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ESTUDO DE CASO DO SISTEMA DE TRÁFEGO CENTRALIZADO NO CCO
14:40 até 15:20
15/09/16

Sala 1

Descrição: O trabalho que aqui será descrito foi elaborado como Monografia do Curso de Tecnologia Metro ferroviária, pela USP (Universidade de São Paulo) sendo aprovado pela banca de Prof. Doutores em maio/2016. Como citado, a proposta foi a análise para aumento da disponibilidade do CCO, de forma mais específica o SCTC, onde após um período de avaliação e levantamento das falhas dos últimos dois anos (2014 e 2015), chegou-se ao diagnóstico que 85% das falhas de dentro do CCO, que interferiam diretamente na disponibilidade do CCO, estavam relacionados ao SCADA. Assim, foi proposto um Estudo de Caso específico deste sistema visando maior estabilidade e disponibilidade, onde consistiu em identificar a origem das falhas do sistema SCADA para que fosse levantado um mapa de situações, onde após rigorosa análise foi possível identificar que os problemas se concentravam no processamento das informações, pois grande parte das resoluções eram atuações através de comandos lógicos, reinicialização de servidores e IHM´s e recarga de tabelas. Com tais parâmetros e demais avaliações, foi comprovado que o SCADA tinha um comportamento extremamente instável, gerando picos de falhas periódicos, onde no gráfico a representação assemelhava – se muito com formatos “dente de serra”. A partir deste ponto, o estudo foi direcionado para a forma da arquitetura do sistema SCADA e principalmente nos modos de configuração de redundância que o sistema foi concebido. Assim, com o intuito de identificar e caracterizar melhor o problema da instabilidade, foi proposto dois períodos de testes comportamentais do SCADA. O primeiro consistiu em manter todo o sistema em modo de redundância tipo Hot-Standby (original de projeto onde um servidor fica ativo e encarregado por executar a aplicação, sendo o outro apto a entrar em caso de qualquer falha do primeiro de forma transparente ao sistema) e sem nenhuma intervenção de manutenção (reset, desligamentos, reinicializações), onde em um trabalho conjunto entre manutenção e operação, houve o monitoramento em tempo real da resposta ao longo dos dias. Este primeiro teste teve duração de 6 meses e o resultado foi um número crescente de falhas associado a muitos problemas de controle e supervisão por parte dos operadores do sistema (lentidão nos comandos e respostas das indicações, dificuldades na efetivação de rotas, etc). No segundo período de testes a proposta foi manter o Sistema em outro modo de configuração chamado Hot-Inativo (onde um servidor fica ativo e encarregado da aplicação e o outro fica declarado na rede e recebendo as informações de campo, porém não assume automaticamente). Para surpresa, nesta forma de configuração as falhas tiveram um comportamento decrescente e o sistema apresentou uma estabilidade muito grande, tanto que, o período proposto de teste que era de 6 meses se estendeu para 9 meses. Portanto, como produto deste estudo, foi provado que a configuração utilizada apresentava graves problemas intrínsecos na aplicação que provocava instabilidades e consequentes transtornos operacionais, sendo assim proposto para a CPTM a utilização dos servidores na configuração Hot-Inativo, pois com este modo de funcionamento o sistema se comporta com grande estabilidade, garantindo portanto ao SCADA tempos de resposta satisfatórios, aumento do MTBF, diminuição de paradas dos equipamento seguidas de interrupção da circulação, proporcionando assim maior disponibilidade do sistema para à operação, com ganho direto para os usuários do sistema. Desta forma, este modelo do sistema SCADA foi aceito e atualmente é a configuração utilizado pela CPTM.

 

AUTOR: Robson Sirineu Silva Santos

T41-Robson-Sirineu.pdf

T41-Robson-Sirineu-artigo.pdf