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EDIÇÃO 334, DE 5 A 11 DE JULHO DE 2016

22ª SEMANA E EXPO METROFERR 2016 

Operadoras metroferroviárias precisam criar seus próprios empreendimentos imobiliários para financiar a ampliação da rede

A 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que acontecerá de 13 a 16 de setembro de 2016, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP) contará com a participação de representante da operadora japonesa de transporte ferroviário de passageiros West Japan Railway Company (JR-WEST).

A ideia dessa sessão é destacar a importância de as próprias operadoras brasileiras de transporte público, em especial no setor metroferroviário, considerarem a possibilidade de realizarem empreendimentos imobiliários diretamente associados ao transporte como forma de garantirem recursos permanentes para ampliar e modernizar as redes e para assegurar a modicidade das tarifas para os usuários.

No Japão, há caso em que cerca de 40% dos custos de implantação de uma linha de metrô foram pagos por meio da riqueza propiciada pelo crescimento imobiliário promovido pelo próprio operador. Também há operadoras que possuem receitas não operacionais maiores do que as operacionais, mitigando os custos tarifários.

“Convidamos também especialistas alemães, que nos falarão sobre os fatores que devem ser considerados para a escolha da melhor opção de transporte, otimizando o uso dos recursos públicos”, explica Emiliano Affonso, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP e especialista em mobilidade urbana e transporte sobre trilhos.

No segundo dia da 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária será desenvolvido um painel internacional coordenado pela Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos (ALAMYS).

Em tempos de crise, avançar. A AEAMESP, entidade realizadora do encontro, tem trazido para a Semana de Tecnologia Metroferroviária expositores internacionais, para que mostrem o que acontece em outros países e “nos ajudem a ver com ângulos novos nossas velhas questões”, assinala Emiliano Affonso.

“Neste momento, marcado pela sobreposição de crises que todos conhecemos, tal tipo de apoio é especialmente importante. Em tempos bicudos, temos as maiores oportunidades de avançar e, para tanto, não devemos agir como avestruzes e enfiar a cabeça na areia, esperando que os problemas se dissipem. É fundamental unir o setor e sair a campo para viabilizar novas soluções, sob pena de retrocedermos”, complementa.

Para o dirigente, a retração da economia e da arrecadação nos três níveis de governo tem levado as administrações publicas a cortar investimentos. Esse tipo de resposta à crise tem afetado projetos estruturadores de transporte público urbano, notadamente os referentes a sistemas sobre trilhos, que tiveram o ritmo de implantação reduzido ou foram postergados.

Ele avalia que adiar projetos de infraestruturas de transporte enfraquece e piora a mobilidade urbana e, em razão disso, retira das cidades as melhores possibilidades de ampliar a produtividade e a competitividade no enfrentamento da crise. Assim, o que parece uma solução temporária poderá se caracterizar como um problema mais complicado e de maior duração, prejudicando o crescimento do país.

“Com a diminuição dos recursos do Tesouro, precisamos estruturar projetos capazes de captar créditos que ajudem a mitigar os custos de implantação e de operação. Uma parcela desse recurso pode vir do desenvolvimento induzido pelo próprio empreendimento, como se observa mundo a fora. E como parte dessa estratégia, precisamos organizar formas jurídicas que nos permitam capturar por um tempo delimitado uma parcela da riqueza adicional advinda da valorização imobiliária, do aumento da captação de impostos e do estímulo a diferentes outros negócios, que, comprovadamente, os sistemas de maior capacidade de transporte são capazes de gerar, ajudando a colocar em pé novas linhas sem a necessidade de aumentar impostos”, finaliza.


MINISTÉRIO DAS CIDADES

José Roberto Generoso no comando da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana

O economista José Roberto Generoso, ex-assessor do Metrô-SP, foi designado pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, para comandar a partir de 11 de julho de 2016 a Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SEMOB). Ele sucede no cargo ao engenheiro Dario Rais Lopes.

Araújo e Generoso deverão participar na próxima semana – nos dias 20 e 21 de julho de 2016 –, em Brasília, da 49ª Reunião do Conselho Nacional das Cidades, cujo programa inclui reunião do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana. Na condição de representante da AEAMESP no Conselho Nacional das Cidades, o presidente da Associação, engenheiro Emiliano Affonso, participará dos das duas reuniões.

Qualificações. O Ministério das Cidades divulgou o currículo José Roberto Generoso, apontando as qualificações que apresenta para atuar como secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Ele é mestre em Economia pela Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França, e pós-graduado em Transporte Público pela Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça.

O início de sua trajetória profissional deu-se em 1970; nesses 46 anos, ELE assumiu funções em órgãos públicos e entidades ligadas ao segmento de transportes, entre as quais: Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô; Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP); Empresa Brasileira de Planejamento de Transporte (GEIPOT); Secretaria Municipal de Transportes do Município de São Paulo (SMT); Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A.

Durante quatro anos, foi consultor de Avaliação de Projetos e de Transporte, na Organização dos Estados Americanos (OEA), atuando diretamente nos projetos Bogotá/Colômbia, El Salvador e Trólebus Quito, no Equador. Também ocupou cargos de diretoria e assessoria nos Correios, Banco do Povo Paulista, Agência de Desenvolvimento Social da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo e na Assessoria da Unidade de Parcerias Público-Privadas (SPDR).

Foco. De acordo com a nota do Ministério das Cidades, “no comando da SEMOB, José Generoso vai atuar diretamente nas políticas de transporte integradas com a política de desenvolvimento urbano e sustentável das cidades, que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os modos de transporte coletivo e os não-motorizados, de forma segura e socialmente inclusiva”.


NA IMPRENSA – I

O blog Metrô-CPTM, faz uma análise crítica da cobertura dada ao caso de denúncia do Ministério Público sobre trens da Linha 5 – Lilás

O blog Metrô-CPTM, assinado pelo jornalista Ricardo Meier, trouxe no dia 11 de julho de 2016 uma análise crítica da cobertura dada ao caso do promotor do Ministério Público de São Paulo, que entrou com uma denúncia na Justiça pedindo a condenação de membros do governo paulista e executivos do Metrô por supostamente terem adquirido 26 trens com a bitola errada para uso na Linha 5 – Lilás. Veja a seguir o texto da análise, ao final do qual encontra-se o link para o endereço original.

Promotor processa governo Alckmin por compra de trens da Linha 5-Lilás

Por Ricardo Meier

Esse blog não tem receio de criticar o Metrô ou o governo do estado quando considera que estão errados, mas espanta ver uma denúncia um tanto curiosa do Ministério Público ter recebido tamanha repercussão na imprensa. Nesta segunda-feira, o promotor Marcelo Milani do Ministério Público de São Paulo entrou com uma denúncia na Justiça em que pede a condenação de vários executivos do governo e do Metrô por supostamente terem adquirido 26 trens com a bitola errada para uso na Linha 5-Lilás, diz reportagem da TV Globo.

Segundo Milani, os trens da Frota P, fabricados pela CAF, têm bitola de 1.372 mm enquanto a linha 5 utiliza trilhos com 1.435 mm de largura (a bitola é a distância transversal entre os dois trilhos. Ou seja, um pouco mais de 6 cm de diferença. Ocorre que não é possível que trens com bitolas diferentes circulem por uma medida única de trilho. Se os trens da frota P são de fato menores que os demais como se encaixariam na medida maior? E como estão rodando em testes por tanto tempo dessa forma? Talvez levitando…

Falta de apuração

Na reportagem do Jornal Hoje, o presidente do Metrô Paulo Menezes Figueiredo desmentiu a afirmação do promotor de que existam duas bitolas na linha e confirmou que os trens percorrerão toda a extensão da linha – segundo Milani, o Metrô iria colocar os trens novos na extensão e os trens antigos na parte inaugurada em 2002, criando assim o inimaginável: que os passageiros teriam de trocar de trem no meio da linha.

É lamentável que veículos de imprensa não apurem esse tipo de informação com ambas as partes. A acusação do promotor é das mais absurdas e não deveria ter sido veiculada até por uma questão de credibilidade.

Os trens da Frota P do Metrô têm sido alvos de várias matérias devido ao fato de estarem parados desde 2013 quando começaram a ser entregues. Milani, aliás, criou outro factóide ao dizer que os sistemas eletrônicos dos trens estariam obsoletos, como se um trem fosse equiparado a um smartphone ou computador. Se assim fosse, trens como os da Frota A ou as Séries 1100 da CPTM teriam virado sucata, afinal “seus sistemas” têm décadas.

As bitolas que o Metrô usa são de 1.600 e 1.435 mm e a bitola inventada pelo promotor, de 1.372: somente levitando eles conseguiriam rodar nesses trilhos, se o promotor estivesse correto.

As bitolas que o Metrô usa são de 1.600 e 1.435 mm e a bitola inventada pelo promotor, de 1.372 mm: somente levitando eles conseguiriam rodar nesses trilhos, caso o promotor estivesse correto.

O fato de os trens terem chegado a partir de 2013 tem a ver com o cronograma original de expansão, que previa que a linha fosse inaugurada a partir de 2014. Por problemas diversos, hoje a previsão é de 2017 e os primeiros trens operacionais da Frota P devem começar a ser usados em setembro, como revelou o presidente do Metrô. Em outras palavras, não é sensato esperar que a data de entrega da linha esteja claro para então encomendar os trens. Infelizmente, ocorreria uma situação inusitada, em que a linha estaria pronta, mas sem composições para funcionar.

Se o Ministério Público quer efetivamente esclarecer algo de útil deveria questionar o Metrô da razão de a implantação do CBTC, o sistema de controle de trens, ter atrasado tanto. A Linha 5 opera com sete composições da oito disponíveis nos picos e tem um intervalo alto, além de uma ocupação elevada graças ao aumento no número de passageiros após a ligação da Linha 9 da CPTM com a Linha 4-Amarela.

Os novos trens poderiam ter aliviado essa situação há mais tempo, mas por razões ainda não esclarecidas, a mudança para o padrão CBTC, feita pela empresa Bombardier, somente agora está na fase final de testes e com trens de bitola de 1.435 mm.

Veja a matéria publicada no blog

Veja a matéria do Jornal Hoje referida na análise do site

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/07/nove-pessoas-sao-denunciadas-pela-compra-de-trens-sem-uso-em-sp.html

Veja matéria no blog do jornalista Fausto Macedo, do Estadão, com posicionamentos do Ministério Público e do Metrô-SP


NA IMPRENSA – II

O site especializado São Paulo Antiga publica informações e imagens sobre o primeiro projeto de metrô da cidade

Um post no site São Paulo Antiga mostra o primeiro projeto de metrô da cidade. O site é editado por Douglas Nascimento, jornalista, fotógrafo e pesquisador independente e membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP). Também edita o blog Human Street View, focado em comparações fotográficas entre a atualidade e o passado.

Veja a matéria


NA IMPRENSA -III

Via Trólebus publicou matéria sobre um projeto de ‘monotrilho’ paulistano concebido no Século 19

O site Via Trólebus publico há algum tempo matéria sobre o primeiro projeto de uma via férrea elevada para a cidade de São Paulo. O projeto é datado de 1888, duas década após a inauguração da primeira ferrovia. “Consistia numa linha elevada de bondes entre o Largo do Rosário e o Largo do Paiçandu – numa ligação inédita entre os dois lados do Vale do Anhangabaú, cuja transposição, até então, era bastante custosa”.

Conheça o projeto

http://viatrolebus.com.br/2013/07/sao-paulo-quase-foi-uma-das-pioneiras-do-monotrilho-ainda-no-seculo-xix/


ANIVERSARIANTES

No Portal da AEAMESP, os aniversariantes do mês de julho

Veja no Portal da AEAMESP os nomes dos associados que aniversariam em julho. O link abaixo dá acesso a uma lista em ordem cronológica crescente com todos os aniversariantes do mês. 

Veja os aniversariantes deste mês

http://www.aeamesp.org.br/wp-content/uploads/2016/07/Aniversarios-de-Julho.pdf

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