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EDIÇÃO 422, DE 1 A 15 DE DEZEMBRO DE 2018

UITP AMÉRICA LATINA

AEAMESP participou dos debates da 16ª Assembleia Anual da União Internacional de Transporte Público/Divisão de América Latina (UITP/DAL)

Auditório repleto durante o encontro

No período de 28 a 30 de novembro de 2018, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil, a União Internacional de Transporte Público/Divisão de América Latina (UITP/DAL) promoveu sua 16ª Assembleia Anual e um seminário de dois dias com sessões de exposição e debates. No último dia, foi realizada visita técnica ás instalações das duas linhas do Metrô de Salvador.

O encontro contou o apoio institucional da Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS) e teve como anfitriões locais o Governo do Estado da Bahia, a Companhia de Transporte da Bahia e a Prefeitura de Salvador.

MODELO DE FINANCIAMENTO

No segundo dia, o presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, participou da sessão que debateu o tema Modelos de financiamento de
transportes públicos, ocasião em que apresentou uma das propostas debatidas durante a 24ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e que consta de documento de entidades do setor ao novo governo, eleito em outubro.

A proposta se refere ao incentivo a uma maior participação privada em
investimentos associados ao sistema de transporte, notadamente empreendimentos imobiliários de diversos tipos, capazes de gerar desenvolvimento urbano e retorno significativo para redução dos aportes de capital público na etapa de construção (CAPEX) bem como também permitir redução no valor da tarifa (OPEX).

Na ocasião, ele enfatizou: “Diante do cenário de escassez de recursos públicos para investimento que se avizinha, precisamos tornar viáveis empreendimentos financiados integralmente pela iniciativa privada onde a infraestrutura pública é parte integrante do empreendimento privado. A proposta de construção da Estação João Dias da CPTM pelo grupo Brookfields – recentemente anunciada – é um bom exemplo. É preciso prospectar outras oportunidades semelhantes e alinhar as partes interessadas para torná-las realidade.”

PARTICIPAÇÃO

Jurandir Fernandes faz sua exposição em uma das sessões

Entre outros dirigentes e especialistas, participaram do encontro em Salvador o presidente mundial da UITP, PereCalvet; o diretor de Regionais da entidade, Jerome Poubaix, e o presidente da UITP Divisão América Latina (UITP/DAL), Jurandir Fernandes. 

Participaram também Roland Zamora, secretário geral da ALAMYS; Eduardo Copello, presidente da Companhia de Transporte do Estado da Bahia (CTB); Rodolfo Gonzalez, presidente da companhia CCR Metrô Bahia, e  Fábio Mota, secretário de Mobilidade de Salvador.

CORPO EXECUTIVO

No encontro de Salvador foi definida a composição do Corpo Executivo União Internacional de Transporte Público/Divisão de América Latina (UITP/DAL) para o biênio 2019/2021

O organismo tem como membros o presidente da UITP/DAL, Jurandir Fernandes, e representantes da Argentina, Brasil e México dos setores Autoridades, Ônibus e Metrôs. São eles: Marcelo Hasse, gerente da Federação Argentina de Transportadores de Automotor de Passageiros (FATAP); Mónica Alvarado, secretária de Transporte e Mobilidade do Município de Rosario, Argentina; Nicolás Rosales, coordenador da Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade (AMTM); Richele Cabral, diretora da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Brasil, e Roberto Labarthe, executivo da CCR – Brasil.

Segundo a UITP/DAL, o Corpo Executivo está comprometido nos próximos dois anos a ampliar a participação da UITP na região, que atualmente conta com 80 membros distribuídos em nove países , os quais transportam 42 milhões de passageiros por dia, representando 10 % do transporte público no continente. O objetivo é ter uma presença mais ampla com os atores das regiões metropolitanas e cidades com mais de um milhão de habitantes. Atualmente, nas 17 maiores economias da América Latina, há 42 regiões nessas condições e a UITP está presente em 16 delas.

NÚMEROS DA INDÚSTRIA

Pedro Machado e José Antônio Fernandes Martins

Para economista Antônio Lanzana, o maior desafio no país no curto prazo é ‘arrumar’ as contas públicas e no médio prazo é aumentar a produtividade da economia brasileira.

O presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, participou na manhã e início de tarde de 6 de dezembro de 2018, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo, do encontro em que foi apresentado um balanço de desempenho em 2018 dos segmentos representados pelo Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).

No encontro, o professor Antonio Lanzana, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP) apresentou sua visão a respeito do desenvolvimento da economia do país em 2018 e as perspectivas para o próximo ano, destacando boas perspectivas de crescimento no curto prazo, tendo em vista uma situação que reúne os seguintes elementos: capacidade ociosa e desemprego, juros Baixos ( 2% reais para o Brasil é considerado baixo), inflação no centro da meta, contas externas confortáveis, índice de confiança dos consumidores subindo forte
e o índice de confiança dos empresários mostrando-se como o maior desde setembro de 2010.

Ele assinalou: “A política econômica do governo Bolsonaro vai impactar a forma de gestão das empresas. O maior desafio de curto prazo é ‘arrumar’ as contas públicas e no médio prazo é aumentar a produtividade da economia brasileira”.

OS NÚMEROS DO SETOR

Na mesa do encontro, Auro Levorin, Cyro Gazola, Paulo Takeuchi, José Antônio Fernandes Martins, Vicente Abate, Alcides Braga, Luiz Fernando Ferrari e Antônio Molognoni.

As exposições foram feitas pelo presidente do SIMEFRE,  José Antônio Fernandes Martins (Ônibus), Luiz Fernando Ferrari (Setor Ferroviário de Passageiros), Vicente Abate – (Setor Ferroviário de Cargas) Alcides Braga (Implementos Rodoviários), Cyro Gazola (Bicicleta), Auro Levorin (Partes e Peças), Paulo Shuiti Takeuchi (Motocicleta), Antônio Lucio Molognoni (Relações do Trabalho). Também esteve presente e disponível para conversas com jornalistas o diretor executivo do SIMEFRE, Francisco Petrini.

Houve ainda três palestras. O professor Antônio Lanzana, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), tratou do cenário econômico que se apresentará ao novo governo.  Julio Fontana, presidente do da Rumo Logística, que entre outros pontos falou das perspectivas de concretização da prorrogação e da concessão da Malha Paulista e consequentes novos investimentos  nessa ferrovia. E o deputado federal Marcel Van Hatten, do partido Novo, abordou o tema O Poder Legislativo e a visão do Brasil no novo governo.

AVALIAÇÕES E PERSPECTIVAS

Com exceção dos segmentos ferroviários, de modo geral, os setores representados no SIMEFRE informaram que 2018 foi um ano de ligeira recuperação das perdas ocasionadas pela crise registrada no meio da década.

Os volumes de produção e entrega de veículos ferroviários de carga caíram em 2018, na comparação com 2017, conforme já era previsto ao final do ano passado. Segundo o diretor do SIMEFRE  e presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, deverão ser entregues cerca de 2.500 vagões de carga, sendo 50 exportados para o Peru (contra 2.878 em 2017) e 64 locomotivas, duas exportadas para a Colômbia (contra 81 em 2017). “A queda se deveu a não ocorrência das renovações antecipadas dos contratos atuais das concessionárias de carga, o que fez com que os investimentos caíssem”.

Por sua vez, o vice-presidente do SIMEFRE, Luiz Fernando Ferrari informou que no segmento de carros de passageiros não acontece nenhuma nova encomenda no mercado doméstico desde 2017. O volume de fabricação e entrega cresceu em relação a 2017 (369 carros contra 312) apenas porque ocorreu uma nova exportação para o Chile, além da entrega de contratos obtidos em anos anteriores. “Diante deste quadro, os fabricantes de carros continuaram a reduzir significativamente sua mão de obra, cuja redução só não foi mais drástica devido à nova exportação e à execução de serviços de modernização de trens e fabricação de carros remanescentes de contratos nacionais que estão se encerrando em 2018”.

Ele prossegue: “Foram exportados 85 carros de passageiros para o Chile, que já mencionei e África do Sul, já incluídos no volume acima mencionado. A exportação de rodas ferroviárias e grampos de fixação teve continuidade, em volumes estáveis. O faturamento total do setor deverá atingir R$ 6,5 bilhões em 2018, segundo ano consecutivo de queda”.

Segundo Ferrari, continua a expectativa da indústria nacional de participar, ainda em 2018, de licitação na Argentina para 560 carros, cujo financiamento encontra-se em fase de avaliação pelo BNDES.

Para 2019, o desempenho da indústria de vagões de carga, locomotivas e materiais para via permanente dependerá da efetivação das renovações antecipadas dos contratos atuais das concessionárias RUMO, VLI, MRS e VALE. “É de vital importância que as assinaturas de todos os contratos de renovações ocorram no primeiro semestre de 2019. Caso isso não aconteça haverá mais dispensa de mão de obra qualificada na indústria, assim como atrasos significativos nos investimentos planejados pelo setor, pois os volumes de vagões e locomotivas serão os mais baixos dos últimos anos”, ressalta Vicente Abate.

Para o próximo ano, o volume de carros de passageiros será menor, de apenas 120 unidades, sendo dois terços para exportação. Os volumes de veículos de carga continuarão em queda. Estima-se um volume de somente 40 locomotivas (cinco para exportação) e 1.500 vagões. “Esperamos que o novo governo, tanto no Ministério da Infraestrutura quanto no de Desenvolvimento Regional, crie as condições para que o setor ferroviário seja destravado, já em 2019, para que em 2020 a indústria ferroviária possa apresentar maiores volumes que os previstos no próximo ano”, conclui Vicente Abate.

PRÊMIO DO SEESP

Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo promoveu a 32ª edição do prêmio Personalidade da Tecnologia em comemoração ao Dia do Engenheiro.

Em comemoração ao Dia do Engenheiro – 11 de dezembro –, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) realizou em 7 de dezembro de 2018, em sua sede, a solenidade do prêmio Personalidade da Tecnologia, criado em 1987.  Trata-se de um reconhecimento aos destaques do ano em suas áreas de atuação.

Foram agraciados Mauricio Pazini Brandão (categoria Aeroespacial), Vania Beatriz Rodrigues Castiglioni (Agricultura), Roberto Zilles (Energia), Ricardo Daruiz Borsari (Recursos hídricos), Jon “Maddog” Hall (Telecomunicações e TI), Paula Carvalho Benevides (Valorização profissional).

Além disso, nesta edição, foi feita homenagem póstuma especial ao engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz (1918-1994). Entre outras realizações, ele foi responsável, juntamente com sua equipe, pelo projeto e soluções inovadoras que tornaram possível a construção do Museu de Arte de São Paulo (Masp) há 50 anos. A honraria foi entregue ao presidente da Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto, João Antônio del Nero.

Presente à cerimônia, o presidente da AEAMESP, Pedro Machado, parabenizou o SEESP pela realização, assinalando que iniciativas desse tipo propiciam à categoria a oportunidade de refletir sobre os desafios da profissão e o significado da Engenharia para os avanços da sociedade.

Veja a matéria publicada no portal do SEESP

NO INSTITUTO DE ENGENHARIA

Eduardo Lafraia e Pedro Machado

AEAMESP participou das comemorações do Dia do Engenheiro no Instituto de Engenharia de São Paulo

A AEAMESP esteve representada por seu presidente, engenheiro Pedro Machado, no evento de comemoração do Dia do Engenheiro (11 de dezembro), realizado pelo Instituto de Engenharia de São Paulo, presidido pelo engenheiro Eduardo Lafraia. Como parte da programação, realizaram-se a Premiação das Divisões Técnicas 2018 e diversas homenagens.

SETOR METROFERROVIÁRIO

ABIFER apresenta proposta de financiamento de trens ao general Mourão

Comissão pede apoio via FGTS para a modernização de frotas de vagões, locomotivas e trens de passageiros e reforça que as renovações antecipadas das concessões ferroviárias federais podem impulsionar a recuperação econômica e dos empregos

Em audiência na tarde de terça-feira (11/12/2018), uma comissão da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e de entidades do setor sobre trilhos apresentou projetos ao vice-presidente da República, General Hamilton Mourão (PRTB), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília-DF. Os fabricantes de equipamentos para o segmento propuseram o financiamento via FGTS para modernização de frotas – como ajuda emergencial – e reforçaram o interesse na renovação antecipada das concessões ferroviárias federais. Atualmente, as ferrovias transportam cerca de 20% de toda carga do País. Mas esse número pode subir para 31% até 2025 e impulsionar a recuperação econômica e dos empregos, conforme o Plano Nacional de Logística (PNL), caso as solicitações sejam atendidas.

O encontro teve participação do presidente da ABIFER, Vicente Abate; do presidente da Greenbrier Maxion, Eduardo Scolari; do presidente da GE Transportation, Marcos Costa; do presidente da Pandrol, Alexander Ellwanger; do presidente da Hidremec, Carlos Alberto Andrade Pinto; do presidente da CAF, Renato Meirelles; do presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos (ANPTrilhos) e diretor regional da AEAMESP no Rio de Janeiro, Joubert Flores, e da superintendente, Roberta Marchesi; do diretor geral da Alstom, Pierre Bercaire; do diretor geral da Progress Rail, Carlos Roso; do diretor de vendas da Randon, Wilson Ferri; do diretor geral da Brastan, Diego Darli; do presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), José Antonio Martins, e do diretor técnico, Paschoal de Mario; além do presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, interlocutor para assuntos ferroviários da vice-presidência da República.

O consenso entre as partes é de que o transporte ferroviário é o mais adequado para longas distâncias e precisa ser ampliado no Brasil. Os trens suportam cargas pesadas, de mais de 100 toneladas. Há menor custo de seguro e de frete, menor emissão de poluentes e impacto ambiental, a segurança é maior na comparação com o modal rodoviário, pois há menor risco de acidentes com terceiros.

“Nós sabemos da condição estratégica das ferrovias para o Brasil. E nós precisamos de medidas de curto a longo prazo para estimular setores chave. Recebi o pedido de financiamento e estou sensível ao tema. Queremos que o setor apresente mesmo projetos. Já o processo de renovação antecipada das concessões está em avaliação, sendo conduzido com cautela, a fim de dirimir quaisquer dúvidas, dando voz a todos os envolvidos. Vamos avançar no que for melhor para o Brasil“, afirma o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que pretende um alinhamento sobre o tema com ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

A proposta de financiamento via FGTS para a modernização de trens vai ao encontro da política do novo Governo Federal, que não deseja perder receitas, mas quer promover estímulos a setores econômicos importantes. A ação é mais simples e rápida, podendo gerar resultados práticos em 1 ano. Quanto aos avanços nas concessões, em especial no tocante à ampliação das malhas, há necessidade de investimentos de médio e longo prazos.

“Tivemos uma conversa muito proveitosa. Um projeto exequível e que o vice-presidente da República viu com bons olhos é a ideia do RETREM. Trata-se da criação de um financiamento, através do FGTS, a fim de estimular investimentos e dar continuidade à expansão da produtividade das ferrovias. Tal cenário pode favorecer o transporte de cargas e inclusive o de passageiros, com a instalação de ar condicionado e motores que economizam energia nos metrôs”, destacou o presidente da ABIFER, Vicente Abate. O modelo se assemelha ao REFROTA rodoviário, implementado pelo governo atual.

HISTÓRICO

A inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. no Programa Nacional de Desestatização, através do Decreto n.º 473/1992, propiciou o início da transferência das malhas para a iniciativa privada, durante um período de 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Esse processo também resultou na liquidação da RFFSA, tempos depois.

Mais de 29 mil quilômetros foram outorgados a empresas de transportes sobre trilhos, entre elas a RUMO, MRS, VLI, FTC, FTL e VALE. A maioria das operações das atuais concessionárias começou em 1996. Depois de viver fases de grande prosperidade, toda uma cadeia produtiva está com resultado aquém do esperado. Salvo exceções que conseguiram contratos em países vizinhos.

“O que está em jogo de imediato é a contratação de material rodante, a remodelagem de cerca de 40 mil vagões. Preocupação pertinente de logística. Temos que tirar o setor da inércia. E precisamos avançar em propostas factíveis para promover a integração dos modais de transporte“, comenta o presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, assessor especial da vice-presidência da República.

A construção, a recuperação e a ampliação da malha ainda são os gargalos para avanços de grande vulto. Parte das vias carece de investimentos, previstos nas contrapartidas atuais, segundo as concessionárias. A expansão é obrigatória, consta de contrato, defende o Governo Federal. E há interesse na implantação de novos trechos por parte das empresas privadas, em razão do crescimento da demanda – especialmente do agronegócio.

Nesse cenário, há pelo menos quatro anos, de forma mais organizada e em uma nova tentativa, gigantes do setor ferroviário estreitaram tratativas com o Governo Federal para as renovações antecipadas. O mercado se animou. Mas o assunto vem se prolongando. Ponderações, estudos, discussões legais, judicializações e interesses do mercado estrangeiro influenciam na decisão. Há intervenções do Ministério Público Federal, o respeito ao Plano Nacional de Logística, desenvolvido pela Empresa de Planejamento Logístico (EPL), e a participação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes, entre outros órgãos.

Ainda assim, a expectativa da ABIFER é de que o Tribunal de Contas da União (TCU) libere a primeira renovação antecipada para a Rumo, da Malha Paulista, até fevereiro de 2019. Com consequências diretas para fabricantes de itens do setor ferroviário. Contatos iniciais com as concessionárias atuais já foram estabelecidos por membros do futuro Governo Federal.

O futuro ministro de Infraestrutura de Jair Bolsonaro, Tarcísio Freitas, já declarou publicamente que projetos de parcerias público-privadas e de concessões vão continuar. No governo Michel Temer (MDB), ele compõe a equipe do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) e o portfólio vigente será respeitado.

À espera de coordenar as ações dos ministérios, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, vai se aprofundando em alguns temas importantes para o desenvolvimento do Brasil e pretende ouvir outras partes a respeito do tema do encontro desta terça-feira. No mês passado, ele se reuniu com representantes da ANPTrilhos, quando obteve informações mais detalhadas sobre a mobilidade urbana sobre trilhos no País.

EVENTO INTERNACIONAL

Integrantes do grupo vencedor

AEAMESP acompanhou o Hackamericas 2018, na FAU Mackenzie,  que teve como vencedor o Grupo Githance

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) informa que o Grupo Githance foi vencedor do evento internacional 1º Y4PT Continental Transport Hackathon Américas 2018 (Hackamericas 2018), considerado o principal evento nacional e internacional de inovação sobre transportes sustentáveis das Américas, e realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

O Hackamericas 2018 abordou a Mobilidade Urbana e o Transporte Público Sustentável. Os participantes foram estimulados a propor soluções e desenvolver protótipos que revolucionassem a forma como o transporte público é produzido e consumido a fim de tornar as cidades mais sustentáveis e conectadas.

A 1º Y4PT Continental Transport Hackathon Américas 2018 (Hackamericas 2018) teve início em setembro, na Colômbia e no Chile. Em outubro houve etapas na República Dominicana, na cidade Santo Domingo, e no Uruguai, na cidade de Fray Bentos.

O grupo vencedor no Brasil criou uma carteira digital na qual as empresas pagam o Vale Transporte e os passageiros conseguem administrar melhor o valor com opção de escolher entre vários modais de acordo com sua necessidade no momento da utilização.

A carteira será desenvolvida no modelo de Fintech, uma startup que trabalha para inovar e otimizar serviços do setor financeiro. Essas empresas possuem custos operacionais muito mais baixos que de bancos tradicionais.

O Grupo Githance, formado por André Almeida, Caroline Pietrafesa, Juliana Kraus, Jullia Ferreira Nogueira de Sá e Matheus Gois, recebeu do Banco Interamericano de Desenvolvimento o prêmio de US$ 10 mil para a incubação da solução com a aceleradora Artemisia e o E-Lab, laboratório de inovação da EMTU.

Além disso, a equipe concorrerá com os vencedores das edições do Uruguai, Chile, República Dominicana e Colômbia a uma vaga para participar da 3ª Hackathon Global de Transporte – Y4PT Estocolmo 2019, na Suécia.

Os participantes destacaram que o maior desafio foi propor soluções mais abrangentes para a mobilidade urbana, na qual há muitas questões a serem resolvidas. “A maior dificuldade foi que os módulos não conversam entre si: os ônibus, Bilhete Único, Cartão BOM, o Uber, 99…“, comentou o estudante desenvolvedor da área de informática, André Almeida.

NÚMEROS E UMA NOVIDADE

Considerado o mais relevante evento de inovação sobre transportes sustentáveis do Brasil e das Américas, a etapa brasileira do Hackamericas 2018 contou com 118 inscritos. Foram formados 15 grupos que se dedicaram por mais de 30 horas ininterruptas nessa maratona de tecnologia.

Os participantes contaram com o apoio e experiência de mais de 80 profissionais, entre técnicos, especialistas e gestores de empresas de transporte público e privado, de startups e acadêmicos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O sócio da Shawee, Abraão Sena, destacou em diversos momentos a importância dessa troca de experiências entre mentores e participantes ao longo do evento.

Os trabalhos foram avaliados por 14 jurados, incluindo profissionais com ampla experiência em mobilidade e\ou inovação e gestores que estão à frente das principais empresas de transporte do Estado. Essa foi a primeira vez que Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) disponibilizaram informações do Sistema de Trilhos e de rodovia dentro do conceito de Open Data.

A AEAMESP ESTEVE PRESENTE

O evento é uma iniciativa do Youth For Public Transport Foundation (Y4PT), instituição vinculada à União Internacional de Transporte Público (UITP), e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A realização no Brasil foi da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP), por meio de seu laboratório de inovação, o ELAB -Experimentos em Transportes; Universidade Presbiteriana Mackenzie e Scipopulis.

O torneio contou com o patrocínio do Metrô de São Paulo, apoio técnico do Núcleo de Inovação da Secretaria de Governo do Estado de São Paulo e apoio institucional da CPTM, ARTESP, Sabesp, PNM, Governo de Dubai, RTA, Mobilab, Secretaria de Mobilidade e Transportes da Prefeitura de São Paulo, DSV, CET, DTP, SPTrans, Fundação Seade e Yellow. 

O vice-presidente da AEAMESP, arquiteto e urbanista André Mazzucatto, acompanhou etapas de desenvolvimento do encontro ao lado da diretora da FAU Mackenzie, Angélica Benati Alvin; do presidente da EMTU, Theodoro Pupo, do chefe de gabinete da EMTU, Rui Stefanelli e do representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Dalve Soria. 

 

A partir da esquerda, Dalve Soria, Rui Stefanelli , Theodoro Pupo Angélica Benati Alvin e André Mazzucatto

 

A assistente da presidência do Metrô, Maria Beatriz Pestana Barbosa; Rose Zílio Sakamoto e Eliel Cardoso, ambos da Gerencia de Marketing da EMTU, e André Mazzucatto.

EVENTOS DA CNTU

Silvia Cristina Silva e Murilo Celso de Campos Pinheiro

CNTU promove a 13ª Jornada Brasil 2022 – O País Que Queremos; a 14ª Plenária de seu Conselho Consultivo e entrega do Prêmio Personalidade Profissional 2018

A engenheira e diretora adjunta Silvia Cristina Silva representou a AEAMESP em encontro realizado em São Paulo pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários (CNTU), entidade da qual é conselheira. O evento aconteceu ao longo da tarde e  no início da noite de 30 de novembro de 2018 e seu programa incluiu a 13ª Jornada Brasil 2022 – O País Que Queremos; a 14ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU e o Prêmio Personalidade Profissional 2018.

Na abertura dos trabalhos, houve manifestações de dirigentes da CNTU, entre os quais o presidente Murilo Celso de Campos Pinheiro; representantes das Federações e autoridades, que saudaram os participantes do encontro.

Em seguida, desenvolveu-se o Seminário Democracia, abre as asas sobre nós: desafios e caminhos, que, entre outras lideranças profissionais e acadêmicas, teve a participação do professor José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Ferrofrente.

Mais adiante, houve a 14ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU, com debate e aprovação da carta do evento: Democracia, abre as asas sobre nós: desafios e caminhos.

Como último item da programação, houve a solenidade de entrega do Prêmio Personalidade Profissional 2018, que se encontra em sua oitava edição. Foram agraciados: Vicente de Paula Oliveira (Economia), Lieidi Legi Bariani Bernucci (Engenharia), Silvia Storpirtis (Farmácia), Glauce Gravena (Nutrição), Wellington Moreira Mello (Odontologia) e Ceci Vieira Juruá (Interesse Público).

NOSSAS PROFISSÕES – ENGENHARIA

NOSSAS PROFISSÕES – ARQUITETURA E URBANISMO – I

NOSSAS PROFISSÕES – ARQUITETURA E URBANISMO – II

O tema da campanha nacional do Dia do Arquiteto e Urbanista (15 de dezembro) relaciona Arquitetura e Urbanismo com felicidade, autoestima, bem-estar e saúde

A partir de 12 de dezembro de 2018, estará no ar na TV aberta o filme da campanha nacional do Dia do Arquiteto e Urbanista (15 de dezembro), desencadeada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e que relaciona Arquitetura e Urbanismo com felicidade, autoestima, bem-estar e saúde e atingirá um público de 100 milhões de telespectadores.

O título da campanha é Arquitetura e Urbanismo fazem diferença. E tornam a vida mais feliz. E seu objetivo é mostrar a toda sociedade brasileira a importância do trabalho do arquiteto e urbanista.

O conceito da campanha busca relacionar Arquitetura e Urbanismo com felicidade, autoestima, bem-estar e saúde. “Arquitetos e urbanistas são profissionais capazes de interpretar a identidade de cada pessoa e de cada grupo e criar, de acordo com seus desejos e necessidades, o espaço que lhes cabe neste mundo. Cidades, casas, edifícios, lojas, parques e as mais diversas soluções de Arquitetura e Urbanismo que transformam vidas. Soluções que fazem bem para todos”, dizem os anúncios.

A estreia da campanha ocorreu em 1 de dezembro com a colocação no ar do hotsite da campanha.

Na sequência, o filme

EXPANSÃO

Novo trecho da Linha 15 – Prata opera de segunda a domingo das 6h às 20h, com cobrança de tarifa

Nota da Companhia do Metropolitano de São Paulo informa que, desde 1 de dezembro de 2018, o novo trecho da Linha 15 – Prata do Metrô, que inclui quatro novas estações – São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União –, teve seu horário de funcionamento ampliado, passando a operar de segunda a domingo, das 6 às 20 horas, com cobrança de tarifa. Anteriormente, este trecho funcionava de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas, sem cobrança de passagem, em formato de ‘Operação Assistida’.

A nota saliente: “Por ser um modal de transporte pioneiro em São Paulo, a Linha 15 – Prata a passa por uma série de testes programados que permitem o aperfeiçoamento de sua operação. A linha opera com um tipo de sistema de controle de trens (CBTC) totalmente sem operador e, para que o novo trecho seja liberado em período integral, todas as possíveis rotas de circulação dos trens, inclusive no trecho entre Oratório e Vila Prudente e no pátio, precisam ser testadas e aprovadas pelo Metrô e pela fornecedora do sistema, a Bombardier”.

NA IMPRENSA- PRÊMIO

Jornal Mural destaca que Metrô-SP recebeu o troféu Maiores do Transporte & Melhores do Transporte 2018

NA IMPRENSA – TECNOLOGIA

Trem da Linha 7 do Metrô de Nova York. Reprodução do site: Via Trólebus

Via Trólebus mostra que, após oito anos de testes, uma das linhas do Metrô de Nova York iniciou operação com CBTC

Por meio de matéria publicada no dia 28 de novembro de 2018, o site  Via Trólebus informa que a linha 7 do Metrô de Nova York iniciou operação com controle de sinalização dos trens da tecnologia CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control), em português sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação.

O site registra que a Autoridade Metropolitana de Transportes de Nova York – MTA anunciou a operação da tecnologia que permite controle mais efetivo das composições em 26 de novembro. O ramal possui 16 km e corta regiões como a 34th Street e Main Street, com serviços paradouros e expressos.

Veja a matéria completa

NA IMPRENSA – PRESERVAÇÃO FERROVIÁRIA

A Locomotiva 5, que voltou a ser utilizada. Foto: Divulgação

Folha noticia que, de uma só vez, três locomotivas históricas voltam a transportar passageiros em São Paulo

Matéria publicada pela Folha de S. Paulo destaca que três locomotivas históricas voltaram a transportar passageiros em São Paulo a  partir do início de dezembro de 2018. Eis o texto da matéria de Marcelo Toledo, intitulada De uma só vez, 3 locomotivas históricas voltam a transportar passageiros em SP:

A 5, a 60 a e 604 –praxe no meio ferroviário, as locomotivas são chamadas pelos seus números– farão juntas no passeio inaugural a tração dos carros de passageiros operados pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).De uma só vez, três locomotivas estão sendo colocadas em operação a partir deste sábado (1) na estação Anhumas, em Campinas, para a rota turística de 48 quilômetros (ida e volta) realizada aos finais de semana até Jaguariúna.

As locomotivas são consideradas equipamentos únicos e de valor histórico por representarem várias fases e setores das ferrovias no país, como o agronegócio e o transporte de passageiros no rico interior paulista.

A número 5 é uma Baldwin e foi fabricada em 1913 nos EUA, foi vendida à Société des Sucreries Brésiliannes e era usada no transporte de açúcar entre a usina e a estação de embarque da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em Piracicaba. A Sucreries tinha ferrovias próprias e unidades em Rafard e Lorena.

Em 1970, a Sucreries foi vendida para outro grupo e a compradora deixou o parque de locomotivas ser sucateado. A número 5, porém, foi comprada por um grupo e levada para Araraquara. Na década de 1990, o grupo decidiu doar o trem para a ABPF.

Já a locomotiva 50 é alemã, construída em 1930 pela Henschel& Sohn para a Usina Central Barreiros, de Barreiros (PE).

Foi utilizada em suas linhas internas para o transporte da cana-de-açúcar moída das lavouras para a área industrial até os anos 70, quando foi comprada pela Usina São José, do Rio de Janeiro.

Na década seguinte foi novamente vendida, desta vez para a Usina Santo Amaro, até que o sistema ferroviário interno foi desativado e ela ficou encostada até 1994, quando um sócio da ABPF a comprou. Ficou um ano em reforma.

A terceira, 604, é também uma Baldwin, produzida em 1895 e encomendada pela extinta Estrada de Ferro do Dourado, que foi incorporada pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro para o transporte de cargas e passageiros especialmente em cidades como São Carlos, Ribeirão Bonito, Bocaina e Trabiju.

Desde a chegada ela não parou de trabalhar e foi usada até 1958, quando foi cedida a Campinas para ficar exposta em frente ao bosque dos Jequitibás.

Também foi exposta na estação ferroviária até 1987, quando a ABPF conseguiu a cessão da locomotiva.

Após esperar restauro por mais de uma década, um associado ofereceu patrocínio por meio da empresa na qual era diretor.

Na avaliação da ABPF, mais importante do que o uso neste sábado é o retorno definitivo aos trilhos das três locomotivas.

“A gente conseguir resgatar, conseguir evitar que esse acervo se perdesse, importa muito, pois são máquinas muito importantes para o país”, disse o diretor administrativo da ABPF Hélio Gazetta Filho.

NA IMPRENSA – DESTAQUES

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Frota reformada. Dos 98 trens modernizados do Metrô-SP, 92 estão circulando e seis estão passando por testes (Revista Ferroviária)

Metrô e CPTM são os locais mais acessíveis da capital paulista. (MetrôNews)

Metrô faz chamamento público: leasing de 19 novos trens (Ferroviando)

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