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EDIÇÃO 482, DE 1 A 30 DE SETEMBRO DE 2021

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – I

AEAMESP realizou com êxito a 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária em formato virtual

Novamente em formato 100% online, realizou-se no período de 14 a 17 de setembro de 2021 a 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e a METROFERR Lounge Experience 2021. O tema geral do encontro foi Trilhos para um futuro sustentável.

Engenheira Sílvia Cristina Silva, presidente da AEAMESP

“A 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária contou com mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais, divididos em salas técnicas, workshops, painéis e debates. Foram mais de 40 horas de conteúdo exclusivo, que trouxeram luz a uma série de temas de interesse do nosso setor. Pelo segundo ano consecutivo foi realizada remotamente e chegamos a um público expressivo, do Brasil e do Exterior”, afirmou a engenheira Sílvia Cristina Silva, presidente da AEAMESP.

O público reuniu presidentes, dirigentes e profissionais de empresas, como engenheiros, arquitetos urbanistas e especialistas das áreas de planejamento e controle, projetos, infraestrutura e obras, logística, compras, planejamento estratégico, engenharia, tecnologia, manutenção, operação e especificação. Também participaram representantes de órgãos públicos, entidades de classe e de instituições não governamentais de representação autônoma.

No último dia do encontro, juntamente com membros da diretoria da entidade, a presidente Silvia Cristina Silva celebrou os bons resultados da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Segundo ela, novos tempos devem vir para o mundo, uma nova realidade para todos. “O setor metroferroviário vem, ao longo dos anos, se adaptando às mudanças, crescendo e evoluindo na medida do possível. Estamos vivenciando um tempo de aprendizados sobre como viver esse chamado ‘novo normal’. Temos esperança que o mundo seja melhor, que nosso futuro seja ainda mais sustentável. Queremos que todos possam contar ainda mais com o transporte sobre trilhos”.

PAINÉIS

Desta edição do Boletim AEAMESP constam os principais fatos da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Desde que disponível, a gravação de cada painel estará acessível por meio de link ao final de sua respectiva notícia. Todas as gravações estão também no hotsite do encontro, podendo ser acessadas livremente.

O hotsite da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária permanecerá com todos os seus conteúdos disponíveis por um ano.

Clique aqui para acessar o hotsite.

ESTUDOS TÉCNICOS

Como aconteceu em edições anteriores, os estudos técnicos foram agrupados em oito categorias: Gestão Empresarial,  Inovação,  Manutenção  Metroferroviária, Locomotivas e Vagões,  Sustentabilidade, Sistemas, Planejamento de Transportes, e Via Permanente.

PATROCINADORES E EXPOSITORES

A 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária teve o patrocínio das seguintes empresas: Alstom, Backroom, BYD, CAF, Genetec, Liebherr, Linha Uni, Metrus, P2A, Proimage, Rumo, Siemens, Thales, Voestalpine Railway Systems e Voith.

O evento também contou com apoios e parcerias institucionais, presença da mídia, painéis temáticos, seminários, workshops, estandes virtuais e muitos trabalhos técnicos.

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II

Engenheiro Alexandre Freitas Pinto, vice-presidente da AEAMESP

Alexandre Freitas Pinto anunciou que 28ª Semana de Tecnologia acontecerá de 13 a 16 de setembro de 2022.

Coube ao vice-presidente de Assuntos Técnicos da AEAMESP e coordenador técnico da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, engenheiro Alexandre Freitas Pinto, anunciar a realização da 28ª Semana, no período de 13 a 16 de setembro de 2022.

Ele informou que naquele momento do anúncio ainda não estava definido o local do próximo encontro, mas garantiu que será um ambiente acolhedor e adequado para o encontro, que deverá ser presencial.

Disse também que mesmo havendo atividades presenciais, a 28ª Semana deverá promover a transmissão online das sessões, uma vez que ficou provado que esse recurso amplia o alcance junto ao público diretamente interessado no evento.

Sobre o congresso que chegava ao fim, o vice-presidente da AEAMESP afirmou: “Foi novamente um sucesso em termos de disseminação de conteúdo técnico-científico. Mais uma vez tivemos sob o olhar os players do setor e não deixamos de ser notados e transmitir o nosso recado”.

Veja a sessão final da 27ª Semana de Tecnologia  

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II

Proclamados os vencedores do 8º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU

Como parte da programação do primeiro dia da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 14 de setembro de 2021, foi realizada a sessão de proclamação dos vencedores do 8° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU, antecedida do pronunciamento de abertura da presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Pereira.

ESTÍMULO E INTERCÂMBIO

O objetivo desse prêmio é incentivar a produção técnica do setor metroferroviário e o intercâmbio tecnológico entre os profissionais do setor, divulgando e dando reconhecimento à produção técnica e acadêmica desses profissionais, contribuindo para o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil.

Os vencedores de cada categoria do 8° Prêmio de Tecnologia receberam um valor em dinheiro, troféu e certificado. Todos os finalistas receberam troféu e certificado de participação.

A AEAMESP registrou 127 inscrições de sínteses de artigos técnicos para participar da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Desses, 118 participantes indicaram seus trabalhos para concorrer ao 8º Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU.  As sínteses recebidas foram avaliadas pela Comissão Técnica da Semana de Tecnologia Metroferroviária e 106 foram selecionadas para desenvolver o artigo final e serem apresentadas na Semana, sendo que 45 trabalhos concorreram ao Prêmio de Tecnologia.

PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO TARIFAS E CUSTEIO

O estudo técnico Impactos da Covid-19 no MetrôRio e estratégias de mitigação de impactos, de Guilherme Bieler e coautoria de Fellipe Farias e Anna Clara Fernandes foi o vencedor na Categoria 1 – Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço.

Guilherme Bieler

Qualificando o trabalho como “relato sobre um período tão atípico, intenso e difícil para todos do nosso mercado”, Guilherme Bieler afirmou: “Essa conquista só reforça que a união entre as áreas da companhia foi extremamente importante no combate à crise instaurada pelo novo coronavírus, pois o artigo só se fez possível em função dos relatos de todas as ações tomadas por distintos departamentos. Agradeço aos colegas de área e coautores, bem como a todos que cederam alguma informação e viabilizaram o artigo. Que venham dias melhores para o nosso setor”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: A relevância do Metrô de São Paulo na transformação da mobilidade urbana após o Covid-19 – Lívia Savignano Fortes; Análise Multicritérios para Novos Trens Turísticos: construção de um modelo para projetos no Brasil – Ewerton Henrique de Moraes; Inteligência Artificial na gestão Metroferroviária: Transformando dados em informações de alto valor – Eduardo Augusto Campos; Novo Modelo de Geração de Viagens – Alexandre Frazão D’Andrea e José de França Bueno.

SUSTENTABILIDADE, GESTÃO, COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Na Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional, o vencedor foi o estudo técnico intitulado O papel da liderança no enfrentamento da maior crise financeira do setor metroviário, de Mariana Yassuda de Quadros Tavares e Leandro Kojima.

Mariana Yassuda de Quadros Tavares

“Sermos selecionados como finalistas e termos recebido o Prêmio é uma honra enorme. É o reconhecimento concreto pela dedicação, pesquisa e estudos no setor metroferroviário em uma fase tão difícil e delicada para as lideranças, por conta da pandemia. É muito gratificante profissionalmente e pessoalmente, e esperamos que o artigo e a apresentação sirvam de inspiração para nossos times e colegas de trabalho, no interesse pelo nosso setor, no surgimento de novas ideias e processos, e no olhar para novos horizontes”, disse Mariana Yassuda de Quadros Tavares.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: A importância do Business Intelligence (BI) na priorização e gestão efetiva da capacitação técnica – Julio Mitsuhiro Obuchi; Estudo dos coeficientes de carbonatação dos concretos de diferentes linhas do Metrô de São Paulo – Marcelo Gabriel Capacla e Tatiana de Cassia Coutinho da Fonseca; MEETUP LAB: Fomentando a discussão técnica e aumentando a integração entre os colaboradores da CPTM – José Luís de Almeida Menezes; O modelo de redes colaborativas como paradigma de gestão – Marcos Gatti e Leonel Filipe Santos Patrício.

SISTEMAS, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Na Categoria 3 – Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas, o vencedor foi o estudo técnico Modernização das opções de meios de pagamento para os clientes da CCR Metrô Bahia – Rede Credenciada, de autoria de Frederico Cortez Pimentel.

Frederico Cortez Pimentel

A respeito da distinção, Frederico disse: “Essa premiação significa muito para nossa equipe, para a gestão e para mim, pois representa a história e as conquistas que a nossa área precisou alcançar durante esses anos. Ainda há um longo caminho a ser trilhado com relação aos meios de pagamento no transporte público, mas o sentimento de estarmos no caminho certo veio com esse Prêmio. Só tenho a agradecer a gestão e a diretoria que sempre acreditaram em nosso time. Ficamos muito felizes em participar de um evento tão importante”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: Análise técnico-econômica para implantação de Subestações Inversoras por simulação computacional – Ruan Streitenberger Guedes, Jean Marco Rodrigues Fini e Carlos Alberto de Sousa; Exibição da Ocupação do Carro Metroviário nos Monitores de Plataforma da Estação – Eduardo Canegusucu, Francisco Moraes Gomes, Newton Ibelli de Araujo e Thomas de Barros Rose; Gerenciamento do atrito no VLT Carioca –Renan dos Santos Moreira e Luiz Antônio Silveira Lopes; Sensor de alta tensão para conversores estáticos – Bruno Rafael Guedes da Silva.

MANIFESTAÇÕES

Joubert Flores e Adriana Fonseca Lins

O presidente da ANPTrilhos, engenheiro Joubert Flores, manifestou-se na cerimônia virtual de premiação.  “Muito nos honra a parceria com a CBTU e a AEAMESP para a realização dessa premiação, que é uma oportunidade de incentivar os profissionais do setor a produzirem artigos técnicos e compartilharem o seu conhecimento em temas relevantes, dando oportunidade aos demais profissionais do setor de usufruírem dessas informações. Que a nossa parceria se perpetue e possamos continuar fazendo esse trabalho cada vez melhor para o benefício das nossas empresas, do nosso País, da tecnologia e dos nossos profissionais, principalmente, os jovens, que temos que incentivar”.

Por sua vez, Adriana Fonseca Lins, diretora técnica adjunta da CBTU, destacou o incentivo à produção técnica: “Quando nos embrenhamos na área acadêmica e escrevemos artigos científicos, defendemos tese, estamos realizando sonhos e redescobrindo a ciência dos tempos de laboratórios escolares. Todos os artigos selecionados trouxeram contribuições relevantes para o desenvolvimento científico do País e devem ser parabenizados por isso, sendo todos vencedores”.

A engenheira Silvia Cristina Silva, presidente da AEAMESP, lembrou a missão da entidade de valorizar, difundir e representar a tecnologia metroferroviária. “Parabéns a todos que concorreram ao Prêmio. Tenho certeza que vocês dedicaram muito tempo pensando nos artigos que iriam nos entregar. A AEAMESP tem como missão compartilhar o conhecimento de todos vocês e nasceu com a missão de tirar da gaveta os trabalhos que os técnicos tinham e não conseguiam compartilhar ao mesmo tempo. O Prêmio ANPTrilhos-CBTU veio reforçar essa vontade de compartilhar conhecimento”,.

Os artigos selecionados estão disponíveis na plataforma que agrega todas as sessões e apresentações da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária da AEAMESP.

Clique aqui para ver a gravação da sessão.

AEAMESP anuncia a criação dos Fóruns Regionais Metroferr

Durante a 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, a presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva, anunciou uma nova estratégia da entidade para ampliar a participação de profissionais de diferentes regiões do país no processo de produção, apresentação e debate de estudos técnicos referentes aos diversos campos de atuação do setor metroferroviário – transporte de passageiros e de cargas.

O cerne dessa proposta está na realização dos Fóruns Regionais Metroferr abertos à contribuição de profissionais que atuam naquela região, favorecendo a troca de experiências e também possibilitando que esses trabalhos técnicos sejam selecionados para apresentação na Semana de Tecnologia Metroferroviária.

LEONARDO VIANA E CRISTIANO MENDONÇA

Silvia aproveitou sessões da 27ª Semana para formular publicamente convites para que dois reconhecidos profissionais do setor dirijam o Fórum Metroferr em suas respectivas regiões.

Ao término da sessão concernente ao 2º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para a Melhoria dos Processos Ferroviários, realizado na manhã de 16 de setembro, quinta-feira, Silvia fez o convite a Leonardo Viana, especialista ferroviário sênior da MRS, que atua em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Ao aceitar, Leonardo comentou que esse tipo de iniciativa será importante para ampliar o intercâmbio entre profissionais, com a apresentação de soluções que têm também o potencial de acelerar a melhoria dos processos internos de cada empresa.

Em 17 de setembro, no final da sessão que debateu os critérios de conduta ESG (Ambiental, Social, Governança) e o futuro da mobilidade, o convite foi feito ao diretor de Manutenção e Engenharia do MetrôRio, Cristiano Mendonça.

Em resposta, Cristiano lembrou que essa era uma ideia que já existia na AEAMESP desde antes da pandemia e que, felizmente, agora, começa a ser colocada em prática. Ele destacou a relevância desse tipo de ação para aumentar a compreensão a respeito das atividades metroferroviárias, ajudando a fortalecer o setor.

SAUDAÇÕES VIRTUAIS

Silvia Cristina Silva procurou participar do encerramento de cada sessão da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, cumprimentando os expositores e debatedores e agradecendo a contribuição que trouxeram para o encontro anual da AEAMESP. “Essa é uma praxe nas sessões presenciais que buscamos manter nas sessões virtuais, para demonstrar nosso apreço e nossa gratidão”.

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – III

Uma conversa com Plínio Assmann

No último dia da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, na parte da tarde, foi realizada uma sessão em que o engenheiro e consultor Plínio Assmannque dirigiu a Companhia do Metropolitano de São Paulo na fase de implantação dos serviços, entre 1971 e 1977, respondeu a perguntas encaminhadas por profissionais e  especialistas do setor. A moderação da sessão coube à presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva.

Veja a gravação desta sessão.

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – IV

Baldy apresenta um quadro das ações da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo

Ao proferir a conferência de encerramento da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em uma alusão ao tema do encontro — Trilhos para um futuro sustentável — o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, afirmou que a mobilidade no futuro será partilhada, elétrica, interativa, digital, inteligente, sustentável e segura. E utilizará metrôs, trens, sistemas de BRT (Bus Rapid Transit) e de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), ônibus e micro-ônibus.

Ele acrescentou que, sem deixar de lado os carros individuais, a mobilidade lançará mão de carros compartilhados, bicicletas, táxis, transporte por aplicativo e veículos sem condutor. Estará presente em planos que envolvam as reais necessidades dos cidadãos e será disponível por meio de aplicativos, em redes e sob demanda. Além de tudo, conviverá em harmonia, nos espaços urbanos, com os outros modos de transporte.

AÇÕES DA SECRETARIA

Na conferência, o secretário mostrou um grande conjunto de ações de sua pasta, incluindo o desenvolvimento do Plano Integrado de Transportes Urbanos — PITU 2040 e a introdução do bilhete com QRCODE. Mencionou o novo sistema de monitoração eletrônica por imagem para as Linhas 1 — Azul, 2 — Verde e 3 — Vermelha do Metrô de São Paulo. Falou da modernização na CPTM, com investimentos em sistemas de energia e sinalização (ATO e CBTC) nas linhas 10 — Turquesa, 11 — Coral e 12 — Safira e, ainda, fez referência à implantação do CBTC e de portas de plataforma em 36 estações na Linha 1 — Azul, 2 — Verde e 3 — Vermelha do Metrô de São Paulo.

Estação da Luz. Foto: GESP

Destacando o que chamou de ‘inovação na forma de pensar’, o secretário sublinhou a criação de novos serviços em linhas da CPTM, com mais viagens e menos paradas. E destacou a inauguração da estação sustentável de Vila Olímpia, na Linha 9 — Esmeralda da CPTM, em junho de 2021.

Falou do projeto de placas de captação de energia solar em 20 pontos de parada de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Informou a existência de projeto de geração de energia renovável, visando assegurar o suprimento de energia do Metrô de São Paulo por um período de 30 anos a preços competitivos, minimizando riscos de flutuação.

OFERTA DE TRANSPORTE COM EXPANSÃO DA REDE

O secretário também tratou do aumento da oferta de transporte, com expansão da rede. Procurando ficar nos limites da atual gestão, disse que em janeiro de 2019 havia 366 km de trilhos na Região Metropolitana de São Paulo e que até junho de 2021 foram entregues cinco novos quilômetros, de modo que agora há 371 km de trilhos com novas estações.

Disse que há ainda 46,1 km de linhas em obras, as quais, uma vez concluídas, elevarão para 417,1 km a extensão da rede de trilhos  na Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, contabilizou os mais 100 km do Trem Intercidades, que fará a ligação entre São Paulo e Campinas.

O QUE JÁ FOI ENTREGUE

Alexandre Baldy mostrou uma relação de ativos entregues recentemente à operação de transportes, citando sete estações do Metrô e CPTM, 15 novos trens para a CPTM e seis novos trens para a Linha 7 — Rubi e um para a Linha 11 — Coral, com o que se concluíram as entregas referentes a um contrato de aquisição de 30 trens.

Apontou ainda a disponibilização de 1.316 novos ônibus: 917 unidades para a Região Metropolitana de São Paulo, 164 para a Região Metropolitana de Campinas, 140 para Região Metropolitana da Baixada Santista e 70 para o Vale do Paraíba e Litoral Norte, além de 25 ônibus articulados para o Corredor ABD (entre o sul da cidade de São Paulo e a região do ABC).

OBRAS EM ANDAMENTO

O secretário também relacionou as obras em andamento: na Linha 2 — Verde, um trecho entre Vila Prudente e Penha, com 8 km de extensão operacional e oito estações; na Linha 9 — Esmeralda, trecho entre Grajaú e Varginha, com 4,5 km e duas estações; Linha 15 — as extensões Jacu-Pêssego e Ipiranga, significando mais 2,8 km entre Jardim Colonial e Jacu Pêssego e mais 1,8 km entre Vila Prudente e Ipiranga com mais três novas estações; Linha 17 — Ouro, ligando Morumbi, Congonhas e Jardim Aeroporto, com extensão total de 6,7 km, com oito estações e 14 trens.

A lista prossegue com a Linha 6 — Laranja, cujas obras foram retomadas há um ano, tocadas pelo Consórcio Linha Universidade, liderado pela Acciona, e que tem extensão prevista de 15,3 km, em túnel, com 15 estações e 22 trens. Há também a extensão da Linha 5 — Lilás, do Capão Redondo ao Jardim Ângela, com mais 4,3 km.

Composição do sistema de VLT da Baixada Santista parado em plataforma. Foto: Edson Lopes Jr/Portal do Governo do Estado de São Paulo

Quanto à Região Metropolitana da Baixada Santista, destacou a ampliação do sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) entre Conselheiro Nébias e o Valongo, em Santos, com 8 km, 14 estações unidirecionais e quatro subestações retificadoras de energia.

Estão em projeto a Linha 19 — Celeste, no trecho entre Anhangabaú, em São Paulo, e Bosque Maia, em Guarulhos, com extensão prevista de 17,6 km, 15 estações e 31 trens, e a Linha 20 — Rosa, entre Santa Marina a Santo André, com 30 km de extensão, 25 estações e 33 trens.

O secretário mostrou a iniciativa privada como parceira no projeto de construção da Estação João Dias na Linha 9 — Esmeralda, e na ligação, com um sistema de aeromóvel, da Estação da Linha 13 — Jade com os terminais do aeroporto internacional de Guarulhos.

CONCESSÕES

Baldy também falou sobre as principais concessões viabilizadas na atual gestão, referentes a áreas comerciais, publicidade e empreendimentos associados, sempre, segundo ele, com o objetivo de aliviar custos e promover ingresso de recursos não tarifários. Destacou que houve a concessão de 13 terminais de ônibus, a concessão integrada do Metrô-SP e CPTM dos espaços comerciais da estação do Brás e a concessão em lote único de 14 estações da Linha 2 — Verde.

Estão em estruturação as concessões de áreas comerciais, publicidade, empreendimentos associados da estação Barra Funda e das estações da Linha 1 —Azul e da Linha 3 — Vermelha.

Estão em andamento processos de concessão de ‘naming rights’ (direitos de nomeação), com a premissa de não trocar o nome original e nem comprometer o objetivo principal de identificação do serviço como ponto referencial urbano. Há seis estações com processos em andamento: Carrão, Penha, Saúde, já definidas, e Consolação, Brigadeiro e Anhangabaú.

Até agora, foram concedidas as seguintes linhas do sistema de transporte sobre trilhos da Região Metropolitana de São Paulo: Linha 4 — Amarela, Linha 5 — Lilás, Linha 17 — Ouro, e Linha 6 — Laranja. Já houve homologação da concessão da Linha 8 — Diamante e Linha 9 — Esmeralda.

Está em estruturação a concessão do Projeto Trem Intercidades (TIC) — Eixo Norte. Trata-se de concessão patrocinada de conjunto de serviços públicos de transporte de passageiros sobre trilhos no eixo entre as regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, contendo a operação, a manutenção e obras, com perspectiva de melhora do desempenho e da qualidade dos serviços da Linha 7 — Rubi da CPTM e da construção e operação do Trem Intercidades.

Veja a gravação desta sessão

OPINIÃO

Sílvia Cristina Silva, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP)

Quando se fala em trilhos no Brasil, logo vem à mente como estamos em estado de urgência nesse sentido. Estranho é comparar o que éramos há décadas com o que somos hoje. Nosso País, se não era uma potência no tocante ao transporte metroferroviário, seja de carga ou de passageiros, no passado, teve seus bons momentos.

Ao longo de anos, isso mudou e vimos esse tipo de transporte passando por um processo de retrocesso e até sucateamento. Foram décadas de descaso governamental e falta de subsídios ao segmento até percebermos a necessidade de se ter um olhar diferente para o transporte sobre trilhos. Percebermos que o futuro do País passa, sim, pelos trilhos.

Um país desenvolvido precisa de todos os seus meios de transporte para ter uma economia ainda mais forte. Não há país com economia forte que não precise de todos os meios para, por exemplo, escoar sua produção ou ter um transporte de passageiros mais eficiente. Mas, no Brasil, infelizmente, estamos muito aquém das necessidades da população.

Veja o caso do transporte de passageiros. Segundo Paulo Sérgio Amalfi Meca, diretor de Engenharia e Planejamento no Metrô de São Paulo, não há como falar em futuro sustentável nas grandes cidades sem falar em transporte sobre trilhos, principalmente considerando os sistemas de alta capacidade de transporte.

Segundo ele, “quando se trata de emissão de gases de efeito estufa, uma simples linha metroferroviária pode evitar a emissão de centenas de milhares de toneladas de CO2 todos os anos”. Não se tem como discordar dele no que se refere à melhor mobilidade das cidades, menor poluição e mais qualidade de vida às pessoas. Tudo o que o transporte sobre trilhos pode prover.

Da mesma forma, o transporte de cargas, que tem necessidade de maiores investimentos em ferrovias cortando o Brasil e facilitando, ainda mais, o escoamento de produções das mais diversas. Vale lembrar que as ferrovias são responsáveis por 40% do transporte de commodities agrícolas que chegam aos portos brasileiros.

De acordo com Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), “o transporte ferroviário, de cargas e de passageiros, é sustentável em sua essência e possui um futuro altamente promissor. Na área de cargas, desenha-se atualmente uma malha ferroviária integrada e crescente, proveniente de vários projetos num horizonte de curto e médio prazos, como o desfecho positivo das renovações antecipadas”. Conforme ele, a chegada de novas concessões e a proximidade da aprovação do PLS-261, da Autorização, no Senado Federal, devem mudar esse cenário atual.

Para o futuro, a “luz no fim do túnel” traz boas esperanças. Ainda de acordo com Abate, estima-se que, ao longo dos próximos dez a 15 anos, seja alcançado o definitivo equilíbrio da matriz de transporte de cargas brasileira, com o crescimento gradual e permanente do transporte ferroviário, que atingirá entre 35% e 40% de participação.

O Brasil é um País de longa extensão territorial, com enorme potencial para linhas ferroviárias de passageiros e de cargas e grandes possibilidades de conexões entre capitais, regiões metropolitanas, cidades menores e grandes polos econômicos. É o que todos queremos e esperamos.

Publicado originalmente no dia 4 de setembro de 2021 no jornal O Estado de S.Paulo, Blog Fausto Macedo

27ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – V

Temas, debates, discussões e apresentações nas sessões da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

A seguir, são apresentados os painéis de debate e sessões expositivas dos quatro dias da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

PRIMEIRO DIA – 14 DE SETEMBRO DE 2021

Pandemia foi ameaça e oportunidade, diz o presidente do Metrô-SP, Silvani Pereira, na conferência de abertura

O presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, Silvani Pereira, proferiu a conferência na abertura da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, transmitida online na tarde de 14 de setembro de 2021.

Um dos aspectos que enfatizou foi o fato de a pandemia – marcada pela redução de demanda do transporte, redução da receita das operadoras e pela necessidade de medidas de proteção sanitária – ter-se configurado como uma ameaça, mas, também, como uma oportunidade para a Companhia, com melhoria da agilidade e da eficiência por meio da aplicação intensiva de tecnologia, tanto na operação como nos negócios.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo, no dizer de seu dirigente, avançou na gestão por processos, que engloba expansão da rede, a operação comercial dos trens e das estações, a segurança pública metroviária, arrecadação tarifária, arrecadação de receitas acessórias e a prospecção de novos negócios.

A empresa aprimorou a compreensão do conjunto de questões relacionadas com a sigla ASG – concernente à sustentabilidade nas esferas ambiental, social e de governança corporativa.

INOVAÇÃO

Outro aspecto salientado pelo presidente Silvani Pereira foi a atuação da Companhia do Metropolitano de São Paulo no âmbito da tecnologia e da inovação. Ele mencionou ações como soluções de engenharia, a perspectiva de realização da Pesquisa Origem-Destino Digital, o Programa de Inovação – PLIM, ações no campo na Inteligência Artificial, o novo Conceito X, monitoramento de ativos, o Programa de Melhoria do Desempenho Operacional e, ainda, estudos de novas modelagens de PPP para implantação da Linha 20 – Rosa, que se buscará implantar nos próximos anos.

VISÃO DE FUTURO

O presidente falou também a respeito da visão de futuro da Companhia do Metropolitano de São Paulo, o que incorpora o planejamento integrado, sinergia com novos modais de transporte urbano, financiamento e colaboração público-privada. 

Referiu-se ainda à convergência de transportes e serviços, com o conceito MaaS (Mobility as a Service), o que não poderá prescindir da organização da Autoridade Metropolitana de Transporte como ente político organizador de todo o sistema.

Metrô-SP, AEAMESP e um aniversário comum

No início de sua exposição, na tarde de 14 de setembro, Silvani Pereira destacou a importância daquela data para a Companhia do Metropolitano de São Paulo, pois nela se comemorava o 47º aniversário do início da operação comercial do sistema, com a Linha 1 – Azul.

A presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva associou-se à comemoração, acrescentando que naquela mesma data se comemorava também o 31º aniversário da AEAMESP. Ela disse: A AEAMESP foi criada na data em que a operação comercial do Metrô de São Paulo completava exatamente 16 anos. Esse fato não foi uma coincidência, foi uma escolha, para que seguissem ainda mais unidas as duas instituições”.

Veja a exposição de Silvani Pereira seguida da sessão comemorativa

SEGUNDO DIA – 15 DE SETEMBRO DE 2021

Sebastián Court, Vincenç Rius, Jorge Baeza e Sérgio Luis Silva

ALAMYS preparou uma sessão sobre tendências digitais aplicadas à indústria metroferroviária

A Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS) organizou uma sessão sobre tendências digitais aplicadas à indústria metroferoviária. A sessão foi aberta por Sebastián Court, secretário geral da ALAMYS e gerente corporativo de Planificação e Desenvolvimento do Metrô de Santiago, Chile.

Court disse: “É uma honra poder participar, poder acompanhar e poder colaborar com um painel em que se pode conhecer também o olhar de nossos associados. O compartilhar experiências, o compartilhar informações, conhecer e escutar a respeito de vossas experiência é para nós justamente o coração da ALAMYS”

A primeira exposição, intitulada IoT para monitoramento contínuo da via, esteve a cargo de Vicenç Rius, diretor de Serviço de Projetos de Instalações Ferroviárias do Metrô de Barcelona (TMB). Ele mostrou como foi constituído o sistema para monitoramento contínuo da via, que garante, entre outros resultados positivos, medições diárias realizadas automaticamente e a possibilidade de realizar medições com a via carregada, dispensando a calibração do traçado (calibra-se apenas o equipamento, constituído de câmara e dispositivo laser), com o que se pode analisar a evolução do desgaste da via. Um dos próximos passos do projeto é a integração desse sistema de medição à plataforma IoT para digitalização e integração de dados de ativos críticos de forma escalável e aberta e que serve para a tomada de decisões em manutenção e operação. Sua exposição foi feita em espanhol, com legendas em português.

Jorge Baeza Guerra, gerente de Segurança da Informação Corporativa do Metrô de Santiago, desenvolveu o tema Convergência TI-OT versus Cibersegurança no Metro de Santiago. Ele mostrou que, considerando os riscos à cibersegurança aportados pela crescente convergência entre a Tecnologia da Informação e a Tecnologia Operacional (em especial quanto às linhas mais modernas – Linha A, Linha B e Linha C  – o Metrô de Santiago decidiu implantar o projeto de cibersegurança preventiva, com base em monitoramento em tempo real e visibilidade da rede, prevenção de ameaças cibernéticas, avaliação de vulnerabilidade, gerenciamento e descoberta de ativos, detecção de falhas operacionais, monitoramento de risco e  Inteligência Artificial. Sua exposição também foi feita em espanhol, com legendas em português.

A última apresentação coube a Sérgio Luis Silva, gerente de Manutenção e Via Permanente e Estrutura Civil da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ele mostrou um Aplicativo de gestão inteligente para manutenção de ativos de via permanente. O aplicativo foi desenvolvido com êxito como forma de padronizar, centralizar, garantir a integridade, informatizar, automatizar e gerenciar os dados coletados nas inspeções de vias permanentes, logrando gerar quantificação e histórico de atuações. Entre janeiro e julho de 2020, o aplicativo permitiu redução de 43% no número de falhas, diminuição de 75% do número de usuários prejudicados e aumento de 65% na disponibilidade do sistema. A apresentação foi feita em português, sem tradução para o espanhol.

Acesse a gravação desta sessão

Sandra Phillips, Mathieu, Avelleda, José Castro, Francesquine e Ana Lúcia

Um debate sobre Tendências, Sustentabilidade e Economia

Com uma dinâmica calcada em diálogos com a jornalista Ana Lúcia Lopes, cinco especialistas de diferentes países participaram na manhã da quarta-feira, 15 de setembro de 2021, da 4ª Sessão Internacional, que visitou o tema O futuro da mobilidade urbana: tendências, sustentabilidade e economia.

Um dos pontos realçados pelo consultor internacional Sérgio Avelleda é que o mais importante de uma cidade ser inteligente está justamente no fato de usar os seus recursos de forma sustentável e, principalmente, em promover a inclusão, oferecendo a todas as pessoas que nela moram a oportunidade de acessar emprego, renda, lazer, cultura e a oportunidade de encontro com outras pessoas.

Mathieu Rivallain, conselheiro de Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da França no Brasil, disse perceber que, nos dias de hoje, vivemos três transições simultâneas. Uma delas corresponde à esfera sócio-econômica e de saúde, imposta pela pandemia. Outra transição diz respeito à sustentabilidade do planeta e considera o âmbito da ecologia e da eficiência energética. A terceira transição é a digital. Ele remarcou que diante dessas três dimensões de transição, a relação entre Brasil e França vem sendo, recíproca e simultaneamente, de aprender e ensinar.

Co-fundadora e CEO da Movmi, organização canadense que se denomina  ‘agência boutique’ especializada em arquitetura de mobilidade compartilhada, Sandra Phillips defendeu a utilização de recursos de mobilidade compartilhada junto com o transporte público como forma de qualificar os deslocamento nas cidades. Ela enfatizou que neste momento de retomada após a pandemia, é importante um esforço para evitar que as pessoas voltem a adquirir automóveis, justamente para que não deixem o transporte público.

Na sessão, José Castro, gerente de Relações Institucionais da Genetec, chamou a atenção para a necessidade da integração das informações captadas por uma rede crescente de dispositivos que coletam dados. Disse que nesta  era da internet, instalam-se nas cidades, a cada ano, milhões de novos dispositivos, que coletam dados e informações relativas a áreas essenciais como segurança,  infraestruturas, eletricidade e abastecimento de água, entre outras, e que tais informações, precisam ser devidamente integradas, oferecendo aos gestores das diferentes agências públicas os melhores meios para compreender as situações monitoradas.

Em sua participação, Márcio Francesquine, consultor internacional do Consulado Geral do Canadá em São Paulo, destacou que a pandemia deverá influenciar a arquitetura de espaços públicos.  Ele ponderou que a história registra avanços na arquitetura e em técnicas aplicáveis a serviços públicos a partir de crises sanitárias, como aconteceu após  a peste bubônica e o cólera. E contou que, diante do Covid-19, empresas de engenharia e construção canadenses já identificaram a demanda por soluções que considerem espaços mais abertos e arejados e estão buscando o atendimento desses requisitos. Ele também antevê avanços na arquitetura que permitam um maior conforto do passageiro na experiência dentro das estações, por exemplo,  com conceitos reduzam bloqueios. E a emergência de novos materiais, que facilitem ações de limpeza e mesmo dispositivos autolimpantes.

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Com a Mútua, benefícios para profissionais do CREA

Renato Archanjo 

Fechando a programação da manhã da quarta-feira, 15 de setembro de 2021, a Sessão Mutua apresentou o tema Mutua e os benefícios para os profissionais do CREA, com exposição a cargo de Renato Archanjo de Castro.

Ele mostrou que Mútua é o braço social e assistencial do Sistema Confea/Crea. Explicou que o Confea cria legislação e fiscaliza os Creas. O Crea fiscaliza o exercício profissional. E a Mútua é a entidade assistencial do sistema.

Todo profissional registrado no CREA pode se associar à Mútua e, após um ano, passa a ter um seguro para si. A Mútua prevê benefícios sociais, benefícios reembolsáveis, o Plano de Previdência Tecnoprev e o Clube Mútua, uma plataforma administrada pela Dynamus.

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Alexandre, Camila, Vagner, Antônio Márcio, Carlos Paixão e Roberto Torres

Aprendizados e inovações para o futuro do transporte sobre trilhos

No painel intitulado Aprendizados e inovações para o futuro do transporte sobre trilhos, coordenado pelo vice-presidente da AEAMESP, engenheiro Alexandre Freitas Pinto, o engenheiro Antonio Marcio Barros Silva, gerente de Operação da Companhia do Metropolitano de São Paulo, fez uma exposição a respeito da segurança e eficiência do sistema.

Ele mostrou diversos projetos dentro do Conceito X. Os projetos são: CCOx – Reestruturação do Centro de Controle Operacional; SCADAx – Nova concepção de operação dos sistemas de controle, ESTAÇÃOx – Visão de futuro para o serviço em 2030, CSCOx – Projeto de Segurança Cibernética. Uma explicação sobre o Conceito X foi oferecida pelo próprio gerente de Operações em outra palestra, retratada na próxima matéria desta edição do Boletim AEAMESP.

Outros projetos focalizados foram: Inspeção dos ambientes das estações com QRCODE; SME3 – Sistema de Monitoramento Eletrônico, com 2607 câmeras, armazenagem de 6,5 petabytes e rede de transmissão de 10 gigabytes, abrigando módulos de sistemas forense, reconhecimento facial e identificação de ocorrências em instalações do Metrô-SP.

E ainda: portas de plataforma, SIM360 – Treinamento Técnico Metroviário com realidade virtual; Metrô Inteligência Artificial (MIA); TOTH – Desenvolvimento de sistema de tratamento de alarmes com uso de machine learning (aprendizagem de máquina). Ele falou também do futuro dos profissionais, apontando como atributos importantes a flexibilidade, agilidade, capacitação, criatividade, comunicação, proatividade, equilíbrio, autoconhecimento e inteligência emocional.

Autonomia no abastecimento hídrico. Camila Rabassa, da ViaQuatro, apresentou projeto que teve como co-autores Adriana Martins dos Santos, Rodrigo Mitsuo Kise, Pablo Rodrigo de Paula e Wellington Oliveira, referente à busca de autonomia no abastecimento hídrico das operações da Linha 4 – Amarela do sistema de metrô de São Paulo. O projeto constatou a viabilidade de poço artesiano no Pátio Vila Sônia em uma das pontas da linha, promoveu a implantação de estação de tratamento de água (ETA), estudou e definiu procedimento para transporte de água para as estações da linha por meio de tubulação interna ao túnel de circulação dos trens.

Infraestruturas. O gerente de projetos do Metrô de São Paulo, Carlos Eduardo Paixão de Almeida tratou do tema central do painel apresentando uma série de iniciativas. Uma delas refere-se ao estudo para redução do diâmetro dos túneis de metrô (de 14,98 metros para 13,98 metros escavado e 12,58 metros interno), com estações construídas no próprio túnel, considerando uma série de vantagens em termos de planejamento da obra, redução prazo e de custos. Outras ações: implantação de elevadores de alta capacidade para substituir escadas rolantes em alguns projetos, utilização de energia solar em uma estação do sistema, automação de estações, e ações de requalificação urbana e paisagismo vinculadas a projetos de ampliação da rede metroviária.

Passarela da Estação Vila Olímpia

Placas fotovoltaicas da estação sustentável da CPTM

Inovações sustentáveis. O gerente geral de Operação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Vagner Rodrigues, apresentou projetos de inovações sustentáveis implantados ou em implantação nessa operadora. Um deles se refere à Estação Vila Olímpia, da Linha 9 – Esmeralda, a primeira estação sustentável de São Paulo, com recursos como a captação e armazenagem, por mês, de 46 mil litros de água para reuso em irrigação de área verdes e limpeza dos banheiros; remodelagem estrutural para redução de impactos ambientais, implantação de placas fotovoltaicas para obtenção de energia, substituição de lâmpadas convencionais por tecnologia LED, implantação de sistema de recolhimento para reciclagem, em parceria com o Banco Santander. Na sessão, mostrou-se que a CPTM implantou novos serviços, com redução do tempo de viagem em diferentes linhas e mantém o i.ON – Programa de Inovação da CPTM.

Riscos na Linha 15 – Prata. Fechando o painel, Roberto Torres Rodrigues, gerente do Empreendimento Linha 15 – Prata do Metrô de São Paulo, fez uma exposição sobre a gestão de riscos desse empreendimento, antecedido de uma exposição sobre o processo de gerenciamento e governança da expansão da rede. Ele explicou que a gestão de riscos visa identificar os riscos do projeto, determinando suas probabilidade e impactos, e planejar respostas e planos de ação visando à eliminação, mitigação ou aceitação. Ele destacou a importância de haver agilidade na gestão, basicamente com adoção de mentalidade ágil, facilitação da comunicação entre vários atores e equacionamento de prazos máximos e mínimos para que os planos de ação sejam postos em prática.

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Coester, Copche, Antônio Marcio, Ueric, Aliandro e Loureiro

Sessão discute novas tecnologias e o futuro da mobilidade

No final da tarde do segundo dia dos trabalhos da  27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi desenvolvida a sessão intitulada Novas tecnologias e o futuro da mobilidade. A moderação foi de Felipe Copche, vice-presidente da AEAMESP.

Tecnologias na Linha 6 – Laranja. Daniel Loureiro, gerente de Operações da Linha 6 – Laranja (Linha Uni), abordou o tema Mudanças na mobilidade e inovações da Linha 6. Entre outros aspectos, destacou o projeto de construção com utilização da tecnologia BIM e o emprego de simulações 3D para fluxo de passageiros, aplicáveis para o entendimento da operação normal e ocorrência de grandes eventos, assim como para a antevisão de ações no caso de ocorrências complexas, como incêndios.

Ele informou também que o centro de controle da Linha 6 – Laranja contará com o Sistema de Apoio à Manutenção (SAM), que terá informações de todos os ativos online. A proposta é tornar o modelo de manutenção mais eficiente, baseado em dados, não somente no tempo de realização de ações regulares. O centro de controle inteligente, dotado do máximo de automação possível, possibilitará decisões rápidas e acertadas, e permitirá também melhor gestão da obsolescência,  gestão de ativos e segurança cibernética.

Inteligência Artificial, OKR e Conceito X no Metrô-SP. Ao abrir sua participação, Antonio Marcio Barros Silva, gerente de Operações do Metrô de São Paulo, tratou da questão da Inteligência Artificial e sua importância para liberar os profissionais para outras ações em que a intervenção humana seja efetivamente indispensável.

Ele mostrou o significado do uso da metodologia de definição de metas OKR (Objectives and Key Results) para a companhia, uma vez que reduz a quantidade de horas de treinamento das equipes, garantindo maior eficiência e redução de custos.

Na porção final da apresentação, o gerente descreveu o Conceito X adotado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo e sua aplicação específica tanto nas estações quanto no centro de controle operacional do sistema.

O Conceito X compreende postura aberta da liderança para abordagens não convencionais na empresa, com tolerância ao erro e a importância da identificação prévia dos usuários internos e externos do projeto em foco. Abarca também a abordagem de ‘design centrado nos usuário’, com a experiência dos passageiros e dos empregados como norteadores de projeto. E traz a ideia de equipes multidisciplinares e diversas: mais pessoas com pontos de vista diferentes aumentam o repertório da equipe, reduzem riscos e fomentam a inovação.

Evolução e futuro da tecnologia em sistemas de segurança. Engenheiro de Aplicação e gestor de Privacidade da Genetec, Ueric Melo fez uma exposição sobre a evolução e os caminhos futuros da tecnologia aplicada a sistemas de segurança. Basicamente, ele descreveu como os avanços permitiram que sistemas inicialmente dedicados exclusivamente ao monitoramento se transformassem em plataformas de gestão e de inteligência de apoio à decisão e operação. Mostrou como a concatenação de aspectos como conexão, rapidez, inteligência e padronização das operações pavimenta o caminho para que, cada vez mais, a tecnologia da plataforma unificada de gestão e inteligência trabalhe em favor da presteza e segurança das operações.

Baterias em monotrilhos da BYD. Aliandro de Sá Ribeiro, da BYD, abordou as características das baterias em modo de emergência nos trens que serão empregados nos monotrilhos de Salvador (VLT do Subúrbio) e de São Paulo (Linha 17 – Ouro). Foi uma apresentação com diversos detalhes técnicos sobre o funcionamento das baterias.

Ele mostrou que quando o trem está sem falha, o sistema inversor auxiliar recebe energia através dos trilhos condutores, faz as conversões aplicáveis, e fornece energia para todos os equipamentos elétricos do trem. Em situação de emergência, quando o trem está em falha, o conjunto de unidades da bateria de armazenamento de emergência de bordo fornece energia para a tração do veículo e as baterias de 110 v e 24 v fornecem energia para cargas de baixa tensão. Já em situação de resgate, com o trem em falha e sem condição de tração pelas baterias de armazenamento, as baterias 110 v e 24 v mantêm o fornecimento para cargas de baixa tensão enquanto o veículo aguarda o resgate.

Uma exposição sobre o Aeromóvel. Marcus Coester, CEO da fabricante Aerom, apresentou a tecnologia e as virtudes do Aeromóvel: opera em via segregada, é automatizado, é portador de sistemas redundantes e ostenta flexibilidade construtiva. É também intrinsecamente seguro. Executa velocidade máxima de 80 km/h. Inscreve-se entre os veículos de  média capacidade, pois pode transportar até 24 mil pessoas, por hora e por sentido. Oferece acessibilidade universal e apresenta adequação às normas de abalo sísmico.

O dirigente informou que o Aeromóvel adota propulsão pneumática – motores propulsores 100% elétricos, externos aos veículos, opção que reduz o peso de cada veículo Há utilização de roda trilho. Explicou que o sistema tem zero emissão e não apresenta risco de colisão, ostenta reduzido custo operacional com baixo consumo de energia, e uma série de outras vantagens: fácil integração multimodal, acesso facilitado às estações, aceleração e desaceleração suaves, veículos climatizados, entretenimento a bordo, reduzidos tempos de espera e viagem, design para biossegurança. Além disso, tem baixa ocupação do solo e a via elevada libera a área no nível do solo para outras funções e atividades.

Sobre o sistema a ser adotado no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos, informou que terá capacidade para dois mil passageiros por hora e por sentido, extensão de 2.731 metros, três veículos por composição (com capacidade para 200 passageiros).O tempo de viagem de será de seis minutos e headway mínimo também de seis minutos.

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A Linha 6 em construção

Lucio Matteucci, diretor adjunto da Acciona Construcción fez na 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária uma conferência a respeito da construção da Linha 6 – Laranja do sistema metroviário de São Paulo (Linha Uni). Quando em operação, em 2025, deverá transportar 630 mil usuários por dia, fazendo integração com outras linhas da rede metropolitana de transportes de São Paulo.

Lúcio Mateucci

O projeto prevê 15,3 km de túneis (5.225 metros no trecho em rocha e 9.505 metros do trecho em solo), 15 estações, incorporação de 22 trens com seis carros cada um, 18 poços de ventilação e saída de emergência, um pátio de manutenção e estacionamento de trens, três terminais de ônibus. Estão previstos cinco anos de construção, com 40 frentes de trabalho, uma fábrica de anéis para os túneis, e geração de nove mil empregos.

Haverá a escavação de 3,2 milhões de metros cúbicos em solo e mais de um milhão de metros cúbicos em rocha; serão usadas 77 mil toneladas de armadura de aço e 980 mil m cúbicos de concreto.

Nas estações e edifícios técnicos, haverá 318 escadas e 82 elevadores. O projeto todo prevê 430 mil metros quadrados de área utilizada e haverá duas estações primárias de energia 40 MVA. Foram gerados mais de 40 mil documentos de engenharia, mais de 900 levantamentos geotécnicos e houve mais de 370 desapropriações judiciais.

Mateucci também apresentou aspectos dos métodos executivos a serem aplicados na construção dos túneis operacionais e das estações. E explicou o que vem significando para o bom andamento da obra a escolha pela construção enxuta (Lean Construction). 

No final da exposição, o dirigente da Acciona Construcción destacou os desafios e as oportunidades trazidos pelo projeto.

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TERCEIRO DIA – 16 DE SETEMBRO DE 2021

João Paulo Monetti, André Pardini, Mateus Rabelo, Marin Marinov, Leandro Lopes, Ariano Morelo, Leonardo Viana e Paulo Curto

Seis projetos no 2º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para a Melhoria dos Processos Ferroviários

Em sessão coordenada por Leonardo Viana, especialista ferroviário sênior da MRS, e Paulo Henrique Curto, gerente geral de Projetos da VLI, houve na manhã da quarta-feira, 16 de setembro de 2021, o desenvolvimento do 2º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para a Melhoria dos Processos Ferroviários.

O encontro apresentou iniciativas desenvolvidas por operadores ferroviários de cargas, com aplicação ampla para todos os setores ferroviários, focando compartilhamento de inovações e soluções tecnológicas disruptivas que as ferrovias vêm desenvolvendo nos últimos anos, com realce para ganhos com aumento da segurança, da eficiência global e a redução dos custos. Foram apresentadas iniciativas já implantadas ou que se encontravam em estudos, mas com resultados iniciais satisfatórios ou a previsão de significativo retorno.

O primeiro trabalho mostrado foi Otimização da alocação de equipamentos de manutenção de via permanente através do uso de Python e Pesquisa Operacional, de autoria de Ariano Morelo e Carmon Melo, atuantes MRS Logística.

Em seguida, foi apresentado o trabalho assinado por Leandro Rocha Lopes, Thaiane Mayara Marques Licar e Jardeles da Costa Nunes, todos da Vale Carajás, intitulado Utilização de sistemas Waysides e Business Intelligence na gestão de frota de rodantes da EFC.

Tecnologia aplicada à gestão de informação de ativos é o nome do projeto de autoria de André Pardini, Breno Carvalho, João Paulo Martins Drumond e Paulo Henrique Ferreira, todos da VLI.

João Paulo Monetti, da Backroom, e Chris Rhodes, da TMV, são os autores do projeto intitulado Uma tecnologia disruptiva de AESS. Permite grande economia de óleo diesel e redução na emissão de CO2.

Mateus Rabelo, da MRS Logística, apresentou o projeto Automação do ajuste de painéis laterais e desempenho de frechal para vagões tipo gôndolas. E o doutor Marin Marinov, da Aston University, localizada em Birmingham, Reino Unido, mostrou o seu projeto, intitulado Urban freight by rail.

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No V Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário, a expansão da malha, o movimento Brasil Trem Jeito, a importância da normatização e o instrumento da autorização ferroviária e suas perspectivas

Durante V Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário, que integrou a programação da 27ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o diretor do Departamento de Transporte Ferroviário do Ministério da Infraestrutura, Ismael Trinks, fez uma exposição na qual apresentou uma visão do governo federal sobre as perspectivas do segmento de transporte ferroviário de cargas no país.

Ismael Trinks

Ele considerou que países de dimensões comparáveis com as do Brasil investem mais em infraestrutura – de 1% a 5% do PIB – enquanto o investimento brasileiro tem se resumido à faixa 0,3% a 0,5% do PIB. Disse que baixo investimento levou o Brasil a uma rede de transporte menos extensa e que o maior investimento de outros países fez com que tivessem uma rede de transporte mais eficiente que a brasileira. Apresentou dados que evidenciam a variação regional existente na malha de transporte brasileira. E mostrou a carteira de projetos que há no Brasil.

Autorizações. A Medida Provisória (MP) 1065/21 instituiu o novo marco legal do transporte ferroviário e tem como ponto principal a permissão da construção de novas ferrovias por meio de uma autorização simplificada, sem necessidade de licitação, como acontece com os setores como telecomunicações, portuário e aeroportuário.

Trinks caracterizou os princípios e pilares de funcionamento do instrumento da autorização ferroviária, explicou como funcionará a adaptação de uma concessão para autorização e explicou aspectos da autorregulação ferroviária.

Como vantagens trazidas por esse novo instrumento, citou a criação de uma nova forma de investimento ferroviário, significando maior celeridade para oferta de ramais e extensões por parte das próprias concessionárias. Frisou que o instrumento traz a desregulamentação de atividades das concessionárias para aumentar fontes de receitas por meio de projetos associados.

Sublinhou ainda o aumento da concorrência intermodal e intramodal, possibilitando a queda do valor dos fretes ferroviários e o aumento de produtividade, com a instituição da autorregulação, o que significaria diminuição do fardo regulatório.

Outra vantagem apontada está na viabilização do transporte ferroviário de passageiros junto com a exploração imobiliária e outros projetos associados. E frisou que deverá ser a solução para trechos ferroviários que não estão em situação de operação ou estão abandonados, fomentando o surgimento de shortlines.

Solicitações de autorização. Trinks também mostrou informações a respeito das 11 solicitações de autorização registradas imediatamente após o lançamento do Programa de Autorizações Ferroviária, em 12 de setembro de 2021.

Centro de Excelência em Transporte Ferroviário. No final, o diretor do Departamento de Transporte Ferroviário falou a respeito do Centro de Excelência em Transporte Ferroviário (CETF), explicando que se trata de uma iniciativa do Ministério da Infraestrutura para fomentar a capacitação, a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação no transporte ferroviário.

CÍRCULO VIRTUOSO

Ellen Martins

Na abertura desse seminário, coordenado pelos engenheiros Pedro Machado, conselheiro da AEAMESP, e Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), a superintendente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Ellen Martins, fez um rápido apanhado a respeito da situação atual do setor ferroviário de cargas no país desde 2015, assinalando que o setor vive é um ciclo virtuoso, baseado em três pontos: renovação antecipada das concessões de malhas existentes, novos projetos para expansão do sistema ferroviário nacional e também o programa de autorizações ferroviárias.

PROPOSTAS DO BRASIL TREM JEITO

Massimo Andrea Giavina-Bianchi

Massimo Andrea Giavina-Bianchi, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), apresentou proposta do movimento Brasil Trem Jeito, criado nos anos 1990 e relançado na 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 2020.

A proposta está baseada em cinco pontos. O primeiro diz respeito à adequação da política de imposto de importação para o setor ferroviário para equalização com a prática de outros países. Outro item é a regulamentação da margem de preferência para a indústria brasileira prevista na Lei Licitações (14.133/21). Um terceiro ponto diz respeito ao estabelecimento de percentual de conteúdo nacional para compras governamentais, a exemplo do que estabelece renovado ato do governo norte-americano para beneficiar a indústria daquele país.

O quarto ponto é a isonomia tributária para a indústria brasileira em relação à indústria de outros países – uma afirmação de que a indústria não quer vantagem ou proteção, mas igualdade de condições competitivas. Há ainda a proposta de investimento cruzado, que sugere a aplicação de recursos provenientes de outorgas ferroviárias e mesmo rodoviárias em projetos ferroviários; esta proposta já foi posta em prática em recentes processos de concessão ferroviária.

O PAPEL DAS NORMAS

Paschoal de Mario

Paschoal de Mario, assessor do SIMEFRE e gestor do Comitê Brasileiro de Normatização Ferroviária – CB6, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fez uma exposição sobre o papel que deverão cumprir as normas brasileiras na aplicação da nova lei 14.133/21, que estabelece normas gerais de licitação e contratação para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

INCENTIVO ÀS FERROVIAS PAULISTAS

Luiz Alberto Fioravante

Luiz Alberto Fioravante, consultor especial na Secretaria Estadual de Logística e Transportes de São Paulo, fez uma explanação a respeito do andamento Incentivo ao transporte ferroviário no Estado de São Paulo com o instrumento da autorização, com providências de natureza legislativa, compostas de emenda constitucional estadual, projeto de lei e decreto.

Falou também sobre o Plano Diretor de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, que em sua vertente para a Macrometrópole Paulista conta com o Plano de Ação de Transporte e Logística para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL) e que, para as demais regiões do estado, tem a cobertura do Plano Estratégico Ferroviário (PEF-SP), com incentivo ao desenvolvimento do transporte intermodal, para que novos investimentos sejam realizados e a gestão dos sistemas de transporte e logística sejam modernizados e operem de forma eficiente.

FERROVIA E LOGÍSTICA

Igor e Cleber

Cleber Marques de Paiva, presidente do Porto Seco do Sul de Minas, e Igor Cândido de Oliveira, da área de Relações Institucionais dessas empresa, fizeram uma exposição sobre ao projeto de constituição da Shortline Sul de Minas, calcado do instrumento da autorização ferroviária, cujo objetivo é conectar o porto seco que implantaram naquela região à malha ferroviária do país.

Douglas Goetten

Na parte final do seminário, Douglas Prass Goetten fez uma apresentação sobre a estruturação e a atuação da Brado Logística S/A.

Veja a gravação desta sessão

Lenice Corsi Ruggiero Nunes

Unimetro apresenta seus desafios ao disseminar o know how metroviário

Houve durante o encontro a apresentação intitulada Desafios de como disseminar o know how metroviário, a cargo de Lenice Corsi Ruggiero Nunes, supervisora da Universidade Corporativa do Metrô de São Paulo (Unimetro), Área de Negócios do Conhecimento.

Inicialmente, ela apresentou a Unimetro, sua missão, propósito e valores. Mostrou os pilares do conhecimento e os principais projetos da instituição. Em seguida apresentou os Programas Educacionais Metroviários, com o portfólio de venda, considerando metodologia, plataforma, trilhas e desafios. Mais adiante, tratou do tema indicado no título da apresentação e os resultados auferidos.

Veja a apresentação

ÚLTIMO DIA – 17 DE SETEMBRO DE 2021

Valeska, Steven Esther, Elejalde, Labarthe e Eleonora

Os sistemas sobre trilhos e a retomada após a pandemia

A União Internacional de Transportes Públicos (UITP), Divisão América Latina, promoveu na manhã da sexta-feira, 17 de setembro de 2021, uma sessão em que discutiu os impactos da crise sanitária sobre o desempenho dos sistema de metrô e como poderá ser a retomada da plena atividade depois da pandemia.

A sessão foi estruturada em duas partes. Inicialmente, a coordenadora de Marketing da UITP, Divisão América Latina, Valeska Peres Pinto, dialogou com Steven Barbosa, coordenador do Comitê de Negócios e Gestão de RH e Assuntos Sociais Internacionais na sede mundial da UITP sobre diferentes aspectos da retomada após a pandemia.

Sob coordenação da chefe do Escritório da UITP América Latina, Eleonora Pazos, a segunda parte da sessão reuniu a presidente da UITP América Latina e diretora da Metrovias, de Buenos Aires, Esther Litovsky; o gerente geral do Metro de Medellin, Colômbia, Tomas Andrés Elejalde, e o executivo de Novos Negócios do Grupo CCR, Roberto Labarthe – todos membros do corpo diretivo da UITP América Latina.

Na sessão, Esther Litovsky apresentou dados sobre o comportamento da demanda durante a pandemia em metrôs de diferentes continentes e, num segundo momento, falou sobre a situação do Subte, o metrô da capital argentina. Labarthe levou dados sobre os metrôs brasileiros e Elejalde falou sobre demanda e atuação para manter o equilíbrio econômico do Metrô de Medellín.

Dois pontos podem ser destacados na sessão. Um deles é a compreensão de que a retomada das atividades após a pandemia não será uma tarefa simples, pois os níveis de demanda experimentados antes da pandemia são serão recuperados tão rapidamente. Outro ponto é a necessidade de os governos auxiliarem os sistemas de transporte público para que se mantenham firmes na retomada das economias das respectivas cidades e países.

Veja a sessão.

Avelleda, Meca, Juvenal, Mendonça, Pierrini, Mellão e Pelissioni

Um debate sobre os critérios de conduta ESG (Ambiental, Social, Governança) e o futuro da mobilidade

Uma sessão matinal introduzida por Fábio Juvenal, vice-presidente da AEAMESP, discutiu no dia 17 de setembro os critérios de conduta ESG (sigla em inglês para os termos Ambiental, Social e Governança) e o futuro da mobilidade.

O consultor internacional Sérgio Avelleda fez a exposição inicial, intitulada Transporte público sob os aspectos do conceito ESG, discutindo a mobilidade sustentável sob o ângulo dos impactos social e ambiental e dos modelos de governança aplicáveis ao setor.

O  diretor de Manutenção e Engenharia do Metrô Rio, Cristiano Mendonça, destacou o caráter colaborativo que pode haver na efetivação do conceito ESG, a despeito da concorrência que naturalmente existe entre as empresas. Ele mostrou ações desenvolvidas pela companhia referentes aos critérios de conduta ESG.

Paulo Meca, diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô de São Paulo, fez uma apresentação mostrando a interpretação que a Companhia do Metropolitano de São Paulo faz do conceito ESG e ações nesse campo. Inicialmente, ele fez considerações a respeito de como o Metrô-SP tem atuado para tirar lições da gestão da pandemia tendo em vista o futuro da mobilidade.

Entre outras considerações, o deputado estadual paulista Ricardo Mellão afirmou que ESG é uma pauta que tem surgido com muita força, principalmente no setor privado. Ele acrescentou: “Aprecio muito que o surgimento seja pelo setor privado porque mostra que existe o crescimento dessa pauta de forma muito natural. Não é algo imposto, é algo que a sociedade pede”. 

Em sua exposição, Francisco Pierrini, CEO da ViaQuatro e da ViaMobilidade – CCR S/A, disse que, além de realizar a gestão socioambiental de governança de cada divisão de negócio, a empresa compartilha com transparência os indicadores, os focos de gestão e de crescimento com todas as partes interessadas, trabalhando as seguintes temáticas: mudanças climáticas, economia circular, relacionamento com a comunidade, ambiente de trabalho, saúde e segurança, e governança e sustentabilidade. Ele apresentou uma série de ações empreendidas pela Divisão de Mobilidade do Grupo CCR.

O ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e hoje consultor Cloadoaldo Pelissioni se mostrou otimista com relação ao avanço do conceito ESG, assinalando que as grandes empresas estão seguindo essa linha e logo passarão a exigir isso de seus fornecedores, como ocorreu em relação à exigência da certificação ISO 9000 no passado.

A seu ver, no caso das empresas estatais, com a Lei Federal 13.303/16 – que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios – houve avanço muito importante quanto à governança (G), restando saber como regulamentar e implantar os outros dois vetores, o ambiental (E) e o social(S), Para as demais entidades governamentais, de modo geral, resta uma indagação: como regulamentar e implantar ESG?

Veja a gravação desta sessão

A nova Estação João Dias, na Linha 9 – Esmeralda da CPTM

Em sessão moderada por Rodrigo Pontes, gerente de Marketing e Comunicação da CPTM, o engenheiro Marcelo José Brandão Machado, diretor de Engenharia, Obras e Meio Ambiente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), fez uma apresentação a respeito da construção da Estação João Dias, da Linha 9 – Esmeralda, concretizada por meio de uma parceria com a empresa construtora Tegra, que investiu aproximadamente R$ 60 milhões no projeto, tendo havido também R$ 21 milhões de investimento da CPTM.

Marcelo José Brandão Machado

A obra envolveu a construção do prédio da estação e da estrutura da plataforma, modificações na via permanente e a instalação de uma passarela sobre a Avenida Marginal Pinheiros, permitindo a ligação entre a estação e a plataforma.

O diretor da CPTM explicou que a nova estação contará com três escadas rolantes, igual número de elevadores, gerador de energia e os seguintes sistemas: monitoramento por câmeras, detecção e combate a incêndios, captação e reaproveitamento de água da chuva e energia solar.

Veja a apresentação

Miguel de Oliveira e Pedro Machado

 Relatório sobre o perfil do profissional metroferroviário  

O engenheiro Pedro Machado, conselheiro da AEAMESP, e Miguel de Oliveira, diretor da Diagrama Comunicação e do Portal Engenharia Compartilhada, fizeram na tarde do último dia uma exposição a respeito do Relatório sobre o perfil do profissional metroferroviário.

Pedro Machado explicou que a ideia de produzir o relatório surgiu em 2018, no momento em que a agenda do governo federal era de retomar obras paradas e fazer grandes investimentos em infraestrutura, o que demandaria profissionais de engenharia em todos os setores. “A AEAMESP percebeu a necessidade de oferecer ao mercado e a seus associados informações sobre o perfil profissional necessário para superar o desafio de realizar as obras resultantes dos investimentos”.

O conselheiro da AEAMESP mostrou que o relatório contém importantes categorias de informação. Uma delas diz respeito às intenções de investimentos no setor de transporte sobre trilhos, considerando cargas e passageiros. Outra é a estimativa de demanda por profissionais para atender aos projetos resultantes dos investimentos.

Há ainda a quantidade total de profissionais por setor –passageiros e carga – e o número de engenheiros e arquitetos que atuam nas operadoras dos dois tipos de segmento. E também discute a inovação de dentro para fora nas operadoras, traz informações sobre como as instituições estão preparando os profissionais para o setor e aborda o tema da saúde dos profissionais em tempos de pandemia.

TERCEIRA EDIÇÃO ESTÁ EM PREPARAÇÃO

Miguel de Oliveira destacou que a terceira edição do Relatório do Perfil do Profissional Metroferroviário já está em preparação. A edição conterá atualização dos indicadores e um balanço das concessões e investimentos em infraestrutura e demanda de profissionais.

A publicação trará um debate sobre a necessidade de encurtar a distância e ampliar o diálogo entre o Mercado e a Academia. E discutirá a formação e preparo de profissionais em outros países, incluindo Europa, Ásia e América do Norte. Apresentará ainda cursos e disciplinas disponíveis para atualização e capacitação profissional, e um guia de produtos e serviços para arquitetura e engenharia metroferroviárias.

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