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Nova Carta Manifesto condena a substituição do sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá e Várzea Grande por um corredor de ônibus

Firmaram o documento cinco entidades:  Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP),  Associação Latino-Americana de Estradas de Ferro (ALAF),   Instituto de Engenharia de São Paulo (IE) e Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE)

Uma segunda Carta Manifesto, firmada por cinco entidades — Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP),  Associação Latino-Americana de Estradas de Ferro (ALAF),   Instituto de Engenharia de São Paulo (IE) e Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE) — afirma que “no melhor interesse público, zelo da coisa pública e melhor uso dos recursos públicos”, o edital sobre a implantação de um sistema de BRT (Bus Rapid Transit), com operação de ônibus, interligando as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, “deve ser cancelado” e as obras do sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) já parcialmente implantando, devem ser  “imediatamente retomadas e concluídas”.

PONTOS NEGATIVOS

Após argumentação circunstanciada, na parte conclusiva, a Carta Manifesto apresenta 12 aspectos negativos para condenar a tentativa de implantação o BRT. Em linhas gerais, esses pontos sustentam que a ideia do sistema de BRT não está convenientemente concebida e projetada.

O documento diz que o sistema de BRT proposto “não melhorará a mobilidade urbana de Cuiabá, Várzea Grande e sua integração, ao contrário” e que não é efetivamente um BRT, mas, sim, “uma faixa exclusiva para o transporte público”.

Assevera que a proposta não dispunha de projeto básico quando da tomada de decisão pela troca de modal, não dispunha dos projetos de desapropriações e não tinha as necessárias licenças prévias ambientais por ocasião do lançamento do edital. “Não precisaria ter lançado como RDCI [Regime Diferenciado de Contratação Integrada], tivesse, ao menos, as licenças prévias e projeto básico”, frisa a Carta Manifesto.

Outros pontos criticados: [o BRT] não requererá apenas R$ 430 milhões de investimentos, mas sim R$ 820 milhões, “quase o dobro”; não seria mais barato que a conclusão do VLT (pelos valores apresentados pelo Governo); não terá uma tarifa de R$ 3,04, mas sim em torno a R$ 5,70, portanto, superior à do VLT.

E mais: a ideia não se enquadra como um BRT de fato, o que comprometerá sua financiabilidade; não dispunha de todos os elementos técnico-operacionais e valores para propor uma mudança de modal, e não ficaria pronto em 24 meses, mas sim em 50 meses, portanto, não estará disponível para uso da população antes de meados de 2025.

DEFESA DO VLT

Carta Manifesto é enfática quanto à necessidade de conclusão e colocação em operação do sistema de VLT parcialmente construído: “Sim, é a melhor alternativa para a mobilidade urbana de Cuiabá, Várzea Grande e sua integração”.

O documento afirma que o projeto do VLT possui todos os pré-requisitos de licença ambiental, projetos básico e executivo, e projetos de desapropriações. E que se trata de “um modal mais seguro, eficiente, moderno e transformador urbanístico que o BRT”, sendo também mais barato concluí-lo do que substituí-lo pelo BRT proposto.

Afirma ainda que a  tarifa do VLT será menor que a do BRT, e que o governo dispunha, em caixa,  saldo de financiamento pré-aprovado, de todo o valor necessário para concluir o VLT, e deverá ficar pronto antes que o BRT ficaria.

Por fim, sublinha que o VLT é construído para operar por 30 anos, renováveis, enquanto o BRT não tem condições de operar por mais de 10 ou 12 anos.

Leia a nova Carta Manifesto

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