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EDIÇÃO 429, DE 16 A 31 DE MARÇO DE 2019

25ª SEMANA DE TECNOLOGIA E METROFERR 2019

UITP América Latina promoverá o seminário Melhores Práticas de Mobilidade Urbana Comunicação & Marketing no ambiente da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

Jurandir Fernandes

A exemplo do que ocorreu em 2018, a União Internacional de Transportes Públicos, Divisão América Latina (UITP/DAL) integrará o seu Seminário UITP – Melhores Práticas de Mobilidade Urbana Comunicação & Marketing à programação de eventos articulados com a 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e a exposição de produtos, serviços e negócios Metroferr Lounge Experience 2019, que acontecerão de 3 a 6 de setembro de 2019 no Matsubara Hotel São Paulo, na capital paulista.

O anúncio foi feito ao final do primeiro dia da 6ª Semana UITP América Latina, realizada em São Paulo, no período de 18 a 20 de março de 2019, pelo presidente UITP Divisão América Latina, engenheiro e professor Jurandir Fernandes, e pelo presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado.

6ª SEMANA UITP

6ª Semana UITP América Latina foi estruturada com cinco painéis, que discutiram os temas Ônibus sob demandaMobilidade como um serviço (MAAS), Bilhetagem e gestão tarifária, Proteção de dados e ciber segurança e Planejamento Inteligente – Integração da Mobilidade.

Joubert Flores

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), engenheiro Joubert Flores, fez em uma das sessões da 6ª Semana UITP América Latina uma exposição intitulada Mobilidade como serviço, em que apresentou dados atualizados a respeito do conjunto dos sistemas brasileiros sobre trilhos, mostrou os benefícios econômicos, sociais e ambientais da presença desses sistemas em cidades do país, e descreveu o estágio atual e as perspectivas futuras dos sistemas de redes de transporte. Essa apresentação pode ser vista por meio de link ao final desta matéria.

O encontro teve a participação de 174 participantes, de 12 países (Argentina, Alemanha, Bélgica, Brasil, Bolívia, Chile, El Salvador, Espanha, México, Rússia, Suíça e Uruguai), entre especialistas, empresários, pesquisadores e autoridades. Como parte do evento, aconteceu também a Reunião da Comissão de Tecnologia da Informação & Inovação da UITP.

A sessão de abertura teve a participação do secretário da UITP em nível mundial, Mohamed Mezghani, que, no segundo dia do encontro, proferiu a conferência intitulada Decodificando novas tecnologias para o público, em que evidenciou o papel digitalização para as transformações que redundaram na emergência de uma economia compartilhada no contexto da mobilidade urbana.

Participaram também da abertura Jean Carlos Pejo, secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, no Ministério do Desenvolvimento Regional; o secretário executivo Paulo José Galli, representando a Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo; secretário-adjunto Antonio Rudnei Denardi, secretário adjunto da Secretaria de Mobilidade e Transporte de São Paulo; Rodrigo Tortoriello, presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana, e Gabriel Bermúdez, secretário provincial de Transportes de Córdoba, Argentina.

Veja a apresentação de Joubert Flores

AEMESP PRESENTE NA NT 21 EXPO

Na Estação Conhecimento, na 21ª Negócios nos Trilhos, Pedro Machado defende a expansão metroferroviária

O presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, fez no início da tarde de 20 de março de 2019, na Estação Conhecimento – espaço de conferências da 21ª Negócios nos Trilhos – uma exposição intitulada O desenvolvimento metroferroviário no cenário atual. Ele estava acompanhado do vice-presidente da AEAMESP, arquiteto e urbanista André Mazzucatto.

ATUAÇÃO

O presidente salientou que a AEAMESP tem atuado para valorizar e difundir a tecnologia metroferroviária e para contribuir com a proposta de ampliação da participação dos sistemas metroferroviários na matriz de transporte no País. “Buscamos trabalhar para qualificar o debate sobre sistemas sobre trilhos na mídia. E cooperar com outras instituições do segmento na geração de ações políticas de fortalecimento do transporte metroferroviário”.

Disse ser necessário romper paradigmas, mencionando, como exemplo a derrubada do discurso ultrapassado que afirma “o metrô é caro”. A respeito desse ponto, disse que os sistemas sobre trilhos, por sua natureza, têm um custo de implantação significativo, mas sua permanência, capacidade de transporte e eficácia acaba diluindo o custo inicial ao longo de muitos anos. “Um sistema sobre trilhos pode durar mais de 100 anos”.

Ele recomendou o aproveitamento das infraestruturas ferroviárias já existentes – em especial as vias e as faixas de domínio – com compartilhamento operacional para cargas e passageiros, algo perfeitamente factível e bastante comum na Europa.

Explicou que o Brasil aproveita aproximadamente 10 mil quilômetros da malha ferroviária instalada para o transporte de carga pesada de baixo valor agregado, mas ressaltou que nessas mesmas vias ou em outras que estão implantadas mas não vêm sendo utilizadas, existe espaço para outros serviços de transporte ferroviário destinados a passageiros e cargas, o que pode contribuir para fomentar o desenvolvimento das economias regionais.

Com base em dados da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Pedro Machado mostrou que os sistemas de passageiros em operação no país é relativamente pequeno, havendo muito espaço para crescimento. 

Em recente conferência,  o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, atualizou  números que mostram os sistemas metroferroviário no Brasil, apresentando dados referentes a 2018: 1.092 quilômetros de rede, com 46 linhas, 605 estações, 5.436 carros e um total de 10,89 milhões de passageiros transportados por dia. Os dados foram divulgados pela primeira vez em exposição que Flores fez na 6ª Semana UITP América Latina, acessível por meio de link ao final da primeira matéria desta edição.

De acordo com o presidente da AEAMESP, os sistemas estão em algumas capitais, mas em volume claramente insuficiente. “Muitas outras capitais não contam com trens ou metrôs. Além disso, percebemos a necessidade real da implantação de sistemas de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) como espinha dorsal do transporte em médias cidades”.

O dirigente asseverou que, ao lado do incremento da participação privada, o equilíbrio fiscal é um passo fundamental para a implantação de novos sistemas de transporte sobre trilhos nas cidades brasileiras. “Pelo volume de recursos necessários para a implantação dos projetos, os trilhos dependem de investimentos do governo, o que somente se tornará possível se houver sobras de recursos proveniente da arrecadação”.

A AEAMESP sempre procura destacar que os recursos aplicados na implantação de sistemas sobre trilhos devem ser encarados realmente como investimentos que trazem retorno para a economia e para a sociedade.

Em curto prazo, há benefícios com a dinamização dos segmentos diretamente envolvidos na obra, impostos sobre produtos e serviços relacionados coma construção e geração de empregos durante a construção. Uma vez em operação, os sistemas ajudam a reduzir congestionamentos, poluição, estresse, acidentes de trânsito e também geram empregos. “De acordo com dados da ANPTrilhos referentes a 2016, os sistemas metroferroviários em operação no país empregavam cerca de 32 mil trabalhadores e trabalhadoras e, concluídos os projetos em andamento, esse número chegará a 60 mil em 2020”,

Pedro Machado disse ver perspectivas positivas no setor, com a conclusão de projetos já iniciados (alguns dos quais paralisados), novos projetos a serem desenvolvidos e ações de modernização e aprimoramento da gestão das redes existentes. 

Veja a apresentação de Pedro Machado

JEAN PEJO E OUTROS CONFERENCISTAS

Além da conferência de Pedro Machado, a Estação Conhecimento da 21ª Negócios nos Trilhos contou com 39 outras exposições, entre as quais as proferidas por Jean Carlos Pejo, secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, do Ministério do Desenvolvimento Regional, sobre  o tema Mobilidade Urbana no Brasil – Programa Avançar Cidades; Ayrton Camargo e Silva, diretor-adjunto de Planejamento de Transporte da AEAMESP, sobre o tema Aspectos básicos da implantação de sistema de VLT; Pedro Moro, diretor presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com a conferência intitulada Ampliação do Expresso Leste até Mogi.

Participaram ainda Conrado Grava de Souza, conselheiro da ANPtrilhos, com o tema Transporte sobre trilhos e o futuro da mobilidade nas cidades; Paschoal Di Mario, diretor técnico do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), com a exposição intitulada Transporte púbico e o efeito estufa; Ticiano Bragatto, gerente técnico da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), discorrendo sobre o tema Panorama e desafios das ferrovias de carga; Frederico Bussinger, engenheiro e consultor, com o tema Entraves nos caminhos das ferrovias, e o também engenheiro e consultor Peter Alouche, com o tema BRT, VLT ou Monotrilho: qual a melhor escolha para transporte de média capacidade?

PRÊMIO DE JORNALISMO

Outro acontecimento que ganhou destaque na NT Expo foi a entrega do 2º Prêmio ANPTrilhos de Jornalismo, da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros. O presidente da entidade, Joubert Flores; o vice-presidente executivo, João Gouveia; e a gerente da NT Expo, Márcia Gonçalves, fizeram a entrega dos prêmios aos vencedores e finalistas. A reportagem vencedora na categoria Mídia Digital foi A tragédia de Mariana (MG) vista pela janela do trem, de autoria de Eumano Silva e coautores, publicada no jornal Metrópoles, em 2018. A hora e a vez dos VLTs foi a reportagem vencedora da categoria Mídia Impressa e foi escrita pela jornalista Renata Passos e publicada pela Revista Ferroviária na edição novembro/dezembro de 2018.

MOMENTO POSITIVO

Paulo Galli. Foto: Rodrigo de Oliveira/Caixa.

Na abertura da 21ª Negócios nos Trilhos, o secretário nacional Jean Carlos Pejo falou sobre a importância da integração dos modais. “A mobilidade deve estar atrelada à inovação e promover a integração de todos os sistemas”. O secretário executivo da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Paulo Galli, destacou que a nova administração está com um grande projeto no segmento de passageiros e de cargas. “Há um grande estudo na área de transporte de pessoas e um dos objetivos é dar à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) o mesmo padrão do Metrô de São Paulo”.

Por ocasião do encerramento da  21ª Negócios nos Trilhos, por meio de nota à imprensa, os organizadores do evento ressaltaram que a exposição terminou de forma positiva. “Após o mercado atravessar um período de baixos investimentos, as indústrias do setor metroferroviário esperam a retomada dos projetos tanto no segmento de carga como de passageiro. O primeiro grande projeto é o leilão de trecho da Ferrovia Norte-Sul, que aconteceu em 28 de março de 2019 e teve como vencedora a Rumo Logística”.

Diz ainda a nota que a presença expressiva de autoridades na feira reforçam a retomada dos projetos metroferroviários no Brasil. E que 21ª Negócios nos Trilhos já tem  data e local: a próxima edição da feira acontece de 16 a 18 de março de 2021, em um pavilhão específico do São Paulo Expo.

Outro ponto é que a nota dos organizadores informa que além das autoridades presentes nos dois primeiros dias do evento, a 21ª Negócios nos Trilhos contou com a presença de autoridades e especialistas no encerramento, destacando os participantes do curso de capacitação Segurança operacional em metrôs, realizado na sede da AEAMESP por meio de parceria com a ALAMYS, APTA e CPTM: o diretor de segurança da Associação Americana de Transportes Públicos (APTA), Brian Alberts, a diretora de Trânsito, Risco e Gerenciamento de Emergência da mesma entidade, Polly Hanson, e o chefe da secretaria geral da Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS), Constantin Dellis.

André Mazzucatto, Pedro Machado e Peter Alouche na Estação do Conhecimento, durante a NT-21

PARCERIA INTERNACIONAL

O êxito do curso Segurança operacional em metrôs, parceria da AEAMESP com a ALAMYS, APTA e CPTM

No início da noite de 20 de março de 2019, no auditório da sede AEAMESP, em São Paulo, realizou-se a solenidade de entrega dos certificados do curso de capacitação intitulado Segurança operacional em metrôs, organizado pela Associação Latino-Americana de Metros e Subterrâneos (ALAMYS), em parceria com a Associação Norte-Americana de Transportes Públicos (na sigla em inglês, APTA), a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e com a AEAMESP.

Participaram do  programa 27 profissionais brasileiros, especialistas em operação, manutenção e engenharia de projetos de metrôs associados à ALAMYS. 

Constantin Dellis

O secretário-geral da ALAMYS, Constantin Dellis, considerou que o curso teve pleno êxito. Ele explicou que foi o segundo curso do gênero desenvolvido pela entidade com o apoio da APTA. O primeiro aconteceu em 2018, em Santiago, Chile, basicamente com a participação de especialistas de língua espanhola. “Naquela ocasião, tivemos a participação de dois profissionais brasileiros. Sentimos que haveria espaço para o desenvolvimento de um programa semelhante no Brasil.”

O presidente  Pedro Machado agradeceu a oportunidade de a AEAMESP poder abrigar em suas dependências o curso de capacitação. Ele reiterou que a AEAMESP surgiu para fomentar o debate e propiciar o fluxo de informações técnicas no setor. “Um programa como esse, articulado com as organizações parceiras internacionais ALAMYS e APTA, valoriza sobremaneira esta linha de atividade de nossa associação”.

Atuaram ao longo do desenvolvimento do curso e participaram da solenidade final Bryan Alberts, diretor de Segurança da APTA; Polly Hanson, diretora de Segurança, Risco e Gerenciamento de Emergência da APTA; Sean Cagan, oficial chefe de Segurança do Metrô de Houston, no Textas, Estados Unidos, e Eurico Ribeiro assessor do gerente de manutenção da CPTM.

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Grupo Estratégico Pró VLT (ABIFER, SIMEFRE, AEAMESP, ANPTrilhos e ALAF) se reuniu com a direção da Associação Paulista do Ministério Público (APMP)

Representantes de entidades integrantes do Grupo Estratégico Pró VLT (ABIFER, SIMEFRE, AEAMESP, ANPTrilhos e ALAF) participaram no dia 25 de março 2019 de uma reunião-almoço com a direção da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), buscando apoio institucional para o trabalho que estão desenvolvendo em prol da divulgação e implantação de sistemas de VLT, tanto na Capital como em vários outros municípios do Estado de São Paulo.

Foram recebidas pelo presidente da APMP,  Paulo Penteado, e pelos promotores públicos Francisco Ruiz e Vidal Serrano Nunes.

Francisco Petrini, do SIMEFRE, esclareceu os objetivos a reunião, acentuando a importância do sistema VLT para a mobilidade urbana. Ayrton Camargo, da AEAMESP, complementou, enfatizando os benefícios para as cidades e seus habitantes proporcionados pelo sistema, em termos de melhoria do transporte coletivo, qualidade de vida, meio ambiente e reorganização urbanística conforme recentemente ocorrida no Rio de Janeiro.

O presidente da APMP e promotores públicos acolheram com muito interesse os pleitos e reivindicações apresentados pelas entidades e prontificaram-se a viabilizar, em breve, um seminário mais amplo com o Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado, atendendo aos mesmos objetivos da reunião.

O presidente Paulo Penteado demonstrou conhecimento e preocupação com a carência de qualidade na mobilidade das grandes cidades do Estado, especialmente na Capital, e principalmente com os problemas ambientais e de saúde pública acarretados pela poluição, reconhecendo que os mesmos serão resolvidos ou sensivelmente diminuídos com a implantação de transporte público elétrico, como é o caso do VLT.

Composição do sistema de VLT da Baixada Santista parado em plataforma. Foto: Edson Lopes Jr/Portal do Governo do Estado de São Paulo

MOBILIDADE URBANA

Secretário Jean Carlos Pejo anuncia a criação do Conselho Consultivo da Mobilidade com representação do setor de transportadores de passageiros sobre trilhos

Em sessão no primeiro dia da 75ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, realizada em 25 e 26 de março de 2019, em Brasília, o secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, engenheiro Jean Carlos Pejo, anunciou publicamente a constituição, no âmbito da Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, do Ministério da Integração Regional, o Conselho Consultivo da Mobilidade, composto por secretários de Mobilidade e Transporte representando as cinco regiões brasileiras, ao lado de representantes da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Associação Nacional dos Transportadores sobre Trilhos (ANPTrilhos), Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

O presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, aplaudiu a iniciativa, destacando que se trata de um passo concreto no sentido de ampliar os canais institucionais de diálogo entre as diferentes esferas de governo e do governo com as organizações que representam segmentos importantes da sociedade civil.

ARTIGO

A quem interessa o “não fazer”?

Vicente Abate, presidente da ABIFER

Vicente Abate

Voltemos um pouco no tempo, em 2016, quando o governo Temer lançou o PPI – Programa de Parcerias de Investimentos, um conjunto de projetos voltados a dotar o País de infraestrutura. Palavra mágica, responsável por diminuir o custo Brasil, ao mesmo tempo em que contribui para o crescimento do PIB do País.

Pois bem, cerca de dois terços deles foram executados com êxito, ao longo daquele governo. Na área ferroviária, foram oito projetos chancelados pelo PPI, que remanesceram para o atual governo.

As Renovações Antecipadas dos contratos de cinco concessões ferroviárias de carga, que expirarão em pouco tempo, e três ferrovias que contribuirão para a expansão do transporte ferroviário nacional.

Vamos avaliar a seguir as consequências de se fazer ou não as prorrogações destes contratos, bem como a execução das expansões.

Qualquer que seja a concessão, o terço final de seu prazo implica, naturalmente, na diminuição dos investimentos. Ainda que não tenham sido obrigatórios nos contratos, os investimentos das concessionárias foram superiores a R$ 90 bilhões nos últimos vinte anos, até porque as ferrovias foram recebidas totalmente deterioradas pela falta de investimentos públicos nas décadas de 80 e 90.

O que se propõe agora é uma inflexão na curva descendente destes investimentos, da ordem de R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos. São investimentos imediatos e, em nossa avaliação, conservadores.

Alguns dos pontos positivos são o aumento da capacidade de transporte, a revitalização da malha existente (inclusive com a retomada de ramais inativos), a melhoria no atendimento aos usuários, a geração de empregos nas indústrias ferroviária e da construção civil, além de outros pontos.

As outorgas pelos trinta anos adicionais serão reinvestidas na expansão da malha ferroviária através do mecanismo de investimentos cruzados, introduzido na Lei 13.448 de junho de 2017, uma forma inteligente de aproveitar os recursos no próprio setor, criando um ciclo virtuoso, pois as novas ferrovias gerarão outorgas para sua operação futura, que serão reaplicadas na construção de outras ferrovias e assim por diante.

Já há previsão de construção de ferrovias estratégicas, neste modelo, como uma parte da FICO – Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (483 km entre Água Boa/MT e Mara Rosa/GO) e o Ferroanel de São Paulo, obra emblemática aguardada há mais de trinta anos.

Se as renovações não ocorrerem agora, resta-nos tão somente esperar o final dos contratos atuais, sem investimentos, para que cada um deles seja relicitado, com alto risco de não haver outros interessados.

Muito se fala em se adotar o modelo horizontal, em detrimento do vertical. Não percebem que nossas ferrovias são dedicadas e de alta performance para o transporte de elevados volumes a grandes distâncias, o chamado “heavy haul”. Querem alterar o curso natural deste tipo de transporte, em nome de cargas gerais. Ainda assim, as concessionárias não as desprezaram, representando 10% do total transportado por ferrovia. Os 90% restantes são, sim, de minérios e produtos agrícolas, como se isso fosse um contrassenso. Não fossem as ferrovias dedicadas a estas “commodities”, o País já teria travado.

Por outro lado, ao serem devolvidos à União trechos não inerentes à operação das concessionárias, com o devido ressarcimento à União por não tê-los mantido ou recuperado (ainda que as concessionárias já os tivessem recebido em elevado grau de deterioração), surgirá uma nova classe de ferrovias, a das “Short Lines”, responsáveis nos EUA por um quarto da carga transportada por ferrovia naquele país. Serão elas as responsáveis por incrementar a carga geral por ferrovia no Brasil.

Sobre as expansões, são três os projetos. Um tramo da Ferrovia Norte-Sul, com extensão de 1.537 km, parte de um corredor de aproximadamente 3.700 km em mesma bitola, que ligará o porto de São Luís/MA ao porto de Santos/SP. Trata-se de um sonho ferroviário, que aqueles que não querem deixar o País fazer, o criticam ferozmente, sem entretanto oferecer alternativas. Os outros dois, a Ferrogrão e a FIOL – Ferrovia de Integração Oeste-Leste, completam estes projetos. Estamos falando de agregar à malha atual três mil quilômetros de ferrovias modernas.

Portanto, faz-se necessário e urgente que as autoridades competentes destravem estes processos, sob pena de o desenvolvimento de nosso País ficar definitivamente comprometido.

Vencedor da primeira prova, Márcio Magri lidera o 18 Desafio de Kart entre Amigos da AEAMESP

Ao vencer a primeira prova, Márcio Magri passou a liderar o 18 Desafio de Kart entre Amigos da AEAMESP. A etapa foi realizada na noite da quarta-feira, 13 de março de 2019, no kartódromo Ayrton Senna, em Interlagos, São Paulo/SP, com largada à 21 horas.

Eis a classificação da prova e do certame até aqui:

  1. Marcio Magri
  2. Marcio Cristiano
  3. Sergio D’Agostinho
  4. Rodrigo Fernandes
  5. Ricardo
  6. Leonardo
  7. Zizo
  8. Carlos Raul
  9. Adriano
  10. Frederico Silva

NA IMPRENSA – RECONHECIMENTO

Rede Noticiando destaca que presidente da ViaQuatro e ViaMobilidade, Luís Valença, recebeu medalha da Ordem do Mérito do Transporte

Luís Valença

O site jornalístico Rede Noticiando destacou que em cerimônia na última quarta-feira, 27 de março, o presidente das concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, Luís Valença, recebeu a Ordem do Mérito do Transporte, a Medalha JK. A premiação foi oferecida a 15 profissionais que se destacaram em 2018 pela prestação de serviços relevantes no setor de transporte, em diferentes modalidades. A Medalha JK é concedida pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) desde 1991.

Veja a notícia completa

NA IMPRENSA – COMPARAÇÃO METRÔ X SUV

Lavagem de trem do Metrô-SP. Reprodução da revista Quatro Rodas. Foto: Alexandre Battibugli

Matéria da revista Quatro Rodas on line compara trens do Metrô-SP com poderosas SUV

A versão online da revista Quatro Rodas publicou em 26 de março de 2019 a matéria intitulada Trens do Metrô de SP são autônomos e têm a força de 347 Amarok V6 juntas, assinada por Rodrigo Ribeiro. A matéria se propõe a mostrar os segredos e curiosidades dos trens do Metrô de São Paulo, “que são mais modernos e bem cuidados que a maioria dos nossos carros”.

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