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EDIÇÃO 451, DE 16 A 30 DE ABRIL DE 2020

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Mais prazo para entrega de requerimentos

A AEAMESP comunica que o Metrô de São Paulo, em virtude da pandemia causada pela Covid-19, está prorrogando o prazo de entrega para as 17 horas do dia 01/06/2020, dos Requerimentos de Autorização referente ao PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) 36/2020 – Edital de Chamamento Público para ELABORAÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS, ECONÔMICO-FINANCEIROS E JURÍDICOS PARA A ESTRUTURAÇÃO DE PROJETO(S) PARA INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CENTRAL(IS) GERADORA(S) DE ENERGIA(S) INCENTIVADA(S) PARA A COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO.
Maiores informações podem ser obtidas no site do Metrô – www.metro.sp.gov.br, aba Licitações.

O setor metroferroviário e a pandemia

Na última semana de abril, a AEAMESP acompanhou o desenvolvimento de três seminários virtuais com debates sobre a atuação e as perspectivas do setor metroferroviário diante da pandemia do coronavírus, que tem trazido a queda de demanda nos sistemas (em razão da redução da atividade econômica e do isolamento social nas metrópoles atendidas por sistemas sobre trilhos) e a necessidade de implementação de medidas de proteção sanitária dos trabalhadores e dos usuários dos setor. Na sequência a seguir, são apresentadas matérias sobre esses eventos e, quando possível, os links para que o leitor possa acompanhar a íntegra das apresentações e discussões.

SETOR METROFERROVIÁRIO –VIDEOCONFERÊNCIAS – I

Conferência de Jean Pejo sobre como enfrentar a pandemia

Jean Pejo

Na manhã de 27 de abril de 2020, o engenheiro Jean Pejo, representante da Sede Brasil da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), foi o expositor da videoconferência intitulada O que pode ser feito para a mobilidade urbana das cidades enfrentarem situações graves de pandemias, integrante da  Série Webinar: Brasil pós-crise, organizada pelo Instituto de Engenharia de São Paulo.

Ele desenvolveu sua exposição com base em quatro pontos: o status do sistema de transporte público urbano antes da pandemia, reflexões sobre como sobreviver durante o curso da pandemia, o que fazer após a pandemia, e, finalmente, uma abordagem do tema da sustentabilidade.

Sobre o status da estrutura de transporte urbano no Brasil antes da pandemia,  mostrou que dos 5.570 municípios do país, 2.666 não possuíam transporte coletivo urbano e 2.904 contavam com transporte coletivo por ônibus, e 62 contavam com transporte urbano sobre trilhos.

As condições gerais de operação e sustentação desses sistema eram as seguintes: a tarifa em geral não cobria os custos, havia gratuidades pagas pelos usuários pagantes, concorrência crescente do transporte por aplicativos, perda contínua de passageiros para distâncias curtas, baixa integração intermodal, queda sucessiva das receitas e perda da capacidade de investimento das empresas.

PIORA COM A PANDEMIA

Se o quadro não era bom, ficou pior com a pandemia. Jean Pejo afirmou em sua exposição que houve queda de demanda em média de 70%, com redução da frota em média de 30% (para evitar aglomerações). Há cerca de 300 sistemas de coletivos com paralisação parcial. Houve mais de 2 mil demissões no setor no primeiro mês de isolamento social e mais de 2 mil suspensões de contratos de trabalho.

SAÍDAS

Para a sobrevivência das empresas que formam o conjunto dos sistemas de transporte, disse ser preciso socorro do governo federal, com as seguintes posturas: permitir e facilitar o acesso ao crédito, alongamento do prazo de pagamento das dívidas das empresas, compra de bilhetes eletrônicos para população de baixa renda ou sem renda, redução da tarifa de energia elétrica para uso em transportes durante a pandemia, redução do valor de venda de combustível para uso em transportes durante a pandemia.

Jean Pejo sublinhou a necessidade de haver compromisso das empresas estudar melhorias tecnológicas e estudar ações para redução das tarifas pós-pandemia.

APÓS A CRISE

Sobre o que fazer após a crise, o especialista recomendou medidas para promover um pesado programa de investimento na infraestrutura de mobilidade urbana: expansão e construção de metrôs e trens metropolitanos e também sistemas de VLT e, ainda sistemas de BRT e corredores de ônibus. E investimentos também em mobilidade ativa, com calçadas e ciclofaixas.

Outras recomendações abrangeram investimentos em infraestrutura para rede de comunicações; adoção de preceitos de mobilidade inteligente (smart mobility), o desenvolvimento da ampliação dos sistemas tendo como base o conceitos de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS), investimento também em tecnologia embarcada e terminais, e a ampliação gradativa da utilização de motores elétricos.

Jean Pejo enfatizou a importância do desenvolvimento de um trabalho psicológico para evitar que floresça na população o medo da contaminação nos sistemas de transporte.

INSTRUMENTOS E COORDENAÇÃO

De acordo com Jean Pejo, para que o país atue no período pós-pandemia, há instrumentos já estabelecidos. Ele mencionou os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) aplicáveis no Programa Avançar Cidades; emendas parlamentares de bancada, programas de Parecerias Público Privadas (PPP) e concessões, apoio de bancos internacionais de fomento, atuação do BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

O especialista sublinhou a necessidade de haver coordenação de investimentos dos governos federal, estadual e municipal, de modo que sejam investimentos complementares e não concorrentes. E advogou a necessidade de ser criado o Fundo Nacional de Mobilidade Urbana de Qualidade, além de um esforço conjunto de entes nacionais e subnacionais, incluindo a iniciativa privada. E recomendou que se extraia o máximo proveito das lições aprendidas com os problemas observados no desenvolvimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Jean Pejo ressaltou a importância da busca da sustentabilidade dos sistemas, com a tarifa mínima e sustentabilidade econômica, social, ambiental e tecnológica, e com conceitos de mobilidade inteligente (smart mobility).

Sua frase final: “Mobilidade urbana é qualidade de vida. Cidade feliz tem mais pedestres e ciclistas e menos motoristas”.

Veja a íntegra da videoconferência

SETOR METROFERROVIÁRIO –VIDEOCONFERÊNCIAS – II

ANPTrilhos e ANTF em debate sobre situação do setor

No final da tarde da terça-feira, 28 de abril de 2020, o Instituto Besc – Humanidades e Economia, com sede de Belo Horizonte/MG, promoveu a quinta edição da Assembleia Permanente para a Eficiência Nacional – ASPEN, com o tema: A Atuação dos Transportadores Ferroviários de Carga e de Passageiros no Enfrentamento da Covid-19.

Joubert, Vilaça, Paes e Abate

Para abordar temas relacionados com o transporte metroferroviário de passageiros foi convidado o engenheiro Joubert Flores, presidente do Conselho da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre trilhos (ANPTrilhos), vice-presidente de Ferrovias da Confederação Nacional do Transporte (CNT), vice chairman da Divisão de Metrôs para a América Latina, da União Internacional de Transportes Públicos (UITP).

Jussara Ribeiro

Os temas relacionados com o transporte de cargas foram abordados por Fernando Paes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Atuaram como mediadores Rodrigo Vilaça, conselheiro fundador da ANPTrilhos, e Vicente Abate, presidente da Associação Nacional da Indústria Ferroviária (ABIFER). Os trabalhos foram coordenados por Jussara Ribeiro, presidente no Instituto Besc.

A presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva acompanhou os 90 minutos da videoconferência. “Foi um seminário virtual dos mais objetivos e informativos, permitindo uma visão organizada do atual momento desses segmentos e com indicativos importantes do que poderá ser o período pós-pandemia, com a retomada dos serviços”.

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Na videoconferência, Joubert Flores afirmou que o segmento de transporte de passageiros sobre trilhos está registrando severa redução na demanda em razão da pandemia do coronavírus, informando que em abril de 2019 o conjunto dos sistemas havia transportado 250 milhões de passageiros e que em abril de 2020, em razão crise sanitária e do isolamento social, com a redução da atividade econômica, esperava-se fechar o mês com 50 milhões de passageiros no total.

O dirigente frisou que a redução do número de passageiros traz impactos econômicos com o déficit de arrecadação. Segundo informou, para que os sistemas não paralisem suas operações, a ANPTrilhos buscou ajuda junto ao Ministério da Economia e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sugerindo medidas que, uma vez adotadas, assegurarão a operação plena dos sistemas em todo o Brasil.

Enfatizando que o transporte de passageiros é um hábito e uma experiência, Joubert Flores disse não acreditar que logo após o fim da pandemia se tenha 100% dos passageiros retornando aos sistemas. Ele afirma que pelo menos inicialmente haverá receio com relação às aglomerações e que também haverá o impacto de novos hábitos estão sendo solidificados na sociedade, como a realização de reuniões virtuais em vez de encontros presenciais.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS

Fernando Paes fez questão de frisar logo de início que o segmento de transporte ferroviário de cargas não tem sido tão impactado quanto o setor de passageiros.  “O transporte de cargas não parou. As concessionárias estão fazendo um esforço muito grande para que não haja para que não haja nenhuma interrupção no serviço de transporte de cargas. Até porque é um setor muito importante para o transporte de mercadorias para a população. A ferrovia, que é muito conhecida pelo transporte de commodities minerais e agrícolas, cada vez mais vem transportando insumos que chegam as residências e as mesas dos brasileiros com alimentos produtos de higiene, tipos de produtos muito importantes para a população neste momento”.

O dirigente da ANTF sublinhou que da mesma forma como o setor de transporte de passageiros sobre trilhos, como dissera Joubert Flores, também os operadores de transporte ferroviário de cargas têm atuado firme na proteção de suas equipes de trabalhadores e em ações de desinfecção durante as operações. Disse ainda que as operadoras do setor estão engajadas em iniciativas humanitárias emergenciais, cruciais para ao atendimento de segmentos vulneráveis da população do país.

Fernando Paes também traçou um prognóstico positivo com rápido desfecho para todo processo de prorrogação das concessões das malhas ferroviárias de carga, o que deve significar novos investimentos no setor.

Veja a íntegra do encontro

Alexandre Baldy

Alexandre Baldy fala sobre resultados contra a pandemia

O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, e o representante da Sede Brasil da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), Jean Pejo, participaram no dia 30 de abril de 2020 de videoconferência organizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e cujos trabalhos foram coordenados pelo especialista Marcus Quintella.

Durante os trabalhos, Jean Pejo reafirmou diversos pontos de vista que havia expressado em videoconferência realizada na segunda-feira anterior, 27 de abril, retratada em nota mais acima nesta edição.

O secretário Alexandre Baldy por sua vez, destacou que o momento vivido pelo setor envolve desafios completamente desconhecidos, citando como exemplo o fato de as companhias vinculadas à sua pasta terem sido forçadas a passar da administração do transporte diário de 10,5 milhões de passageiros para o transporte de numa faixa de dois milhões a 2,65 milhões de passageiros por dia. Disse que a nova situação traz incógnitas, como o fato de o horário de pico ter sido naturalmente antecipado pela população, fenômenos que o governo e as companhias vêm buscando entender e que obriga a alterações na operação.

PROFISSIONAIS DA CPTM SURPREENDERAM

Baldy comentou que foi um desafio manter a operação com redução das equipes para uma faixa em torno da metade do efetivo, obrigando ao fechamento de acessos secundários em diversas estações. Ao mesmo tempo confessou ter ficado positivamente surpreendido com o exemplo de profissionais da área administrativa da CPTM – inicialmente, cerca de 100 pessoas, chegando, mais tarde, a perto de 200 pessoas – que se prontificaram a trabalhar nas estações, portanto, na linha de frente, auxiliando a companhia no enfrentamento da dificuldade com o número de suas equipes.

Ele fez comentários sobre a forte redução de demanda com a manutenção da oferta em níveis sempre mais elevados, favorecendo que não haja aglomerações nas composições, mas salientou que a receita foi substancialmente reduzida. Sobre esse aspecto, explicou que, enquanto para a CPTM e para o Metrô existe a condição de o Estado de São Paulo custear esses resultados negativos trazidos pela calamidade sanitária, no caso EMTU o impacto é “muito perigoso”, porque a operação é feita por consórcios privados. Disse que o governo está diante do desafio de resolver essa equação, pois as operadoras perderam em torno de 75% da demanda e da receita e para garantir a segurança sanitária reduziram a frota num percentual inferior, entre 40 e 50%.

CONSIDERAÇÕES

O secretário fez considerações sobre o uso de máscaras no transporte público na Região Metropolitana de São Paulo, obrigatório a partir de 4 de maio de 2020. E informou foram positivos os testes com o robô que permite a desinfecção de trens com raios ultravioleta.

Alexandre Baldy condenou o aumento do número de pessoas que têm saído às ruas. Disse que em 23 de março de 2020, um dia antes do início da quarentena do isolamento social pelo Governo do Estado de São Paulo, havia em torno de 2,7 milhões de passageiros nos sistemas geridos pelas companhias estaduais. “O dia 26 de março que foi o nosso melhor número em termos de respeito ao isolamento social, quando registramos em torno de dois milhões de passageiros, uma redução de 80% em relação aos 10,5 milhões normalmente transportados. Contudo, na última segunda-feira, dia 27 de abril, observamos um número que quase alcançou os 2,7 milhões observados no dia anterior ao início do isolamento social”.

Veja a íntegra do seminário virtual

RECONHECIMENTO

Metrô é eleito o melhor transporte  de São Paulo

O Metrô foi eleito o melhor meio de transporte da capital, segundo a pesquisa O Melhor de São Paulo – Serviços realizada anualmente pelo jornal Folha de S. Paulo. A Companhia, que completou 52 anos em 24 de abril de 2020, também foi escolhida como o Melhor Serviço Público da Cidade. Esta é a sexta vez consecutiva que o paulistano declara sua preferência pelo Metrô.

Clique aqui e confira a matéria publicada na Revista da Folha, no domingo, 26 de abril de 2020.

ANIVERSÁRIO DO METRÔ-SP

Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô completou 52 anos em abril. O presidente falou e muita gente da equipe também deu seu depoimento.

 

DIA DO FERROVIÁRIO – I

Uma homenagem da AEAMESP 

DIA DO FERROVIÁRIO – II

ABIFER também homenageou ferroviários em 30 de abril

A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) publicou uma homenagem a todos os profissionais que atuam em ferrovias por ocasião do Dia do Ferroviário, 30 de abril. A data faz referência ao dia 30 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis, também conhecida como Estrada de Ferro Mauá. Implantada por Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá, essa foi a primeira via férrea brasileira; com extensão inicial de 14,5 km entre o Porto de Mauá e a localidade de Fragoso, no Rio de Janeiro, foi mais tarde prolongada em cerca de 700 metros.

DIA DO FERROVIÁRIO – III

Um tremendo buzinaço na Estação da Luz

As composições da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM) fizeram um tremendo buzinaço na Estação da Luz no dia 30 de abril de 2020 em homenagem aos ferroviários. A Globo estava presente e transmitiu ao vivo a manifestação, além de também felicitar os profissionais que atuam em todas as áreas de uma ferrovia. Veja abaixo o vídeo.

DIA DO FERROVIÁRIO – IV

Mensagens dos ferroviários de carga no Jornal Nacional

Também no dia 30 de abril de 2020, Dia dos Ferroviários, profissionais que atuam no transporte de cargas sobre trilhos enviaram suas mensagens na seção Recado Essencial, no Jornal Nacional, da Globo.

Veja a matéria

NA IMPRENSA – RESTAURO ARQUITETÔNICO

Concluído restauro de fachada histórica da Estação Brás

O portal MetroCPTM publicou matéria no dia 22 de abril de 2020 mostrando que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) concluiu recentemente o restauro da fachada histórica da estação Brás. Diz o trecho inicial da matéria: “Bancado pela iniciativa privada, os trabalhos começaram no ano passado e recuperaram a fachada de 110 metros de extensão e 8,5 metros de altura e que estava depredada e pichada. Além disso, a companhia recuperou duas marquises, uma metálica e outra de madeira. A recuperação do local, no entanto, não teve a empresa revelada, embora na mesma rua, a Domingos Paiva, exista hoje um grande condomínio residencial”.

Veja a íntegra da matéria

VIAS VERDES SOBRE ANTIGOS TRILHOS DA ESPANHA

Um folheto sobre “vias verdes” na Espanha

Lançado neste mês de abril de 2020 o folheto atualizado mostrando 2.800 quilômetros e 126 itinerários da rede de “vias verdes” da Espanha. As “vias verdes” são vestígios antigos de ferrovias abandonadas reutilizadas como itinerários não motorizado para ser coberto a pé e de bicicleta. Na Espanha, havia em 1993 mais de 7.600 km de linhas ferroviárias sem serviço, dos quais que mais de 2.800 km foram convertidos em 126 vias verdes distribuídas por todas as regiões do país, e esse número continua aumentando dia a dia. Clique na imagem acima e acesse o mapa da rede. A atualização da publicação teve apoio do Instituto Nacional de Geografia (IGN-CNIG) do Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana da Espanha e colaboração da Fundação Espanhola de Ferrovias. (FFE).

Baixe o folheto em arquivo PDF.

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