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Solenidade marca a autorização da divulgação de edital de obras de novo trecho do VLT da Baixada Santista

Composição do sistema de VLT da Baixada Santista parado em plataforma. Foto: Edson Lopes Jr/Portal do Governo do Estado de São Paulo

Em solenidade realizada em Santos/SP, no dia 26 de março de 2018, o governo do Estado de São Paulo autorizou a divulgação do edital de obras de mais um trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista, entre Conselheiro Nébias e Valongo. A previsão é que a construção tenha início no segundo semestre deste ano, com investimento de R$ 270 milhões.

Com o novo trecho, o VLT da Baixada Santista passará pelo Hospital dos Estivadores, universidades e rodoviária, chegando até a região central, que é a mais antiga da cidade Santos, e deverá ajudará a revitalizar todo esse espaço urbano.

No mesmo evento, o governo paulista entregou os dois últimos VLTs contratados (21º e 22º) e três equipamentos de manutenção, além da conclusão da instalação de portas-plataforma nas cinco últimas estações, do total de 15, do trecho Barreiros-Porto onde não havia o equipamento (Itararé, João Ribeiro, Nossa Senhora de Lourdes, Pinheiro Machado e Terminal Porto).

UM PROJETO MUITO FELIZ DA EMTU

Durante o ato, em Santos/SP, os engenheiros Jean Pejo, diretor da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF); Carlos Romão Martins, da EMTU; Pedro Machado, presidente da AEAMESP, e Luiz Carlos Pereira Grillo, da EMTU

A AEAMESP participou da solenidade, representada por seu presidente, engenheiro Pedro Machado. Ele disse: “Sobre o projeto em si, na parte já implantada, o que eu tenho a dizer é que a EMTU foi muito feliz em sua concepção, conseguindo fazer um aproveitamento adequado da antiga faixa ferroviária, obtendo disso o máximo nível de segregação, o que facilita uma melhoria de desempenho do sistema. E é preciso sublinhar que não se fez um uma segregação agressiva. Tudo é feito com grama sobre a via, as passagens em nível são todas bem sinalizadas. Há uma ciclovia acompanhando a linha. Ficou um cartão postal”

Ele sublinhou que a segunda vai ao centro velho de Santos, chegando à região do Valongo. É uma linha circular, que começa e termina na conexão com a o trecho já implantado. “Neste trecho, o VLT não terá segregação; o bonde conviverá com o tráfego normal de veículos. Vai passar pelos pontos mais importantes do centro histórico da cidade e contribuirá para a requalificação urbana de toda aquela área”.

Cooperação do Metrô-SP. Pedro Machado também fez questão de destacar o papel relevante do Metrô-SP no projeto, mais uma vez, atuando como agente técnico a assessorar o Governo do Estado de São Paulo e a EMTU. “O projeto contou, entre outros profissionais, com a atuação dos engenheiros Luiz Carlos Pereira Grillo e Carlos Romão Martins, que emprestaram ao projeto do VLT da Baixada sua expertise profissional e a experiência angariada em muitos anos de atuação no Metrô-SP, o que, sem dúvida, tem contribuído para o êxito deste novo empreendimento”.

OBRAS DEVEM DURAR 30 MESES

Com oito quilômetros de extensão, o segundo trecho do VLT terá 14 estações, a partir da estação de transferência Conselheiro Nébias, distribuídas ao longo do centro histórico de Santos, Mercado Municipal e estabelecimentos importantes de ensino superior da Baixada Santista. Serão elas: Xavier Pinheiro, Universidades 1, Mercado, Paquetá, Poupatempo, Mauá, São Bento, Valongo, José Bonifácio, Bittencourt, Campos Sales, Universidades 2, Carvalho de Mendonça e Tamandaré.

Segurança.  A operação das portas-plataforma nas estações Itararé, João Ribeiro, Nossa Senhora de Lourdes, Pinheiro Machado e Terminal Porto completa a instalação do equipamento nas 15 estações do trecho Barreiros-Porto do VLT. O investimento total foi de R$ 40 milhões.

As portas-plataforma protegem a via férrea e têm o funcionamento sincronizado com o movimento de abertura e fechamento das portas do veículo. Possuem várias funções, dependendo do local onde são instaladas, como prevenir queda de usuários na via; reduzir o perigo de arraste ou impacto, especialmente dos trens que passam em alta velocidade; melhorar o controle climático da estação; aumentar a segurança, ao não permitir que entrem nas plataformas pessoas não autorizadas; e evitar que os usuários joguem lixo na via.

Os VLTs entregues são os últimos dos 22 contratados. Assim como os demais, possuem 2,65 m de largura por 44 m de comprimento e 3,20 m de altura; capacidade para 400 usuários; velocidade média de 25 km/h (a máxima é de 80 km/h); ar-condicionado e piso 100% baixo, permitindo a movimentação de usuários com dificuldade de locomoção.

Manutenção.  Os equipamentos entregues em 26 de janeiro de 2018 são um vagão-plataforma, um carro auxiliar de via e um veículo auxiliar de manutenção de rede aérea. O vagão-plataforma será utilizado para o transporte de materiais, peças e equipamentos entre o pátio de estacionamento e manutenção do Porto e a linha do VLT e vice-versa.

O veículo auxiliar de via presta diversos serviços ao longo do trecho, principalmente para deslocamento rápido de emergência e resolver algum tipo de ocorrência técnica nos equipamentos, transportando ferramentas, instrumentos e pessoal técnico na cabine. Ele transitará no modo rodoviário, vencendo desníveis e curvas característicos das vias urbanas.

Já o veículo auxiliar de manutenção de rede aérea, por sua vez, executa inspeção e medição no sistema de rede aérea, constituído de fio de contato, alimentador e suspensório e de seus acessórios, principalmente, na troca de fio de contato e de seu tensionamento. O aparelho transita no modo rodoviário e também rodoferroviário, sobre caixas de passagem elétricas, aparelhos de mudança de via (AMV) e contadores de eixos, entre outros, sem danificá-los ou alterar as características de funcionamento.