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Os resultados da produção de equipamentos de transporte em 2022, em especial da indústria ferroviária

Primeira à esquerda na fila da frente, a presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva, integrou grupo que participou do Seminário do Simefre. 

 

Na manhã de 21 de novembro, no edifício sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na Avenida Paulista, realizou-se o Seminário Anual de 2022 do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE). A presidente da AEAMESP, engenheira Silvia Cristina Silva, acompanhou o encontro. Também representou a AEAMESP o conselheiro Pedro Machado. O vídeo com a gravação de todo o encontro pode ser acessado a partir de link ao final do texto.

Como acontece tradicionalmente, os trabalhos foram abertos com exposição inicial do presidente do SIMEFRE, José Antônio Fernandes Martins. Em seguida, houve relatos a respeito dos resultados e das perspectivas dos diferentes setores que compõem a entidade – ônibus, motocicletas, bicicletas, partes e peças de veículos de duas rodas e a indústria ferroviária. Houve ainda conferências de convidados especiais.

Além de diretores e dirigentes do SIMEFRE, compuseram a mesa do encontro o engenheiro e professor Jurandir Fernandes, dirigente de honra da União Internacional de Transportes Públicos (UITP); o deputado federal General Peternelli, que faria na parte final do encontro uma exposição sobre o tema Ações legislativas para a Indústria e a Educação, e o deputado estadual de Santa Catarina Milton Hobus.

O economista Antônio Lanzana, fez uma explanação sobre o momento atual da economia brasileira e as expectativas e desafios para 2023. O diretor-presidente da ViaQuatro e ViaMobilidade, engenheiro Francisco Pierrini, fez uma exposição a respeito do tema CCR – Investimentos na área de Infraestrutura, transportes, metrô, rodovia e ferrovia.

No vídeo, a exposição de Francisco Pierrini pode ser vista a partir da marcação de tempo 3:05:42. 

Pierrini, Jurandir Fernandes e Martins

Abate e Meirelles criticaram a falta de política industrial para o setor capaz de impedir altos e baixos na produção

Vicente Abate, diretor do Simefre e presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviárias (ABIFER), iniciou seu relato destacando que houve redução na produção de vagões de carga entre 2014, quando foram fabricadas 4.703 unidades, até 2019, quando foram produzidos 1.006 vagões. A partir de 2020, observou-se a retomada do crescimento, com a produção, naquele ano, 1.672 unidades, e, em 2021, de 1.800 unidades.

Contudo, o ano de 2022 deverá terminar com a produção de apenas 1.250 vagões, enquanto a previsão para 2023 é de fabricação de um total entre 1.500 e 2.000 unidades — sendo 1.000 vagões completos, representando uma queda de 20% em relação aos 1.250 vagões de 2022. A esse total, se somarão de 500 a 1.000 caixas de vagões de um programa de uma das concessionárias para renovar a frota; tal programa poderá persistir por quatro anos. A capacidade instalada do setor no Brasil possibilita a produção de 12.000 vagões por ano.

Na visão de Vicente Abate, esse quadro em que se observa a produção subindo e descendo ao longo do tempo não é bom. “É mau para a indústria, porque, tanto na queda como na subida nós temos problemas para dimensionar a mão de obra, para abastecimento. São custos financeiros adicionais que a indústria enfrenta e que repassa naturalmente aos seus produtos”, disse.

No vídeo, a participação de Vicente Abate pode ser vista a partir da marcação de tempo 1:24:31.

SIMEFRE HOMENAGEIA ABIFER PELOS 45 ANOS

Abate e Martins

Logo após a participação de Vicente Abate, o presidente do Simefre, José Antônio Fernandes Martins, anunciou que sua entidade faria uma homenagem à ABIFER, entregando a seu presidente uma placa alusiva aos 45 anos dessa associação.

Na placa está escrito: “45 anos da ABIFER, trilhando o desenvolvimento. O reconhecimento do Simefre pelo notável e dedicado trabalho da Diretoria da ABIFER, presidida pelo companheiro Vicente Abate, em prol do desenvolvimento da Indústria Ferroviária e da Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade de nosso País”.

TRENS DE PASSAGEIROS

Meirelles

Ricardo Meirelles, delegado do Simefre, mostrou que para uma capacidade produtiva instalada de 1.200 unidades, a indústria ferroviária nacional de carros de passageiros não produziu uma unidade sequer em 2022. Desde 2011, o setor enfrenta oscilação de demanda, com o seguinte desempenho anual: 2011 (336), 2012 (207), 2013 (219), 2014 (374), 2015 (322), 2016 (473), 2017 (312), 2018 (312), 2019 (99), 2020 (72), 2021 (35) e 2022 (zero). A previsão para 2023 é de produção de 291 unidades.

“É impossível a indústria sobreviver a este ciclo de altos e baixos, picos e vales. No caso da indústria ferroviária de passageiros, há nove anos, já completando dez anos em 2023, não tivemos uma única licitação para compra de trens de passageiros”, disse o dirigente.

No vídeo, a participação de Ricardo Meirelles pode ser vista a partir da marcação de tempo 1:43:31.

Acesse o vídeo com a gravação completa do seminário

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