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EDIÇÃO 439, DE 20 DE AGOSTO A 30 DE SETEMBRO DE 2019

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – I

Em seu jubileu de prata, Semana de Tecnologia discute a eficiência e novos rumos dos trilhos no transporte urbano, entre cidades e na movimentação de cargas

A 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e a METROFERR Lounge Experince 2019 foram realizadas pela AEAMESP no período de 3 a 6 de setembro de 2019, no Centro de Convenções Matsubara, na cidade de São Paulo, apresentando como tema geral Trilhos: Eficiência e Novos Rumos.

O evento atraiu mais de 1.200 participantes inscritos, provenientes de diferentes regiões País, ligados a dezenas de empresas e entidades do setor,  universidades, órgãos públicos e também especialistas convidados do Exterior. Como tradicionalmente acontece, o público foi composto por engenheiros, arquitetos, técnicos, executivos, autoridades e agentes públicos, jornalistas, consultores e outros profissionais especializados.

Esta edição apresenta  destaques do encontro e links para algumas apresentações. Os conteúdos das apresentações dos painéis e dos trabalhos técnicos estarão disponíveis no site da AEAMESP  ainda em setembro de 2019 e poderão ser acessados livremente.

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – II

Pedro Machado

“Semana de Tecnologia Metroferroviária constrói um legado de conhecimento e de estímulo à participação, sobretudo para os mais jovens”, diz presidente da AEAMESP

Em seu pronunciamento na abertura da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, destacou a programação “extensa e estimulante” do encontro, “preparada com muito afinco por nossos colegas da AEAMESP e de todas as organizações parceiras”, recomendando aos participantes que estudassem bem o programa para tirar o máximo proveito das atividades.

Ele destacou um ponto que depois ressaltaria também em seu pronunciamento de encerramento: o fato de a Semana de Tecnologia Metroferroviária vir construindo um legado de conhecimento e de estímulo à participação, em especial para os mais jovens.

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – III

Solenidade de abertura contou com a participação de representantes de organizações do setor 

Os convidados participantes da solenidade de abertura da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária destacaram o significado da realização de mais uma edição do congresso da AEAMESP, com o debate aprofundados de questões cruciais para o setor.

Ao lado do presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, participaram da solenidade Joubert Fortes Flores Filho, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos); Luiz Eduardo Argenton, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); o diretor de Operações do Metrô-SP, Milton Gioia Júnior, que representava o presidente da Companhia, Silvani Alves Pereira; Sebastián Court Benenvuto, secretário geral da Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS), e Miguel da Silva Marques, superintendente da CBTU Belo Horizonte. 

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – IV

Bárbara Vicalvi

A arquiteta Bárbara Vicalvi, vice-presidente da AEAMESP e coordenadora técnica da edição histórica de 25 anos da Semana de Tecnologia, agradece o apoio recebido

A vice-presidente da AEAMESP e coordenadora técnica da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, arquiteta Bárbara Vicalvi, fez um pronunciamento de agradecimento a todos que participaram  do congresso e, em especial, aos que contribuíram para sua realização.

“Agradeço a todos pela presença na Semana de Tecnologia Metroferroviária. Nesta edição especial do Jubileu de Prata, gostaria de destacar as palestras e discussões a respeito de inovação e sobre a urgência do debate da mobilidade urbana – sublinhando o apoio apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo nesse sentido – e também a iniciativa de mapeamento do perfil do profissional metroferroviário”.

Ela dirigiu agradecimentos aos palestrantes, patrocinadores, parceiros da AEAMESP e entidades apoiadoras. E, em tom pessoal, disse: “Meus agradecimentos também ao vice-presidente Dionísio Gutierrez e ao presidente Pedro Machado por terem confiado a mim o desafio da coordenação técnica desta Semana de Tecnologia e por terem também me auxiliado em todo o processo. E ao Metrô-SP e, de modo especial, ao Luis Fernando Mendes Romão, por terem possibilitado que eu desenvolvesse este trabalho”.

Bárbara Vicalvi mencionou ainda profissionais da AEAMESP – Gorete Miciano, Angélica Nascimento e Alessandra Felix, e integrantes das empresas que trabalharam diretamente em diferentes etapas de organização e desenvolvimento do evento: a Via Brasil, responsável pela comercialização da Semana de Tecnologia; a Comunica, “que produziu uma identidade visual tão bonita para o evento”; a Há Propósito, responsável pela assessoria de imprensa, e também às equipes do Hotel Matsubara, responsáveis pelo credenciamento, áudio visual, montagem e recepção. Também direcionou votos de agradecimento aos membros da Diretoria, conselheiros e associados da AEAMESP que contribuíram para organização do encontro.

Ela prosseguiu: “Foi surpreendente esta experiência de integrar a equipe de organização do evento, feita a várias mãos e de maneira tão séria. Aproveito para lembrar que a participação dos conselheiros e diretores da Associação é voluntária. Nós nos dedicamos a este trabalho com amor, por acreditarmos que, juntos, podemos fortalecer o setor metroferroviário”.

A vice-presidente convidou a todos que ainda não são associados da AEAMESP a continuar participando dos eventos da entidade e a se associarem.  Acrescentou que essa participação é importante “para que possamos seguir com o trabalho de divulgação de conteúdos e de debate técnico no setor, em âmbito nacional e internacional”. O interessado pode se associar através do site da AEAMESP campo “Associe-se”, localizado no rodapé.

Bárbara Vicalvi direcionou os agradecimentos à própria família: “A meu esposo Ricardo, que me apoia em todas as empreitadas em que me lanço, e à minha filha Lara. por me motivar a ser sempre uma pessoa melhor”. 

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – V

Dez pontos que fortalecem a Semana de Tecnologia

Em 2019, a Semana de Tecnologia Metroferroviária – o congresso anual da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô – chegou à sua 25ª edição ininterrupta. Uma sessão comemorativa foi realizada no último dia do congresso, com apresentação inicial do jornalista Alexandre Asquini, que apontou dez aspectos que caracterizam e fortalecem o congresso anual da AEAMESP.

Em seguida, houve comentários de Ailton Brasiliense Pires, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP); Vicente Abate, presidente da Associação Nacional da Indústria Ferroviária; Francisco Petrini, diretor executivo do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE); presidente da Metrus, Alexandra Granado; Fábio Juvenal, diretor adjunto da AEAMESP.

Sessão da 1ª Semana de Tecnologia, com atividades desenvolvidas no Instituto de Engenharia de São Paulo

Também estava entre os comentaristas o conselheiro executivo Emiliano Affonso, que presidiu a AEAMESP por três mandatos, nos dois primeiros dos quais introduziu mudanças significativas na organização da Semana de Tecnologia Metroferroviária, fortalecendo-a e consolidando-as; tais mudanças foram ampliadas e aprimoradas e seguem sendo a base do encontro até hoje. Da plateia, se manifestaram dois outros conselheiros consultivos e ex-presidentes da AEAMESP, engenheiros José Ricardo Fazzole Ferreira, e Manoel da Silva Ferreira Filho, entre outras personalidades do setor metroferroviário presentes à à sessão.

ASPECTOS QUE CARACTERIZAM E FORTALECEM A SEMANA

Dez aspectos surgiram e se consolidaram em diferentes fases da história, atribuindo à Semana de Tecnologia Metroferroviária sua característica e importância atuais.

Os dez pontos mostram que a criação da Semana de Tecnologia estava no ‘DNA’ da AEAMESP desde a criação da entidade, em 1990 e que, uma vez criada, o evento logo construiu logo uma personalidade própria, com encontros anuais em ambientes próprios e bem localizados. A Semana de Tecnologia foi criada na gestão do engenheiro Laerte Mathias Conceição de Oliveira, precocemente falecido em 2013.

A partir do ano 2001, a Semana ganhou por 16 anos um endereço fixo, manteve a regularidade anual e foi aprimorando seu conteúdo, o que ajudou a consolidar-se como um congresso importante para o setor.

Também na virada do século foram criados os temas principais – slogans que a cada edição dão foco aos debates. De modo geral, os temas principais defendem o transporte público como base da mobilidade urbana e os trilhos como estruturadores de sistemas multimodais, destacam a relevância social, econômica e ambiental do transporte sustentável, apontam que as grandes áreas metropolitanas não podem prescindir de sistemas sobre trilhos e reivindicam a implantação e gestão eficiente dos sistemas. Um exemplo: em 2017, o tema foi “Mais trilhos, mais desenvolvimento”.

Cartaz de 2005, ano em que houve a mudança de nome: 11ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

Também na virada do século, a Semana de Tecnologia ganhou painéis estratégicos para debates sobre o papel dos trilhos urbanos e políticas públicas para o setor e passou a ser caráter nacional. Nascida Semana de Tecnologia Metroviária, em 2005, passou a ser chamada de Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Além disso, naquele mesmo período, o encontro passou a contar com conferencistas e temas internacionais. Até agora foram 35 expositores de entidades e empresas do Exterior, incluindo a América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, México e Panamá), e outras regiões: Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Austrália.

Mais recentemente, a Semana de Tecnologia Metroferroviária passou a contar com sessões da Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS) e da União Internacional de Transportes Públicos (UITP), Divisão América Latina e a congregar encontros e iniciativas do setor, como o Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários, da ANPTrilhos e CBTU, que alcançou em 2019 a sua sexta edição, e o Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário, em parceria com FIESP, também anual, que chegou à terceira edição.

Os trabalhos e apresentações gerados pela Semana de Tecnologia Metroferroviária ficam disponíveis para o público, gratuitamente, por meio do web site da AEAMESP.

Seguramente, a Semana de Tecnologia trouxe contribuição efetiva para fortalecimento dos trilhos no Brasil. No período de existência desse evento, alguns indicadores do setor tiveram crescimento expressivo. O número anual de passageiros transportados foi  de 1,4 bilhão em 1996 para 3,7 bilhões de passageiros em 2018. No período, o número de estações cresceu de 374 para 613. O número de sistemas em operação cresceu de 12 para 21. Entre 2011 e 2018, o total de funcionários das operadoras cresceu de 27 mil para 41 mil. Esses indicadores mostram dados da ANTP em 1996, do Anuário Metroferroviário (OTM Editora/AEAMESP) em 2011 e do mais recente relatório da ANPTrilhos.

Clique e veja a apresentação

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – VI

Setor metroferroviário representado na sessão de encerramento a 25ª Semana de Tecnologia 

Além do presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado, e da vice-presidente, arquiteta Bárbara Vicalvi, coordenadora técnica da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, participaram da sessão de encerramento o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy; Massimo Giavina, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE); Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER); Manoel Bassini Carvalho, presidente do Instituto Vida Inteligente e Sustentável (IVIES) e Paulo Guimarães, diretor presidente da Mútua.

LEGADO E AGRADECIMENTOS

Em seu pronunciamento de encerramento, Pedro Machado inicialmente agradeceu a todos a participação no evento. Em seguida, fez um rápido balanço dos resultados do encontro: “O sucesso desta edição histórica – por se tratar do Jubileu de Prata – assinala uma conquista, que é da AEAMESP, mas também de todo o setor metroferroviário. Tivemos a participação de mais 1200 congressitas – o que confirma o êxito crescente deste evento em sua já longa trajetória. Houve aqui a apresentação de mais de 70 trabalhos técnicos muito significativos, dentre os quais três foram agraciados com o 6º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários, outorgado pela ANPTrilhos e CBTU”. E acrescentou: “A produção de trabalhos técnicos foi o mote de criação da Semana de Tecnologia e, um quarto de século depois, segue sendo uma das marcas da qualidade do nosso evento”.

O presidente da AEAMESP assinalou que mais uma vez evidenciou-se a  cooperação dos principais agentes do setor metroferroviário – operadoras, órgãos gestores, indústria, consultores e academia.na concretização da Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Ele ressaltou a participação no encontro do secretário nacional de Transportes Terrestres, do Ministério de Infraestrutura, general Jamil Megid Júnior; do secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, e do secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Delmo Pinho, além de vários dirigentes de metrôs e ferrovias de cargas e passageiros e também de bancos de fomento e de empresas que atuam no nosso setor.

Destacou também o fato de o secretário Alexandre Baldy ter mantido intacta a tradição de a sessão final da Semana de Tecnologia contar com uma exposição da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo a respeito das perspectivas do transporte sobre trilhos no Estado. 

Na sequência, o presidente afirmou: “Nosso programa permitiu ainda que tratássemos com considerável aprofundamento temas afetos aos metrôs e às ferrovias. Brevemente divulgaremos uma síntese com as conclusões e propostas que permearam estes três dias e meio de intenso trabalho”.

No principal trecho de seu discurso, Pedro Machado inseriu o congresso anual da AEAMESP no contexto de sua trajetória histórica, realçando seus resultados:  “A Semana de Tecnologia Metroferroviária, do modo como veio sendo conduzida ao longo de seus 25 anos de existência,  teve como resultado a possibilidade de erigir-se no fórum que congrega simultaneamente os profissionais de transporte sobre trilhos de passageiros e de cargas, num ambiente de debate franco e construtivo, que sempre contou com o apoio entusiasmado de tantas entidades parceiras, e que deixa um legado de conhecimento e de estímulo à participação, sobretudo para os mais jovens”.

No trecho final, expressou agradecimentos: “Por tudo que se conseguiu nesta reunião, muito obrigado a todos nossos patrocinadores e apoiadores institucionais. De forma especial agradeço ao Metrô-SP, que esteve na gênese da criação de nossa Associação e de nossa Semana e tem seguido sempre como nosso principal parceiro. E finalmente agradeço também a minha família, aos associados da AEAMESP e a cada uma das pessoas que fizeram parte da grande rede trabalho colaborativo que tornou viável este evento!”

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – VII

Alexandre Baldy

Na conferência final, Alexandre Baldy aponta e comenta 20 projetos e iniciativas em andamento no âmbito da Secretaria de  Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo

O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, proferiu a conferência final da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, ocasião em que apresentou e comentou pontos do conjunto de projetos e iniciativas concretizados, em andamento ou em perspectiva em sua pasta nestes primeiros meses da administração.

Ele fez referência a cerca de 20 ações e seus respectivos desdobramentos, incluindo a criação do Expresso Leste – Mogi, renovação da frota e instituição de serviços expressos da Linha 10 – Turquesa, e ampliação de viagens e do serviço Connect na Linha 13 – Jade até o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Comentou a criação da Diretoria Comercial no Metrô-SP, com a instituição da iniciativa Metro Consulting para prestação de serviços de consultoria com vistas a aumentar a receita não tarifária da companhia. Falou também da adoção de novas tecnologias em sistemas de energia e sinalização, modernização das unidades de manutenção da CPTM, implantação de portas de plataforma na Linha 1 – Azul, Linha 2 – Verde e Linha 3 – Vermelha do Metrô-SP.

Teste da venda de bilhetes com QR Code

O secretário destacou a criação de um aplicativo multimodal do governo estadual para a área de mobilidade urbana e também os testes, em andamento, para venda de bilhete com QR Code no sistema metroferroviário. Mencionou ainda o projeto de aplicação de placas de captação de energia solar em 20 pontos de paradas de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que opera ônibus metropolitanos intermunicipais e o novo sistema de monitoração eletrônica por imagem para a Linha 1 – Azul, Linha 2 – Verde e Linha 3 – Vermelha do Metrô-SP .

Sublinhou a realização de acordos de parceria com a iniciativa privada em diferentes projetos, como a construção da Estação João Dias na Linha 9 – Esmeralda da CPTM e a ligação da estação da Linha 13 – Jade a terminais do Aeroporto. E apresentou números correspondentes ao aumento da oferta de transporte, com a compra de ônibus e trens.

RETOMADA DE INVESTIMENTOS

Estação Jardim Planalto

Na sequência da conferência, realçou a retomada dos investimentos, incluindo projetos concernentes à Linha 2 – Verde, extensão trecho Vila Prudente-Penha; Linha 15 – Prata, relativa à conclusão do trecho Sapopemba – Jardim Colonial; Linha 17 – Ouro, referente à conclusão do Trecho Morumbi – Congonhas – Jardim Aeroporto; VLT da Baixada Santista, Trecho 2, entre Conselheiro Nébias e Valongo, na cidade de Santos; Linha 9 – Esmeralda, extensão do trecho Grajaú-Varginha. Mencionou projetos e obras para tornar acessíveis 29 estações da CPTM que ainda não estão integralmente nessa condição, frisando que 65 estações do sistema de trens metropolitanos são acessíveis. Por fim, lembrou a recente inauguração estações Campo Belo e Jardim Planalto, pertencentes ao sistema de metrô.

Alexandre Baldy confirmou estarem na pauta a implantação do Trem Intercidades (TIC), entre as cidades paulistas de São Paulo, Jundiaí, Campinas e Americana, iniciativa que poderá estar vinculada à concessão da Linha 7- Rubi, e a concessão em conjunto da Linha 8 – Diamante e da Linha 9 – Esmeralda.  Também apresentou informações a respeito da situação de duas novas linhas de metrô, uma em direção a Guarulhos, a Linha 19 – Celeste, e outra em direção à Região do ABC, a Linha 20 – Rosa.

Veja  apresentação do secretário Alexandre Baldy

Reconhecimento à contribuição de Ayres Gonçalves

Na solenidade de encerramento da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, a direção da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô prestou homenagem de reconhecimento à contribuição do engenheiro Ayres Rodrigues Gonçalves ao desenvolvimento do congresso da AEAMESP, pelo fato de ele vir atuando é desde o ano 2000 como coordenador de montagem e logística da Semana de Tecnologia Metroferroviária. Ele recebeu placa alusiva à homenagem das mãos do secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, e do presidente da AEAMESP, engenheiro Pedro Machado.

Na foto, Alexandre Baldy, Ayres Gonçalves e Pedro Machado

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – VIII

Homenagens aos vencedores do 6º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU

No primeiro dia da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, uma sessão especial proclamou e homenageou os vencedores do 6° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU.

O prêmio foi instituído como  objetivo de incentivar a produção técnica do setor metroferroviário e o intercâmbio tecnológico entre os profissionais do setor, divulgando e dando reconhecimento à produção técnica e acadêmica desses profissionais, contribuindo para o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil.

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores; o superintendente regional de Trens Urbanos, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), atuante em Belo Horizonte, Miguel da Silva Marques, e o presidente da AEAMESP, Pedro Machado, procederam à entrega dos prêmio.

PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO TARIFAS E CUSTEIO

O artigo técnico Implantação e gerenciamento dos processos de pequenos reparos (zeladoria) no Metrô de São Paulo foi o artigo vencedor da Categoria 1 – Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço. O trabalho é de autoria de Melissa Belato Fortes e Lígia Catarina Fischer., do Metrô de São Paulo. 

“Esse artigo tem um objetivo único de melhorar a mobilidade das pessoas e de oferecer um transporte melhor, em instalações melhores. Esse prêmio é muito gratificante. É o resultado de um trabalho em equipe muito bom, interdisciplinar, com várias gerências envolvidas, então, é motivador e muito gratificante receber esse Prêmio”,disse Melissa após a cerimônia.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores: Garantia de receita com controle de evasão em sistemas abertos de VLT – Arthur Ribeiro Costa Oliveira; Perspectiva para o transporte ferroviário de cargas: análise da renovação antecipada das concessões – Marina Donato; Fábio Santos Cerbino, Isaias Pereira Seraco, Hostilio Xavier Ratton Neto; Planilha de cálculo tarifário: modelo para uma empresa pública do Setor Metroferroviário – Frank Alves Ferreira, Maria Cecilia da Silva Brum, Francisco Schreinert; Proposta de implantação de via férrea na faixa de domínio FCA para transporte de passageiros entre Belo Horizonte e Sete Lagoas – Ygor Gabriel Martins Silva, Marcela Bruna Braga Guerra Franca, Geraldo Magela Perdigão Diz Ramos e Barbara Camuraty Reis.

SUSTENTABILIDADE, GESTÃO, COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Na Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional, o vencedor foi Conrado Blanco de Souza, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com o artigo “Gestão de processos de inundação, enchente e movimentação de solo na ferrovia”. O artigo foi desenvolvido em parceria com Marcella Luz Medes Dionello Fusco, Danilo Gonçalves de Araújo Amorim e Delson Lapa.

A respeito da conquista, Conrado Blanco de Souza disse: “É uma honra participar da premiação e vencer na nossa categoria. É motivo de muito orgulho para nossa equipe. Esse trabalho foi feito com participação de duas gerências. É uma busca para desenvolvermos o conceito de sustentabilidade na área de transporte, focado na resolução dos nossos passivos e impactos ambientais, mas também no serviço fundamental da CPTM que é o transporte de pessoas. É um artigo que trata justamente de interferências ambientais associadas à circulação dos trens e eu acredito que tenha grande aplicabilidade dentro da empresa. Essa premiação nos motiva a buscar apoio dentro da empresa para implementar esse sistema”.

SISTEMAS, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Já na Categoria 3 – Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas, o vencedor foi Arnold Freedy Steiner, do Metrô de São Paulo, com o artigo técnico Estudo de caso da transferência de carga aplicada na interface das estruturas de ligação da Estação Congonhas da Linha 17 – Ouro com o Aeroporto de Congonhas. Os coautores do trabalho são Filipe de Lima Rocha, Leandro da Silva de Medeiros e Luiz C. S. Domingues.

Arnold Freedy Steiner afirmou: “A importância do incentivo com prêmios como esse é dar campo aos profissionais da área, em especial aos que estão ingressando, para trazer suas contribuições e esforços para ir amadurecendo e renovando o setor de transportes. Ao mesmo tempo, motiva os profissionais a se empenharem com satisfação em fazer cada vez melhor o seu trabalho para a sociedade, em especial mitigando impactos negativos, em cada caso e condição, de maneira profissional e humana, mesmo nas contingências mais inesperadas”.

ESTÍMULO À INOVAÇÃO E À PRODUÇÃO TÉCNICA

“A cada ano nós recebemos um número maior de inscritos para o prêmio e percebemos que os técnicos do setor estão cada mais envolvidos, com trabalhos de grande qualidade e aplicabilidade comprovada nas empresas. O nosso setor está abrindo cada vez mais espaço para a inovação e esse é o objetivo do prêmio: incentivar a inovação e a produção técnica”, destacou o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores durante a cerimônia. O superintendente da CBTU, Miguel da Silva Marques, ressaltou que “o Prêmio de Tecnologia vai ao encontro da valorização dos colaboradores, o que e é essencial para o desenvolvimento do setor”.

O presidente Pedro Machado realçou o fato de a Semana de Tecnologia Metroferroviária contar, an sua programação, com o Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU: “Nosso congresso foi criado há 25 anos justamente para abrir espaço à demonstração de trabalhos técnicos gerados, então, por profissionais do Metrô-SP. Mais tarde, ampliamos o escopo da AEAMESP e da nossa Semana de Tecnologia Metroferroviária, com a apresentação de trabalhos técnicos de profissionais de todo o País. Há seis anos, a partir desta parceria com a ANPTrilhos e a CBTU, todo esse processo foi grandemente aprimorado, com o que se estabeleceu um meio ainda maior de  estímulo aos profissionais do setor”.

SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA, 25 ANOS – IX

Temas, debates, discussões e apresentações nas sessões da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

NO PRIMEIRO DIA – 3 DE SETEMBRO DE 2019

Na manhã de 3 de setembro de 2019, o primeiro dia da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi cumprida programação de visitas técnicas, com idas aos Centros de Controle Operacional (CCO) do Metrô de São Paulo, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), da Via Quatro e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU).

À tarde, houve a sessão de abertura e a solenidade houve o ato de entrega do 6º Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU.

Conferência de Philippe Martin, da RATP

Philippe Martin

A conferência internacional de abertura esteve a cargo de Philippe Martin, diretor-geral adjunto do grupo francês Régie Autonome des Transports Parisiens (RATP). Ele falou sobre a evolução histórica, o plano de negócios e as perspectivas futuras do grupo, que atua em 12 países. Um dos aspectos mais significativos de sua exposição foi sublinhar a importância de os diferentes modos de transporte atuarem de maneira estruturada e coordenada, o que ainda não existe na realidade das principais metrópoles brasileiras. Mencionando Paris como exemplo, ele comentou que todas as linhas de trens, metrôs, ônibus e bondes elétricos estão sob o cuidado da RATP e atuam de forma conectada.

Participaram da sessão com observações e perguntas Pedro Machado, presidente da AEAMESP; Joubert Fortes Flores Filho, presidente da Associação Nacional de Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Francisco Pierrini, presidente das concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade; Guilherme Ramalho, presidente do Metrô Rio; Luiz Eduardo Argenton, diretor de Operação e Manutenção da CPTM, e Luiz Antonio Cortez Ferreira, gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô de São Paulo.

Para ver a apresentação de Philippe Martin, clique aqui.

SEGUNDO DIA – 4 DE SETEMBRO DE 2019

Gestão para inovar e transformar negócios

Na manhã do segundo dia, em sessão coordenada pela Universidade Corporativa do Metrô-SP (Unimetro), Luciano Gomes, consultor da empresa Áquila, e Cristiano Mendonça, diretor de Manutenção do Metrô Rio compartilharam o tempo em uma apresentação intitulada Gestão para inovar e transformar negócios, em que se mostrou um case de inovação em aplicação na área de manutenção do Metrô Rio. O case tem como base o esforço para a ampliação do chamado ‘wrench time’, que traduz a proporção do tempo em que os funcionários estão realmente realizando atividades de trabalho em relação a todas atividades realizadas.

Veja  arquivo com a apresentação conjunta dos dois expositores

Melhores práticas em operação e manutenção

Dirigentes de três dos principais sistemas brasileiros de transporte de passageiros sobre trilhos – Luiz Eduardo Argenton, diretor de Operação e Manutenção da CPTM; Milton Gioia Junior, diretor de Operações do Metrô-SP, e Leonardo Henrique Balbino, gestor de Atendimento da CCR Metrô Bahia – levaram para a Semana de Tecnologia Metroferroviária informações sobre novos serviços, tecnologias de sistemas e metodologias de gestão para aprimorar o desempenho do transporte em suas respectivas companhias.

Clique para ver as apresentações desta sessão

O impacto da tecnologia no transporte urbano 

Outra sessão internacional focalizou o tema O Impacto da Tecnologia no Transporte Urbano: Tendências e Desafios. Esta sessão tratou de discutir como a incorporação de novas tecnologias impactará o transporte urbano a partir de distintas perspectivas e realidades. Coordenada pela jornalista e diretora da revista Sobretrilhos, Ana Lúcia Lopes o encontro reuniu Alan Camillo, consultor de Big Data; Carlos Eduardo G. Silva, gerente de Novos Negócios e Serviços do Metrô-SP; Márcio Francesquine, adido do Consulado Geral do Canadá em São Paulo, e o consultor e diretor adjunto da AEAMESP, Peter Alouche.

O papel dos sistemas de VLT

Na 25ª Semana de Tecnologia, diferentes sessões foram dedicadas aos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), com apresentação de trabalhos técnicos sobre operação, planejamento, arrecadação tarifária e outros tópicos relativos a esse modo de transporte. Houve um painel estratégico que debateu especificamente o papel que poderá ter o VLT na requalificação urbana em grandes e médios centros. A ideia foi discutir a inserção de sistemas de VLT como elemento capaz de reformular de toda a rede de mobilidade e ampliar a competitividade dos centros urbanos.

VLT Carioca

O arquiteto e historiador Ayrton Camargo e Silva, diretor adjunto da AEAMESP, disse no encontro: “A crise da mobilidade afeta a sociedade como um todo e precisamos olhar a tecnologia do VLT como uma solução eficiente para os problemas decorrentes da mobilidade ineficiente, que podem impactar diretamente a economia”. No painel foram apresentados dois casos de sucesso: o do VLT Carioca, no Rio de Janeiro, e o do VLT da Baixada Santista, em São Paulo. Houve ainda a apresentação de projeto em desenvolvimento na cidade paulista de Sorocaba

Veja as apresentações desta sessão 

Painel da ALAMYS discute receitas não tarifárias

Cláudio, Eduardo Jorge, Érica e Fernando

Pelo quinto ano consecutivo, a Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneo (ALAMYS) organizou uma sessão internacional como parte do programa da Semana de Tecnologia Metroferroviária. Acompanharam a sessão o secretário geral da ALAMYS, Sebastián Court, e Constantín Dellis, chefe da Secretaria Geral da entidade.

O painel mostrou que quatro grandes sistemas de transportes sobre trilhos na América Latina – Metrô de Santiago, Subte (Metrô de Buenos Aires), Companhia do Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Metrô de São Paulo – estão buscando ampliar suas receitas não tarifárias. Participaram como expositores Claudio Ferreira, diretor Comercial, Metrô de São Paulo; Eduardo Jorge Pereira, diretor de Planejamento e Novos Negócios da CPTM, São Paulo, Brasil; Fernando Reyes, subgerente de Negócios, Metrô de Santiago, Chile, e Érica Peticco, diretora Operativa de Qualidade do Serviço ao Usuário, Subterrâneos de Buenos Aires, Argentina.

Veja a apresentação de Claudio Ferreira

Veja a apresentação  de Fernando Reyes

Veja a apresentação de Érica Peticco

SEGUNDO DIA – 4 DE SETEMBRO DE 2019

Mesa da sessão

Em foco, a Pesquisa Origem-Destino da RMSP 2017

Clique na imagem e acesse o relatório

O arquiteto Luiz Antônio Cortez Ferreira, gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô de São Paulo, apresentou informações atualizadas da Pesquisa Origem e Destino da Região Metropolitana de São Paulo – 2017. Esse tipo de estudo foi realizado pela primeira vez em 1967 e repetido ininterruptamente a cada dez anos, tendo havido ainda, até agora, duas pesquisas de controle nos anos de 2002 e 2012. A pesquisa  é considerada a maior em transportes urbanos no Brasil e se destaca por ser uma ferramenta eficaz para o planejamento da mobilidade.

Entre outras informações, o Cortez mostrou que a Pesquisa Origem e Destino revelou que a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) produziu 42 milhões de viagens por dia em 2017, com um crescimento de 10,3% de viagens e um aumento de 12,4% das viagens motorizadas no período de 2007 a 2017. “Neste período de dez anos, a rede de metrô aumentou 28,4 km, enquanto a CPTM foi modernizada e também incrementou 16,4 km. Ao todo, foram implantadas 27 novas estações na malha metroferroviária da região”, afirmou.

Veja a apresentação de Luiz Antônio Cortez Ferreira

Veja a apresentação de Flavia Ulian

Ideias e iniciativas postas em marcha em Barcelona

Josep Bohigas Arneu

O diretor geral da Barcelona Regional, a agência de desenvolvimento urbano da capital catalã, Josep Bohigas Arneu, participou como expositor da sessão Governança Metropolitana, quando estiveram em discussão os desafios da gestão da mobilidade em aglomerados conturbados, abordando as alternativas de formatos institucionais, divisão de poder, o papel dela na formação de redes hierárquicas de transporte, entre outros aspectos.

O especialista apresentou iniciativas em implantação em sua cidade e que deverão trazer uma significativa transformação urbanística.  Entre elas está a estratégia de ‘superblocos’, correspondente ao conceito de mini-bairros em que o intenso fluxo de tráfego acontece no entorno, viabilizando áreas de lazer e convivência. “Defendemos esta ideia por trazer muitos benefícios, como a redução de acidentes, ruídos e contaminação” afirmou Arneu.

Ele acrescentou que ao restringir o tráfego em grandes estradas, a estratégia reduz drasticamente a poluição e transforma as ruas secundárias em espaços para cultura, lazer e demais atividades da comunidade. Outro ponto que mencionou Josep Bohigas Arneu foi instituição da Zona de Baixa Emissão, área que inclui Barcelona e alguns municípios vizinhos e na qual a circulação de veículos mais poluentes será progressivamente restringida. Essa medida deverá entrar em vigor em janeiro de 2020 e reduzirá em cerca de 125 mil o número dos veículos que circularão na cidade.

Veja a apresentação

Com casa cheia, seminário debate infraestrutura ferroviária

Integrado ao ambiente da 25ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o III Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, com dois painéis, traduziu a continuidade de uma parceria entre AEAMESP e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), através do seu Departamento de Infraestrutura (Deinfra).

Coordenado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, o primeiro painel discutiu o potencial de crescimento do setor ferroviário no País e contou com dois representantes do governo federal.

O secretário nacional de Transporte Terrestre, do Ministério de Infraestrutura, general Jamil Megid Júnior, mostrou como, no entender do governo, os leilões de trechos ferroviários e a renovação de concessões ferroviárias podem viabilizar a proposta governamental de expandir em uma década, de 16% para 30%, a participação das ferrovia na matriz de transportes. Ele acrescentou que entre principais metas do governo para a infraestrutura ferroviária estão a ampliação da participação e os investimentos privados, a prorrogação de contratos de concessões e investimentos cruzados, recuperação da malha existente e aumento da capacidade, bem como reaproveitamento os ramais desativados, tanto para cargas como para passageiros, e fazer evoluir a gestão e a qualidade de obras e concessões. O superintendente de Projetos, Custos e Estudos da VALEC, Marcos Aires, falou da atuação dessa empresa diante das diretrizes do Ministério da Infraestrutura para expansão da malha ferroviária.

O presidente da operadora MRS, Guilherme, Mello informou que foi postergado o projeto do Ferroanel Norte (54 quilômetros entre Perus, na cidade de São Paulo, e Manoel Feio, em Itaquaquecetuba), solução concebida para permitir aos trens de carga contornarem parte da Região Metropolitana de São Paulo. Esperava-se que esse projeto recebesse parte da outorga a ser paga pela MRS à União em razão da futura prorrogação antecipada da concessão da Malha Sudeste, mas a companhia considera prioritário empreender a segregação entre passageiros e cargas no trecho entre São Paulo e Jundiaí e também investir em obras para resolver o gargalo existente entre a Barra Funda e a Mooca, dentro da cidade de São Paulo.

Guilherme Penin, diretor da Rumo, disse que um dos principais destaques de sua empresa vem sendo o transporte por contêiner, “que cresce de 30% a 40% ao ano”.  Fabiano Lorenzi, Diretor Comercial da VLI, contou que a companhia nasceu a partir da identificação da ineficiência do transporte de grãos no país. “De 2013 até 2019, investimos 9 bilhões de reais para estruturar esse sistema de exportação de grãos, entre outros trabalhos, e podemos afirmar que o investimento em infraestrutura realmente traz um retorno significativo para a sociedade de maneira geral”.

Mediado pelo engenheiro e economista Frederico Bussinger, da empresa de consultoria Katalysis, o segundo painel, sobre projetos ferroviários para o Estado de São Paulo, teve a participação do secretário de Transportes Metropolitanos do governo paulista, Alexandre Baldy. Ele defendeu a separação de vias para cargas e passageiros na faixa de domínio ferroviário entre São Paulo e Campinas, o que facultaria à CPTM uso exclusivo do trecho, além de permitir a implantação do Trem Intercidades (TIC).

O coordenador de Estruturação de Projetos da Secretaria Executiva de Parcerias do governo paulista, Rodrigo Sarmento Barata, informou que foram definidos 21 projetos ferroviários prioritários para o Estado, com destaque para os projetos das Linhas 8 e 9 da CPTM e do Trem Intercidades.  Ana Beatriz Figueiredo de Castro, especialista em Transportes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou como essa organização financeira está apoiando os projetos ferroviários do governo, por ora, com o financiamento do Plano Diretor de Mobilidade da Macrometrópole e apoio à estruturação do TIC no Eixo São Paulo – Campinas e na concessão da Linha 7 da CPTM”.

Mobilidade urbana em tempo de mudanças

A União Internacional do Transporte Público, Divisão América Latina (UITP/DAL) coordenou a sessão Mobilidade Urbana em Tempo de Mudanças. A gerente da Divisão América Latina, arquiteta Eleonora Pazos destacou a importância Programa Melhores Práticas – América Latina, estabelecido com a finalidade de promover a troca de experiência entre as organizações quanto ao atendimento de excelência aos clientes.

A coordenadora desse programa, a também arquiteta Valeska Peres Pinto, explicou em sua exposição que essa iniciativa surgiu após a identificação da dificuldade que algumas empresas têm no enfrentamento de mudanças tecnológicas e de conhecimento. “As mudanças geram terror nas organizações, então, a nossa preocupação é olhar o cenário latino-americano, identificar empresas que se dispuseram a enfrentar os novos desafios por meio da inovação e não as deixar isoladas. Neste sentido, nosso papel é divulgar as iniciativas inovadoras, ajudando a replicá-las em outras empresas ao apontar os caminhos que podem ser adotados”, disse, complementando que a ideia geral é transformar a admiração que os países de primeiro mundo geram em motivação para mudar.

O seminário incluiu uma apresentação de trabalhos que integraram a mais recente edição do Programa Melhores Práticas – América Latina apresentados no congresso mundial da UITP, realizado em junho, em Estocolmo, Suécia. Profissionais do Metrô-SP, Eliete Mariani e Jaldomir da Silva apresentaram o NavGAT, sistema inédito de audionavegação com infravermelho, criado para dar autonomia às pessoas com deficiência visual que transitam pelo metrô. O consultor especializado de Marketing do Plano de Mobilidade de Brasília, premiado na capital sueca. Houve também palestras sobre Comunicação e Marketing na Era Digital e Inovação e Gestão de Riscos. Esta última teve como foco a compreensão do que pode ser mudado nas organizações em face às inovações disruptivas, o que fazer frente aos riscos operacionais e institucionais e como preparar os profissionais do futuro.

Três temas referentes a normatização em sessão da ABNT

Uma sessão especial da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) focalizou três temas diferentes e complementares referentes à normatização: normas de segurança de tráfego metroferroviário, segurança quanto a incêndios, e informações sobre atividades da comitê especial ABNT CEE 268 Cidades e Comunidades Sustentáveis .

O consultor Josefá Neves destacou conceitos fundamentais de segurança metroferroviária, como a importância da cultura de segurança nas organizações; a aplicação de alguns conceitos na implantação e operação de sistemas seguros; e o papel da normalização na garantia e evidência da segurança. “A proposta de todos estes pontos é limitar a níveis aceitáveis as possibilidades de se causar ou permitir danos patrimoniais e ao meio ambiente, bem como ferimentos em pessoas ou até mortes”, disse.

Anthony Brown, coordenador da comissão especial ABNT CEE Túneis, falou sobre os principais tipos de acidentes que acontecem em passagens subterrâneas, como incêndio, explosão, vazamento de produto tóxico ou corrosivo, fumaça preta, ferimentos e fatalidades, danos ambientais e ao patrimônio.

No segmento final da sessão, o professor Alex Abiko e o arquiteto João Carlos Takeda, ambos da comissão especial ABNT CEE 268 Cidades e Comunidades Sustentáveis, explicando que esse núcleo tem como foco a internalização das Normas ISO para cidades e espaços urbanos, nos temas idades e comunidades sustentáveis, cidades Inteligentes e cidades resilientes. A participação pode acontecer por meio de reuniões mensais presenciais na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo ou via web.

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AEAMESP completou 29 anos no dia da comemoração dos 45 anos de operação comercial do Metrô de São Paulo

A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) completou 29 anos de atividades em 14 de setembro de 2019, o mesmo dia em que se comemorou os 45 anos de operação comercial do Metrô de São Paulo. A coincidência de datas não aconteceu por acaso, mas como homenagem dos fundadores da AEAMESP, que decidiram realizar a assembleia de fundação no dia em que o Metrô de São Paulo completava 16 anos de operação comercial.

O Metrô de São Paulo, o primeiro do país, completou 45 anos de operação comercial com muitas marcas significativas, de acordo com informações divulgadas pela própria Companhia.

Até 31 de agosto deste ano, o sistema alcançou a expressiva marca de 29,8 bilhões de passageiros transportados – o correspondente a 3,9 vezes a população mundial, mais de 21 vezes a população da China ou 141 vezes a população do Brasil.

Desde o início da operação, os trens do Metrô de São Paulo percorreram 525,4 milhões de quilômetros, distância equivalente à realização de 1.366 viagens a Lua. A média diária de passageiros transportados atualmente é de cerca de 4,0 milhões nos dias úteis, o equivalente a população do Uruguai.

Diariamente, os 169 trens do Metrô percorrem 60 mil quilômetros e realizam 3,3 milhões de abertura e fechamento de portas.

MEIO DE TRANSPORTE PREFERIDO DA POPULAÇÃO

O Metrô conquistou pelo quinto ano consecutivo o prêmio de meio de transporte preferido dos paulistanos, segundo a pesquisa O Melhor de São Paulo, do Datafolha. Ao lado do Poupatempo, a Companhia do Metrô lidera na categoria Serviços Públicos, segundo a mesma pesquisa.

A entrega do prêmio ocorreu em 28 de agosto de 2019, no auditório do Memorial da América Latina, e contou com as presenças do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, do presidente do Metrô, Silvani Pereira, diretores, funcionários e colaboradores.

Ao receber a homenagem das mãos de Marcelo Benez, diretor-executivo comercial da Folha de S. Paulo, o presidente Silvani Pereira destacou a importância do prêmio para todos os que trabalham no Metrô e reafirmou que a escolha da população é o reconhecimento do trabalho de todos os funcionários, da manutenção das vias, trilhos, trens, das estações e dos agentes que cuidam da segurança de todos. “É uma escolha genuína, pois é de quem utiliza o serviço. É fruto do esforço e dedicação de todo o time do Metrô para transportar cerca de 4 milhões de pessoas com cuidado e segurança”, finalizou.

No evento foram apresentados também os resultados do primeiro semestre e realizada palestra sobre Inovação e Diversificação de Receitas, temas prioritários da atual administração.

OPERAÇÃO COMERCIAL

A operação comercial do Metrô de São Paulo acontece diariamente, das 4h40 até a meia-noite, para as transferências de uma linha para outra. Desde 25/01/2002, o fechamento das estações da Linhas 1 -Azul, Linha  2 – Verde e Linha 3 – Vermelha do Metrô passou a ser feito em horários que variam entre 0h06 e 0h35, de acordo com a passagem do último trem.
A partir do dia 18 de agosto de 2007, a operação comercial do Metrô e da CPTM foi ampliada em uma hora aos sábados (indo até a 1h00 de domingo), para melhor atender as pessoas que saem para trabalhar e se divertir na noite paulistana.

O Metrô opera atualmente, 65,8 quilômetros de linhas, assim compartilhadas: Linha 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi), 20,2 quilômetros; Linha 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena), 14,7 quilômetros; Linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera – Palmeiras/Barra Funda), 22,0 quilômetros; e 15- Prata (Vila Prudente – Jardim Planalto), 8,9 quilômetros.

A rede conta hoje, com 59 estações: sendo 23, na Linha 1 – Azul; 14, na Linha 2 – Verde; 18, na Linha 3 – Vermelha e sete, na Linha 15-Prata. A estação Sé, interliga a Linha 1 – Azul e a Linha 3 – Vermelha; e as estações Paraíso e Ana Rosa, interligam a Linha 1 – Azul e a Linha 2- Verde

O intervalo entre trens (headway) do Metrô nos horários de “pico” é um dos menores do mundo. Na Linha 3-Vermelha ele é de apenas 119 segundos; na Linha 1-Azul, 125 segundos; e na Linha 2-Verde é de 128 segundos. A Linha 15-Prata de monotrilho opera com um intervalo entre trens de 174 segundos.

Participação da AEAMESP em encontro sobre a perspectiva de ampliação dos deslocamentos urbanos com bicicleta em São Paulo

Juliana e André

O vice-presidente da AEAMESP André Mazzucatto, e a conselheira Juliana Tamanaha participaram na manhã de 20 de setembro de 2019, no MobLab, em São Paulo, de encontro que discutiu os desafios para que se possa alcançar participação 5% das bicicletas nos deslocamentos na capital paulista.

O encontro foi organizado pela Embaixada da Dinamarca, a Ciclocidade – Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo e a Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito, em conexão com o Dia Mundial sem Carro (comemorado a 22 de setembro de cada ano), para apresentar boas práticas e desafios em promover a bicicleta como meio de transporte em São Paulo e Copenhague.

O encontro reuniu especialistas de diversas áreas do setor de mobilidade urbana, entre empresas do poder público e sociedade civil organizada. André e Juliana representaram o Metrô de São Paulo e a AEAMESP, discutindo como nossas organizações podem ajudar nos esforços para que se haja maior participação da bicicleta na matriz das viagens da cidade, em detrimento ao uso de veículos motorizados individuais. Os especialistas levantaram diversas ações que poderão ser feitas nos próximos 10 anos, além de aproveitar para estreitar o relacionamento entre suas organizações.

Com esse encontro, a AEAMESP tem agora a parceria da Ciclocidade na luta pela mobilidade urbana sustentável. As duas organizações esperam trabalhar juntos na discussão da intermodalidade entre os trilhos e a bicicleta.

 

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