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Em entrevista ao telejornal SP2, da Globo, o vice-presidente da AEAMESP, Ayrton Camargo e Silva, destacou a importância do trólebus como transporte limpo para grandes centros

Em matéria que tratava das três linhas de trólebus da cidade de São Paulo com maior número de falhas, o jornalista que comanda o telejornal SP2, da Globo, José Roberto Burnier, explicou que a rede de trólebus foi instalada 1949 e que o auge do sistema aconteceu em 1999, quando 30 linhas operavam na cidade, contando para isso com 561 veículos.

O jornalista informou que esse número caiu muito. Hoje são nove linhas, com 201 ônibus. Disse também que a gestora do sistema de transporte na cidade – a São Paulo Transportes (SPTrans) – informou ter modernizado a rede em 2020 e que não existem planos de expansão nem de desativação a curto prazo.

Burnier enfatizou este ponto porque, recentemente, houve manifestação pública do prefeito paulistano, Ricardo Nunes, sobre sua intenção de erradicar os trólebus na cidade, alegando tratar-se de um modal antigo e custoso.

AYRTON CAMARGO DEFENDEU OS TRÓLEBUS

Na sequência da reportagem, Burnier introduziu a entrevista concedida pelo vice-presidente da AEAMESP, arquiteto, urbanista e historiador Ayrton Camargo da Silva, que defendeu a permanência do sistema de trólebus como “uma opção viável e segura, se instalada de forma correta”.

Em seu depoimento, Ayrton afirmou que o trólebus constitui uma tecnologia que se destaca por ser absolutamente limpa, do ponto de vista da emissão de gases; por trepidar menos, já que as suas acelerações e desacelerações são mais constantes, e por ter um nível de emissão de ruído muito inferior àquele emitido por motores convencionais, a diesel ou gasolina.

Ayrton salientou que a forma correta de aproveitar os benefícios do trólebus é colocá-lo para operar em corredores apropriados. “O trólebus exige uma faixa exclusiva, para que ele não precise disputar o espaço viário com o restante dos veículos”.

Na visão do vice-presidente da AEAMESP o trólebus é uma tecnologia elétrica por ora mais madura que a dos ônibus a bateria. Ele explicou que o ônibus a bateria ainda exige muito espaço interno para acomodar esses dispositivos de armazenamento de energia.

E sublinhou que o tempo de vida útil da bateria ainda é consideravelmente menor que o tempo de vida útil da carroceria do ônibus. “Então, nos parece que a tecnologia da bateria precisa avançar bastante para dar confiabilidade operacional e, ao mesmo tempo, para ter uma vida útil proporcional àquela que apresentam os chassis dos ônibus”, disse, completando com a afirmação de que essa proporcionalidade é hoje assegurada no caso dos trólebus.

Burnier finalizou a matéria, informando que a Prefeitura da capital estabeleceu como meta trocar 20% da frota a combustão por ônibus elétricos até 2024, o que significará promover a troca de 2.600 veículos diesel por elétricos. Hoje há 18 ônibus elétricos a bateria circulando na cidade.

Veja o programa. A reportagem começa aos 7 minutos e 13 segundos. Talvez seja preciso cadastrar-se no sistema da emissora

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