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Painel da 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária discutiu como recolocar o Brasil nos trilhos

Emiliano Affonso, João Caramez e Frederico Bussinger

Emiliano Affonso, João Caramez e Frederico Bussinger

“As sugestões propostas durante a Semana de Tecnologia Metroferroviária deveriam ser enviadas aos centros de decisão na área da mobilidade e a Associação dos Engenheiro e Arquiteto de Metrô – AEAMESP deveria participar mais das discussões e também cobrar resultados”, disse Frederico Bussinger, ex-secretário de Transportes da administração municipal paulistana e atualmente consultor e assíduo participante dos eventos realizados pela AEAMESP, ao questionar o resultado prático dos debates realizados durante a 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, realizada em São Paulo de 13 a 16 de setembro em São Paulo.

No entender de Bussinger, as promessas feitas durante os debates deveriam ser cobradas nas edições seguintes. Chegou a sugerir um levantamento de todas as promessas feitas nas últimas cinco edições da Semana de Tecnologia Metroferroviária e chamar para o próximo Congresso, que será realizado de 12 a 15 de setembro de 2017, as autoridades que as fizeram para mostrar o que avançou e explicar às que não avançaram. “Lamento que assuntos tão importantes para as metrópoles, como a mobilidade urbana, o transporte público e a logística não encontrem espaço na mídia.  Um evento como este deveria estar no centro dos debates nacionais”, reforçou.

Bussinger participou do painel Recolocar o Brasil nos trilhos, realizado no dia 16 de setembro e que reuniu experientes especialistas em economia, política, engenharia e administração para fazer sugestões visando colocar o País nos trilhos do desenvolvimento econômico e de como avançar com eficiência contribuindo com a mobilidade urbana.

José Manuel Ferreira Gonçalves e José Eduardo Castelo Branco

José Manuel Ferreira Gonçalves e José Eduardo Castelo Branco

José Eduardo Castelo Branco, subsecretário de Planejamento Estratégico e Modernização Fazendária do Rio de Janeiro defendeu uma reforma tributária que ofereça incentivos fiscais aos investimentos em projetos de mobilidade, além de desonerar os financiamentos, como zerar o ICMS das obras. Ele citou estudos que mostram que o Brasil está em 120º lugar em investimentos em infraestrutura com o equivalente a 1% do PIB.

José Manuel Ferreira Gonçalves, professor de pós-graduação da Universidade Paulista – UNIP mostrou-se indignado com a forma como a mobilidade urbana é tratada pelas autoridades, criticou a falta de projetos e a paralisação das obras por anos e o não cumprimento dos prazos. Ele disse que não consegue entender e muito menos explicar como uma cidade como São Paulo fez em 42 anos apenas 74 quilômetros de metrô. “Como uma empresa assume uma PPP, do porte da Linha 6 Laranja não coloca recursos próprios para cumprir a sua parte no contrato e paralisa a obra porque o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES não foi aprovado”, terminou dizendo que “é preciso colocar o dedo na ferida”.

O deputado estadual João Caramez (PSDB-SP) levou aos participantes do debate uma boa notícia. Acaba de ser criada na Assembleia Legislativa de São Paulo uma Frente Parlamentar em prol do transporte metroferroviário e convocou a AEAMESP para participar da primeira reunião que seria ainda marcada.

Caramez citou outra frente parlamentar criada por ele sobre hidrovias e que funciona em reuniões periódicas reunindo os interessados nas discussões com os deputados.