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Estudo da Confederação Nacional de Transportes (CNT) avalia que malha brasileira de metrôs e trens de metropolitanos precisa crescer 80%

relatorio-metroferroviario-cntA Confederação Nacional de Transportes divulgou em dezembro de 2016 um estudo inédito revelando que o País precisa ampliar em pelo menos 850 km a malha de metrôs e trens metropolitanos para modernizar o transporte urbano nas grandes cidades.

Matéria sobre o tema, assinada pelo jornalista Vitor Sá, sublinha que o crescimento indicado significaria um crescimento de cerca de 80% da infraestrutura atualmente disponível, que é de 1.062 km de extensão. “Seriam necessários cerca de R$ 167,13 bilhões para a construção e ampliação de sistemas e ainda para a aquisição de material rodante e recuperação de infraestrutura”, assinala o texto.

No estudo, intitulado Transporte & Desenvolvimento: Transporte Metroferroviário de Passageiros, foram caracterizados 14 sistemas presentes em 13 regiões metropolitanas brasileiras e na cidade de Sobral, no Ceará, com informações sobre a evolução recente da rede, indicadores operacionais – para o período de 2011 a 2015 – e aspectos econômicos e ambientais do setor. São sistemas que incluem trens metropolitanos, metrôs, monotrilho, VLTs (veículo leve sobre trilhos) e aeromóvel. O estudo também tem como objetivo identificar os principais entraves ao desempenho e propor soluções.

Integração com outros sistemas. A matéria traz uma declaração do presidente da CNT, Clésio Andrade: “A ampliação da infraestrutura e o planejamento adequado do transporte sobre trilhos nas grandes cidades, sempre integrado ao sistema de ônibus, são fundamentais para atender à expansão da demanda pelo transporte de massa e para a melhoria da mobilidade urbana”.

Malha cresceu menos que população. Nas regiões onde ficam os sistemas analisados pela CNT, enquanto a população cresceu 6,2% entre 2010 e 2015, a frota dedicada ao transporte individual expandiu 24,5%. O resultado disso foi o aumento da concorrência pelo espaço nas vias, mais congestionamentos e deslocamentos diários cada vez mais demorados. A malha do sistema metroferroviário, por sua vez, foi expandida apenas 6,7% nos últimos cinco anos.

Importância econômica. De acordo com a CNT, o modal de transporte de passageiros sobre trilhos, por seu caráter estruturante do território, pela confiabilidade e pela grande capacidade de transporte que proporciona, pode contribuir para a melhoria da acessibilidade, da mobilidade e da qualidade de vida das populações dos aglomerados urbanos onde se inserem. “Com esse estudo, a CNT oferece mais uma contribuição para o desenvolvimento do setor de transporte”, afirma Clésio Andrade.

O estudo analisou sistemas metroferroviários de Sobral, no Ceará, e das seguintes regiões metropolitanas: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Teresina (PI), na região integrada com Maranhão) e Cariri (CE). Nessas cidades-polo, 11,8 milhões (71,1%) de seus residentes trabalham fora de casa e retornam diariamente para seus domicílios. Desse total, 56,8% demoram, no mínimo, 30 minutos no percurso casa-trabalho.

Veja um resumo do estudo, com cinco páginas

http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/Release_Metroferroviario_2.pdf

Veja o estudo completo, com 149 páginas
http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT/2016%20CNT%20Pesquisa%20Metroferrovi%C3%A1ria%20(web).pdf

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