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EDIÇÃO 510, DE 1 A 30 DE SETEMBRO DE 2023

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – I

O êxito da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que voltou a ser realizada em formato exclusivamente presencial

Depois de duas edições em formato virtual nos anos da pandemia, e de uma terceira em formato híbrido, a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária – congresso anual da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) — aconteceu em caráter exclusivamente presencial no período de 11 a 14 de setembro de 2023.

O evento foi desenvolvido no Radisson Hotel Paulista São Paulo, localizado a poucos metros da sede da AEAMESP, a uma quadra do trecho inicial da Avenida Paulista. O tema geral do encontro foi A inovação dos transportes passa pelos trilhos.

A Semana de Tecnologia Metroferroviária vem sendo realizada de forma ininterrupta desde 1995 e segue reconhecida como um dos mais expressivos congressos técnicos do setor no Brasil, atraindo a participação de especialistas brasileiros e de outros países.

Paralelamente à 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, aconteceu nova edição da Metroferr Lounge Experience, em que empresas patrocinadoras e apoiadoras expuseram seus produtos, serviços e soluções.

Inscreveram-se 1.128 participantes

Para a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, inscreveram-se 1.128 participantes, um público constituído por presidentes, dirigentes e profissionais de empresas, como engenheiros, arquitetos, urbanistas e especialistas das áreas de planejamento e controle, projetos, infraestrutura e obras, logística, compras, planejamento estratégico, engenharia, tecnologia, manutenção, operação e especificação. Também participaram representantes de órgãos públicos, entidades de classe e de instituições não governamentais de representação autônoma.

Um total de 183 conferencistas, palestrantes e debatedores responsabilizaram-se pelas exposições e discussões nos workshops, sessões, painéis, seminários. Houve também a apresentação de quase 100 trabalhos técnicos.

Este ano, 13 empresas apoiaram a semana. A Tramontina figurou como patrocinador Diamante. Os patrocinadores da categoria Ouro foram: Alstom, CAF, Fras-Le, Metrus, Sky Rail São Paulo e Teltronic. Os patrocinadores Prata foram: Aeron, AeroGru, Egis, Linha Uni – Linha 6 de São Paulo, NT Expo, Concreteshow, Systra e TÜVRheinland.

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II

Luís Guilherme Kolle

Presidente da AEAMESP menciona números para destacar fatos marcantes ocorridos em 14 de setembro

Em seu pronunciamento de encerramento, o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle fez referências a alguns números para destacar fatos significativos para a entidade e o setor ocorridos em anos anteriores no dia 14 de setembro, data do final da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

ANIVERSÁRIO DA AEAMESP

O primeiro número lembrado foi 33, que traduzia o total de anos de existência da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô. “São 33 anos defendendo a área técnica, a engenharia e a arquitetura. E tudo começou com engenheiros e arquitetos da Companhia do Metropolitano de São Paulo”.

Ele continuou: “Àqueles que se reuniram naquela noite de 14 de setembro de 1990, nosso muito obrigado. Eles deram início à história da nossa Associação e passaram a fazer dela”.

PRESIDENTES DA AEAMESP

Ricardo Fazzole

Na sequência, Kolle destacou a presença no auditório do engenheiro Ricardo Fazzolle, o primeiro presidente da AEAMESP. E conclamou que se apresentassem outros ex-presidentes presentes à solenidade, os quais, atualmente, como Fazzole, integram o Conselho Consultivo da AEAMESP. Apresentaram-se os engenheiros Manoel da Silva Ferreira Filho, Pedro Machado e Silvia Cristina Silva.

Foram citados os ex-presidentes que não participavam da solenidade, mas estiveram em sessões da 29ª Semana de Tecnologia: os engenheiros Emiliano Affonso, Luiz Carlos de Alcântara e Luiz Felipe Pacheco de Araújo.

Luís Guilherme Kolle mencionou também os nomes dos ex-presidentes já falecidos: os engenheiros Laerte Mathias, em cuja gestão se implantou a Semana de Tecnologia Metroferroviária, e José Geraldo Baião, cuja administração modernizou os estatutos da Associação.

A OPERAÇÃO DO METRÔ DE SÃO PAULO

Mais adiante, Luís Guilherme Kolle mencionou outro número – 49 –, explicando tratar-se do total de anos transcorrido desde que, em 14 de setembro de 1974, iniciou-se a operação do Metrô de São Paulo.

Luís Grillo

Buscando uma conexão com a data histórica, Kolle reverenciou duas personalidades do setor presentes à solenidade. “Temos a honra de ter aqui nesta cerimônia o mais antigo engenheiro ainda em atividade no Metrô de São Paulo: Luís Grillo. Ele participou do primeiro trecho de obra do Metrô, na zona sul da cidade, em Jabaquara”.

Ilona Bakocs Schiffer

“Também temos a honra de ter nesta ocasião a presença da engenheira Ilona Bakocs Schiffer, uma grande representante das mulheres no Metrô de São Paulo. Temos que agradecê-la pelo profundo conhecimento que nos trouxe”.

PARCERIAS

Luís Guilherme Kolle destacou que a AEAMESP e a Companhia do Metropolitano de São Paulo sempre foram grandes parceiros desde o momento em que a Associação iniciou suas atividades. “Tudo começou com engenheiros e arquitetos do Metrô, mas, ao longo de sua história, a AEAMESP foi desenvolvendo parcerias, às quais agradeço”, afirmou, acrescentando que algumas das organizações estavam representadas na mesa de honra da solenidade.

Ele agradeceu aos patrocinadores que viabilizaram a financeiramente a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, citando-os todos; destacou o papel da imprensa na cobertura dos temas do congresso da AEAMESP, e agradeceu ao público que participou vivamente das diferentes sessões, inclusive daquela que marcava o encerramento do encontro.

Finalmente, mencionou o apoio recebido da Diretoria e de membros dos Conselhos da AEAMESP na formulação do programa da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e para organização do evento, mencionando em especial os nomes do vice-presidente de Atividades Técnicas, engenheiro Carlos Eduardo Gomes da Silva, e de 1º Diretor Tesoureiro, Arnaldo Pinto Coelho, e da equipe da sede da nossa Associação, integrada por Angélica Nascimento e Gorete Miciano.

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – III

A 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária está prevista para o período de 10 a 13 de setembro de 2024

Luís Guilherme Kolle informou que a 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária está prevista para o período de 10 a 13 de setembro de 2024. Nessa ocasião, além do trigésimo aniversário do congresso anual da AEAMESP se comemorará também os 50 anos de operação do Metrô de São Paulo.

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – IV

Organizações do setor prestigiam as solenidades de abertura e de encerramento da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária

Entidades e empresas atuantes no setor metroferroviário e no âmbito mais amplo da Engenharia fizeram-se representar na solenidade de instalação dos trabalhos da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, na tarde da segunda-feira, de 11 de setembro de 2023.

Paulo Sergio Amalfi Meca

Compuseram a mesa dessa sessão, ao lado do presidente da AEAMESP, Luís Guilherme Kolle; Joubert Flores, presidente do Conselho da Associação Brasileira dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos); Adriana Fonseca Lins, diretora técnica adjunta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU); Paulo Sergio Amalfi Meca, diretor de Engenharia e Planejamento da Companhia do Metropolitano de São Paulo; Luiz Eduardo Argenton, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulistade Trens Metropolitanos (CPTM); Alberto Epifani, coordenador de Planejamento e Gestão, da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, representando o secretário Marco Antonio Assalve; e Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP).

SESSÃO DE ENCERRAMENTO 

Massimo Giavina, Vicente Abate, Alberto Epifani, Luís Guilherme Kolle, Fábio Siqueira e Jean Pejo

Compuseram a mesa de honra na sessão de encerramento Massimo Giavina, representando o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE); Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER); Alberto Epifani, coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, representando o secretário Marco Antônio Assalve; o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle; Fábio Siqueira, da Companhia do Metropolitano de São Paulo, e Jean Pejo, secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias no Brasil (ALAF)

HOMENAGEM A ARNALDO PINTO COELHO

Arnaldo Pinto Coelho e Luís Kolle

Durante a cerimônia, foi especialmente homenageado o engenheiro Arnaldo Pinto Coelho, 1º Diretor Tesoureiro da AEAMESP, pela contribuição prestada à nossa Associação ao longo dos anos, em diferentes gestões, estando ou não em um dos cargos de direção da entidade. A placa entregue a Arnaldo tinha a seguinte inscrição, com assinatura do presidente Luís Kolle:

“A AEAMESP homenageia nosso grande amigo e associado fundador Engenheiro Arnaldo Pinto Coelho pelos anos de dedicação à nossa entidade e por se colocar à disposição da Associação sempre observando o que é melhor para ela e seus associados. Com sua participação ativa e articulação proporcionou contatos e oportunidades para que nossa Associação se desenvolvesse sempre integrada às empresas e operadoras de sistemas metroferroviários. Temos em você inspiração e exemplo de como ser solicito e participativo dentro da Associação e também na vida profissional. É uma honra para nós termos como associado”

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – V

André Isper Rodrigues Barnabé

Na 29ª Semana de Tecnologia, secretário-executivo de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo adianta novidades sobre o Trem Intercidades (TIC)

Confirmando o que disse o secretário-executivo da Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo, André Isper Rodrigues Barnabé, em sua conferência na 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o governo do Estado de São Paulo apresentou na primeira semana de outubro de 2023 o novo edital do Trem Intercidades (TIC).

Em sua exposição no encontro da AEAMESP, feita no dia 14 de setembro de 2023, André Isper garantiu que o edital seria publicado “muito em breve”, o que de fato aconteceu.

Ele lembrou na ocasião que o leilão estava marcado para o dia 28 de novembro de 2023 e que, além da revisão do projeto, haveria alteração no prazo do pregão, o que se confirmou, já que foi efetivamente remarcado para o dia 29 de fevereiro de 2024.

André Isper também adiantou para o público que lotava o auditório principal da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária que o total do investimento para viabilizar o Trem Intercidades (TIC), originalmente estimado em R$ 12 bilhões, seria revisto. “Seria esse valor, mas estamos fazendo uma última revisão e ele vai para R$ 14 bilhões”, disse. Quando o edital foi lançado, observou-se que o valor foi ampliado, mas ficou em R$ 13,5 bilhões.

Segundo divulgou o governo paulista, a proposta mantém o cronograma de entrega do empreendimento e torna o projeto ainda mais atrativo e com tarifas mais justas aos usuários.

Poderão participar do leilão sociedades e demais pessoas jurídicas, entidades brasileiras ou estrangeiras, isoladamente ou reunidas em consórcio, cuja natureza e objeto sejam compatíveis com a participação na licitação. O participante deve atender plenamente todos os termos e condições do edital.

O primeiro critério de julgamento será o maior desconto sobre a contraprestação pecuniária máxima. O vencedor será o que apresentar a maior redução de pagamento, pelo Estado, pela prestação dos serviços. Caso seja ofertado desconto igual por mais de um licitante, o pregão será definido pelo segundo critério, que é o de maior redução do aporte do Estado no projeto.

Em sua apresentação, André Isper falou sobre os investimentos do Estado nas áreas de transporte e logística. De acordo com ele, o Estado tem procurado atrair novos investimentos privados, com o objetivo de aprimorar a eficiência dos serviços públicos, o que incluiu, além do Trem Intercidades (TIC), a ampliação dos sistemas de trem e metrô, e o incremento de outros modais de transporte.

O GOVERNO E O TREM INTERCIDADES

Na visão do governo estadual paulista, o Trem Intercidades (TIC) oferecerá conforto e velocidade aos seus passageiros, fomentará a economia local e descomprimirá o intenso movimento do sistema de rodovias Anhanguera-Bandeirantes.

Parte da carteira de projetos no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), que vai ampliar os investimentos em São Paulo nos próximos anos, o projeto prevê a ligação, por linha férrea, entre a Capital Campinas; a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí; e a concessão da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A ligação entre São Paulo e Campinas, com parada em Jundiaí, terá cerca de 100 quilômetros de trajeto, oferecendo um serviço expresso entre a Estação Barra Funda e Campinas, com parada em Jundiaí. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens executando a operação. A tarifa média anual do serviço expresso será de até R$ 50 – montante estabelecido no edital do TIC. O valor máximo da tarifa estabelecida no edital é de R$ 64.

Uma das novidades do edital é que o Estado garantirá 90% da receita estimada para o funcionamento do serviço expresso. Caso a arrecadação com as tarifas supere em 10% o total previsto, o lucro será igualmente repartido entre o Estado e o operador privado. Esses aprimoramentos vão garantir uma receita mínima para a operação do TIC, além de tornarem o modal mais competitivo e com preço justo para o usuário.

TREM INTERMETROPOLITANO

Dentro do projeto há ainda o Trem Intermetropolitano (TIM), com cinco estações: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. A linha irá operar com sete trens e o percurso será de 44 quilômetros com previsão de deslocamento de 33 minutos.

A parceria público-privada (PPP) também prevê a concessão da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ela vai operar entre as estações Barra Funda e Jundiaí. São 57 quilômetros, com 17 estações e 61 minutos de viagem. Além disso, 30 trens que fazem esse trajeto serão transferidos ao futuro concessionário.

O valor máximo da tarifa do TIM será de R$ 14,05. Já o bilhete da Linha 7-Rubi seguirá a tarifa pública de R$ 4,40. O empreendimento irá atender a uma área que concentra 11 municípios e conta com aproximadamente 15 milhões habitantes. O governo calcula que serão gerados mais de 10,5 mil empregos, entre diretos, indiretos e induzidos.

O novo edital também prevê maior aporte do Estado no TIC Eixo Norte, de R$ 8,5 bilhões – cerca de 75% do total do projeto. Anteriormente, o valor era de R$ 6 bilhões. Parte dos recursos serão oriundos de empréstimo de R$ 6,4 bilhões firmado entre o Governo de SP e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por outro lado, o valor de contraprestação a ser pago pelo Governo Estadual caiu de R$ 400 milhões para cerca de R$ 250 milhões ao longo dos 30 anos da concessão.

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – VI

Alberto Epifani

Plano Integrado de Transportes Urbanos 2040 (PITU 2040) será conhecido ainda em 2023

Ainda em 2023 deverá ser conhecido o Plano Integrado de Transportes Urbanos 2040 (PITU 2040), elaborado pelo governo paulista e referente à Região Metropolitana de São Paulo. A informação foi prestada pelo coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, Alberto Epifani, ao representar o secretário dessa pasta do governo paulista, Marco Antônio Assalve, nas solenidades de instalação e de encerramento da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Segundo Epifani, o PITU 2040 já deveria estar concluído, mas o governo paulista decidiu retardar o processo de planejamento do transporte urbano na área metropolitana da capital, em razão do impacto da pandemia sobre o setor, com a perda que já foi de 23% dos passageiros transportados nos sistemas administrados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (Metrô, CPTM e EMTU) em comparação com o volume observado em 2019. Em setembro de 2023, a perda seria de 19% e, segundo especialistas, poderá melhorar, reduzindo-se a 10%.

Com a decisão houve uma mudança significativa da Pesquisa Origem-Destino (O-D), conforme explicou Alberto Epifani. Ele lembrou que, normalmente, as Pesquisas O-D referentes à Região Metropolitana de São Paulo são feitas em anos terminados com o algarismo 7. Tudo começou em 1967 e desde então, a cada dez anos, a pesquisa é refeita. Além disso, mais recentemente, adotou-se a prática de realizar uma pesquisa de aferição de parâmetros cinco depois da cada Pesquisa O-D; elas aconteceram em 2002 e 2012.

Estava programada a pesquisa de aferição de parâmetros para 2022, mas em função do impacto da pandemia, decidiu-se fazer uma nova Pesquisa O-D completa, como aquelas feitas em anos terminados com o algarismo 7. Serão 36 mil pesquisas domiciliares. E a partir disso, se redesenhará a rede de transporte estrutural de alta e média capacidade na região metropolitana de São Paulo.

Quando surgiu notícia da feitura de uma Pesquisa O-D completa, a Secretaria de Transportes Metropolitanos estava concluindo o PITU 2040. “Foi preciso suspender o contrato para a realização desse trabalho para compreender a situação. Fizemos algumas revisões. Acabamos de retomar esse contrato agora nesta semana e provavelmente entregaremos a rede até o final deste ano. Portanto, o PITU 2040 vai estar pronto até o final deste ano”, disse Epifani.

DEFESA DA EXPANSÃO DA REDE

Na parte final de sua exposição, Alberto Epifani defendeu a expansão da rede metroferroviária, explicando que os investimentos nesse campo representam apenas uma pequena parcela da economia gerada para o Estado – e para a sociedade – com as chamadas externalidades positivas que trens e metrôs ocasionam. Ele explicou que tais externalidades são oque se deixa de emitir em termos de poluição do ar e o que se deixa de gastar com as nefastas consequências da poluição para a saúde pública. E também em razão da diminuição de ocorrências de trânsito e de seus custos em termos de internações e perda de dias de trabalho.

Em 2020, a economia anual proporcionada pelo Metrô de São Paulo foi de R$ 11,7 bilhões e da CPTM, de R$ 11,3 bilhões. Com 10% da soma desses dois desses valores – algo como R$2,3 bilhões – seria possível construir pelo menos dois quilômetros de metrô, que custariam, cada um, a preços atuais, R$ 1 bilhão. Dois quilômetros equivalem à média histórica anual internacional de implantação de linhas de metrô, inclusive naqueles normalmente situados entre os principais sistemas: os de Londres e de Paris.

29ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – VII

Proclamação dos vencedores do 10º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU

Como parte da programação do primeiro dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 11 de setembro de 2023, realizou-se a sessão de proclamação dos vencedores do 10° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU, antecedida do pronunciamento de abertura do presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Kolle.

ESTÍMULO E INTERCÂMBIO

Por uma década, esse prêmio tem logrado êxito em incentivar a produção técnica do setor metroferroviário e o intercâmbio tecnológico entre os profissionais do setor, divulgando e dando reconhecimento à produção técnica e acadêmica desses profissionais, contribuindo para o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil.

Todos os artigos finalistas do 10° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU receberam troféu e certificado de participação. Os vencedores de cada uma das três categorias também receberam a premiação no valor de R$ 7 mil.

PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO, TARIFAS E CUSTEIO

O estudo técnico Pagamento por aproximação no Sistema Metroviário do Rio de Janeiro: resultados e benefícios, de autoria de Raphaela Cosme Maturo dos Santos e Pedro Fiúza Cardoso, da empresa MetrôRio foi o vencedor na Categoria 1 – Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço.

Raphaela Cosme Maturo dos Santos

Rafaela afirmou: “É muito importante poder coroar o nosso trabalho no metrô, o nosso dia a dia. Agradecemos a oportunidade, tanto a que recebemos aqui no Prêmio quanto a de nossos colegas de trabalho que ajudaram e contribuíram para que conseguíssemos chegar aqui”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores:

  • Implementação da Tarifa Social e seus efeitos na demanda do metrô do Rio de Janeiro – MetrôRio – Diogo Salcides, Anna Clara Fernandes de Oliveira, Guilherme Ribeiro Bieler.
  • O impacto dos fatores externos na variação média da demanda de passageiro no MetrôRio em dias úteis – MetrôRio – Isabelle Sousa de Moura.
  • Tarifa Social Ferroviária no Rio de Janeiro – Uma análise socioeconômica – SuperVia – Rasiele dos Santos Rasia e Gabriel Nogueira.
  • Transformando equipamentos operacionais em oportunidades: monetizando o SMM na Linha 15-Prata – Metrô de São Paulo – Willian Eder Reis da Silva, Guilherme Fernando Molina Ambrosio, Charles Iury Oliveira Martins, Michel de Abreu Verinaud.

SUSTENTABILIDADE, GESTÃO, COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Na Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional, o vencedor foi o estudo técnico intitulado Implantação Fablab na CPTM e a cultura maker no setor metroferroviário, de autoria de Sarah de Sá Fernandes, Rodrigo dos Santos Nobrega e Maicon Sartiro de Oliveira, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Sarah Sá Fernandes

Sarah Sá Fernandes disse o seguinte a respeito da conquista: “Esse Prêmio vem para fortalecer o nosso movimento de inovação. A CPTM está nesses trilhos de busca pela inovação, de trazer o que existe de ponta em tecnologia e do que há de melhor em transporte para os nossos passageiros. A criação de nosso trabalho vai ao encontro disso”.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores:

  • Mitigação e gestão das emissões de carbono no ciclo de vida dos empreendimentos do Metrô SP – Metrô de São Paulo – Cacilda Bastos Pereira da Silva, Soraia Schultz Martins Carvalho, Ramón Carollo Sarabia Neto.
  • Transformação e Maturidade em Gestão Ágil no Metrô SP – Metrô de São Paulo – Gerson Gonçalves da Silva Neto, Priscilla Amaro Antunes Saldanha.
  • Solução para o tratamento de efluente da lavagem de peças, em oficina metroferroviária – Trensurb – Guilherme Dutra de Campos, Alex Menani Lingiardi.
  • Uso Sustentável da Água: Metodologias, Inovações e Processos na Gestão Hídrica da CCR Metrô Bahia – CCR Metrô Bahia – Leandro Silva de Almeida, Jaime Araujo de Oliveira Neto, Larissa Sousa Santos Lemos.

SISTEMAS, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Na Categoria 3 – Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas, o vencedor foi o estudo técnico intitulado Otimizando a eficiência do sistema metroferroviário: análise operacional com ciência de dados, de autoria de Joelson Messias de Moura, Álvaro Diego Bernardino Maia, Lucas Victor Resende Oliveira, Marcos Renan Nonato da Silva e Marcos Vinícius de Souza Apolinário, da ViaQuatro.

Joelson Messias de Moura

Joelson Messias de Moura disse o seguinte a respeito do prêmio: “É um reconhecimento muito relevante, de âmbito nacional e para toda a categoria metroferroviária. Isso contribui muito para o desenvolvimento tecnológico, além de demonstrar as diversas possibilidades do que há de mais moderno no mercado, o que no fim das contas acaba impactando muito positivamente os passageiros e usuários dos sistemas”, enfatizou.

A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores

  • Desenvolvimento de sistema de telemetria para VLT tipo Mobile 3 – CBTU – Felipe Ferreira de Araújo, Valdegilson de Oliveira Silva, Fábio Sergio Dantas Soares, Ítalo Bezerra de Mendonça
  • Sistema de Fôrmas Trepantes para paredes do poço de acesso principal da futura Estação Vila Formosa – Metrô de São Paulo – Marcio Demian Guerra.
  • A utilização do método PDCA para redução da taxa de deseixamento de rodeiros ferroviários na gerência – Vale – Milena Brenda Barros Gomes.
  • Cartas de Controle EWMA para monitoramento do headway praticado pelas linhas CPTM – CPTM – William Bossas Paulino.

Mais de 600 trabalhos em 10 anos do Prêmio

O presidente da ANPTrilhos, engenheiro Joubert Flores, manifestou-se na cerimônia de premiação, destacando significativo número de profissionais metroferroviários que já participaram das edições do Prêmio. “Agradeço aos mais de 600 profissionais que fazem parte dessa história através de seus artigos, que são importantes ferramentas para o desenvolvimento do nosso setor. Parabéns a todos que fazem parte desta jornada do Prêmio de Tecnologia. Que possamos juntos continuar incentivando o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos”.

Adriana Fonseca Lins

Por sua vez, Adriana Fonseca Lins, diretora técnica adjunta da CBTU, destacou o incentivo à produção técnica: “Essa união da ciência com o dia a dia nosso na ferrovia é fundamental. A CBTU sempre tenta apoiar as iniciativas que vão nesse sentido. Há muitos anos, a empresa lançou um concurso de monografias chamado ‘Cidade nos Trilhos’, deu muito certo e a partir daí surgiu o Prêmio de Tecnologia que é um dos mais importantes do setor”.

O engenheiro Luís Kolle, presidente da AEAMESP, agradeceu e destacou o alcance dos trabalhos, além da relevância dos projetos para todas as empresas de transportes sobre trilhos. “Agradeço muito essa parceria e a confiança na AEAMESP. Agradeço a todo mundo que participa e sempre envia seus trabalhos e suas ideias, que muito contribuem para o setor”.

Os artigos selecionados estão disponíveis na plataforma que agrega todas as sessões e apresentações da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária da AEAMESP. Veja aqui.

PRIMEIRO DIA – 11 DE SETEMBRO DE 2023

Na 29ª Semana de Tecnologia, Joubert Flores apresentou as 29 propostas da Agenda de Governo do Setor de Transporte de Passageiros sobre Trilhos 2023-2026

Joubert Flores

A conferência inaugural da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária foi proferida pelo presidente do Conselho da ANPTrilhos, Joubert Flores. Ele apresentou a Agenda de Governo do Setor de Transporte de Passageiros sobre Trilhos 2023-2026, que pode ser baixada a partir de link ao final deste texto.

O dirigente explicou que o documento traz 29 propostas que poderão resultar na melhoria da qualidade do serviço prestado a milhões de cidadãos, consolidar a segurança jurídica para a atração de novos investimentos e proporcionar a sustentabilidade dos negócios no setor, abrindo espaço para a expansão do transporte de alta capacidade sobre trilhos e suas ligações regionais.

Segundo Joubert Flores, das 29 propostas, seis são qualificadas como prioritárias, em razão da importância na indução de resultados imediatos para alavancar a mobilidade urbana e o desenvolvimento da rede de transporte estruturante. São elas: 1) Edição da Política Nacional do Transporte Ferroviário de Passageiros; 2) Formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento do Transporte Ferroviário de Passageiros; 3) Instituição do Marco Regulatório do Transporte Público; 4) ublicação da Política de Financiamento do Transporte Coletivo; 5) Construção do Plano Estratégico da Mobilidade Urbana sobre Trilhos; 6) Edição de uma Política de Incentivo para a criação de Autoridades Metropolitanas.

As outras proposta se agrupam em cinco eixos: Ambiente Institucional e Regulatório, Financiamento do Transporte Público e Viabilização de Projetos, Redução do Custo Operacional e Modicidade Tarifária, Sustentabilidade e Segurança, e Segurança Jurídica

Baixe a publicação

SEGUNDO DIA – 12 DE SETEMBRO DE 2023

Conrado Grava de Souza, Ayrton Camargo e Silva, Ivan Wathely, Miriana Pereira Marques e Luís Guilherme Kolle

Um debate sobre a importância da Autoridade Metropolitana

Uma das sessões no início do segundo dia versou sobre o tema Autoridade Metropolitana. O painel teve coordenação do vice-presidente da AEAMESP, arquiteto, urbanista e historiador Ayrton Camargo e Silva, e contou com a participação do consultor internacional Sérgio Avelleda; do dirigente da ANPTrilhos Conrado Grava de Souza, e de Ivan Wathely, do Instituto de Engenharia de São Paulo.

José Eduardo Frascá Poyares Jardim

O presidente do Instituto de Engenharia,  José Eduardo Frascá Poyares Jardim, e a vice-presidente de Administração e Finanças, Miriana Pereira Marques, acompanharam as apresentações e os debates dessa sessão.

Redução de custos.  Sérgio Avelleda fez a primeira exposição, ressaltando, entre outros aspectos, que a implantação da Autoridade Metropolitana, pela racionalização capaz de proporcionar, pode levar a uma redução significativa dos custos e à recuperação de demanda. Disse que as Autoridades Metropolitanas não serão criadas porque se realizam painéis sobre o tema, defendendo que o governo federal e os bancos de desenvolvimento, como os internacionais Banco Mundial, CAF e BID e o brasileiro BNDES condicionem a liberação de recursos requeridos pelos entes federados do Brasil à execução de passos concretos na direção desse modelo de arranjo institucional para a gestão do transporte.

Aspectos positivos. Conrado Grava de Souza destacou que o modelo de Autoridade Metropolitana adotado em várias cidades do mundo contempla planejamento integrado e de longo prazo, verificação de impacto sistemático de cada novo projeto; transparência na tomada de decisão e racionalidade na aplicação de recursos e desvinculação política das decisões e validação dos projetos para recebimento de recursos federais.

Estudo do Instituto de Engenharia. Lastreado em estudo desenvolvido no final da última década pelo do Instituto de Engenharia de São Paulo, entidade de que era representante no painel, Ivan Wathely mostrou que a autonomia dos municípios e a multiplicidade de níveis de governo, garantidas pela Constituição, acarretaram decisões isoladas – e incoerentes – de planejamento, financiamento, implantação, operação, manutenção, níveis de oferta e avaliação de desempenho.

Além de impedir a destinação de recursos para objetivos planejados de médio e longo prazo, e de dificultar empréstimos com bancos e agências de financiamento, essa situação institucional resultam em diferentes ordens de problema para a mobilidade: profusão multimodal e rede desagregada, incluindo aspectos como operação desordenada, dificuldades para estabelecimento do equilíbrio financeiro sustentável e planejamento econômico, e também a não organização de aspectos como meios de pagamento, contratações dos serviços de transporte, comunicação e supervisão operacional.

Baixe a publicação do Instituto de Engenharia intitulada Governança Metropolitana de Transportes

 

Alex Abiko

Uma sessão sobre a ABNT CEE 268 – Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis

Haydée Svab

Com coordenação do arquiteto João Carlos Santos Taqueda, 2º Diretor Secretário da AEAMESP, e tendo como convidados Haydée Svab e o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Alex Abiko, realizou-se no segundo dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária sessão a respeito da ABNT CEE 268 – Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Alexandre Massaki, Ana Lúcia Lopes, Cesar Deconti, Etienne Beauregard, Renata Seabra e Marcio Francesquini

Já tradicional, Sessão Internacional se consolida como canal de comunicação e porta de entrada de ideias

Ainda na manhã do segundo dia, foi desenvolvida nova edição da Sessão Internacional, com abordagem do tema O futuro do transporte sobre trilhos na era multimodal. Os trabalhos tiveram a coordenação da jornalista Ana Lúcia Lopes, com participação de Márcio Francesquini, representando o Consulado Geral Canadá.

Na visão de Francesquini, a Sessão Internacional vem se consolidando. Ele afirmou que esse painel, já tradicional na Semana de Tecnologia Metroferroviária da AEAMESP, se propõe a ser um canal de comunicação. “A ideia é que seja uma porta de entrada de experiências internacionais; o contexto da sala é promover essa discussão. E procura sempre reforçar que a tecnologia não é o fim, e, sim, o meio. As empresas aqui participantes neste ano usam fortemente a tecnologia, mas como meio. O que e se busca é humanização. O importante é o cliente”, disse.

A arquiteta e urbanista Renata Seabra, especialista em planejamento urbano da organização global Arcadis-IBI Group, fez a apresentação inicial a respeito da atuação de sua empresa. Em seguida, o consultor Etienne Beauregard falou sobre o trabalho desenvolvido pela Lemay, empresa que se situa entre as maiores no ramo de arquitetura e planejamento no plano internacional, e intensifica sua atuação no Brasil.

Cesar Deconti, da Tramontina, falou a respeito dos produtos e soluções de sua companhia quanto voltados à segurança em instalações elétricas para o mercado global. E Alexandre Massaki, discorreu sobre a participação da Alstom no projeto do Trem Maya, em desenvolvimento no México.

Metodologia BIM abrange duas sessões de debate

Ivo Mainardi

Cobrindo as duas faixas horárias da manhã do segundo dia, foram desenvolvidas sessões sobre a metodologia BIM (Modelagem de Informação da Construção), com coordenação de Ivo Mainardi, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP).

Participaram dos trabalhos da primeira sessão Anderson Santos (Systra), Paulo Renato Andrade (MRS) e Giuliano De Mio (Geologia). A segunda sessão teve participação do arquiteto Fernando Boselli, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); Alexandre Jeronymo Rodrigues, do Consórcio MNEPIE (Maubertec, Nova Engevix, Pólux, Intertechne e EGT), e Carlos Dias (IFC e IDS).

Ana Claudia Nascimento

Cresce a malha metroviária baiana, daí a importância de participar da 29ª Semana, disse a presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB)

A presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Ana Claudia Nascimento, participou das atividades da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Depois do encontro, ela registrou a importância do congresso anual da AEAMESP, destacando o fato de os debates abrangerem um amplo leque de temas do setor, o que inclui transporte de passageiros, infraestrutura e obras, planejamento estratégico, engenharia, tecnologia, manutenção, operação do sistema.
Ela afirmou: “A Bahia passa por uma verdadeira transformação na sua mobilidade e no transporte de passageiros. Estamos ampliando a nossa malha metroviária e, em breve, implantando o VLT do Subúrbio, então é muito importante participar de um congresso como esse e conhecer o que o mercado tem de mais moderno e inovador. Buscar as melhores soluções para o nosso estado e ofertar o melhor ao povo da Bahia”.

As obras metroviárias em cidades

Sob a coordenação da engenheira do Metrô de São Paulo e conselheira consultiva da AEAMESP Silvia Cristina Silva, um painel na abertura dos trabalhos vespertinos do segundo dia focalizou o tema das obras metroviárias na cidade de São Paulo.

Inicialmente, Hugo Cássio Rocha tratou do tema a interação das obras subterrâneas coma cidade, evidenciando aspectos que o Metrô de São Paulo aprendeu com os projetos que desenvolveu. Ele ressaltou com exemplos ilustrados a complexidade envolvida no processo de escavação subterrânea em centros urbanos. Destacou que são ações que demandam levantamentos prévios, investigação geológica e geotécnica, projetos específicos, monitoramento, ações de gerenciamento de riscos e habilidade para a que a obra seja executada com segurança.

Outros expositores detiveram-se em projetos específicos do Metrô de São Paulo, ambos em fase de execução. Eduardo Maggi falou a respeito da expansão da Linha 2 – Verde do Metrô e Danilo Rodrigues apresentou o projeto do Túnel Consolação-Paulista.

Meli Malatesta, Luís Kolle, Renata Fazoni e Juliana

Inserção urbana dos trilhos e segurança viária

Sob a coordenação de Neila Custodio, houve no início da tarde do segundo dia um painel intitulado Mobilidade ativa e segurança viária na inserção urbana dos trilhos, que contou com a participação de Renata Falzoni e Meli Malatesta.

Normas referentes a serviços topográficos

Régis Bueno

A última sessão do segundo dia dos trabalhos versou sobre o tema ABNT-CE-002:133.017 – Comissão de Estudo de Serviços Topográficos. A sessão foi coordenada por João Taqueda e teve como convidado o especialista Regis Bueno, da ABNT.    

O tema do planejamento de longo prazo, considerando as futuras Linha 19 – Celeste e Linha 20 – Rosa do metrô paulistano

Sessão coordenada por Marcos Kassab, da Companhia do Metropolitano de São Paulo, focalizou o tema do planejamento de longo prazo, considerando as futuras Linhas 19 – Celeste (entre Anhangabaú, em São Paulo, e Bosque Maia, em Guarulhos) e Linha 20 (entre Santa Marina, na zona oeste de São Paulo, e Santo André.). Participaram dois especialistas da Companhia do Metropolitano de São Paulo: Luiz Cortez, gerente de Planejamento e Meio Ambiente, e Nelson Lúcio Nunes, coordenador de Desapropriação e Topografia também do Metrô de São Paulo.

Marcos Kassab, Nelson Lúcio Nunes e Luiz Cortez

Carlos Eduardo Gomes da Silva

Receitas não tarifárias no Metrô de São Paulo e CPTM

Um panorama das receitas não tarifárias da Companhia do Metropolitano de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi o foco de sessão coordenada pelo vice-presidente Atividades Técnicas da AEAMESP, engenheiro Carlos Eduardo Gomes da Silva, com participação de Silvia Regina Tomaselli e do Victor Alexandre Perina.

TERCEIRO DIA – 13 DE SETEMBRO DE 2023

Luís Kolle, Silvia Cristina Silva e Leonardo Cezar Ribeiro

Seminário tratou do aumento da participação da ferrovia na matriz de transporte de carga

Uma exposição do secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Cezar Ribeiro, foi um dos pontos destaque do VII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário, realizado em duas sessões na tarde do terceiro dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, a quarta-feira, 13 de setembro de 2023. Essencialmente, o seminário debateu o aumento da participação da ferrovia na matriz de transporte de carga.

Depois do encontro, o secretário resumiu sua mensagem desta forma: “Com bons projetos, estratégia de fomento adequada e políticas públicas, podemos fazer o modo ferroviário crescer e transformar o país”, acrescentando: “Vamos transformar o mapa ferroviário do Brasil. Estamos estruturando ações para construir um país completamente cortado por trilhos. Nesse sentido, o Novo PAC é fundamental”.

Já tradicional na programação da Semana de Tecnologia Metroferroviária, o Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário é promovido pela AEAMESP, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Associação Latino-Americana de Ferrovia (ALAF), Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF) e Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).

PROJETOS DE AMPLIAÇÃO

A participação de Leonardo Cezar Ribeiro aconteceu na segunda parte do seminário, coordenada pelo secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias no Brasil (ALAF), Jean Pejo, e apresentou e discutiu projetos em implantação para ampliar o transporte ferroviário de cargas.

Dessa parte do encontro participaram José Roberto Lourenço, da operadora MRS, que apresentou ações para aumentar o transporte de carga geral em sua ferrovia; João Almeida, da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), que falou a respeito do aumento da capacidade da malha ferroviária existente no maior porto do país; em exposição remota, Gustavo Cota, da Bamin, trouxe informações e considerações sobre os investimentos para implantação da FIOL I; Rodrigo De Stéfani, da Rumo, fechou o conjunto das exposições mostrando a expansão da Malha Norte para a região de Lucas do Rio Verde.

Frederico Bussinger

MAIS CARGAS POR FERROVIA

A primeira sessão do VII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário, coordenada por Pedro Machado, conselheiro e ex-presidente da AEAMESP, versou sobre os desafios para aumentar a participação da ferrovia na matriz de transporte de carga nacional. Um dos participantes foi o consultor Frederico Bussinger, que defendeu um sistema de “filtros” para categorização das ferrovias: se são de abastecimento ou exportação; se são estruturantes, alimentadoras ou dedicada, e se são outorgadas por concessão ou por autorização, havendo combinações entre todas essas tipificações. Essa categorização permitiria definição de um padrão de regulação e uma hierarquização de prioridades de apoio por parte do governo.

O secretário-geral da sede brasileira da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), Jean Pejo, mostrou em sua exposição como as superposições tributárias oneram a intermodalidade e o transporte de contêineres, discutindo como a reforma tributária pode auxiliar a resolver essa questão.

Renato Meirelles

Renato Meirelles, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), falou em sua exposição sobre quatro pautas prioritárias para serem tratadas pelo setor ferroviário em geral. São elas: defender uma visão de Estado de longo prazo em que possa haver um planejamento e previsibilidade; buscar tornar o setor ferroviário estratégico, com investimentos e programas incentivados para haver um cenário propício ao desenvolvimento do setor; atuar para que se estabeleça para os produtos do setor adquiridos no país um coeficiente de conteúdo nacional, e, finalmente, apoio de todos às reformas brasileiras. “O Brasil é hoje a maior fronteira metroferroviária global. Não há nenhum país no mundo que tenha uma carência tão grande quanto nosso país nesse setor”, disse. 

A última exposição foi de José Oswaldo Cruz, da VLI, e versou sobre a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e seu plano de investimentos. 

Realizada em setembro de 2023 a primeira viagem de trem entre Cubatão e Anápolis pela Ferrovia Norte-Sul

“Trata-se de um momento histórico para a infraestrutura brasileira, uma rota há muito aguardada, que vai alavancar o crescimento da região”. Dessa maneira, Marcelo Saraiva, CEO da Brado, se referiu à viagem do primeiro trem da Ferrovia Norte-Sul com destino a Anápolis, Goiás. A viagem aconteceu em setembro de 2023, poucos dias após encerrada a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Marcelo Saraiva

Operada pela Brado e pela Rumo, a composição percorreu 1.511 km. A viagem foi iniciada em Cubatão, São Paulo. O trecho inicial foi percorrido por meio da Malha Paulista. A viagem durou três dias e foi o primeiro teste desse trecho ferroviário.

Com 58 vagões, a composição transportou 112 contêineres, dos quais 32 carregados com insumos agrícolas vindos da China, Estados Unidos e Europa. Os demais 80 contêineres seguiram vazios para serem encaminhados aos clientes de exportação no fluxo Anápolis-Santos e para formar um depósito no Porto Seco de Anápolis.

Guilherme Penin

Guilherme Penin, vice-presidente de Expansão e Regulação da Rumo, destacou o transporte de contêineres por ferrovia estabelece novas possibilidades para as áreas atendidas pelo serviço.  Ele qualifica a ferrovia como um indutor de desenvolvimento e garante que sua chegada aos principais polos da agricultura e indústria de Goiás e Tocantins promove geração de empregos e potencializa as atividades econômicas dos municípios.

O traçado atual da Ferrovia Norte-Sul vai de Açailândia, no Maranhão, a Estrela d’Oeste, em São Paulo. O trecho entre Açailândia e Porto Nacional, no Tocantins, e tem a VLI como responsável. Já o segmento entre Rio Verde, em Goiás, e Estrela d’Oeste, está sob responsabilidade da concessionária Rumo Logística.

Alexandre de Carvalho

O sucesso do 4º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para Melhoria dos Processos Ferroviários

Na manhã do terceiro dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi desenvolvido com sucesso o 4º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para Melhoria dos Processos Ferroviários. A proposta desse seminário tem sido apresentar iniciativas desenvolvidas pelos operadores ferroviários, com aplicação ampla para todos os setores ferroviários, focando o compartilhamento de inovações e soluções tecnológicas disruptivas, que as ferrovias vêm desenvolvendo nos últimos anos, ressaltando ainda ganhos com o aumento da segurança, da eficiência global e da redução de custos.

A ideia é trazer iniciativas implementadas ou que, mesmo em estudos, já apresentem resultados satisfatórios nas avaliações iniciais ou que indiquem previsão de retorno com sua implementação. São discutidas soluções para diversos problemas ferroviários, tendo como viés estreitar os laços entre os operadores de carga e de passageiros para proporcionar novas interações futuras.

PRIMEIRA PARTE

A coordenação dos trabalhos do seminário coube ao engenheiro Leonardo Mendes Viana. Na primeira parte, foram apresentados quatro estudos.

Alexandre de Carvalho, da MRS, apresentou o estudo Identificação de RCFs (Rolling Contact Fatigue) através de visão computadorizada.

Jociklley Machado, da Vale, mostrou o trabalho intitulado Esmerilhamento de Trilhos na Estrada de Ferro Carajás.

Inspeção de Sapata de Freio, foi o projeto mostrado por Felipe Castro, da MRS.

Encerrando a primeira parte, Alexandre Parpinelli, do Metrô-SP, mostrou o estudo Monitoramento de Ativos em Tempo Real: Equipamentos Fixos e Material Rodante

Pedro Machado e Jociklley Machado

SEGUNDA PARTE 

Segunda e última sessão do 4º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para Melhoria dos Processos Ferroviários, outros quatro estudos foram apresentados.

Luca Garcia, da MRS, apresentou o trabalho intitulado Sistema de Otimização de Desenho Operacional para o Transporte Ferroviário de Cargas.

Antonio Santos, da Vale, mostrou o estudo Análise de combinação paramétrica de geometria e componentes da Via Permanente para manutenção

Aplicação de Manufatura Aditiva na Ferrovia foi o estudo apresentado por Larissa Nunes, da MRS. Também da MRS é Daniel Wendel, que apresentou o estudo Ferrovia do Futuro.

Aeromóvel completa dez anos de operação

Na manhã de 14 de setembro de 2023, a 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária teve uma sessão com a participação do CEO da Aerom, Marcus Coester, sobre o desenvolvimento e a cristalização da tecnologia do Aeromóvel.

Marcus Coester

Trata-se de um sistema que está sendo implantado para promover a interconexão entre a estação terminal da Linha 13 – Jade, da Companhia Paulista de trens Metropolitanos (CPTM), com os terminais do Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado no município de Guarulhos.

Coester informou no congresso anual da AEAMESP que o projeto em implantação no Aeroporto Internacional de São Paulo avança rapidamente e deverá estar concluído no primeiro semestre de 2024.

O dirigente também explicou que, no dia seguinte ao de sua exposição, aconteceria em Porto Alegre a solenidade que marcaria os dez anos de operação do aeromóvel interliga Estação Aeroporto do Trensurb e o Terminal de Passageiros do Salgado Filho já transportou mais de 7,5 milhões de passageiros.

A tecnologia. O aeromóvel é um meio de transporte automatizado, em via elevada, que utiliza veículos leves, não motorizados, com estruturas de sustentação esbeltas. Sua propulsão é pneumática – o ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto localizado dentro da via elevada. O vento empurra uma aleta (semelhante a uma vela de barco) fixada por uma haste ao veículo, que se movimenta sobre rodas de aço em trilhos.

A Trensurb divulgou que a linha em suas instalações consigna a primeira aplicação comercial da tecnologia no Brasil, permitindo integração e acesso rápido e direto ao terminal aeroportuário sem custo adicional para os usuários do metrô. O trajeto de 814 metros, com duas estações de embarque, é percorrido em 2 minutos e 30 segundos. Tudo isso com uso de energia limpa e de forma econômica, com custo médio de propulsão por passageiro de R$ 0,36.

Evolução tecnológica e gerencial dos centros de controle na CPTM

Wilson Nagy Lopretto

Também no terceiro dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, Wilson Nagy Lopretto, gerente geral de Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), proferiu palestra a respeito da evolução tecnológica e gerencial dos centros de controle na CPTM.

Uma exposição a respeito da Mútua Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA

Na tarde da quarta-feira, dia 13 de setembro de 2023, Raphael de Arruda Nantes fez uma exposição com informações a respeito da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA.

Ayrton Camargo e Silva

Uma exposição sobre o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), da Companhia do Metropolitano de São Paulo

O vice-presidente da AEAMESP, arquiteto, urbanista e historiador Ayrton Camargo e Silva, fez na 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária uma apresentação sobre como o Metrô de São Paulo estruturou uma área específica para estimular e desenvolver ideias e projetos inovadores no campo da tecnologia – o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

Ele informou que essa iniciativa iniciou-se em 2018, quando foi criado um grupo de trabalho que pudesse propor como seria a política de inovação da Companhia e seu arranjo institucional. Em 2019, foram apresentados os resultados desse grupo de trabalho. Nesse mesmo ano foi instituída uma política de inovação, um regulamento sobre esse tema e um arranjo institucional materializado justamente pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), criado no dia 9 de outubro. Na mesma ocasião, também foi aprovada uma norma interna a respeito de patentes geradas pela Companhia.

Em sua exposição, Ayrton Camargo e Silva enfatizou que a inovação está no DNA do Metrô de São Paulo, citando diversas iniciativas da Companhia ao longo a história, entre as quais a engenharia de implosão para acelerar obras de demolição de grandes estruturas em meio urbano; o conceito de Centro de Controle Operacional (CCO), hoje disseminado em diferentes sistemas de transporte público; o emprego de bilhetes Edmonson, usados a partir de 1975, que possuíam uma banda magnética em que era possível armazenar informações.

Segundo Ayrton, do ponto de vista organizacional, o NIT integra a Comissão de Gestão do Conhecimento e Inovação, composta por representantes de diferentes diretorias. E do ponto de vista físico, está baseado no Pátio Jabaquara (extremo sul da Linha 1 – Azul), onde está instalado o MetroLab.

Álvaro Gregório

O NIT tem uma estrutura enxuta, composta de nove profissionais, incluído o seu chefe, especialista em Gestão da Inovação, Álvaro Gregório. Desde 22 de setembro de 2022, o NIT está presente no Parque Tecnológico de São José dos Campos.

SQUAD DE CONTRATAÇÕES

O NIT desenvolveu uma experiência pioneira – já consolidada – que é o Squad de Contratações, envolvendo as áreas jurídica e de compras do Metrô de São Paulo e o próprio NIT. A ideia foi entender como poderia se materializar na Companhia a Lei Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021, que instituiu o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador.

Essa nova legislação entende que o processo de contratação de uma solução de inovação pode não ser concluído. Isso porque se conhece, na partida, o desafio a ser vencido e sabe-se onde se quer chegar, mas não se sabe como alcançar esse objetivo.

Ayrton explica: “A contratação de uma solução de inovação é muito diferente da contratação de uma licitação ferroviária para a qual existe um termo de referência técnica, que descreve com clareza o objeto. Numa solução de inovação não é assim. Existe uma ideia da solução que se quer, mas não se sabe como chegar até ela. E mais: durante o processo, esse caminho pode se mostrar inviável. A nova lei permite que o contratante pague à entidade contratada até o ponto em que houve um desenvolvimento e depois o contrato pode ser legalmente encerrado porque se mostrou inviável aquela solução”.

FRAMEWORK DA INOVAÇÃO

Logo no começo da estruturação do NIT, Álvaro Gregório construiu com a equipe o chamado Framework da Inovação, que vem norteando o desenvolvimento do NIT. O Framework da Inovação apresenta cinco dimensões: Cultura, Capacitação, Prospecção, Projetos de Parceria e Governança. “Essas dimensões, naturalmente, têm interface entre si, mas elas são uma espécie de bússola para nós, no nosso dia a dia”

A dimensão da Cultura, por exemplo, visa justamente trazer para a Companhia a cultura da inovação, por meio de iniciativas como o Programa Laboratório de Ideias do Metrô (PLIM), para provocar a apresentação de ideias e soluções, ou o Open Metrô Festival, desenvolvido com a Universidade Corporativa do Metrô (Unimetro).

Turismo e Memória Metroferroviários

Ainda no terceiro dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, Ayrton Camargo e Silva coordenou também o painel intitulado Turismo e Memória Metroferroviários, que contou com a participação de Luis Otavio dos Santos Abreu Liberio, da Companhia Paulista de Trens Metropolitano (CPTM) e Ewerton Henrique de Moraes, da empresa ferroviária Serra Verde Express.

Ewerton de Moraes e Ayrton Camargo 

ÚLTIMO DIA – 14 DE SETEMBRO DE 2023

Emiliano Affonso, Regis Takaoka e Alex Sartori

Em debate, a ideia dos contratos de gestão

No período na manhã do último dia, uma sessão debateu o tema Contratos de gestão. Os trabalhos foram coordenador pelo engenheiro Emiliano Affonso, ex-presidente e membro do Conselho Consultivo da AEAMESP.  Participaram como convidados Regis Takaoka, assessor da Gerência de Planejamento Financeiro da Companhia do Metropolitano de São Paulo, e Alex Sartori, mestre em urbanismo e criador do projeto De que são feitas as cidades?

Líderes Educadores do Metrô de São Paulo

Elaine Schevz e Ariovaldo Veiga apresentaram no último dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária a Sessão Unimetro, que teve como tema o Programa Líderes Educadores do Metrô de São Paulo.

Depois do evento, Elaine postou em suas redes sociais o seguinte  comentário: “Liderar a implantação deste programa na empresa, trouxe importantes aprendizados e rompeu paradigmas. Hoje, 34 líderes voluntários desenvolvem novos líderes em competências socioemocionais e metodologias ágeis. A oferta de turmas mais que dobrou, e estes líderes passaram ser modelos inspiradores de gestão de pessoas para os líderes alunos. As práticas customizadas ao contexto Metrô facilitam sua aplicação e a rede de líderes é fortalecida”.

Bernardo Figueiredo

O esforço pela volta dos trens de longa distância

No último dia da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi desenvolvido o painel sobre trens de longa distância e sobre a perspectiva de implantação no país de um primeiro trem de alta velocidade. O painel foi coordenado pelo engenheiro Pedro Machado, conselheiro e ex-presidente da AEAMESP.

Gustavo Moreira, gerente de Trens de Passageiros da Vale, mostrou a operação do trem de longo percurso de passageiros na Estrada de Ferro Vitória a Minas; trata-se de um dos dois serviços com essa característica que ainda existem no país. O outro, é oferecido na Estrada de Ferro Carajás, também está a cargo da Vale.

José Augusto Bissacot, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fez uma apresentação sobre o Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas.

Bernardo Figueiredo, da TAV Brasil, explicou que sua empresa obteve em 28 fevereiro de 2023 a outorga da construção e exploração do Trem de Alta Velocidade por 99 anos e apresentou aspectos do plano para concretizar esse empreendimento.

SETOR METROFERROVIÁRIO

Antonio Marcio Barros Silva

Antonio Marcio Barros Silva assume o cargo de diretor de Operações da ViaQuatro e da ViaMobilidade

Com uma carreira desenvolvida na Companhia do Metropolitano de São Paulo ao longo de mais de 35 anos, Antonio Marcio Barros Silva anunciou em setembro de 2023 que assumiu o cargo de Diretor de Operações da ViaQuatro e da ViaMobilidade. Ele disse encarar a nova atividade “com o desafio de proporcionar a mobilidade humana, respeitando o cliente e focados na qualidade”, e agradeceu a todos que o apoiaram em sua caminhada.

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Silvio Romero de Lemos Meira

Parabéns da AEAMESP ao engenheiro eletrônico Silvio Romero de Lemos Meira, eleito Eminente Engenheiro de 2023 pelo Instituto de Engenharia de São Paulo

Em nome da Diretoria, dos Conselhos e dos Associados, o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle, parabeniza engenheiro eletrônico Silvio Romero de Lemos Meira, eleito pelo Instituto de Engenharia de São Paulo Eminente Engenheiro do ano 2023.

Instituído em 1963, o título é concedido em reconhecimento aos profissionais que se destacaram em seu meio e/ou que tenham uma carreira marcada por contínuas contribuições para a elevação e para o aprimoramento da Engenharia.

Silvio Romero de Lemos Meira é cientista da computação e um dos responsáveis pela idealização do Porto Digital, em Recife.

Nasceu em Taperoá, Paraíba, é formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorado em Ciência da Computação pela Universidade Kent, na Inglaterra, e é professor emérito do Centro de Informática da UFPE, onde consolidou o setor de computação.

Hoje, o Centro de Informática da UFPE tem o maior grupo de engenheiros de softwares do País, com 100 PhDs, dois mil mestres, 500 doutores, mais de 2.500 alunos. Do Centro de Informática, originou-se o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), fundado em 1996 e, atualmente, o maior instituto de inovação em Tecnologia do Brasil e o maior independente sem fins lucrativos e autossustentável.

O Porto Digital, fundado em 2000, e instalado no centro histórico de Recife, é um dos principais polos de tecnologia do País, com 370 empresas e 17 mil pessoas. Em 2017, um livro de autoria do professor Jerome S. Engel, da Universidade da Califórnia, apresentou o Porto Digital como um dos mais importantes clusters de tecnologia do mundo, e referência em governança público-privada.

Membro do conselho de várias empresas, Silvio Meira dedica boa parte de seu tempo a pensar como tecnologias digitais e a Inteligência Artificial podem elevar a produtividade e beneficiar a sociedade.

CERIMÔNIA EM 16 DE OUTUBRO

A cerimônia de entrega do título foi marcada para o dia 16 de outubro de 2023 e poderá ser assistida pelo canal YouTube do Instituto de Engenharia de São Paulo.

São Paulo recebe de 20 a 22 de outubro a Monorailex 2023, 15ª conferência anual da International Monorail Association. Haverá visitas aos dois sistemas de monotrilhos da cidade

Após participar em setembro da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em um painel sobre monotrilhos, a International Monorail Association (Associação Internacional de Monotrilho), com apoio do Metrô de São Paulo, promoverá na capital paulista, de 20 a 22 de outubro de 2023, a sua 15ª conferência anual, a Monorailex 2023.

Os organizadores assinalam que uma característica especial dessa edição da conferência será novamente a realização de visitas técnicas em datas subsequentes ao encontro, dias 23 e 24 de outubro.

Serão visitadas a Linha 15 – Prata e a Linha 17  – Ouro do sistema de metrôs paulistano, ambas em monotrilho. Também será visitado o canteiro de obras de implantação do sistema Aeromóvel no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Na operação da Linha 15 – Prata, os planos incluem um percurso com o monotrilho, uma visita ao local de construção da extensão da linha, uma visita ao depósito Oratório com instalações de manutenção e o centro de operações. Visitas adicionais estão planejadas para a Linha 17 – Ouro, que está em construção.

Acesse a página do evento

Entidade publicou em setembro de 2022 um estudo em inglês a respeito do mercado mundial de monotrilhos. Clique aqui e baixe

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