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O governo estadual assumir a obra é o modo mais rápido de implantar da Linha 6 – Laranja, segundo entendimento da Frente Parlamentar em Prol do Transporte Metroferroviário

A  Frente Parlamentar em Prol do Transporte Metroferroviário (FTRAM) enviou sugestão ao Governo do Estado de São Paulo no sentido de o processo de implantação da Linha 6-Laranja ser assumido pela Companhia do Metropolitano de São Paulo.

O caminho mais curto para que a Linha 6 – Laranja seja construída e possa rapidamente prestar serviços a população é justamente o Governo do Estado de São Paulo assumir o empreendimento logo após a rescisão do contrato com o atual consórcio, que enfrenta problemas de inadimplemento. O governo estadual conta com financiamento já contratado com o BNDES e tem plenas condições de buscar novos recursos e iniciar processo técnico de licitação.

Esse é o entendimento majoritário da Frente Parlamentar em Prol do Transporte Metroferroviário (FTRAM) expresso no dia 25 de abril de 2018, na Universidade Paulista (UNIP), campus Marquês de São Vicente, em São Paulo/SP, durante a primeira reunião itinerante do organismo. O encontro teve como pauta exatamente a discussão sobre a retomada das obras na Linha 6-Laranja do Metrô-SP. As obras foram paralisadas em 5 de setembro de 2016, quando a concessionária Move São Paulo, formada pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, anunciou a suspensão dos trabalhos por falta de recursos.

Posteriormente à reunião, a FTRAM enviou sugestão ao Governo do Estado de São Paulo no sentido de o processo de implantação da Linha 6-Laranja ser assumido pela Companhia do Metropolitano de São Paulo.

A reunião foi presidida pelo deputado estadual João Caramez, coordenador da FTRAM e teve uma exposição do coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Celso Jorge Caldeira. O arquivo com a exposição está disponível ao final desta matéria. O presidente Pedro Machado representou a AEAMESP no encontro.

Multas e rescisão iniciada. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, foram aplicadas três multas num total de R$ 72,8 milhões à concessionária Move São Paulo, além de seis outros processos que somam R$ 43 milhões. Em sua explanação, Caldeira explicou que o Estado iniciou o processo de rescisão contratual com a concessionária Move São Paulo. No ano de 2015, a Move São Paulo estava com a obrigação de construir e operar a Linha 6-Laranja e, em três anos, executou apenas 15% da obra. Em setembro de 2016, a construção da Linha 6 foi suspensa.

O deputado João Caramez disse que caso o rompimento do contrato seja efetivado, o governo do Estado deverá assumir a gestão da infraestrutura. A sugestão foi aplaudida pelos participantes que não querem mais ver os canteiros abandonados. A comunidade ressaltou que a medida é fundamental até o Estado definir alternativas para o projeto e abrir um novo processo de licitação. Segundo os moradores, problemas nos setores de saúde e segurança são frequentes em virtude do abandono dos canteiros de obras.

Características. A Linha 6-Laranja terá um trajeto com 15 km de extensão, com as estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompéia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim, atendendo em média 600 mil pessoas diariamente. A linha fará conexão com outras linhas da CPTM e do Metrô e com a Linha 4-Amarela.

“Esta é uma linha importante que ligará o Centro da capital à Brasilândia e à Freguesia do Ó, na Zona Norte, passando pela Zona Oeste, e terá estações próximas a universidades. É importante que as comunidades, famílias, estudantes e educadores saibam as medidas adotadas pelo Governo do Estado na luta para retomada da obra”, disse o deputado Caramez.

Presença. Além do presidente da AEAMESP e do deputado João Caramez, participam do encontro o diretor da Associação Latino Americana de Ferrovias (ALAF), Jean Pejo; o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate; o coordenador da Linha 6 – Laranja, Carlos Alberto Fernandes; Leandro Silva, membro do Fórum Pró-Metrô Freguesia do Ó- Brasilândia, o professor José Manoel Ferreira Gonçalves, coordenador de Pós-graduação do Curso de Infraestrutura da UNIP, e a professora Regina Cavalieri, diretora da UNIP- Marquês de São Vicente.

Veja a apresentação de Celso Jorge Caldeira em PDF