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Com participação da AEAMESP, foi realizada no dia 23 de novembro a primeira reunião da Frente Parlamentar Metroferroviária, da Assembleia Legislativa paulista

A reunião foi realizada no plenário Tiradentes, da Assembleia Legislativa. Foto: Maurício de Souza/ALESP

 

 

O serviço de imprensa da Assembleia Legislativa publicou matéria sobre esse primeiro encontro da Frente Parlamentar.

Emiliano Affonso. Foto: Maurício de Souza/ALESP

Emiliano Affonso. Foto: Maurício de Souza/ALESP

A Frente Parlamentar em prol do Transporte Metroferroviário realizou reunião, na quarta-feira, 23 de novembro de 2016, sob a coordenação do deputado João Caramez, e discutiu com representantes do setor as diretrizes que serão adotadas para viabilizar o crescimento, com eficiência, da malha ferroviária para transporte de carga e de passageiros, integrando-a ao transporte rodoviário.

Emiliano Affonso, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô, considera importante que seja tratada a questão dos contratos de gestão e a captação de recursos pra mitigar os custos. “A integração das linhas é necessária, assim como a modernização das existentes, já deficitárias. A linha 6, da Freguesia do Ó, por exemplo, está com as obras paradas. É necessário que essas obras sejam retomadas”, citou.

A malha rodoviária do Estado está em colapso, segundo Antonio Maria de Andrade, diretor do Departamento de Engenharia de Atividades Industriais do Instituto de Engenharia. “A Rodovia dos Bandeirantes não comporta novas pistas, nem um novo rodoanel. Talvez um ferroanel possibilite o escoamento das safras e o transporte de passageiros”, mencionou. O vereador de Valinhos, Messias de Oliveira, informou que diariamente de Campinas a São Paulo circulam cerca de 600 ônibus com trabalhadores, que poderiam ser transportados de trem. “A retomada do sistema de transporte ferroviário é urgente. Precisamos que os governos assumam isso como prioridade”, completou o vereador.

A eficiência das malhas ferroviárias e a integração de todos os modais no Estado são fundamentais, na opinião de Nelson Rodrigues, assessor da presidência da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária. “Existem projetos parados por falta de recursos, que não serão finalizados pela escolha inadequada do modal”, enfatizou Rodrigues. A elaboração de um documento com plano de implantação das ferrovias no Estado foi sugerida por Paschoal De Mario, assessor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre).

Sistema multimodal. De acordo com Milton Xavier, assessor para área de planejamento da Secretaria de Estado de Transportes e Logística, a perspectiva é de saturação do sistema rodoviário em torno de 2030, sem possibilidade de crescimento desse eixo. “A única opção é um sistema multimodal macrometropolitano, integrando caminhões e trens, para logística de carga e passageiros”, destacou Xavier.

Francisco Petrini, diretor-executivo do Simefre, ressaltou que a ação política junto ao governo federal é fundamental. “A cidade do Rio de Janeiro conseguiu realizar as obras da Olimpíada e tem seu VLT (veículo leve sobre trilhos). Eles obtiveram verba que nós, com 44 milhões de habitantes em todo o Estado, não conseguimos”, reclamou Petrini.