EDIÇÃO 525, DE 1 A 31 DE OUTUBRO DE 2024
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – I
A força da Semana de Tecnologia Metroferroviária em sua trigésima edição
Com muita força e intensa participação nos painéis e em todas as outras sessões, a Semana de Tecnologia Metroferroviária – congresso anual da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) — chegou à sua trigésima edição.
O evento aconteceu no período de 22 a 25 de outubro de 2024, no Nikkey Palace Hotel, no coração do bairro da Liberdade, em São Paulo.
A Semana de Tecnologia Metroferroviária vem sendo realizada ininterruptamente desde 1995 e segue reconhecida como um dos mais expressivos congressos técnicos do setor no Brasil, atraindo a participação de especialistas brasileiros e de outros países.
Paralelamente à 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, houve nova edição da Metroferr Lounge Experience, em que empresas patrocinadoras e apoiadoras expuseram seus produtos, serviços e soluções.
Foram registradas mais de 1.500 inscrições
Inscreveram-se para a 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária 1.500 participantes, um público constituído por presidentes, dirigentes e profissionais de empresas, como engenheiros, arquitetos, urbanistas e especialistas das áreas de planejamento e controle, projetos, infraestrutura e obras, logística, compras, planejamento estratégico, engenharia, tecnologia, manutenção, operação e especificação. Também participaram representantes de órgãos públicos, entidades de classe e de instituições não governamentais de representação autônoma.
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – II
Presidente da AEAMESP diz que apoio recebido contribuiu decisivamente para o êxito do congresso
“Em nome de toda a equipe da AEAMESP, gostaria de expressar nosso profundo agradecimento a cada um de vocês por contribuírem para o sucesso da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária. Foi uma alegria imensa ver a participação ativa de todos e como cada um trouxe seu próprio entusiasmo, enriquecendo as discussões e atividades com perspectivas valiosas”, escreveu o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle, em mensagem divulgada logo após o congresso.
Ele prosseguiu, assinalando: Gostaríamos de agradecer especialmente aos nossos patrocinadores, empresas parceiras e a todas as equipes terceirizadas que, com dedicação e profissionalismo, ajudaram a tornar este evento possível. Seu apoio e comprometimento foram essenciais para que a 30ª Semana de Tecnologia fosse realizada com tanta excelência.
Dirigindo-se a todos aqueles que participaram das sessões do congresso, afirmou: “A 30ª Semana de Tecnologia não teria o mesmo impacto sem a sua presença. Esperamos que tenham aproveitado tanto quanto nós e saído do evento com novas amizades, ideias e conexões inspiradoras. Agradecemos imensamente por fazerem deste encontro um sucesso extraordinário. Já estamos com grande expectativa para nos reunirmos novamente no ano que vem em um novo evento ainda mais especial”.
A 31ª Semana de Tecnologia Metroferroviária deverá acontecer no período de 16 a 19 de setembro de 2025
Luís Guilherme Kolle informou que a 31ª Semana de Tecnologia Metroferroviária está prevista para o período de 16 a 19 de setembro de 2025 no Nikkey Palace Hotel, em São Paulo.
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – III
Cerimônias de abertura e de encerramento da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária tiveram o prestígio de organizações do setor
As solenidades de instalação e de encerramento dos trabalhos da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária contaram com a participação e o prestígio de organizações técnicas e profissionais, órgãos públicos governamentais e empresas do setor metroferroviário e no âmbito mais amplo da Engenharia.
A sessão inaugural aconteceu na tarde de 22 de outubro de 2024. Ao lado do presidente da AEAMESP, Luís Guilherme Kolle, participaram assessora técnica especializada em Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Martha Martorelli; o secretário-executivo da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Manoel Marques Botelho, representando o secretário Marco Antonio Assalve; Joubert Flores, presidente do Conselho da Associação Brasileira dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos); Paulo Sergio Amalfi Meca, diretor de Engenharia e Planejamento da Companhia do Metropolitano de São Paulo, representando o presidente da companhia Antônio Júlio Castiglioni Neto; Michael Sotelo Cerqueira, presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Adriana Fonseca Lins, diretora técnica adjunta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e Sandra Holanda, coordenadora do Grupo Permanente de Autoajuda na Área de Manutenção Ferroviária (GPAA).
ENCERRAMENTO
A cerimônia de encerramento da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, na tarde de 25 de outubro de 2024, conduzida por Luís Kolle, teve a participação de José Eduardo Frascá Poyares Jardim. presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo; Jean Pejo, secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF/Brasil); Massimo Giavinna-Bianchi, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE); Ellen Capistrano Martins, diretora de Governança e Sustentabilidade da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF); Renato de Souza Meirelles, presidente da CAF Brasil; Milton Pinto da Silva Júnior, diretor de Operações da Companhia do Metropolitano de São Paulo, e José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da Frente Nacional Pela Volta das Ferrovias (FerroFrente).

Milton Pinto da Silva Júnior, José Eduardo Frascá Poyares Jardim, José Manoel Ferreira Gonçalves, Ellen Capistrano Martins, Luís Kolle, Jean Pejo, Renato de Souza Meirelles e Massimo Giavinna-Bianchi.
Os patrocinadores da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – IV
Homenagem a Plínio Assmann
Plínio Assmann, presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo na ocasião do início da operação do sistema, há 50 anos, foi homenageado pela AEAMESP no último dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.
Ao anunciar a homenagem, o presidente da AEAMESP, Luís Guilherme Kolle, citou passagens da biografia de Plínio Assmann, destacando-o como uma referência no setor.
Kolle também lembrou que Assmann se associou à AEAMESP, chegando a exercer mandato no Conselho Deliberativo da Associação. Além disso, participou de várias edições da Semana de Tecnologia Metroferroviária, contribuindo com ideias e opiniões marcantes.
O filho de Plínio, Carlos Eduardo Assmann, e as netas Sophia e Samantha representaram o homenageado na solenidade. Durante o evento, a AEAMESP entregou uma placa metálica com dizeres que ressaltavam o fervor metroviário de Plínio Assmann e destacavam seu papel no comando do início da operação do Metrô de São Paulo, descrevendo-o como inspiração e exemplo para o setor.
Ao receber a placa, Carlos Eduardo compartilhou memórias dos tempos de construção da Linha 1 – Azul, quando ainda era menino: “Meu pai visitava as obras todo sábado pela manhã e sempre me levava junto. Certa vez, aconteceu uma situação engraçada. Estávamos na obra no Paraíso, e eu, que não parava quieto, caí em um buraco. Cheguei em casa todo esfolado, e até hoje não sei como meu pai explicou isso para minha mãe.”
Por fim, Carlos Eduardo agradeceu emocionado: “É um grande carinho! Agradeço pela homenagem e a encaminharei ao meu pai e à minha mãe.”

Samantha, Sophia, Carlos Eduardo e Luís Kolle
30ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA – V
Solenidade proclama os vencedores do 11º Prêmio Tecnologia e Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU
Parte integrante da programação inicial da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, em 22 de outubro de 2024, aconteceu a proclamação dos vencedores do 11° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU.
ESTÍMULO E INTERCÂMBIO
Por mais de uma década, esse prêmio tem sido bem-sucedido em incentivar a produção técnica do setor metroferroviário e o intercâmbio tecnológico entre os profissionais do setor, divulgando e dando reconhecimento à produção técnica e acadêmica desses profissionais, contribuindo para o aprimoramento do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil.
Todos os artigos finalistas do 11° Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU receberam troféu e certificado de participação. Os vencedores de cada uma das três categorias também receberam a premiação no valor de R$ 7 mil.
PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO, TARIFAS E CUSTEIO
O artigo técnico Análise de dados em auditoria para prevenção de fraudes do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, de autoria de Erika Aparecida Siqueira Nanci e coautoria de Juliana Stark, foi o vencedor na Categoria 1 – Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço.
“É uma grande satisfação ver um trabalho que desenvolvemos poder participar de um evento tão importante e ser um dos trabalhos vencedores. É um motivo de muito orgulho para a gente”, destacou Erika, logo após receber o prêmio.
A seguir, os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores:
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- SIEC: precificação para manutenção, investimento, construção e concessão de linhas metroferroviárias, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Dalmo Silveira, Anderson Calesso Izidoro e Vagner Carrara.
- Progresso Urbano Sustentável: Obras Metroviárias e Relações de sucesso com a comunidade do entorno, Companhia do Metropolitano de São Paulo – METRÔ SP, Daniel Agra, Aline Noronha de Mello.
- Remanejamento de adutora para construção de túnel em área de grande adensamento urbano, Consórcio ICC (Expansão linha 2 verde), Jean Roberto dos Santos Margarido, Daniel Agra, Saulo Augusto Castro.
- Alternativas de expansão do sistema de trens urbanos de Porto Alegre, Trensurb, Tiago Zulian.
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SUSTENTABILIDADE, GESTÃO, COMUNICAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Na Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional, o vencedor foi o estudo técnico intitulado Reduzindo Custos sem Comprometer a Qualidade, escrito por Robson Rocha com coautoria Igor Fuscaldi e Jonatas Cristiano Rodrigues.
Sobre a conquista, Robson declarou: “Esse prêmio é muito importante para mim porque é a validação de todo um esforço. Passamos por muitas etapas e hoje nós recebemos esse prêmio. Que possamos continuar inovando sempre”.
A seguir, os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores:
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- O geoprocessamento como ferramenta de gestão ambiental da Companhia de Trens Metropolitanos – CPTM, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Danilo Gonçalves de Araujo Amorim, Matheus Augusto Reis Silva, Ricardo Pereira da Silva.
- Treinamento de atendimento a pessoas autistas pelos empregados da segurança do Metrô de São Paulo, Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô SP, Gilson Siqueira do Nascimento.
- Gestão de Riscos como suporte às tomadas de decisão, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Maria Luisa do Vale Kalustyan, Sergio de Carvalho Junior, Carlos Eduardo Teixeira Scheliga.
- Linha da Moda, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Natália Cristine Sales do Prado, Danilo Gonçalves de Araújo Amorim, Guilherme Lopes Soledade.
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SISTEMAS, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
Na Categoria 3 – Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas, o vencedor foi o estudo técnico Força de Movimento das PSD`s: Correlação com a Corrente e Aplicações em Monitoramento Contínuo, Companhia do Metropolitano de São Paulo, de autoria de Alexandre Mascarenhas e coautoria de Carlos Alfredo Santos, Gilson Cappellano, Alessandro Lins, Constantinos Theodoridis, Rogério Patta e Marco Machado.
“Além da premiação, esse tipo de evento é muito importante por incentivar o desenvolvimento das pesquisas em nossas empresas. Tenho certeza de que muitas outras virão. É uma honra ter ganhado e é também um grande incentivo”, enfatizou Alexandre Mascarenhas.
A seguir os outros trabalhos finalistas nesta categoria e seus respectivos autores:
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- Transbordo de passageiros com utilização de prancha, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Anderson Ribeiro da Conceição, Edison Aparecido Candido, Daniel Amelio de Lucena, Fabio de Moura Tavares, João Victor Barriento Secco.
- Aplicação de rede geodésica para o projeto segregações, MRS Logística – Aurenice da Cruz Figueira, Luis Eduardo Abrantes Russo, Ana Luisa Torres. 4.
- Sistema de automatismo dos registros e ocorrências dos ativos da manutenção, ViaQuatro – Caique Fernando Candido Augusto, Sandra Regina Cacioli, Silvia Aparecida da Costa Canals, Diego Sousa Almeida, Gustavo Leal do Amaral, Maurício Messa, Herik Ishihara Abranches.
- Visão Computacional aplicada à Inspeção em AMV com drone, MRS Logística, Marcelo Augusto Landim do Rosario, Alexandre Carvalho, Ronaldo Nogueira.
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Luís Kolle e Ana Patrizia Lira
O significado do Prêmio ANPTrilhos-CBTU
Na solenidade de anúncio dos vencedores, o presidente da AEAMESP, engenheiro Luís Guilherme Kolle, reafirmou a importância do Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU e da parceria de 11 anos para a sua concretização como um dos pontos da Semana de Tecnologia Metroferroviária.
A diretora-executiva da ANPTrilhos, Ana Patrizia Lira, enfatizou a quantidade de trabalhos inscritos e os impactos qualitativos para o setor: “É importante parabenizar o grande número de trabalhos: foram mais de 100 inscritos. Esses trabalhos trazem sempre uma ideia nova a ser multiplicada dentro da empresa como uma boa prática e como algo inovador. Então, é realmente grande o valor desse Prêmio para todo o setor”, sublinhou.

Adriana Lins
Adriana Lins, diretora técnica e diretora de Administração e Finanças da CBTU, destacou a importância dos investimentos públicos no setor metroferroviário para a geração de diversos benefícios para a sociedade. “O Prêmio precisa ser prestigiado cada vez mais para que o setor metroferroviário se fortaleça técnica e politicamente, com produções técnicas que contribuam para as tomadas de decisões de todos os envolvidos no setor, principalmente os políticos e governantes”.

Martha Martorelli
A assessora técnica especializada em Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Martha Martorelli, também participou da solenidade, destacando o significado do Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários – ANPTrilhos-CBTU no estímulo a jovens profissionais.
PRIMEIRO DIA – 22 DE OUTUBRO DE 2024

Ernani da Silva Fagundes
Duas exposições fecharam a programação do primeiro dia
Os trabalhos do primeiro dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária foram concluídos com duas exposições. Uma das sessões correspondeu a um relato a respeito dos desafios vividos pelas equipes da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.(Trensurb) durante e após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.
O diretor de Operações da companhia, Ernani da Silva Fagundes, fez um relato dramático, baseado em uma cronologia rigorosa, sobre os principais episódios que marcaram a paralisação das atividades de transporte ferroviário por falta de condições de utilização dos trilhos em áreas inundadas. E falou das decisões que permitiram resguardar a frota e apoiar a população afetada, e preservam o quanto possível a empresa, possibilitando o reinício dos trabalhos de transporte.
A catástrofe iniciou-se em 27 de abril de 2024 e teve seu período mais agudo na primeira semana de maio, tendo causado 173 mortos, 38 desaparecidos, mais de 4 mil desalojados e 2,4 milhões de pessoas afetadas, o que representa mais de 20% da população. A cronologia do relato abrangeu o período de recuperação das condições da Trensurb, chegando a 20 de setembro.
Mobilidade em perspectiva. Dawton Roberto Gaia, da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo, fez a exposição final do dia, abordando os avanços e perspectivas da mobilidade urbana na cidade de São Paulo.

Dawton Roberto Gaia
SEGUNDO DIA – 23 DE OUTUBRO DE 2024
Um dia assinalado pela multiplicidade temática
Considerando a multiplicidade temas sobre os quais a 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária avançou, é possível dizer que 23 de outubro de 2024, quarta-feira, foi um dia fortemente marcado por sessões que buscaram discutir procedimentos inovadores no setor, incluindo um conjunto privilegiado de informações a respeito de obras que estão ampliando da rede metroviária paulistana.
Cidades Inteligentes. Logo pela manhã, uma das sessões debateu o tema das Cidades Inteligentes. Participaram representantes de organizações que vêm lidando diretamente com aspectos significativos dessa temática: Iara Negreiros, da consultora especializada Spin; Roberto Speicys Cardoso, representando a Scipopolis, empresa de inovação, focada em cidades inteligentes e dedicada à mobilidade urbana; Marcos Quintela, da FGV Transportes, uma unidade especializada da Fundação Getúlio Vargas, e Fernando Tohme, do Instituto Sócio-Cultural Brasil China (Ibrachina).
Sessões sobre metodologia BIM. A exemplo do que ocorreu no ano anterior, a metodologia BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção) teve sessões específicas de exposição e debate, ambas coordenadas por Ivo Mainardi, do Metrô de São Paulo. De uma das sessões, participaram Cibele Alves, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e três representantes do Metro de São Paulo: Thiago Moyses, Alice Silami e Gabriel Franzotti (Metrô/SP). A outra sessão reuniu Thiago Pereira e Wilton Catelani, ambos da operadora MRS Logística S.A., e Cézar Barbalho, Sondotecnica
Mudanças climáticas e sustentabilidade. Martha Martorelli, da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, foi uma das participantes do painel que debateu a adaptação do transporte metroferroviário às mudanças climáticas e sustentabilidade. Participaram também Soraia Schultz Carvalho, do Metrô de São Paulo; Thais Silva, da Universidade Federal do ABC (UFABC), e Riciane Pombo, da Guajava, uma empresa de arquitetura da paisagem que oferece ‘soluções baseadas na natureza’ para problemas ambientais e climáticos em regiões urbanas e periurbanas.
Inteligência Artificial. O tema da Inteligência Artificial (IA) foi objeto da sessão intitulada Visão Computacional Aplicada ao Metrô de São Paulo, que teve a participação de dois profissionais dessa companhia: Willian Eder Reis da Silva e Thiago Naves Cassimiro.
Bicicletas. Ricardo Machado, da associação Ciclocidade, e Lucian De Paula Bernardi, do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (COMMU), conduziram na tarde do segundo dia o painel Mobilidade por bicicleta
Gestão do Conhecimento. As especialistas Lenice Nunes e Vanessa Jorge conduziram no final do dia a sessão intitulada Palestra Unimetro (Universidade Corporativa do Metrô de São Paulo), com o desenvolvimento do tema Gestão do conhecimento – Evolução e relevância, de 1968 aos tempos atuais.

Maggi faz a sua apresentação.
Painel mostra ampliação da malha urbana de trilhos
Um painel com riqueza de informações sobre obras de ampliação da rede metroviária paulistana foi desenvolvido na tarde da quarta-feira, 23 de outubro de 2024. Participaram desse painel como expositores profissionais de alta qualificação do Metrô de São Paulo.
Carlos Eduardo Paixão de Almeida, gerente de projetos, mostrou a concepção e os métodos que vêm sendo utilizados na ampliação da Estação São Joaquim, da Linha 1 – Azul. A ampliação é necessária porque essa estação se conectará com a estação terminal São Joaquim da Linha 6 – Laranja, em construção.
Eduardo Maggi, gerente de empreendimento da Linha 2 – Verde, ofereceu informações sobre a extensão dessa linha, cujas obras, em sua Fase 1, estão levando os trilhos de Vila Prudente (conexão com a Linha 15 – Prata) até Penha, inclusive (conexões com a Linha 3 – Vermelha e a Linha 11 – Coral, da CTPM), e em sua Fase 2, até a futura estação Dutra (conexões com a Linha 12 – Safira e Linha 13 – Jade, ambas da CTPM, e a futura Linha 19 – Celeste, de metrô). O trecho relativo à primeira fase compreende oito estações, o trecho referente à segunda fase inclui seis estações e um pátio ferroviário.
O assessor executivo da Gerência do Empreendimento da Linha 15 – Prata, do Metrô de São Paulo, Giovani Sorice Neto, explicou o projeto de ampliação desse sistema em monotrilho. No sentido leste, a linha terá implantadas as estações Boa Esperança e Jacu-Pêssego, e a oeste se conectará com a Linha 10-Turquesa, na Estação Ipiranga. Em agosto de 2024, iniciou-se a construção da estação Ipiranga, que vai possibilitar a conexão do monotrilho com a Linha 10-Turquesa (CPTM).
A exposição sobre a Linha 17 –Ouro coube a Roberto Torres Rodrigues, engenheiro do Metrô. Com uma extensão comercial de 6,7 quilômetros e 8 estações, ligará, por meio de um ramal, o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda. O trecho 1, prioritário, compreende oito estações, o pátio ferroviário, incluindo blocos administrativos. A linha se integrará com o Aeroporto de Congonhas (Estação Congonhas), ônibus da SPTrans (Estação Vereador José Diniz e Chucri Zaidan), Linha 5-Lilás (Estação Campo Belo) e com a Linha 9-Esmeralda (Estação Morumbi). A demanda estimada é de 93 mil passageiros/dia útil.
Sistemas paulistanos de VLT como instrumentos para requalificação urbana
O segundo dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária discutiu o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) como instrumento de requalificação urbana. Participaram Rodolfo Nunes Mahfuz (EMTU), Pedro Martin (SP Urbanismo) e Luiz Antônio Cortez Ferreira (Metrô/SP).
O painel apresentou duas propostas de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) para a cidade de São Paulo. Uma delas, é um projeto da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) que está em fase de implantação. O sistema de transporte pretende interligar bairros da região central da cidade, como o Brás, Bom Retiro e Campos Elísios, com espaços relevantes do ponto de vista econômico e cultural.
O projeto do VLT de São Paulo prevê: duas linhas de seis quilômetros cada 27 paradas, com 13 em cada direção Conexão com os BRTs, ônibus comuns e estações de metrô Articulação com bairros da região central da cidade Ligação com espaços como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Teatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Próximo de 9 estações do metrô (Luz, Tiradentes, Santa Cecília, República, São Bento, Pedro II, Sé, Liberdade e Anhangabaú). O futuro sistema estará próximo de duas estações de trem (Luz e Júlio Prestes) e também próximo de cinco terminais de ônibus (Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Parque Dom Pedro II, Bandeira e Mercado).
RUMO AO MANDAQUI
Coube ao arquiteto e urbanista Luiz Antônio Ferreira, gerente de planejamento do Metrô de São Paulo, fazer a apresentação da outra ideia de VLT para São Paulo. Esse projeto foi desenvolvido por especialistas e oferecido para a prefeitura.
A proposta considera um traçado de oito quilômetros, com 12 estações, interligando a Estação Palmeiras-Barra Funda e o bairro do Mandaqui, através da Avenida Engenheiro Caetano Álvares
Segundo explicou Ferreira, no processo de criação esse projeto, foram considerados diferentes aspectos relevantes, como a capacidade possibilitar a renovação urbana, reduzir emissão de gases de efeito estufa e estimular a renovação de edifícios ao longo do traçado da linha.
TERCEIRO DIA – 24 DE OUTUBRO DE 2024
O êxito do 5º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para Melhoria dos Processos Ferroviários
O terceiro dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária teve como uma de suas atrações o 5º Seminário de Inovações Tecnológicas Aplicadas para Melhoria dos Processos Ferroviários.
Este seminário tem como proposta principal apresentar iniciativas desenvolvidas pelos operadores ferroviários, com aplicação ampla para todos os setores ferroviários, como foco no compartilhamento de inovações e soluções tecnológicas disruptivas, que as ferrovias vêm desenvolvendo nos últimos anos, ressaltando ainda ganhos com o aumento da segurança, da eficiência global e da redução de custos.
Busca-se mostrar iniciativas já aplicadas ou em fase de estudos que já apresentem resultados satisfatórios nas avaliações iniciais ou que indiquem previsão de retorno com sua implementação. Colocam-se em apreciação soluções para diversos problemas ferroviários, tendo como viés estreitar os laços entre os operadores de carga e de passageiros para proporcionar novas interações futuras.
PRIMEIRA PARTE
O coordenador dos trabalhos do seminário coube ao engenheiro Leonardo Mendes Viana. Na primeira parte, foram apresentados quatro estudos, listados a seguir
T792- Identificação e classificação de componentes e Ações e Sistemas Ferroviários Baseados em D. Learning, por Adriano Meira.
T801- Implantação de ferramenta preditiva por IA para aumento de segurança e desempenho operacional, por Gabriel Nogueira.
T824- Detecção de falhas em molas de truques ferroviários utilizando processamentos de imagens, por Giovanni Augusto Ferreira Dias.
SEGUNDA PARTE
T869- Mapa de Suscetibilidade a Deslizamento de Massa, Mariana Campos Costa.
T841- Cockpit de ativos rodantes orientado a dados de condição para estratégia e otimização da manutenção, Leandro Rocha Lopes.
T830- Aplicação de rede geodésica para o projeto Segregações, MRS Logística, Aurenice da Cruz Figueira.
Seminário examina avanços do setor ferroviário de carga
Tradição que se vai consolidando na programação da Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizou-se na tarde do terceiro dia dos trabalhos o VIII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário é promovido pela AEAMESP, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Associação Latino-Americana de Ferrovia (ALAF), Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF) e Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).
PAINEL INAUGURAL
O primeiro painel do VIII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário foi aberto pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e secretário executivo da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira, Vicente Abate (foto), que falou sobre os principais objetivos e os avanços alcançados pela Frente.
Atuaram como debatedores o vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), Massimo Giavinna-Bianchi; o presidente do Instituto da Qualidade Ferroviária, Sergio Inácio Ferreira, e Bernardo Figueiredo, presidente da empresa TAV Brasil, detentora de autorização para implantação de um sistema de trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.
SECRETÁRIO NACIONAL
O secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Cézar Ribeiro, fez a exposição inicial do segundo painel do VIII Seminário Infraestrutura de Transporte Ferroviário. Em linhas gerais, ele traçou uma comparação entra a situação deixada pelo governo e situação atual, após mais de um ano e meio do atual governo.

Luís Kolle e Leonardo Cézar Ribeiro
Disse que o quadro inicial observado apresentava uma tríade de fatores: ausência de política pública para o setor, falta de recursos e “apagão” de projetos, e que as medidas impulsionadas pelo atual governo – que instituiu a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário – transformaram esse quadro radicalmente, agregando aspectos como o aumento significativo do potencial de expansão da malha “greenfield”, e considerações de diferentes fatores, além de bons projetos e disponibilidade de recursos.
Participaram como debatedores o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF/Brasil), Jean Pejo; o diretor da empresa fabricante de biodiesel Be8, Camilo Adas, e o superintendente do Comitê Brasileiro Metroferroviário da ABNT/CB-006, Paschoal De Mario.
ÚLTIMO DIA – 25 DE OUTUBRO DE 2024
Uma exposição a respeito da futura Linha 22 – Marrom
Luiz Antonio Cortez Ferreira (foto), do Metrô de São Paulo, conduziu, na manhã do último dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, uma exposição sobre a futura Linha 22 – Marrom do Metrô de São Paulo, projetada como alternativa para os congestionamentos crônicos da rodovia Raposo Tavares. Um ponto importante destacado durante a sessão foi a decisão de que a linha será totalmente subterrânea, descartando a hipótese, anteriormente considerada, de construção de uma via elevada sobre a rodovia.
Na apresentação, Cortez informou que a Linha 22 – Marrom terá uma extensão total de 29,4 quilômetros, com 19 estações e conexões com quatro outras linhas. A demanda estimada é de 678 mil passageiros por dia útil. A linha contará com 47 trens, operando com intervalos de 123 segundos.
Os trens serão compostos por cinco carros (diferentemente de outras linhas do metrô de São Paulo, que utilizam trens com seis carros) e terão capacidade para 1.274 passageiros, sendo 180 sentados e 1.094 em pé. A alimentação elétrica dos trens será feita por meio de terceiro trilho.
A Semana de Tecnologia Metroferroviária na visão de quem presidiu a AEAMESP
O presidente da AEAMESP, Luís Kolle, e cinco ex-presidentes, atualmente integrantes do Conselho Consultivo da nossa Associação – José Ricardo Fazzole, Luís Carlos Alcântara, Emiliano Affonso, Manoel da Silva Ferreira Filho e Silvia Cristina Silva – participaram de uma sessão em que recordaram a criação da Semana de Tecnologia Metroferroviária. Esse evento foi idealizado em 1995, durante a gestão do então presidente, engenheiro Laerte Mathias Conceição de Oliveira, que faleceu precocemente em 2013.
A Semana de Tecnologia Metroferroviária é o congresso da AEAMESP e alcançou sua 30ª edição anual ininterrupta, superando desafios e contratempos, mas, principalmente, buscando seu próprio equilíbrio, angariando apoios e contribuindo decisivamente para a consolidação e o avanço dos sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos no país.
Primeiro presidente da AEAMESP, José Ricardo Fazzole falou sobre a expectativa que havia nos primeiros anos da entidade em torno da criação de um congresso no qual pudessem ser apresentados os trabalhos que profissionais e equipes desenvolviam na Companhia do Metropolitano de São Paulo. A AEAMESP surgiu dentro do Metrô de São Paulo e, posteriormente, tornou-se uma entidade nacional, passando a aceitar profissionais de outras companhias.
Na condição de presidente da AEAMESP, Luís Carlos Alcântara foi responsável por levar a ainda jovem Semana de Tecnologia Metroferroviária para ambientes qualificados em áreas nobres da cidade de São Paulo, o que conferiu maior visibilidade e prestígio ao evento anual.
Manoel da Silva Ferreira Filho foi o primeiro coordenador da Semana de Tecnologia, tarefa que desempenhou em outras ocasiões. Ele iniciou o primeiro de dois mandatos como presidente da AEAMESP depois que o congresso já havia completado dez anos.
Emiliano Affonso comandou sete edições da Semana de Tecnologia. Quatro dessas edições ocorreram durante seus dois primeiros mandatos como presidente, nos primeiros anos deste século, quando consolidou o Centro de Convenções Frei Caneca como sede do evento por 16 anos. Ele também introduziu mudanças significativas, como o desenvolvimento de painéis de debates sobre políticas públicas e a definição de temas gerais para cada edição.
Primeira mulher a presidir a AEAMESP, a engenheira Silvia Cristina Silva enfrentou logo nos primeiros dias de mandato uma difícil decisão: manter ou suspender a realização da Semana de Tecnologia Metroferroviária de 2020, em razão das incertezas da pandemia. Após consultar conselheiros, associados, amigos, colaboradores e os membros da Diretoria, a decisão foi pela manutenção do evento, que foi realizado em caráter virtual nesse ano e no seguinte, e de forma híbrida em 2022.
O atual presidente, Luís Guilherme Kolle, promoveu, em 2023, a retomada da realização da Semana de Tecnologia Metroferroviária em formato exclusivamente presencial. Coube a ele também a honra de coordenar os trabalhos de estruturação dessa emblemática trigésima edição do evento.
A sociedade civil nos Conselhos das Cidades
Sessão realizada no último dia da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária debateu o tema A sociedade civil nos Conselhos das Cidades. Participaram a arquiteta e urbanista Juliana Tiemi Tamahana (foto), diretora da AEAMESP, e o presidente de nossa Associação, engenheiro Luis Guilherme Kolle. A sessão destacou o significado de organizações da sociedade civil engajarem-se nas instâncias que ajudam a formular políticas públicas. A AEAMESP tem vaga no Conselho Nacional das Cidades desde 2013.
Monotrilhos em foco
Um painel marcou os 10 anos de operação do monotrilho da Linha 15 – Prata. A sessão foi moderada pelo engenheiro do Metrô de São Paulo e conselheiro da AEAMESP, Rodolfo Szmidke. Inicialmente, houve uma apresentação sobre a operação e a manutenção da Linha 15 – Prata, realizada por Diego Silva Rocha e Rodrigo Lopes Soares, que abordaram diferentes aspectos do monotrilho e apresentaram os diversos componentes específicos do sistema.
Szmidke também fez uma apresentação sobre a engenharia por trás da Linha 15 – Prata, destacando o trabalho que foi reconhecido por meio de prêmios, congressos nacionais e internacionais, além de patentes. Ele ressaltou que o desenvolvimento dessa linha de monotrilho teve um impacto positivo no desenvolvimento da indústria nacional, que atualmente exporta componentes desse tipo de sistema.
SKY RAIL
No dia anterior, Vitor Pêgas, da Sky Rail BYD, fez uma apresentação bastante concorrida sobre a integração de sistemas no projeto da Linha 17 – Ouro. Ele explicou que essa integração é uma estratégia essencial para garantir eficiência, economia e êxito do projeto. A matriz de interfaces conta com 14 sistemas fornecidos pela BYD, 18 sistemas de outros fornecedores e 171 interfaces mapeadas entre os sistemas.
Fatos incríveis do passado e a preocupação com o futuro do Metrô de São Paulo
Uma sessão especialmente motivadora e participativa comemorou os 50 anos de operação do primeiro sistema metroviário a entrar em atividade no país, relembrando acontecimentos surpreendentes de meio século atrás.
O engenheiro e consultor internacional Claudio de Senna Frederico fez um relato detalhado sobre como foram organizados os sistemas de operação e manutenção do Metrô de São Paulo, mesmo sem haver uma referência cultural adaptada à realidade brasileira. Ele também fez reflexões sobre as razões que levaram o padrão de operação adotado na época a conquistar grande êxito. Posteriormente, esse padrão foi ampliado e aprimorado, tornando-se referência para outros sistemas implantados no Brasil.
Participaram com depoimentos e perguntas ao engenheiro Claudio de Senna Frederico, o diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô de São Paulo, Paulo Sérgio Amalfi Meca, e o atual diretor de Operações da Companhia, Milton Pinto da Silva Júnior. A sessão foi moderada pelo engenheiro Ivan Metran Whately, integrante do Conselho Consultivo do Instituto de Engenharia de São Paulo.
SOBRE O FUTURO
A sessão também motivou o público a questionar qual poderá ser o futuro do sistema diante da perspectiva de privatização de todas as linhas existentes e das futuras. A qualidade, a eficiência e a segurança garantidas até o momento estarão asseguradas?
Ao final da sessão, fortaleceu-se a ideia de que o processo de privatização – capaz de atrair recursos para os sistemas de trilhos urbanos e metropolitanos e contribuir para sua expansão – não poderá prescindir da permanência da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Essas empresas são os repositórios da expertise e experiência que têm garantido a qualificação desse tipo de transporte no Estado de São Paulo.
50 ANOS
A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô é uma empresa controlada pelo Governo do Estado de São Paulo e gerida pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Ela é responsável pela operação e expansão da rede metroviária, bem como pelo planejamento do transporte metropolitano de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo.
A operação comercial do sistema teve início em 14 de setembro de 1974, com um trecho da Linha 1 – Azul, entre Jabaquara e Vila Mariana. Aos 50 anos, a rede metroviária da cidade de São Paulo conta com seis linhas, totalizando 104,4 km de extensão e 91 estações, por onde passam mais de 5 milhões de passageiros diariamente.
Por meio de sete estações, o sistema de metrô integra-se à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que atende a cidade de São Paulo e outros 22 municípios da área metropolitana da capital paulista. O metrô também está integrado a outros modos de transporte na cidade.
A sessão final da 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária teve como protagonista o publicitários e conferencista Guilherme Rangel, que conduziu a plateia a uma viagem ao mundo que teremos em 2054, quando se completarão mais três décadas do congresso da AEAMESP.
Gurgel foi convidado justamente por sua capacidade de projetar o futuro com base em fatos e tendências – um exercício que ajuda pessoas e organizações a se prepararem para um mundo em constante mudança.
Ele trabalha temas como inovação, futuro do trabalho e da mobilidade, transformação digital, cidades inteligentes, focalizando aspectos como inteligência artificial, tecnologias exponenciais, big data, internet das coisas e metaverso, entre outros.