EDIÇÃO 520, DE 1 A 30 DE JUNHO DE 2024
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – I
Exposição do presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Kolle
Na noite de 19 de junho, aconteceu o evento de lançamento da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
Em 19 de junho de 2024, aconteceu no Nikkey Palace Hotel, no bairro da Liberdade, em São Paulo, o lançamento da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), que acontecerá nesse mesmo hotel, no período de 22 a 25 de outubro de 2024.
A Semana de Tecnologia Metroferroviária é o maior e mais tradicional encontro sobre planejamento, construção, operação e manutenção de sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos, com significativa participação também do setor de transporte ferroviário de cargas, operadoras, indústria e academia.
O presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle fez a apresentação das condições de participação no grande congresso anual da AEAMESP, consolidadas no ‘mídia kit’ do evento. A coordenação de vendas está sendo feita pela própria direção da AEAMESP.
Kolle explicou que a Semana de Tecnologia Metroferroviária nasceu por iniciativa de profissionais do Metrô de São Paulo e vem sendo realizada ininterruptamente desde 1995.
Com o passar dos anos, o evento se ampliou, tendo angariado a participação de profissionais do setor em todo país e de especialistas internacionais. A Semana abriga tradicionalmente a outorga do Prêmio de Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU, que se encontra em sua 11ª edição.
O engenheiro Jean Pejo, secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovia no Brasil (ALAF Brasil), fez um pronunciamento, destacando o papel da Semana de Tecnologia Metroferroviária no debate dos mais importantes temas do setor. “É o evento mais esperado elo setor metroferroviário”, afirmou.
Explanação do engenheiro Jean Pejo
INSTALAÇÕES
Prestigiaram o lançamento representantes de potenciais patrocinadores – em especial empresas que apoiaram edições anteriores do encontro –, e também personalidades do setor metroferroviário e jornalistas.
Depois da apresentação, os convidados participaram de um tour pelas instalações do Nikkey Palace Hotel reservadas para a realização da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.
Em um dos espaços coligados ao andar térreo do Nikkey Palace Hotel, estarão o auditório principal e um amplo ambiente em que se desenvolverá a Metroferr Lounge Experience, com os estandes das empresas e organizações expositoras.
O presidente da AEAMESP remarcou que a proximidade entre o auditório principal e o ambiente de exposições é a garantia de que haverá ampla interação nos coffee breaks e outros intervalos do encontro.
No primeiro andar, estarão localizadas três salas para desenvolvimento da apresentação dos trabalhos técnicos, conferências e exposições técnicas.
Participantes do lançamento conhecem as instalações do Nikkey Palace Hotel onde acontecerá a 30ª Semana de Tecnologia.
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II
Conheça os artigos selecionados para a 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e para concorrer ao 11º Prêmio ANPTrilhos-CBTU
Em 28 de junho de 2024, a AEAMESP divulgou a lista das sínteses de artigos técnicos para desenvolvimento e participação na 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária e para concorrer ao 11º Prêmio de Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU. Ao todo, 113 trabalhos foram selecionados para esta etapa.
Os autores têm até o dia 28 de julho de 2024 para desenvolver seus respectivos artigos e encaminhá-los para a AEAMESP, através do sistema de inscrição, aqui.
Após a entrega, os artigos serão avaliados pela Banca Examinadora do Prêmio de Tecnologia e serão divulgados os finalistas a concorrer à premiação de R$ 7 mil por categoria. Todos os artigos finalistas receberão troféu e certificado de participação. A premiação será realizada na abertura da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, no dia 22 de outubro.
SETOR METROFERROVIÁRIO
Mesa da sessão de lançamento da Frente
Lançada em Brasília a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira, com 209 deputados
Em 19 de junho de 2024, aconteceu em Brasília o lançamento oficial da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira, que reúne 209 deputados, com a apresentação dos pilares que norteiam essa iniciativa. Na sessão, foi destacada a importância desse setor industrial para o crescimento do país e para a redução de custos no transporte, inclusive de alimentos.
KOLLE APLAUDE
Impossibilitado de deslocar-se à capital federal, uma vez que na mesma data aconteceria o lançamento da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária –, o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle, enviou ofício ao presidente da nova Frente Parlamentar, deputado federal Pedro Uczai, saudando a concretização da iniciativa.
Luís Kolle
Ele afirmou no documento que a AEAMESP reconhece “com entusiasmo” o lançamento da Frente, e parabenizou os parlamentares que dela fazem parte por dedicarem sua atividade para fomentarem a indústria ferroviária nacional. E acrescentou ser de grande relevância que o setor metroferroviário – que responde pelo modal com a maior capacidade de transporte – tenha tal atenção de deputados e senadores.
“Nossa Associação está à disposição para contribuir sempre para o engrandecimento e manutenção deste transporte tão importante e crucial para o mercado brasileiro”, concluiu Kolle.
MANIFESTAÇÕES
Durante o lançamento, o deputado federal Pedro Uczai destacou a importância de sair do evento com um plano de trabalho montado. Ele disse acreditar que a Frente tenha dois grandes objetivos: marcar o papel do parlamento brasileiro no aprimoramento da legislação, de modo a impulsionar a indústria ferroviária e, também, trazer o diálogo, apresentando as demandas da sociedade e, principalmente do setor, para o governo Federal. “A ferrovia é um transporte mais barato, mais seguro, ambientalmente sustentável e induz o desenvolvimento por onde passa, contribuindo, inclusive, com os demais modais. Essa intermodalidade é imprescindível em um país continental”.
“A criação da Frente Parlamentar vai proporcionar acesso ao legislativo para o fortalecimento da indústria ferroviária, estratégica para o Brasil no transporte de carga, logística e no transporte de passageiros, além de contribuir para uma melhora da condição social dos brasileiros que necessitam de transporte público”, afirmou Massimo Andrea Giavina-Bianchi, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).
Ele lembrou que a indústria nacional oferece garantia e reposição de peças, em comparação com a invasão de produtos que chegam ao Brasil com baixa qualidade. “Eles têm produtos bons, mas trazem sucata, não tem peças de reposição, não tem assistência técnica, enquanto temos uma indústria capacitada”.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, qualificou a criação da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira como “um marco”, ainda mais com a adesão e apoio de 209 deputados.
Abate destacou que o setor ferroviário brasileiro, representado pelas concessionárias e pela indústria, é estratégico para o país. E acrescentou que o setor possui urgência para expandir sua atuação no território nacional. “Uma indústria ferroviária forte e produtiva gera empregos e inovações tecnológicas, além de impulsionar o PIB de nosso país”. As duas entidades ressaltam que contam com o apoio dos parlamentares para as causas da indústria ferroviária nacional.
O presidente da ABIFER enfatizou que “os objetivos da Frente se apoiam em quatro pilares, que atuarão de forma harmônica: governo federal, congresso nacional, concessionárias ferroviárias de carga e indústria ferroviária brasileira e que uma indústria ferroviária forte e produtiva gera empregos e inovações tecnológicas, além de impulsionar o PIB do país”.
Os deputados federais Mauro Pereira – que representava o vice-presidente da Frente, deputado federal Baleia Rossi –, Denise Pessôa e Nelson Padovani, também se manifestaram sobre a relevância da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira.
TEMAS PRIORITÁRIOS DESTA GESTÃO DA FRENTE PARLAMENTAR
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- Substituir a frota de vagões e locomotivas com mais de 50 anos de vida útil por vagões e locomotivas com inovações tecnológicas sustentáveis, que proporcionarão economia de 58 milhões de toneladas de combustível/ano e redução da emissão de 150 mil toneladas de co²/ano, aumentando a produtividade das concessionárias em pelo menos 30%, com maior segurança operacional;
- Gerar emprego e renda para brasileiras e brasileiros;
- Inserir a indústria ferroviária no programa “MOVER”, do MDIC, e obter financiamento e incentivos do BNDES e do Fundo Clima;
- Gerar mais divisas para o país, por meio de vagões que transportam maiores volumes de minérios, grãos, fertilizantes, celulose e carga conteinerizada;
- Alcançar maior sustentabilidade ambiental, com menor emissão de GEE – Gases de Efeito Estufa, característica já incorporada nos equipamentos ferroviários, mormente locomotivas digitalizadas e vagões com novos designs;
- Reduzir o custo logístico, com maior eficiência energética;
- Aplicar as políticas de “ESG” na cadeia produtiva da indústria;
- Obter isonomia tributária, equiparando o setor ferroviário aos demais modos de transporte;
- Apoiar a política de estado do ministério dos transportes, que prega o aumento da participação ferroviária na matriz de carga brasileira dos atuais 27% para 40%, até 2035.
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Lideranças do setor após o ato de lançamento da Frente
NA IMPRENSA
Uma visão dos trens da Linha 6-Laranja
OPINIÃO
Governança no transporte metroferroviário
Por Joubert Flores, presidente do Conselho Administrativo da ANPTrilhos
Por algum tempo, só ouvíamos falar de governança corporativa relacionando o conceito a empresas de capital aberto, que negociam ações em bolsa de valores. Fato compreensível, uma vez que as ações de governança ganharam mais corpo com fraudes e prejuízos expressivos a acionistas em casos como o da Enron, por exemplo, de 2001, que gerou uma crise de grandes proporções nos Estados Unidos.
De lá para cá, muita coisa mudou, inclusive no Brasil, que naquele mesmo ano aprovou a Lei das S.As, adotando padrões de administração e contabilidade das empresas de capital aberto e fechado.
REPUTAÇÃO
Hoje, há muitos mecanismos legais que estabelecem regras e classificações, tendo como objetivo central garantir os princípios fundamentais da governança: transparência nas decisões e processos; equidade para todos os interessados; accountability, que é a prestação de contas sobre os atos praticados e responsabilização de seus agentes, e responsabilidade corporativa.
Governança, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Com boas práticas de governança, uma empresa constrói reputação e aumenta seu valor. E isso não vale apenas para o setor privado: governança no setor público é uma obrigação das empresas.
Joubert Flores
No transporte metroferroviário, essa discussão amadurece ano a ano. Operadores, sejam empresas públicas ou privadas, têm se esforçado para implementar, de forma efetiva, um código de conduta e de valores éticos; mensurar seu desempenho; garantir a aderência das organizações às regulamentações, códigos, normas e padrões; garantir a transparência e envolver efetivamente os stakeholders (usuários de serviços, acionistas, iniciativa privada) nos processos de tomada de decisão.
SUSTENTABILIDADE
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) – empresa pública de direito privado, que integra a administração indireta do governo do Distrito Federal – é exemplo de pioneirismo em governança.
Apesar de ter iniciado sua estrutura de governança somente em 2019, a gestão do Metrô-DF tem investido em troca de experiências. Um grande evento foi realizado em 2023, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, com a presença de empresas públicas do governo do Distrito Federal para qualificar a discussão e a gestão.
A ViaQuatro, operadora privada da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, também possui uma política forte de governança. Signatária do Pacto Global da ONU, por meio do Grupo CCR, a concessionária trabalha pautada em princípios de integridade e respeito descritos no Código de Conduta Ética e Política de Empresa Limpa.
Desde 2015, a partir do Programa de Compliance, orienta todos os colaboradores, acionistas, administradores e terceiros para o desenvolvimento de negócios sustentáveis, em conformidade com políticas e normas internas.
A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) sustenta que o compromisso com a ética e a conformidade da administração pública se reflete no dia a dia dos serviços prestados à população.
Garantir o rigor na obediência às leis, normas e regulamentos; mensurar e monitorar constantemente o desempenho; promover a transparência, entre outros preceitos, também é uma forma de mostrar ao governo o quanto o setor está preparado para receber investimentos públicos.
O transporte metroferroviário é um modal que entrega rapidez e qualidade, sem poluir nem lançar na atmosfera gases oriundos de combustíveis fósseis. Em linha com a sustentabilidade, prepara-se para também ser referência em governança, o que é um dever de todas as empresas.
Artigo publicado no Mobilidade Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, em 26 de junho de 2024.
COMEMORAÇÃO
Dez anos de Metrô Bahia
A CCR Metrô Bahia completou em junho de 2024 dez anos de operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas. Desde 2014, os trens da companhia percorreram mais de 34 milhões de quilômetros, transportando mais de 620 milhões de passageiros.
Para comemorar com clientes, colaboradores e convidados, a concessionária preparou uma programação especial. Entre os dias 12 e 14 de junho, a Estação Rodoviária de Metrô foi palco de apresentações de grupos culturais de diversas comunidades do entorno das estações, com bandas de percussão, apresentações de rodas de capoeira, danças, sambadeiras, batalha de MC´s, OSBA, Balé do Teatro Castro Alves e a banda aGentes do Metrô, que encerrará a semana de comemorações.
Ainda dentro das comemorações, entre os dias 13 e 14 de junho, das 8 às 17 horas, o Hemóvel (ônibus adaptado pelo Hemoba para coleta de sangue) esteve no terminal de ônibus de Pirajá para que os clientes pudessem colaborar e ampliar o estoque do banco de sangue do Estado.
METRÔ BH
Adquiridos 24 novos trens da fabricante chinesa CRRC para uso no sistema metroviário de Belo Horizonte
A concessionária que responde pela operação, modernização e ampliação do sistema metroviário da Região Metropolitana de Belo Horizonte adquiriu 24 novas composições a serem fabricados pela empresa chinesa CRRC.
O projeto de fabricação das novas composições já foi iniciado. O primeiro trem deverá chegar ao Brasil no início de 2026 e a intenção é que a operação comercial com os novos veículos se inicie no primeiro semestre do mesmo ano.
Os 24 novos trens, que possuirão, cada um, quatro carros, serão equipados com o ATO (Operação Automática do Trem), sistema que possibilita mais regularidade, conforto e suavidade nas viagens, permitindo, ainda, economia no consumo de energia. As composições possuirão monitores digitais, que reproduzirão informações da viagem. Amplas janelas possibilitarão iluminação externa natural e os vagões serão projetados para privilegiar mais espaço interno aos clientes do Metrô BH.
O design das composições ainda está sendo definido, já que o projeto executivo está em elaboração pelo fornecedor CRRC e passará por aprovação final da Concessionária Metrô BH. A inspiração inicial busca representar a complexidade cultural do Estado de Minas Gerais.
Quando entregues, as novas composições vão operar tanto na Linha 1 como na Linha 2 do Metrô BH. Atualmente, a frota é composta por 35 trens, sendo 25 da série 900, da década de 1980 e dez trens da série 1000, que começaram a operar em 2015 e já possuem ar condicionado e sistemas modernos. Os novos carros vão substituir os trens da Série 900.
MONOTRILHOS
Linha 17-Ouro recebe seu primeiro trem, fabricado na China pela BYD
Em 29 de junho de 2024, chegou ao Porto de Santos o primeiro trem da Linha 17-Ouro, procedente da China, onde foi fabricado pela BYD. Esse primeiro trem, assim como as demais 13 composições, foi projetado exclusivamente para atender ao projeto da Linha 17-Ouro, com o modo de operação automática (UTO), utilizando tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS) e sistema de sinalização CBTC, que, por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.
Cada composição é formada por cinco carros, sendo que os de extremidade contam com 21 assentos cada e os intermediários têm 24 assentos cada, totalizando 114 assentos e capacidade total para 616 passageiros, incluindo assentos prioritários e áreas para Pessoas com Deficiência (PCD).
O trem possui passagem livre entre os carros, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).
O veículo mede 3,2 metros de largura, sendo que os carros de extremidade possuem 13,5 metros cada e os intermediários medem 10 metros de comprimento, além da área de passagem de 0,95 metros, totalizando 60,8 metros de comprimento.
Cada carro possui quatro portas – duas em cada lado – medindo 1,6 metro de largura que respeitam as normas e critérios de acessibilidade. As paredes laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, proporcionando excelente visualização do entorno do trajeto e janelas tipo basculantes, que podem ser abertas caso necessário, garantindo ventilação de emergência para os passageiros.
Por ocasião do desembarque, explicou-se que cinco carretas, transportariam individualmente cada um dos carros do trem até o Pátio Água Espraiada, com apoio de tráfego especial em horários específicos, para reduzir os impactos no tráfego das rodovias e avenidas do trajeto. Uma vez no pátio, o veículo será montado por completo, incluindo a passagem entre carros e passará pelo protocolo de testes que vão garantir o certificado de segurança e liberação para a operação.
QUALIFICAÇÃO DA REDE
Entregues as obras de adequação e acessibilidade da Estação Engenheiro Manoel Feio, da CPTM
O governo paulista entregou em 1º de julho de 2024 as obras civis de adequação e melhoria na acessibilidade da Estação Engenheiro Manoel Feio, que atende a Linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Foi um investimento de R$ 43 milhões que atende a quase 8 mil passageiros que utilizam diariamente a estação. A reforma compreendeu a qualificação técnica da estação, com novos geradores e sistemas de controle mais modernos.
Foram executadas melhorias como o alteamento da plataforma e instalação de novo piso; remanejamento da via permanente para diminuir o vão entre os trens e as plataformas; implantação de uma nova passarela coberta, com elevadores para atender as plataformas 1 e 2/3; substituição da antiga passarela metálica por uma nova com cobertura; além de banheiros acessíveis, nova iluminação, sonorização e câmeras de segurança, sistema de combate a incêndio e a construção de um bicicletário.
Também foram construídas novas salas operacionais e banheiros para os empregados da estação, implantação de nova bilheteria blindada e um Sala de Supervisão Operacional (SSO). O acesso da estação foi totalmente reformado com a implantação de novas escadas, rampa acessível, além de melhorias nas calçadas externas e paisagismo.
A Linha 12-Safira da CPTM transporta, em média, 262 mil passageiros por dia (média de junho de 2024) em seus 39 quilômetros de extensão e 13 estações. Ligando a Estação Brás a Calmon Viana, no município de Poá, a linha atende bairros da região do extremo leste da capital paulista e o município de Itaquaquecetuba.
TRILHOS NA HISTÓRIA
Locomotiva arrancada dos trilhos por bombardeio durante a Revolução de 1924 (Reprodução)
Cem anos da Revolução de 1924
O fato de a cidade de São Paulo, então em franco crescimento, ser um importante entroncamento ferroviário teve peso significativo para que a capital paulista se tornasse o epicentro da Revolução de 1924, que eclodiria em 5 de julho.
A data foi escolhida para marcar dois anos da rebelião ocorrida no Rio de Janeiro, quando jovens militares e civis protagonizaram a “Revolta dos 18 do Forte de Copacabana”, de trágico fim, que foi a primeira ação do movimento tenentista contra a Velha República, dominada ela oligarquia agrária.
Para a concretização da Revolução de 1924, os revoltosos pretendiam tomar rapidamente posições militares na cidade e seguir em direção à capital do país, na época, o Rio de Janeiro. Mas a reação do governo nacional acabou sendo rápida, eficiente e violenta.
Durante três semanas – de 5 a 28 de julho –, São Paulo viveu o que é considerada a maior batalha urbana do país, com enfrentamentos armados, bombardeios e mais de 500 mortos (na época, a cidade tinha em torno de 700 mil habitantes).
Muita gente (estima-se que 1/3 da população) precisou se refugiar em cidades próximas ou no interior do Estado. Nos links abaixo encontram-se dois artigos que mostram a dramaticidade daqueles episódios.
A revolução fracassou e os revoltosos deixaram a cidade às pressas, de trem. Na esteira dessa fuga formou-se, pouco tempo depois, a Coluna Miguel Costa-Prestes, de caráter revolucionário, que persistiu até 2027. O fim da República Velha aconteceria em 1930, com uma revolução comandada por Getúlio Vargas.
DOIS TEXTOS SOBRE A REVOLUÇÃO DE 1924
“5 de julho de 1924: 80 anos de uma revolução”, é artigo de Antônio Sérgio Ribeiro, publicado em 2004 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Leia aqui.
“Há 95 anos, bombas caíam sobre São Paulo e arrasavam a cidade”, é uma reportagem da BBC Brasil, data de 2019, e assinada por Marcus Lopes. Leia aqui.