ao tema central da 23ª Semana de Tecnologia Metroferroviária) publicado pelo site da Frente Nacional pela Volta da Ferrovia (Ferrofrente), presidida pelo professor Ferreira Gonçalves.
Sobre a 23ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. A 23ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e e a exposição de produtos e serviços EXPO METROFERR 2017 acontecerão no período de 19 a 22 de setembro de 2017, no Auditório da Universidade Paulista – UNIP , Unidade Paraíso, localizada na Rua Vergueiro, 1.211, São Paulo/SP.
NA IMPRENSA
Brasil está em 60º lugar em infraestrutura do transporte público
Matéria publicada no dia 3 de abril de 2017, no jornal Correio Braziliense, de Brasília/DF
O Brasil, que já ocupou o sétimo posto no ranking econômico, e desceu dois degraus desde o acirramento da crise, simplesmente é defenestrado da lista quando o tema é infraestrutura em transportes. “Nossa matriz tem uma relação muito desequilibrada. Tanto que, dentre 61 países, ficamos em 60º lugar no indicador de qualidade do setor de infraestrutura”, assinala Paulo Resende, doutor em Transportes pela Fundação Dom Cabral, citando o relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial. “Até entre os Brics, temos o menor avanço”, ressalta o professor, referindo-se ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Brasil passou a depender do modal rodoviário. “Enquanto a média no mundo é 45% em transporte ferroviário e 40% em rodoviário, o Brasil concentra 62% na modalidade rodoviária e apenas 22% em ferrovias”, diz Resende. Com pouco menos de 29 mil km de trilhos implementados, há apenas 12 mil km transportando carga. “E isso também não significa uma rede, pois devido à grande variedade de bitolas, que é distância entre os trilhos, uma linha não pode se conectar a outra”, explica o também doutor em transportes e professor na Universidae de Brasília (UnB), Joaquim Aragão.
O país precisaria, no mínimo, de 50 mil quilômetros de linhas. “Isso daria um salto impressionante no desenvolvimento do país”, avalia Resende. Na contramão dessa necessidade, “dia a dia os trilhos diminuem por aqui”, constata o presidente da Frente pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente), José Manoel Vieira Gonçalves. Ele culpa a falta de planejamento a longo prazo e “concessões malfeitas, que não se preocuparam com a qualidade dos serviços e permitiram o abandono das linhas consideradas antieconômicas”.
“O Brasil passou 70 anos quase sem investir em ferrovias até ter obras contempladas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, afirma Resende. De acordo com informações no site do Ministério do Planejamento, em fevereiro deste ano, há o reconhecimento de que as ferrovias são o “principal meio de escoamento da produção para exportação”.
Radiografia. Uma radiografia do PAC de 2007 a 2015, feita pela ONG Contas Abertas, aponta que, das obras previstas no eixo logístico, as ferrovias ficaram em pior situação, com iniciativas concluídas em R$ 5,9 bilhões. “O valor equivale a 11,5% da previsão inicial de R$ 51,8 bilhões”. Quando as obras previstas no PAC para o modal estiverem 100% funcionando, o país terá alcançado 34% da sua necessidade, segundo Resende.
A Valec, empresa pública que constrói e explora ferrovias, tem, no momento, sob sua responsabilidade, duas obras: a extensão da Ferrovia Norte-Sul, de Ouro Verde (GO) a Estrela d’Oeste (SP), e a Fiol, ligando Ilhéus a Barrerias (BA). As duas deveriam ter sido entregues em dezembro de 2012, mas estão com prazos adiados para 2018 e 2019, “condicionadas à liberação de recursos públicos”.
Já a Ferrovia Transnordestina teve as obras paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em janeiro deste ano. Com pouco mais de 1.700 km, ligaria o litoral ao sertão passando por três estados nordestinos. O entrave à continuidade dessas obras é “devido à falta de um planejamento territorial”, aponta Aragão, da UnB. Ele defende que “não se pode achar que apenas a infraestrutura virá trazer desenvolvimento por si só”.
DIFICULDADES E VANTAGENS
Contra
- Diferença nas bitolas, o que não permite a ligação de uma linha à outra
- Obtenção de licenças ambientais
- Modelo de concessões ainda não aprovado
- Custo elevado dos projetos e da conservação das ferrovias
A favor
- Descongestionamento das estradas
- Trem necessita de 15 m de largura na via no lugar de 25 m dos demais veículos
- Com 4 carros transporta, aproximadamente, 1.000 pessoas, o que precisaria de 13 ônibus
- Mais seguro, custo menor do transporte e polui menos a atmosfera
- Otimização do escoamento da produção agrícola. Ha estimativas que apontam a perda de 30% do dos produtos pelo caminho.
NO CLIPPING DO METRÔ-SP
Clipping do Metrô-SP destaca a realização da primeira prova do 16º Desafio de Kart entre Amigos da AEAMESP
O veículo interno Clipping on-line do Metrô publicou no dia 10 de abril de 2017 nota sobre a realização da primeira prova do 16º Desafio de Kart entre Amigos da AEAMESP, realizada no dia 29 de março de 2017, no Kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos, São Paulo/SP, e vencida pelo hexacampeão, Sérgio D’Agostinho. Veja abaixo a nota publicada pelo Clipping on-line do Metrô.
FERROVIAS NO BRASIL
Série especial da TV Cultura discute aspectos dos sistemas metroferroviários brasileiros
Em uma série especial de cinco matérias, intitulada Brasil nos trilhos, divulgada entre os dias 3 e 7 de abril de 2017, o Jornal da Cultura, da TV Cultura, discute diversos aspectos dos sistemas metroferroviários brasileiros.
Ao todo, foram dedicados cerca de 35 minutos ao tema. Veja abaixo os arquivos com as edições integrais do Jornal da Cultura; antes de cada arquivo, são indicados os pontos exatos de início e o fim de cada reportagem.
PRIMEIRA MATÉRIA – TRENS URBANOS
A primeira matéria da série Brasil nos Trilhos tratou dos trens urbanos. O assunto está focalizados entre os minutos 27:50 e 34:40.
SEGUNDA MATÉRIA – DUAS LINHAS INTERESTADUAIS
A segunda matéria da série Brasil nos Trilhos mostrou as duas linhas de trem interestaduais em operação no País e a importância delas para as cidades onde passam. A matéria pode ser vista entre os minutos 27:08 e 33:42.
TERCEIRA MATÉRIA – GARGALOS DA FERROVIA DE CARGA
A terceira matéria da série Brasil nos Trilhos tratou dos gargalos da ferrovia de carga. A matéria pode ser vista entre os minutos 33:52 e 41:42.
QUARTA MATÉRIA – FERROVIAS EM OUTROS PAÍSES
A quarta matéria da série Brasil nos Trilhos teve como foco a importância da ferrovia para a América do Norte e Europa. A matéria pode ser vista entre os minutos 32:11 e 39:10.
ÚLTIMA MATÉRIA – A PROFISSÃO DE FERROVIÁRIO
A quinta e última matéria da série Brasil nos Trilhos focalizou a profissão de ferroviário. A matéria pode ser vista entre os minutos 32:52 e 39:50.