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Engenheiro do Metrô-SP e campeão de natação, Claudio Kestener conquistou quatro medalhas (duas de ouro) no World Masters Games 2017 na Nova Zelândia

Agora ele espera obter apoio para  participar do Campeonato Mundial de Masters da FINA, que será em agosto de 2017 em Budapeste na Hungria. E também já pensa no próximo World Masters Games em 2021, que será em Kansei, no Japão.

Engenheiro da Companhia do Metropolitano de São Paulo e campeão de natação, Claudio Mamede Kestener conquistou quatro medalhas – duas de ouro, uma de prata e outra de bronze – no World Masters Games 2017, realizados em Auckland, na Nova Zelândia, no período de 21 a 30 de abril de 2017.

Claudio explica que se trata de evento realizado a cada quatro anos, equivalente ao que se poderia chamar de Jogos Olímpicos para Atletas Masters (de 25 anos a mais de 100 anos).  Neste ano, foram disputadas 28 modalidades olímpicas, com mais de 25 mil atletas de 117 países.

“A organização foi impecável! Um evento inesquecível!”, disse Claudio Mamede Kestener, acrescentando que nesta competição ele participou na natação, representando o clube pelo qual compete desde os seis anos, o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo

OS RESULTADOS EM AUCKLAND

Kestener, à esquerda, em pose após uma das solenidades de premiação em Auckland

Os resultados de Claudio Kestener em Auckland foram: Ouro. 1º lugar no Revezamento 4 x 50 m Medley Misto (dois homens e duas mulheres) 200+ (a somatória das idades dos nadadores deve ser maior que 200) – tempo: 2’08”22; Ouro. 1º lugar no Revezamento 4 x 50 m Livre Misto 200+ – tempo: 1’55”14. Prata. 2º lugar nos 100 m Livre (55+) – tempo: 1’00”57. Bronze. 3º lugar no Revezamento 4 x 50 m Medley Masculino 240 + (a somatória das idades dos nadadores deve ser maior que 240) – tempo: 2’31”53.

RESULTADOS INTERNACIONAIS ANTERIORES

Em 1980, Claudio Kestener foi finalista no revezamento quatro estilos dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980.   Trinta anos depois, em 2010, competindo pelo Metrô-SP, ele obteve o 2º lugar no revezamento 4 x 50 m livre no Campeonato Mundial de Trabalhadores em Talin, na Estônia, em 2010. Clique aqui e leia matéria sobre a trajetória do campeão.

TRÊS PERGUNTAS A CLAUDIO KESTENER

No Metrô-SP desde 1988, Claudio Kestener trabalha atualmente na Gerência de Operações (GOP), no Departamento Técnico da Operação – OPT na Coordenadoria de Material Rodante (CMR). BOLETIM AEAMESP fez a ele três perguntas sobre sua relação com as competições de natação.

BOLETIM AEAMESP – Você nada há 50 anos e esteve na final de uma das mais importantes competições do mundo, os Jogos Olímpicos (Moscou, 1980). Você ainda se emociona quando compete?  Como é o “antes” de uma competição? Qual a sensação de vencer uma prova da qual participam outros competidores categorizados?

CLAUDIO KESTENER – As emoções básicas continuam as mesmas: nervosismo antes de nadar, frio na barriga, vontade de ir ao banheiro antes da prova, medo de queimar, entre outras coisas… Mas na hora que caio na água, tudo passa e a competição é contra e a favor de você mesmo: buscar sempre fazer o melhor naquele momento! E no final da prova, sabendo que você deu o seu máximo, a sensação é sempre de realização, independentemente de ter obtido a vitória ou não! Além disso, surgem emoções novas, como assistir à comovente vitória de uma senhora americana de 95 anos que completa a prova de 100 metros borboleta! Houve a torcida de toda arquibancada por ela, foi incrível!

BOLETIM AEAMESP – Como você faz para se manter em forma, a ponto de poder competir internacionalmente em alto nível dentro da sua categoria?

CLAUDIO KESTENER – A dedicação, aprendida na época em que competia em alto nível – em 1980, nos Jogos Olímpicos de Moscou – tem que estar presente: treinos nos horários possíveis (às vezes às seis horas da manhã, às vezes às sete horas da noite) tentando, no mínimo, treinar 3 três vezes por semana! Na minha preparação para o World Masters Games, cheguei a treinar cinco vezes por semana!

BOLETIM AEAMESP – Para quem nunca nadou, mas admira esse esporte, o que você recomenda?

CLAUDIO KESTENER – O que mais admiro na categoria Master é a presença de pessoas que não praticaram esporte, ou praticaram muito pouco na adolescência, e agora se dedicam e se superam em cada competição. Além do exemplo citado da natação, outro exemplo é de uma corredora indiana de 101 anos que correu os 100 metros rasos em Auckland! Clique na imagem ao lado e acesse a matéria em inglês e vídeo  sobre o feito dessa atleta.

BOLETIM AEAMESP – O que você diria, para concluir?

CLÁUDIO KESTENER – É importante receber apoio para participação nesses eventos. Seja no trabalho, no clube, parcerias, qualquer ajuda para participar mais são bem-vindas e estimulam os atletas masters. Tenho intenção de participar do Campeonato Mundial de Masters da FINA, que será em agosto de 2017 em Budapeste na Hungria e um apoio seria fundamental! Além disso, espero conseguir apoio também para o próximo World Masters Games em 2021 que será em Kansai, no Japão.