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EDIÇÃO 459, DE 19 DE AGOSTO A 18 DE SETEMBRO DE 2020

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – I

Ao completar 30 anos, AEAMESP promove em formato virtual a 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e a METROFERR Lounge Experience 2020 foram realizadas pela AEAMESP no período de 1 a 4 de setembro de 2020, apresentando como tema geral Trilhos para novos tempos.

Os eventos marcaram os 30 anos de fundação da AEAMESP, foram integralmente gratuitos e aconteceram em forma virtual para atendimento das recomendações de isolamento social em razão da pandemia da Covid-19.  Houve aproximadamente 2.900 inscrições, provenientes de diferentes pontos do país e do Exterior. Os participantes estarão recebendo certificados.

PAINÉIS

Esta edição do Boletim AEAMESP apresenta os destaques da programação da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Quando disponível, a gravação de cada painel está acessível por meio de link ao final de sua respectiva notícia. Todas as gravações estão também no hotsite do encontro, podendo ser acessadas livremente.

É importante lembrar que alguns dos conteúdos estão recebendo os últimos cuidados de edição  para que a experiência dos navegadores seja a mais aproveitável e agradável possível. O hotsite permanecerá com todos os seus conteúdos disponíveis por um ano. Clique aqui para acessar o hotsite.

ESTUDOS TÉCNICOS

Os estudos técnicos foram agrupados em oito categorias, que podem ser acessadas pelos links a seguir:

Gestão Empresarial

Inovação

Manutenção Metroferroviária

Locomotivas e vagões

 Sustentabilidade

 Sistemas

 Planejamento de Transportes

 Via Permanente

PATROCINADORES E EXPOSITORES

A 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária contou com o patrocínio das empresas Alstom, Backroom, Bombardier, Brastan, BYD, Duarte Garcia, Genetec, Rumo, Liebherr, Metrô Consulting, Rumo, Siemens e Voestalpine.

A feira de produtos e serviços METROFERR 2020 inovou, apresentando estandes virtuais de sete participantes: Backroom, Bombardier, BYD, Genetec, Liebherr, Metro Consulting, Rumo.

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II

Presidente da AEAMESP destaca o êxito da 26ª Semana de Tecnologia. Ela agradeceu aos que colaboraram para que o encontro se concretizasse, mesmo em situação tão adversa

Silvia Cristina Silva

Em pronunciamento na abertura da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, a presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva, agradeceu a todos que acompanhavam  virtualmente e a todos os envolvidos na organização e na materialização do congresso anual da entidade, um “fórum técnico e tecnológico para o setor de transporte sobre trilhos – de passageiros e de cargas – em seu formato digital inédito”, ajustado em curtíssimo prazo em razão da pandemia.

Ela agradeceu aos colegas da recém empossada Gestão 2020/2023, explicando que esses dirigentes nem puderam passar pela tradicional cerimônia de posse e, desde o primeiro dia em seus cargos, tiveram que se adaptar com urgência para rotinas e atividades da Associação durante a pandemia e cuidar da organização da 26ª Semana de Tecnologia.

Agradeceu também aos parceiros institucionais, apoiadores e patrocinadores, que “trouxeram conhecimento, tecnologia, apoio e recursos” para a realização do evento que marca os 30 anos da AEAMESP.

Em tom mais pessoal, expressou gratidão à sua família, nas pessoas de sua mãe, Cristina, de 86 anos, e de sua madrinha, Teresa, de 93, sem esquecer o pai, Messias, já falecido: “ele me incentivou em todos os meus sonhos”.

No final, do pronunciamento inaugural, destacou e agradeceu o papel dos amigos, que a incentivaram a levar adiante a realização da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária mesmo diante das grandes dificuldades que se colocavam, de modo a honrar, como a primeira presidente mulher em 30 anos de existência da AEAMESP a missão de representar  e difundir a tecnologia metroferroviária, promovendo a valorização dos profissionais do setor.

NO ENCERRAMENTO, TRÊS PONTOS A DESTACAR

No encerramento, depois de ouvir avaliações muito positivas de todos os que participaram da sessão virtual final, a presidente da AEAMESP disse ter ficado com a impressão de que o encontro foi efetivamente muito produtivo, apesar das condições adversas encontradas para sua realização.

Ela assinalou que naturalmente será feita uma análise criteriosa para determinar o que funcionou e o que precisa melhorar no formato adotado e destacou três pontos a respeito dos quais sentia que haveria concordância.

O primeiro ponto foi a decisão de ir em frente com a realização do congresso. “Assim, evitamos interromper uma sequência que vinha desde 1995. Sempre nos orgulhamos dessa continuidade e conseguimos mantê-la”.

Outro ponto foi, mesmo em meio à pandemia, recorrer aos amigos e parceiros da AEAMESP de modo a construir a grade técnica, arranjar os recursos materiais e financeiros e arregimentar o trabalho voluntário. Ela ressaltou a resposta: “Êxito completo! Os que puderam, participaram, determinando o sucesso da nossa empreitada”.

Finalmente, sublinhou o terceiro ponto: não temer o desafio, mesmo num ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo, como é conhecido o conceito VUCA, sobre o qual versou a conferência a conferência inaugural do engenheiro e escritor Ricardo Vargas.

Ela comentou: “Com muita gratidão, isso eu credito a uma herança genética, que esta Diretoria recebeu de todas as outras gestões anteriores, em 30 anos de história. Vida longa e sucesso à AEAMESP!”

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA– III

Alexandre Freitas Pinto

Coordenador da Semana de Tecnologia Metroferroviária, engenheiro Alexandre de Freitas Pinto diz que o evento rompeu a barreira da transformação digital, num caminho “sem volta”

“A AEAMESP rompeu a barreira da transformação digital no seu trigésimo aniversário de existência. É um caminho sem volta em direção aos novos tempos”, disse o vice-presidente de Assuntos Técnicos da AEAMESP, engenheiro Alexandre Freitas Pinto,  referindo-se à realização da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, da qual foi o coordenador técnico. Coube a ele resumir na sessão de encerramento alguns dos principais resultados do encontro.

Alexandre informou que foram desenvolvidos 19 painéis ou sessões nos quais houve a participação de gestores e especialistas, que expuseram as ações e planos para a retomada das rotinas para depois da pandemia e demonstraram  também estratégias e visão de longo prazo, com vistas à sustentabilidade e à expansão dos negócios.

Houve ainda nove workshops técnicos, que mobilizaram grande número de expectadores. Sete estandes virtuais participaram da feira virtual de produtos e serviços METROFERR. “Esses estandes serviram como um canal para que os participantes  pudessem conhecer os produtos e contatar os patrocinadores”.

Segundo o vice-presidente, este ano, houve um recorde de inscrições de trabalhos para apresentação na Semana de Tecnologia Metroferroviária, o que evidencia alto interesse em participar. Ao todo, foram inscritos 82 trabalhos técnicos na grade do evento este ano.

Nas sessões, houve abordagem de um número considerável de temas de grande relevância, incluindo estratégias necessárias à sobrevivência dos players do setor, governança das empresas, inovação, crise, riscos, ações em resposta à pandemia, mobilidade, busca de novas receitas para subvenção dos sistemas e visão de longo prazo.

“Nós começamos o evento com aproximadamente duas mil inscrições e no último dia contabilizamos 2.900 inscritos. Esse alcance será ainda muito maior, pois todo o conteúdo da Semana de Tecnologia poderá ser acessado nos meses subsequentes”, disse o engenheiro, assinalando que o encontro recebeu visitantes virtuais de diversos países. Ele destacou que  houve grande número de acessos  feitos a partir dos Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Canadá e Argentina.

AGRADECIMENTOS

Alexandre Freitas Pinto disse em seu pronunciamento que tinha grande satisfação em poder dizer que ao final do evento foi possível constatar que todos cumpriram bem essa missão. “O evento foi um sucesso”.

Falando como coordenador, ele afirmou que toda a equipe que se dedicou arduamente para materializar o encontro, considerado, por todos,  um “interessante desafio, de muito aprendizado”.

Ele agradeceu a audiência de todos os envolvidos com o setor, atuantes no transporte de passageiros ou de cargas. Disse que o encontro ofereceu conteúdos relevantes, com temas preparados e discutidos em profundidade e análises e reflexões de considerável interesse.

Fez um agradecimento àqueles que participaram da realização do 7º Prêmio de Tecnologia ANPTrilhos-CBTU – os autores e integrantes das bancas de avaliação dos trabalhos, e a todos os envolvidos nos painéis temáticos, workshops e cerimônias ocorridas no evento.

“Agradeço ainda a todos os nossos patrocinadores, todos os nossos parceiros, fornecedores responsáveis pela produção, comercialização, e às equipes de assessoria de imprensa, comunicação e marketing”.

Também mencionou o apoio recebido da presidente, engenheira Silvia Cristina Silva e de toda a Diretoria e Executiva da AEAMESP e dos conselheiros. Agradeceu ainda a coordenadora de Eventos  da Associação, Angélica Nascimento, e a secretária executiva, Gorete Miciano.

A 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária será presencial, mas possibilitará  participação online

Hotel Matsubara em São Paulo

Logo após o pronunciamento de avaliação da 26ª Semana de Tecnologia, Alexandre Freitas Pinto anunciou que a  27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária acontecerá de 14 a 17 de setembro de 2021 e voltará a ter caráter presencial, no Hotel Matsubara, localizado na Rua Coronel Oscar Porto, 836, no Paraíso – próximo à Estação Paraíso da Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo.

“Está prevista a volta da edição presencial, à semelhança dos eventos passados, já conhecidos do nosso público e consagrados”, disse,  acrescentando: “Não mediremos esforços para que tenhamos também a consolidação da edição virtual da Semana de Tecnologia e da METROFERR. Sim, pretendemos realizar parte do evento do ano que vem de forma virtual, mantendo o espaço para apresentação dos trabalhos técnicos, painéis temáticos, seminários, workshops, estandes virtuais, de forma a alcançar todo o público do Brasil e do Exterior que não tenha condições de participar de forma presencial. Conto com o apoio de todo o setor metroferroviário nessa empreitada”.

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA– IV

Mestre de cerimônia apresenta Pedro Cunto, Silvia Cristina, Francisco Pierrini, Pedro Moro e Rui Stefanelli

Um novo capítulo vitorioso

Os depoimentos de presidentes de companhias e de entidades associativas do setor, gestores públicos, empresários e outros líderes nas sessões virtuais da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária deixam claro que ao completar três décadas de atividades e realizar com êxito o seu congresso anual em formato puramente virtual em meio à pandemia da Covid-19, a AEAMESP conseguiu escrever um novo capítulo vitorioso de sua história.

Guilherme Ramalho

Na sessão com os presidentes de empresas e entidades, no primeiro dia da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o presidente do Metrô do Rio de Janeiro, Guilherme Ramalho, fez referência à condição de discussão de temas do setor propiciada pelo congresso da AEAMESP. “Certamente é a maior crise pela qual o setor de transporte de passageiros e em especial o setor de transporte de passageiros por trilhos já passou no Brasil. E é fundamental que nesse momento a gente continue ainda com capacidade de discutir oportunidades de melhoria. Acho que mais do que nunca a pandemia vai exigir ganhos de eficiência, adoção de novas práticas, as empresas têm que adotar a inovação, temos que avançar na integração com os demais modais”.

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Pedro Cunto, o tema da 26ª SemanaTrilhos para os novos tempos – merece ser destacado: “Teremos que reinventar nossas organizações. Nesse sentido, o tema deste ano é muito importante, pois começa a discutir essa questão, algo que certamente vai nortear as nossas decisões estratégicas para os próximos anos”.

Outro a sublinhar o tema foi o presidente da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM), Pedro Moro. Ele assinalou que a mensagem passa a ideia de mudança para o futuro em razão da crise vivida agora. “O tema AEAMESP deste ano é bastante interessante e bem atual pelo momento da pandemia, com o agravamento da queda de receita para o transporte público”, disse que afirmando a CPTM está atenta essa ideia. “Temos procurado modernizar a gestão: construindo hoje a CPTM do amanhã, buscando uma gestão mais eficiente e a oferta de novos serviços”.

Joubert Flores

Também o presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores, destacou o tema do encontro, que qualificou como “o tema do momento”. O dirigente afirmou: “Nossas operadoras viveram um a grande dificuldade, com perda de demanda de 80%, perda de receita de mais de R$ 5 bilhões e sabemos  que a recuperação vai ser lenta e precisaremos ter planejamento. A oportunidade que temos para sair dessa situação está em otimizar nossas redes, tentar fortalecer a integração, buscar outras formas de financiamento e fortalecer as garantias e a regulação. Tudo isso para que possamos oferecer, ainda num futuro próximo, uma mobilidade digna para a população do Brasil”.

Depois de apresentar os votos de “muito trabalho e sucesso” aos participantes da 26ª Semana de Tecnologia encaminhados pelo presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Marco Antônio Assalvi, que não pode estar presente, o chefe de gabinete dessa companhia, Rui Stefanelli, destacou a programação do evento. “São temas para discussão, estudos, debates e principalmente para a geração de soluções para o transporte urbano de passageiros”. Ele explicou que a EMTU, que é operadora do VLT da Baixada Santista, atende a cinco Regiões Metropolitanas paulistas, o que corresponde a 134 municípios onde moram 30 milhões de habitantes. E disse que a companhia transporta dois milhões de passageiros por dia.

Francisco Pierrini, presidente da ViaQuatro e da Via Mobilidade – operadoras privadas da Linha 4 – Amarela e da Linha 5 – Lilás, respectivamente, em São Paulo – disse esperar que os  quatro dias de sessões virtuais resultasse em muita troca de conhecimento, e afirmou a certeza de que a realização da 26ª Semana de Tecnologia, nas condições em que aconteceu, ficará na história do setor como um marco deste período. Ele informou que antes da pandemia, as duas operadoras privadas sob seu comando chegaram a transportar, juntas, 1,5 milhão de passageiros por dia e assinalou que o desafio tem sido manter unido o time com mais de dois mil colaboradores. E concluiu com palavras otimistas, afirmando a convicção de que todos chegarão ao fim da pandemia renovados e transformados.

Veja a gravação da sessão com presidentes de organizações do setor

NA SESSÃO DE ENCERRAMENTO

No painel de encerramento do encontro, Sebastián Court,  presidente da Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS) – entidade internacional que tradicionalmente coordena  uma das sessões da  Semana de Tecnologia Metroferroviária – disse que sua entidade apreciou sobremaneira a iniciativa da AEAMESP de colocar o foco do encontro deste ano nos impactos da pandemia, ressaltando que isso trouxe muita informação sobre a questão.

“O encontro apresentou projetos de muita qualidade e profundidade o que nos faz prever que, passada a pandemia, teremos oportunidade de realizar novos eventos com o objetivo de qualificar a vida urbana” disse Ailton Brasiliense, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

A vice-presidente do Instituto de Engenharia, Miriana Pereira Marques afirmou que a 26ª Semana de Tecnologia foi um evento “diferenciado”. Ela prosseguiu: “Havia muito pouco tempo para transformar um evento físico em um evento virtual. Aquele famoso futuro que estávamos esperando de repente caiu de pára-quedas no nosso colo”. A dirigente disse ainda que houve entidades que abortaram seus eventos, ressaltando a fibra e a coragem da AEAMESP e de sua presidente, a engenheira Silvia Cristina Silva, em manter esta edição da Semana de Tecnologia. Miriana frisou por fim que apoia a realização de um evento híbrido em 2021: “Além do contato pessoal, haverá o recurso virtual, que traz o mundo para pertinho da gente”.

O presidente da União Internacional de Transportes Públicos (UITP), Divisão América Latina, Jurandir Fernandes, concordou com a engenheira Miriana Pereira Marques. “Eu acho bom que  vocês mantenham uma forma híbrida para o encontro do ano que vem. Eu nunca havia participado de um evento da AEAMESP com tanta frequência e intensidade durante todo o período”.

Alexandra Leonello, da Metrus, considerou muito positiva a participação das pessoas nesse mundo virtual da 26ª Semana de Tecnologia. “A pandemia trouxe dificuldades, mas ampliou muito as possibilidades de participação. O novo normal é o desafio da sustentabilidade dos sistemas de transporte público”.

No entendimento do presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, o evento teve real qualidade. “Como já tive oportunidade de enaltecer em várias outras vezes, a Semana de Tecnologia Metroferroviária é um dos mais densos conteúdos técnicos, se não for o mais denso, em nosso país. As questões técnicas e da política do setor metroferroviário de passageiros e de carga foram amplamente discutidas, o que nos levará, seguramente, a um salto de qualidade com as inovações apresentadas. Vimos aqui o quão forte e promissor é o nosso setor”

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), José Antônio Fernandes Martins, cumprimentou a AEAMESP “pelo brilhantismo do evento” e agradeceu o espaço aberto à sua entidade para apresentação da retomada do movimento Brasil Trem Jeito. “Tivemos aqui palestras interessantíssimas, dados informações e planos de desenvolvimento para o setor ferroviário”

O presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Silvani Alves Pereira, afirmou que todas as afirmações feitas antes de seu pronunciamento deixavam patente que a 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária foi um sucesso. “Mais importante ainda é a possibilidade de ter todo esse conteúdo disponível para que as pessoas possam acessar a qualquer momento”, disse. Ele concluiu, afirmando: “Parabéns, Silvia, pela ousadia!”

Veja a gravação da sessão de encerramento

Em uma das composições de tela da sessão virtual final, Alexandre Freitas Pinto, Silvia Cristina Silva, Jurandir Fernandes, Ailton Brasiliense Pires, Silvani Pereira, Miriana Pereira Marques, Alexandre Leonello, Sebastián Court, José Antônio Martins

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA– V

Celebração dos 30 anos da AEAMESP

Luiz Felipe, Manoel, Emiliano, Pedro, Silvia Cristina e Baião

A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, originalmente denominada “Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo”, completou 30 anos de atividade em 14 de setembro de 2020.

Nesse período, em razão de suas ações propositivas e do caráter colaborativo de associados e parceiros, conseguiu se fixar entre as principais entidades de envergadura nacional dedicadas à defesa, ao fortalecimento e desenvolvimento do setor metroferroviário no país.

O dia 14 de setembro de 1990 foi escolhido para a realização da assembléia de fundação da AEAMESP para homenagear a data de entrada em operação o primeiro trecho do Metrô-SP (e o primeiro trecho de um metrô no Brasil), entre Jabaquara e Vila Mariana, no ano de 1974.

No último dia da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, uma sessão especial comemorou os 30 anos da Associação. A atual presidente da entidade, Silvia Cristina Silva, se juntou a cinco presidentes de gestões anteriores para relembrar alguns acontecimentos importantes das últimas décadas.

Participaram Luiz Felipe Pacheco Araújo (Gestão 1992/1994), Emiliano Affonso (Gestões 2000/2002, 2002/2004 e 2014/2016) Manoel da Silva Ferreira Filho (Gestões 2004/2006 e 2007/2008), José Geraldo Baião (Gestões 2009/2010 e 2011/2013) e Pedro Machado (Gestão 2017/2019). Não puderam comparecer José Ricardo Fazzole Ferreira (Gestão 1990/1992) e Luiz Carlos de Alcântara (Gestões 1996/1998 e 1998/2000).

Laerte Mathias

Todos lembraram a importância para criação e consolidação da AEAMESP do trabalho, do empenho e do ânimo do presidente na Gestão 1994/1996, engenheiro Laerte Conceição Mathias de Oliveira, falecido em 2013. Ele é unanimemente considerado o grande idealizador da Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Durante a sua fala, Luiz Felipe Pacheco Araújo destacou que, desde o começo, acreditava que a AEAMESP tinha potencial para crescer e lembrou o trabalho realizado por José Ricardo Fazzole Ferreira, primeiro presidente da associação, que não pôde estar presente. “Todos que já passaram pela AEAMESP dedicaram um pedacinho da sua vida para construir essa história. Por isso, estou muito feliz de estar aqui, nesta sessão comemorativa”, disse.

Em seguida, manifestou-se Emiliano Affonso, que dirigiu a entidade por três gestões: “Eu recordo de como a associação cresceu ao longo dos anos. Na minha primeira gestão, trabalhamos fortemente para que o setor metroferroviário voltasse a crescer e, até hoje, brigamos por uma boa mobilidade e pelo desenvolvimento do país, apoiado no transporte sobre trilhos”.

Manoel da Silva Ferreira Filho, por sua vez, mencionou que teve o privilégio de coordenar a primeira Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 1995, no Instituto de Engenharia. “Foi um início virtuoso, que vemos consolidado hoje na vigésima sexta edição do evento”, comemorou.

Na sequência, José Geraldo Baião afirmou que, desde o primeiro dia de existência, a AEAMESP praticou o “kaizen”, palavra de origem japonesa que significa “melhoria contínua”.

Já Pedro Machado aproveitou o momento para ressaltar que, ao final da sua gestão, que se encerrou em 2019, 25% do quadro associativo da entidade era formado por profissionais que não pertenciam ao Metrô-SP. “Essa diversificação é fruto de uma ação que começou lá atrás e que vem nos tornando cada vez mais representativos e possibilitado uma interação grande com todos”.

Quem encerrou a sessão foi a atual presidente da AEAMESP, Silvia Cristina Silva. Emocionada, ela afirmou que a força faz parte do DNA da associação e que prova disso é o sucesso da realização online da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. “Sinto-me honrada por participar desta história e lembrar tudo o que já fizemos. Nós seguimos porque os trilhos nos acompanham e nós acompanhamos os trilhos”, finalizou.

Veja a gravação da sessão

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA– VI

Paulo Galli

Na conferência final, Paulo Galli fala dos impactos da pandemia, mostra otimismo na retomada e comenta  projetos e ações em desenvolvimento na Secretaria de  Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo

O secretário executivo da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Paulo Galli, proferiu a conferência final virtual da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária na tarde da sexta-feira, 4 de setembro de 2020. Ele falou a respeito dos impactos da pandemia, mostrou otimismo com relação à retomada e comentou os principais projetos e ações em desenvolvimento.

No início, agradeceu convite dirigido à Secretaria em nome do secretário Alexandre Baldy, licenciado. E parabenizou a AEAMESP por seu trigésimo aniversário. Ressaltou relevância dos trabalhos levados à Semana de Tecnologia Metroferroviária, apontada por ele como um ambiente “em que se aprende e também se ensina”.

Galli disse que nenhum sistema foi tão afetado como o transporte público, que tem sofrido com a redução de demanda e forte impacto financeiro em todo o mundo. Referindo-se à situação nos sistemas paulistas, disse que se registrou, no auge da crise,  demanda de apenas 20%, e que, no início de setembro, a demanda rondava 50%, havendo para o final de ano a estimativa de esse índice poderá se elevar para um ponto entre 65% e 75%.

Segundo o secretário executivo, ocorre neste segundo semestre de 2020 uma retomada um pouco mais lenta, mas para 2021 é esperada a retomada em direção à normalidade, devendo contudo ocorrer certo impacto em razão da adoção do home office por empresas e outras organizações numa escala que por ora é difícil de medir.

Ainda sobre a pandemia, sublinhou o “grande o trabalho” que foi feito pelas companhias vinculadas ao Governo do Estado de São Paulo – Metrô-SP, CPTM e EMTU – na busca de soluções de higienização, de limpeza e a adoção de novas medidas que garantissem uma eficiência maior, uma qualidade maior na higienização dos nossos espaços, dos nossos veículos. “Isso também trouxe uma tranquilidade maior para o setor”

PROJETOS E AÇÕES

Plataforma da estação Francisco Morato

Paulo Galli disse que a primeira semana de setembro de 2020 era de festa porque houve a entrega da estação de Francisco Morato, da Linha 7 – Rubi, da CPTM, que operou por dez anos com uma estação provisória. Ele também falou do projeto de extensão da Linha 9 – Esmeralda até Varginha, com duas novas estações nesse trecho e uma nova estação intermediária, João Dias, a ser construída com recursos privados da ordem de R$ 50 milhões.

O secretário executivo abordou outros temas: investimentos em via permanente, sinalização e energia na Linha 13 – Jade, com benefícios para a Linha 11 – Coral e Linha 10 – Turquesa; extensão da Linha 4 – Amarela até Vila Sônia; situação da Linha 15 – Prata e da Linha 17 – Ouro, ambas em monotrilho; extensão da Linha 2 – Verde até a Penha e as discussões a respeito do pátio que servirá a essa linha, e a retomada da Linha 6 – Laranja.

Falou também da concessão da Linha 8 – Diamante e Linha 9 – Esmeralda e  da parceria público-privada envolvendo a Linha 7 – Rubi e implantação do Trem Intercidades, além da significativa interação com o setor de cargas num momento em que se passou a avaliar a renovação antecipada das concessões ferroviárias, assinalando que esse diálogo está garantindo recursos para o Trem Intercidades e a segregação entre trens de carga e de passageiros.

Veja a gravação da sessão

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – VII

A proclamação dos vencedores do 7º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU

No primeiro dia da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, 1º de setembro de 2020, realizou-se a sessão que proclamou e homenageou os vencedores do 7° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU.

Esse prêmio tem como objetivo de incentivar a produção técnica do setor metroferroviário e o intercâmbio tecnológico entre os profissionais do setor, divulgando e dando reconhecimento à produção técnica e acadêmica desses profissionais, contribuindo para o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil.

Os vencedores de cada categoria do 7° Prêmio de Tecnologia receberam R$ 5 mil, troféu e certificado. Todos os finalistas receberam troféu e certificado de participação. Os artigos distinguidos com menção honrosa receberam também um troféu.

PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO TARIFAS E CUSTEIO

O estudo técnico Benefícios de uma simulação computacional para o sistema metroferroviário, de Joelson Messias de Moura e coautoria de Wellington Oliveira Costa e Adriana Martins dos Santos, da ViaQuatro, foi o vencedor na Categoria 1 – Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço.

Joelson

“Com certeza estou ganhando o prêmio duas vezes, sendo uma delas o fato de ser finalista ao lado de grandes profissionais do ramo metroferroviário, o que é para mim um enorme privilégio. E, claro, a segunda ganhar o prêmio, deste que, de longe, é o maior evento da categoria”, disse Joelson Messias de Moura.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: Expansão de infraestruturas urbanas pela tributação do transporte individual – Pedro Dias Geaquinto; Mapa da Jornada do Cliente CPTM: uma nova abordagem sobre a relação empresa e sociedade – Orlando Gonçalves Faya Junior, Maicon Satiro de Oliveira e Renata Marie Miyasaki; Nova Metodologia de Gestão de Empreendimentos Metroviários – Priscilla Amaro Antunes Saldanha e Jayme Domingo Filho; O uso de dados do sistema de bilhetagem eletrônica no planejamento operacional de grades horárias – Frank Alves Ferreira; Cleber Correa.

SUSTENTABILIDADE, GESTÃO, COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Na Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional, o vencedor foi Tomada de decisão baseada em dados: como aumentar a eficiência nas contratações, de Leandro Kojima e coautoria de Reinaldo Teixeira Nappo, do Metrô de São Paulo.

Kojima

Após o anúncio, Leandro Kojima declarou: “Estou muito feliz com a premiação. Gostaria de agradecer primeiramente à AEAMESP, ANPTrilhos e CBTU pela oportunidade e pelo incentivo constante ao setor metroferroviário. Dedico este prêmio a toda a equipe da Gerência de Logística do Metrô de São Paulo. Estou aqui apenas os representando os membros da equipe, porque sei o quanto todos se desdobraram nessa pandemia para manter os insumos e o Metrô em operação”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: A Gestão de Contratos em Empreendimentos Complexos – Gerenciamento da Comunicação na Linha 15-Prata – Mariana Yassuda de Quadros Tavares, Silvia Giacobbe e Robson Ueno; Desafio da Gestão de Equipes em Home Office no CCO – Centro de Controle Operacional do Metrô-SP – Wellington Fonseca Dias e Luiz Antonio Alves; Flipped “Classtrain”: a sala de aula invertida do Departamento de Material Rodante do Metrô-SP – Flavio dos Santos Sapucaia e Tadeu Aparecido Oliveira Rocha; Inteligência Geográfica Aplicada a Análise de Risco Socioambiental em Empreendimentos Ferroviários – Bárbara Regina Batista Soares, André Antunes Caldeira, Poliana Taty Oliveira Dias e Vladimir Diniz Vieira Ramos.

SISTEMAS, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Na Categoria 3 – Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas, o vencedor foi Inovação na mobilidade de pessoas com deficiência visual no metrô de São Paulo, de Jaldomir da Silva Filho e coautoria de Eliete Mariani, do Metrô de São Paulo.

Jaldomir

Jaldomir da Silva Filho também fez uma declaração sobre sua conquista: “Agradeço a oportunidade que a ANPTrilhos, a CBTU e AEAMESP ofereceram para que nós pudéssemos apresentar esta importante iniciativa para a acessibilidade, representada pelo projeto NavGATe Siga Fácil. Com este projeto, o Metrô evoluirá a forma de prover mobilidade a seus passageiros, principalmente com deficiência visual, prezando os valores de autonomia e respeito que o Metrô de São Paulo tanto oferece ao cidadão desta importante cidade”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: Aplicação de manutenção baseada em condição para o material rodante – Rodrigo Ismail Miguel; Desafios e Inovações no Projeto Básico de Sistemas de Sinalização e Controle Centralizado da Extensão – Rubens Navas Borloni e Gabriel Franzotti Camilo de Souza; Informação na palma da mão: APP de apoio às equipes de manutenção para rápida consulta de dados – Caio César De Miranda Viana e Diego Guerreiro Bernardes; Monitoramento da lotação dos trens no Metrô-SP: Gestão da oferta no contexto do Covid-19 – Gabriel Rivelles Paiva; Bruno Lopes Fernandes; Fabianne da Silva Maia; Gabriel Rivelles Paiva; Marcelo da Silva Favarello.

MENÇÕES HONROSAS A TRABALHOS SOBRE A PANDEMIA

A organização do 7º Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU reconheceu com troféus de Menção Honrosa dois artigos que trataram do tema da pandemia. 

Um deles foi Desafio da gestão de equipes em home office no CCO – Centro De Controle Operacional do Metrô-SP, de autoria de Wellington Fonseca Dias e coautor Luiz Antonio Alves. O outro foi Monitoramento da lotação dos trens no Metrô-SP: gestão da oferta no contexto do COVID-19, de autoria de Gabriel Rivelles Paiva e coautores Bruno Lopes Fernandes, Fabianne da Silva Maia e Marcelo da Silva Favarello.

TODOS OS PARTICIPANTES MERECEM CONGRATULAÇÕES

O presidente da ANPTrilhos, engenheiro Joubert Flores, manifestou-se na cerimônia de premiação.  “Quero parabenizar os vencedores das categorias e todos os participantes do 7º Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU”, disse.  Ele acrescentou que a pandemia causada pela Covid-19 impactou fortemente a vida das pessoas e que o setor manteve suas operações para garantir os deslocamentos das pessoas que precisaram do transporte neste período. “A dedicação dos nossos profissionais foi ainda maior diante deste cenário e, mesmo com os desafios que tiveram com a pandemia, os profissionais se dedicaram à produção dos artigos técnicos. Tivemos recorde de inscrições neste ano e esses trabalhos mostram o esforço dos técnicos para participar do Prêmio e tratar de temas atuais e de grande relevância”.

O diretor de Planejamento e Relações Institucionais da CBTU, Pedro Cunto, destacou a contribuição do Prêmio para o setor. “O Prêmio, junto com a Semana de Tecnologia da AEAMESP, traz uma enorme contribuição para a ferrovia e nos mostra a grande quantidade de profissionais extremamente qualificados e inovadores que temos por aqui”.

A engenheira Silvia Cristina Silva, presidente da AEAMESP, assinalou que a parceria da AEAMESP com a ANPTrilhos e CBTU na organização das edições do Prêmio nesses últimos sete anos tem caracterizado uma riqueza técnica, o que foi comprovado neste ano pela quantidade recorde de trabalhos inscritos.

Ela fez questão de realçar o esforço de autores e examinadores no desenvolvimento de cada edição do Prêmio, informando que neste ano foram inscritos 193 trabalhos, dentre os quais, numa primeira fase, foram selecionados 45 trabalhos submetidos a uma nova seleção que resultou nos 15 trabalhos finalistas. “Há um processo de seleção, mas, no fundo, todos estão de parabéns pelo esforço da participação”, frisou.

26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA– VIII

Temas, debates, discussões e apresentações nas sessões da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

A seguir, são apresentados os painéis de debate e sessões expositivas dos quatro dias da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

PRIMEIRO DIA – 1 DE SETEMBRO DE 2020

Ricardo Vargas

Tempos de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade

A conferência inaugural da 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária em 1º de setembro de 2020 foi desenvolvida pelo engenheiro, conferencista e escritor Ricardo Vargas, descrito como um dos principais defensores da economia por projetos.

Ele falou a respeito do conceito designado pela sigla VUCA, formada pelas iniciais dos termos em inglês que caracterizam a atual quadra da história humana: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.

O emprego do conceito VUCA teve origem no ambiente militar e serviu originalmente para explicar a situação mundial após o fim da guerra fria há 30 anos; mais tarde, mostrou-se aplicável também ao ambiente corporativo.

Em resumo, o conceito VUCA chama a atenção para a rapidez com que as mudanças acontecem e o volume dessas transformações, o que gera certa dificuldade e previsão do futuro e de entendimento dos diversos fatores que permeiam o trabalho.

Na conferência ele aponta e explica nove dicas para atuar no ambiente enquadrado no conceito VUCA. São elas: 1 – Adapte-se; 2 – Tenha velocidade; 3 – Aprenda a desaprender; 4 – Aceite e escute ideias diferentes; 5 – Entenda que nem tudo é resolvido tecnicamente; 6 – Simplifique; 7 – Perceba que relações de causa e efeito podem não ser tão óbvias; 8 – Domine o medo; 9 – Aceite que você controla pouco ou quase nada.

Ricardo Vargas apresentou ainda três pensamentos finais: 1) Não espere um cenário estável porque ele não existe; 2) A volatilidade gera estresse e as pessoas geralmente odeiam estresse; 3) Em ambientes instáveis, a paixão pelo que você está fazendo faz uma grande diferença. E concluiu com uma frase de Voltaire: “A incerteza é uma posição incômoda. Mas a certeza é uma posição absurda”.

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SEGUNDO DIA – 2 DE SETEMBRO DE 2020

Plataforma de estação, Metrô do Porto. Foto: Metrô do Porto/reprodução 

Metrôs do Porto e de Madri contam como conduzem a retomada

A abertura dos trabalhos do segundo dia da 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária, 2 de setembro de 2020, teve o painel internacional promovido pela Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS), com o título Normalização do transporte na pós-pandemia. Houve relatos das experiências do Metrô do Porto, feito pelo diretor de Operações, João Nuno Aleluia, e do Metrô de Madri, realiazado pela chefe do Serviço de Operação, Raquel Calvo Aller, que fez uma ponderação que pode resumir parte dos ensinamentos da sessão: “Diante de um futuro incerto, temos que encontrar meios para recuperar a confiança dos usuários”.

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Estação do Metrô de Madri

Planejamento, projetos e gestão da expansão do Metrô-SP

O segundo tema do segundo dia – Planejamento, projetos e gestão da expansão do Metrô-SP –, trouxe uma proposta de enfoque significativamente ampla e que exigiu considerável aprofundamento conceitual de quatro executivos da Companhia do Metropolitano de São Paulo. Planejamento estratégico. Luiz Claudio Didio Briani, gerente de PMO (escritório de planejamento corporativo), falou a respeito da gestão do plano de expansão de longo prazo do Metrô-SP, considerando a adaptabilidade frente às mudanças de cenário. Etapas de planejamento. Luiz Antônio Cortez Ferreira, gerente de Planejamento e Meio Ambiente, reforçou a importância do planejamento para o processo de ampliação da rede e falou das etapas de planejamento para implantação de novas linhas. Uniformização de projetos. Carlos Eduardo Paixão de Almeida, gerente de Projetos, mostrou como a companhia tem buscado soluções técnicas uniformizadas para elaboração de projetos de construção civil e de instalação de sistemas, a fim de obter mais agilidade na análise e aprovação destes projetos. Ações na área operacional. Antônio Marcio Barros Silva, gerente de Operação, destacou as ações desencadeadas por sua área para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.

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Valéria, Falchi, Silvia e Álvaro

Inovação no Metrô-SP 

O diretor Assuntos Corporativos, Alfredo Falchi Neto, coordenou a sessão que tratou do tema Inovação da Companhia do Metropolitano de São Paulo. MetroLab. Um dos destaques da sessão foi a apresentação do MetroLab, primeiro laboratório de inovação do setor metroviário do mundo; trata-se de um projeto concebido em 2019 pela Universidade Corporativa do Metrô de São Paulo (Unimetro) em parceria com o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Essa parte da sessão teve a participação de Álvaro Santos Gregório Filho, do NIT, e de Sílvia Regina Pasini, da Unimetro. PLIM. Outro tema foi o PLIM, um programa estruturado do Metrô-SP visando à captação de ideias. A iniciativa busca impulsionar o protagonismo dos empregados, estimular a cooperação entre diferentes áreas, identificar de talentos e disseminar a cultura da inovação, segundo explicou a líder do PLIM, Valéria Aparecida Cabral.

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Meca, Silvia Cristina, Mendonça e Argenton

Três grandes sistemas e seus desafios para os novos tempos

A presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva, coordenou o penúltimo painel do segundo dia que relatou experiências de três dos maiores sistemas metroferroviários do país relativas aos desafios que vem sendo enfrentados na operação, manutenção e expansão do transporte, tendo em vista preparação do transporte sobre trilho para os novos tempos. CPTM. A primeira exposição foi do diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Luiz Eduardo Argenton. Ele informou que, com a pandemia, a companhia transportou registrou considerável queda de demanda, mas manteve a oferta, continuou com as atividades de manutenção corretiva e preventiva, implantou melhorias operacionais, deu início a estudos de revitalização da Estação Palmeiras-Barra Funda, iniciou a operação da nova Estação de Francisco Morato e prosseguiu com testes de recebimento dos trens da série 2500. MetrôRio. O diretor de Manutenção e Engenharia do Metrô Rio, Cristiano César de Mendonça, disse que o sistema teve redução de 80% do número de passageiros. Ele considera que inovação, tecnologia e eficiência serão três fatores fundamentais para a reversão do presente o cenário e destacou que a companhia carioca investiu em um modelo de manutenção diferenciado, baseada em monitoramento, e em um programa de gestão de ativos focado em eficiência de custos e extensão de vida útil. Metrô-SP. O diretor de Engenharia e Planejamento Metrô-SP, Paulo Sérgio Amalfi Meca, afirmou que obras de expansão tiveram o ritmo prejudicado pela pandemia, especialmente por afastamento de operários e falta de insumos, mas sublinhou que apenas uma obra ficou totalmente paralisada. Ele informou que as expectativas são de que, até o final de 2026, a rede metroviária de São Paulo ganhe mais de 42 novos quilômetros. Entre os desafios a serem enfrentados depois da pandemia elencou as restrições orçamentárias, a busca de novos modelos de negócios para a expansão metroferroviária e a procura por soluções de projetos que tragam redução do custo de implantação de novas linhas. Ele apontou a necessidade de uma legislação que reduza significativamente os custos de implantação de novos projetos.

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Um panorama das inovações na indústria ferroviária brasileira

Vicente Abate

Na sessão final do segundo dia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, apresentou um panorama das principais inovações tecnológicas apresentadas por fabricantes brasileiras do setor. Vagões. O dirigente disse que, quanto aos vagões de carga, disse as atualizações mais recentes buscaram aumentar a capacidade de carga e a velocidade de carga e descarga com o vagão em movimento. Locomotivas. Já as inovações tecnológicas em locomotivas tiveram como foco a redução do consumo de combustível e aumento da capacidade de tração com a mesma potência. Quanto aos carros de passageiros, o objetivo das inovações tem sido proporcionar maior conforto e segurança ao usuário e a redução de consumo de energia. Novidades. O presidente da ABIFER mencionou duas novidades: o Greentech FreeDrive, um sistema a bordo desenvolvido pela CAF, que recupera a energia cinética liberada na frenagem, permitindo que os trens a usem e melhorem a eficiência energética do veículo, e o veículo Aeromovel Geração 6, desenvolvido por meio de uma parceria entre a AEROM e a Marcopolo.

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TERCEIRO DIA – 3 DE SETEMBRO DE 2020

Rodrigo, Eleonora e Valeska

Comunicação e os desafios para o depois da pandemia

Na abertura do terceiro dia, 3 de setembro de 2020, a União Internacional de Transportes Públicos (UITP), Divisão América Latina, promoveu 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária a sessão “Os desafios pós-pandemia – Como a comunicação pode ajudar”  Estudos. A chefe do escritório da entidade, Eleonora Pazos, apresentou dados estudos que UITP realizou nos últimos meses em diferentes partes do mundo para entender o contexto atual, detectando tendências quanto à mobilidade que devem permanecer após a pandemia. Essas tendência de agrupam em três blocos: Global, que inclui crescimento da demanda, desigualdade socioeconômica, ampliação do comércio eletrônico e transformação da topologia das cidades; Comportamental, significando trabalho remoto ou mais flexíveis, consciência de biossegurança em viagens, estilo de vida de mobilidade mais saudável e novos padrões e frequências de viagens; e Tecnologia/Mercado, com digitalização de ofertas, aceitação de novas formas de mobilidade como parte do sistema, consolidação de players de mobilidade privada e sistemas de transporte inteligente. Transporte e saúde. Eleonora acrescentou que outro estudo realizado pela UITP, em maio, identificou que, especialmente na Europa, as pessoas querem usar o transporte público por acreditarem que ele possa melhorar a saúde da cidade e até mesmo ajudar a combater futuras pandemias. Valorizar atributos. A coordenadora do Programa Melhores Práticas de Comunicação da UITP América Latina, Valeska Peres Pinto, disse que o cenário pós-pandemia na região será marcado por alguns fatores como desemprego, retomada lenta de atividades e redução de viagens, bem como uma maior adesão ao trabalho remoto, telemedicina, ensino a distância, e-commerce e delivery. Ela acredita que mesmo diante dessa situação “os trens e carros do metrô não sairão dos trilhos”, mas adverte que é preciso valorizar os atributos deste modo de transporte. Comunicação. O especialista em Marketing e Comunicação Social, Rodrigo Magalhães, assinalou que este é um momento em que o setor de transporte público está sofrendo muito e que, diante dessa situação, a comunicação não pode ser postergada. É preciso que as operadoras criem uma comunicação regular, que evidencie os benefícios deste meio e passem a entender a comunicação como parte da estrutura de negócios.

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Lenice, Paulo, Luiz Antônio, Joana, Eduardo e Sílvia

Uma apresentação da Metrô Consulting

Com a participação de seis executivos e especialistas do Metrô de São Paulo – os engenheiros Luis Antônio Silveira, Eduardo Rozanczyk, Joana Riquelme Agapito de Paula e Paulo Moraes, a administradora Silvia Pasini e a psicóloga Lenice Nunes, a sessão do final da manhã fez uma apresentação da Metrô Consulting, área que – com apoio de outras áreas e diretorias da companhia, entre elas a Universidade Corporativa (Unimetro) – coloca à disposição do mercado todo um grande conjunto de possibilidades que formam a expertise do Metrô-SP. Atuação. Descrita como a Divisão de Consultoria Empresarial e Treinamentos do Metrô de São Paulo, a Metro Consulting tem atuação que compreende desde a elaboração de editais e estruturação de processos até o treinamento de equipes e licenciamento ambiental, passando pelos estudos de viabilidade, projetos de arquitetura e urbanismo, gestão dos empreendimentos e obras, assessoria jurídica, gestão administrativa e financeira de contratos, testes ‘brownfield’ e ‘greenfield’, consultoria de operação e manutenção e modelagem de negócios para a geração de receitas não tarifárias.

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Emiliano, Avelleda, Pedro Moro, Cortez. No quadro maior, Anie Amicci

Planejamento Urbano e Mobilidade, caminhando lado a lado

A construção de cidades mais ágeis e sustentáveis foi um dos focos centrais da sessão Planejamento Urbano e Mobilidade: andando juntos, realizada na manhã do terceiro dia da 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária, 3 de setembro de 2020. A sessão foi coordenada pelo engenheiro Emiliano Affonso, do Metrô-SP. Externalidades negativas. O gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô-SP, Luiz Antônio Cortez Ferreira listou as principais consequências negativas do transporte individual para a qualidade de vida das cidades (poluição, alto consumo de energia, demanda por espaço, acidentes de trânsito e congestionamentos) e ressaltou a importância do transporte coletivo para saneamento destes problemas. Ele disse que o padrão de expansão da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) aliado à concentração de empregos nas áreas centrais traz a saturação dos sistemas de transportes. Importância do transporte sobre trilhos. Ele observou que já há saturação dos eixos rodoviários que chegam à RMSP e que o colapso destes eixos poderá chegar a qualquer momento, o que reforça a necessidade de haver uma rede de trens intercidades que promova o deslocamento adequado. “É preciso implantar uma rede de trens que nos permita ordenar a ocupação do território regional e interiorizar o desenvolvimento, a fim de conter o espraiamento caótico e distópico”, disse. Transporte e cidade. Entre as soluções para lidar com isso, Cortez destacou o desenvolvimento orientado pelo transporte. Esse conceito prevê a criação de diretrizes para evitar que as cidades se espalhem muito e promover o uso eficiente das infraestruturas urbanas, em especial com a aproximação entre áreas de moradia e as fontes de emprego por meio do estímulo ao misto do solo próximo aos corredores e eixos de transporte coletivo.  Dentro desse conceito cabem as estações de alta capacidade como centros de qualidade de vida urbana. “A visão do Metrô-SP é a de promover uma cidade para as pessoas, atuando no desenvolvimento imobiliário e na oferta de serviços, comércio e conveniências em suas instalações”, disse. Trem Intercidades. O presidente da CPTM, Pedro Tegon Moro, apresentou o Trem Intercidades, que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Americana. Entre os benefícios do projeto, que será viabilizado em uma Parceria Público-Privada (PPP), destacam-se o aumento da acessibilidade entre metrópoles e cidades polo; expansão da infraestrutura de transporte para passageiros e cargas, aliviando rodovias e vias urbanas; geração de oportunidades de negócios e de empregos no segmento ferroviário; e atendimento de metas de redução de emissões de gases do efeito estufa. Defesa da Autoridade Metropolitana de Transporte. O diretor da entidade internacional WRI Ross Center, com sede em Washington, Estados Unidos, Sérgio Avelleda, que já presidiu o Metrô-SP e a CPTM e foi secretário municipal de Transportes de São Paulo defendeu a criação da Autoridade Metropolitana de Transportes. Ele argumentou que cada cidade tem gerido o seu sistema de transporte de maneira individual, o que gera um problema sistêmico na mobilidade. E que não é mais possível acreditar que os problemas estruturais das grandes metrópoles sejam resolvidos sem ações integradas. “Talvez, diante da crise de sustentabilidade do transporte coletivo que estamos vivendo, os prefeitos resistentes às políticas de criação de uma autoridade metropolitana comecem a abrir suas mentes para esta mudança necessária”. Visão sistêmica. A gerente de Mobilidade Urbana do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Anie Amicci, reforçou a importância de uma visão sistêmica do transporte e do planejamento integrado, para que seja possível reduzir as ineficiências deste sistema, bem como suas externalidades negativas.

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A importância do monitoramento de ativos metroferroviários

José Eduardo Aguiar

Em 3 de setembro de 2020, foi desenvolvida na 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária a palestra técnica intitulada Monitoramento de ativos para redução de riscos operacionais e planejamento da manutenção em malhas ferroviárias, a cargo do engenheiro civil com pós-doutorado em Patologia das Construções e diretor da empresa Recuperação Engenharia José Eduardo Aguiar.

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Gardini, Machado, Fábio Lavor,  Abate,  Febeliano e Camila Rodrigues

Perspectivas e o potencial de crescimento do setor ferroviário

No período da tarde do terceiro dia, 3 de setembro de 2020, desenvolveu-se, como parte da programação da 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária, o IV Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em parceria com a AEAMESP. O encontro foi mediado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, A abertura, com as participações de Adalberto Febeliano, diretor adjunto da divisão de Logística e Transportes do Departamento de Infraestrutura (DEINFRA), da FIESP, e Pedro Machado, conselheiro da AEAMESP. Houve exposições de Camila Rodrigues, gerente jurídica da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fábio Lavor Teixeira, diretor do Departamento de Novas Outorgas e Políticas Regulatórias Portuárias da Secretaria Nacional de Portos do Ministério de Infraestrutura. Perspectivas e potencial do setor. Os especialistas expuseram as perspectivas e o potencial de crescimento do setor ferroviário no Brasil por meio de novos projetos, como os incluídos no PDZ do Porto de Santos, e a implantação de novas tecnologias no transporte de carga. Compromisso governamental via política integrada. Gustavo Gardini, diretor de Novos Negócios da DB International Na visão apresentada pelo executivo, o sucesso da logística e da mobilidade de um país é garantido pelo pleno compromisso do governo através de uma política integrada de planejamento e investimentos, bem como por meio de um marco legal que estabeleça regras claras, objetivas e transparentes para o setor privado investir e operar. Encerramento. A engenheira Sílvia Cristina Silva, presidente da AEAMESP, encerrou o encontro.

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Renato Meirelles

Relançado o movimento Brasil Trem Jeito

Na penúltima sessão do dia, houve o relançamento do movimento Brasil Trem Jeito – iniciativa criada há 25 anos. O porta-voz do relançamento foi Renato Meirelles, presidente da CAF Brasil, diretor da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e conselheiro delegado do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE). Meirelles apresentou reflexões do setor de transporte de passageiros sobre trilhos e a urgência em priorizar os investimentos e direções para uma maior “ferroviarização” do Brasil.

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Cláudio Ferreira

Metrô-SP e o desafio para a geração de novas receitas

Com coordenação do diretor comercial do Metrô de São Paulo, Cláudio Ferreira, a sessão final do terceiro dia teve por tema Desafio para a geração de novas receitas. Crescimento.  Ferreira explicou que a Diretoria Comercial é encarregada de buscar todas as receitas não provenientes de tarifas, as chamadas, “receitas acessórias”. E informou que um dos desafios é aproximar as grandes marcas do Metrô de São Paulo para gerar novos tipos de receitas, e que outro desafio colocado para o momento é justamente alterar a composição rendimento dos pilares de receitas acessórias do Metrô-SP. Modificação dos pilares. Segundo o diretor, as receitas acessórias vinham crescendo 6% ao ano e a diretoria atual colocou como objetivo 21% de crescimento anual. Com isso, está em processo uma reestruturação das metas, abrindo espaço para novas fontes de receita.  A rubrica do desenvolvimento imobiliário, que respondia por 46% das receitas seguirá importante, mas com apenas 37%. O varejo passará dos 24% anteriores para 16%; a publicidade, de 19% para 15%; as telecomunicações, item que antes tinha 6%, desaparecerá como rubrica, e as alienações, que respondiam por 4% das receitas, deverão responder por 16%. Outras duas rubricas aparecem remuneração inicial, com 8% e o Metro Consulting (venda de consultoria e serviços baseados na expertise do Metrô de São Paul), com 4%%.

Ana Célia Biondi e Luiz Fernando Bueno

Exposições sobre publicidade e comercialização de espaços. Participaram da sessão Ana Célia Biondi, CEO da JC Decaux, concessionária que tem a permissão para vender os espaços publicitários no Metrô de São Paulo, e Luiz Fernando Bueno, CEO da Unitah Empreendimentos, um consórcio que explora áreas comerciais da companhia.

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Uma intensa programação de workshops

Em paralelo às sessões técnicas e painéis, o segundo e o terceiro dias da 26ª Semana de Tecnologia Metroferrroviária registraram o desenvolvimento de workshops promovidos por empresas.

CINCO SESSÕES DO SEGUNDO DIA

No segundo dia, foram desenvolvidos cinco workshops. A Alstom discutiu o tema Gestão da Manutenção Ferroviária – Manutenção Preditiva.

Soluções eficiente para veículos sobre trilhos foi o tema desenvolvido pela Liebherr,

A BYD tratou debateu A importância das parcerias público-privadas (PPPs) no setor metroferrovíário e a participação da BYD neste segmento.

Dados e os novos tempos: desafios da Lei Geral de Proteção de Dados foi o título do workshop desenvolvido pelo escritório Duarte Garcia/ Duarte Garcia, Serra Neto e Terra focalizou o tema

Grupo Brastran tratou do tema Inovação Brasileira: Inspeção e monitoramento da via e material rodante com tecnologia remota.

E na última sessão do dia, a Genetec focalizou o tema Cybersecurity: Construindo uma rede de confiança.

NO TERCEIRO DIA, MAIS TRÊS SESSÕES

O primeiro deles foi promovido pela Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, e abordou as novas tecnologias aplicadas a projetos de infraestrutura ferroviária.

Na sequência, a Voestalpine, fornecedora mundial de arames sólidos e tubulares para o setor automotivo, apresentou um workshop com o tema Máquinas de Chave para Jacaré de Ponta Móvel (JPM).

Para encerrar, a Siemens, potência global nos campos da indústria, energia e soluções de infraestrutura, falou sobre Estações Digitais, com foco nos desafios das operações metroferroviárias.

Acesse a página com todos os workshops

ÚLTIMO DIA – 4 DE SETEMBRO DE 2020

Composição do VLT Carioca

Resultados, desafios e perspectivas para o VLT no Brasil

Durante a abertura da sessão O VLT Hoje no Brasil: Resultados, Desafios e Perspectivas, o diretor da AEAMESP, arquiteto, urbanista e historiador Ayrton Camargo e Silva, destacou: “O potencial do VLT vai muito além de prover viagens urbanas de qualidade. Trata-se de uma opção para criar cidades mais saudáveis e economicamente competitivas”. Ele informou que existem no mundo, atualmente, 402 sistemas de VLT, sendo que mais da metade deste total está concentrada na Europa. “Na América Latina existem apenas sete sistemas, contando com os dois que temos no Brasil. Ou seja: há um grande desafio pela frente e um mercado de mobilidade espetacular para trabalharmos no país”.

O secretário geral para o Brasil da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), Jean Pejo, assinalou que existem três fatores principais que impedem a viabilização do VLT, referindo-se à falta de conhecimento, de políticas públicas e de apreço pela sociedade. “O VLT é um sistema que garante mais qualidade de vida para os cidadãos, abrindo espaço para que arquitetos e urbanistas trabalhem em melhorias. Além disso, ele não polui, não apenas no sentido ambiental, mas também no sonoro e visual. É preciso orientar prefeitos e governadoras para que eles entendam o que o VLT de fato é: não um centro de custo, mas um centro de desenvolvimento e riqueza para as cidades”, assinalou.

Para exemplificar o potencial deste meio de transporte, a sessão ainda trouxe representantes de dois sistemas de VLT brasileiros. Paulo Ferreira, diretor de Engenharia e Operação do VLT Carioca, no Rio de Janeiro, disse que o sistema está em operação desde 2016 e que já transportou 121 mil passageiros por dia antes da pandemia.

VLT da Baixada Santista

O assessor técnico de Gestão Contratual da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), João Paulo Rodrigues falou sobre o VLT da Baixada Santista, sob responsabilidade dessa companhia. Ele disse que o primeiro trecho do sistema, que conta com 11,1km de extensão, foi entregue à população em janeiro de 2017, novos trechos darão ao sistema extensão total de 26 km. “Quando VLT da Baixada Santista nasceu, ele foi integrado a 42 linhas metropolitanas”, disse o representante da EMTU

O líder do movimento Pró-VLT de Cuiabá (MT), Vicente Vuolo, levou ao encontore um panorama sobre o VLT cuiabano, que está com as obras paradas há cinco anos. Se tivesse sido concluído, o sistema teria 22,2 km.

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Ayrton, Jean Pejo, Vuolo e Rodrigues. No quadro maior, Paulo Ferreira

Convidados internacionais discutem as tendências da mobilidade

Organizada pela AEAMESP, em parceria com a Via Brasil e a revista Sobretrilhos, a sessão internacional As tendências da mobilidade no pós-pandemia trouxe uma visão sobre o transporte de passageiros a partir da experiência de diferentes países.

Elise Racicot, cônsul e diretora do Programa Comercial do Canadá Brasil, fez uma exposição inicial. Para fomentar o debate, o adido do Consulado do Canadá e Comissário de Comércio/Infraestrutura, Márcio Francesquine, destacou que o planejamento urbano digital e a construção de cidades inteligentes passam a ser cada vez mais vitais.

Ana Lúcia, Elise, Peter, Octávio, Ricardo e Márcio

Octavio Jiménez, Associado do Grupo IBI, que é considerado um dos maiores grupos de engenharia do Canadá, apresentou ações que foram adotadas nos últimos meses para apoiar a biossegurança no transporte e a mobilidade: redução da capacidade dos veículos, para assegurar o distanciamento social, a instalação de barreiras protetoras de acrílico para proteger os operadores, a operação em horário diferenciado e a eliminação do pagamento de tarifas com contato físico

Chefe da América Latina da empresa americana HyperloopTT, Ricardo Penzin, apresentou um novo sistema de transporte capaz de viajar a velocidades altíssimas e que desafia os modelos convencionais. O Hyperloop, como é chamado, é composto por tubos despressurizados pelos quais viajam vagões através de levitação magnética, atingindo velocidades de até 1.200 km/h. Ao final das apresentações, o consultor independente de Transportes na área de Tecnologia, Peter Alouche, trouxe insights sobre o futuro da mobilidade brasileira. A Sessão Internacional foi coordenada pela jornalista Ana Lúcia Lopes, que é diretora da Via Brasil e da revista Sobretrilhos.

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