Novo encanto no centro do Rio de Janeiro

Em junho de 2016, com apenas uma linha, o VLT Carioca iniciava sua operação no Centro e Região Portuária da cidade do Rio de Janeiro.

Passados cinco anos, são três os trechos em circulação, em um total de 29 paradas e estações. Ao longo desse período, mais de 73 milhões de passageiros foram transportados e mais de 760 mil viagens realizadas em um total de quatro milhões de quilômetros percorridos.

“O VLT mudou a cara do Centro do Rio ao longo desses cinco anos e será fundamental no futuro da região, que passa por uma reutilização do território, inclusive com moradias. Ter um transporte público de qualidade na porta de casa será um atrativo muito grande pra essa reorganização”, frisa o presidente do VLT, Marcio Hannas.

A Concessionária do VLT Carioca é uma PPP da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável pela implantação, operação e manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos no Centro e Região Portuária do Rio. O consórcio responsável pela concessionária é formado pelas empresas do Grupo CCR (CIIS, Invepar e Riopar Participações), Odebrecht Mobilidade, BRt – Benito Roggio Transporte e RATP do Brasil.

Marcio Hannas

De acordo com a concessionária, os números que atestam o sucesso do VLT Carioca foram alcançados com a manutenção do foco na sustentabilidade. A energia elétrica que move os trens é toda adquirida de fontes renováveis (usinas eólicas, solares e biomassa). Com isso, são mais de oito toneladas de emissão de gases do efeito estufa evitadas anualmente na atmosfera com a redução de carros no Centro do Rio.

VLT no centro do Rio de Janeiro. Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil

CONEXÕES

Idealizado como modal de conexão para quem chega e se desloca no Centro, o VLT Carioca exemplifica sua função pelas paradas de maior fluxo do sistema. Entre as dez mais movimentadas estão as paradas Cristiano Ottoni-Pequena África e Central, que dão acesso a vários modais, mas também Cinelândia e Carioca (metrô), Praça XV (barcas), e os pontos de chegada e saída da cidade (Rodoviária e Santos Dumont).

Outro dado significativo é que as paradas Colombo e Sete de Setembro, pontos de integração entre as linhas do sistema também fazem parte desse grupo de grande fluxo, destacando a importância de deslocamentos internos no Centro.

Ponto de parada do VLT Carioca

SEGURANÇA E FORMA DE PAGAMENTO

Nesse tempo, o VLT também desfez mitos. A segurança provou-se um valor fundamental e mesmo em um Centro muitas vezes de grande circulação de carros e pessoas, o número de incidentes se manteve reduzido.

Já em relação sistema de pagamento diferenciado, esses cinco anos, de acordo com a concessionária, representam também a construção de uma relação de confiança com o usuário. “A prestação de um bom serviço aliada à fiscalização se reflete na baixa taxa de evasão registrada no período, mesmo com o pagamento espontâneo no interior dos trens”, afirma fonte do consórcio.

Composição do VLT do Rio de Janeiro

INDUÇÃO DO TURISMO

A operadora assinala que embora a maior parte das viagens aconteça por motivo trabalho, o VLT Carioca tornou-se também um indutor do turismo no Centro do Rio do Rio de Janeiro. Isso porque o sistema dá acesso a um conjunto de tradicionais museus e centros culturais (como o CCBB e o Museu Nacional de Belas Artes) aliado a novas atrações como o AquaRio, Museu do Amanhã e Rio Star, a região ganhou novos ares e o Boulevard Olímpico, por exemplo, tornou-se um dos pontos mais visitados da cidade.

PANDEMIA

Desde o início de 2020 surgiu também o desafio da pandemia. Mesmo com menos pessoas circulando no Centro do Rio de Janeiro, o VLT se mantém circulando nas três linhas, com os mesmos horários, mantendo atividades como a higienização dos trens ao fim de cada trajeto.

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Sobre

A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, fundada em 14 de setembro de 1990, é uma entidade de fins não econômicos que agrega engenheiros, arquitetos, geólogos e outros profissionais de nível superior, devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia – CREAs e de Arquitetura e Urbanismo – CAUs.