T39 – Estação Itaquera: dilemas, desafios e potencialidades espaciais para o desenvolvimento urbano integrado

Descrição: Por meio de uma discussão bibliográfica atual do tema, de análises gráficas da morfologia urbana da área da estação de metrô Corinthians-Itaquera, e de um cenário urbano desenvolvido por meio da “pesquisa por projeto” objetiva-se discutir o papel estratégico na contemporaneidade do desempenho espacial em áreas de estações e no correspondente ordenamento territorial e desse modo impulsionar o desenvolvimento urbano integrado e sustentável de um polo urbano. Pesquisa por projeto é entendida como uma investigação acadêmica, ou seja, um projeto é explorado como um método de pesquisa pelo desenvolvimento de um projeto. A pesquisa por projeto pode fornecer uma solução para uma classe de problemas e propor novas formas de pensamento. Nesse contexto o projeto tem grandes chances de gerar novos conhecimentos ou habilidades alternativas de desenho urbano. O estudo apresentado para a estação Itaquera e seus arredores manifesta o compromisso de criar uma cena diversa, verdadeiramente urbana. Mais que um desafio projetual, é a discussão da prática da visão de conjunto e da composição de um nó de transporte em lugar. O projeto urbano pelo núcleo da estação como núcleo catalisador do desenvolvimento urbano do seu entorno é uma estratégia projetual, um ponto integrador para a construção de uma cidade espacialmente equilibrada, sustentável e resiliente. Pretende-se com a discussão do cenário Itaquera a reformulação sensível de um ambiente já existente; “descobrir e preservar suas imagens fortes, resolver suas dificuldades perceptivas e, acima de tudo, extrair a estrutura e identidade latentes na confusão” ou até mesmo na criação de uma figura nova. É desafiador analisar as características naturais na área e decidir se esses elementos serão um guia para a nova estruturação urbana em função da intensidade e da escala de desenvolvimento que lhes serão aplicadas. Ainda é desafiador pensar além do lote (um dilema espacial), do fragmento sem conexões urbanas e da paisagem. É desafiador descobrir as oportunidades e problemas espaciais, elementos críticos da figura e as inter-relações das partes, suas qualidades, defeitos e suas possiblidades de transformação. É desafiador achar uma linguagem comum no exercício projetual. Entretanto, o projeto arquitetônico é um processo de desenvolvimento que necessita simultaneamente de racionalidade e criatividade, baseando-se em uma ampla gama de conhecimentos e experiências no que se refere aos aspectos técnicos, práticos e culturais. “Um domínio ‘interino’: amplo e multidisciplinar: tradicional e inovador, se estendendo em domínios das Ciências Técnicas, por um lado, e as das Artes, por outro” Por fim, será debatido o instrumento urbano inovador que possa dar viabilidade para a superação dos dilemas espaciais de escala local: Masterplan Local. Esse é entendido como o instrumento urbano que transcende diferentes escalas e instrumentos urbanos. É um esquema de coerências, sobretudo entre os usos, densidades e sistemas de comunicação, que depois é negociado entre as partes envolvidas para ser ajustado tanto ao nível do plano estrutural como nos planos especializados. É portanto, um instrumento flexível que permite a articulação dos projetos, a superação dos dilemas espaciais reverberando então a evolução intensa do território onde a estação é o núcleo catalisador do desenvolvimento urbano.

 

AUTORES:

Yara C L Baiardi – Uniso

Angélica Alvim

Apresentação

Artigo

Sobre

A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, fundada em 14 de setembro de 1990, é uma entidade de fins não econômicos que agrega engenheiros, arquitetos, geólogos e outros profissionais de nível superior, devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia – CREAs e de Arquitetura e Urbanismo – CAUs.