fbpx

Plano Integrado de Transportes Urbanos 2040 (PITU 2040) será conhecido ainda em 2023

Alberto Epifani

Ainda em 2023 deverá ser conhecido o Plano Integrado de Transportes Urbanos 2040 (PITU 2040), elaborado pelo governo paulista e referente à Região Metropolitana de São Paulo. A informação foi prestada pelo coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, Alberto Epifani, ao representar o secretário dessa pasta do governo paulista, Marco Antônio Assalve, nas solenidades de instalação e de encerramento da 29ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.

Segundo Epifani, o PITU 2040 já deveria estar concluído, mas o governo paulista decidiu retardar o processo de planejamento do transporte urbano na área metropolitana da capital, em razão do impacto da pandemia sobre o setor, com a perda que já foi de 23% dos passageiros transportados nos sistemas administrados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (Metrô, CPTM e EMTU) em comparação com o volume observado em 2019. Em setembro de 2023, a perda seria de 19% e, segundo especialistas, poderá melhorar, reduzindo-se a 10%.

Com a decisão houve uma mudança significativa da Pesquisa Origem-Destino (O-D), conforme explicou Alberto Epifani. Ele lembrou que, normalmente, as Pesquisas O-D referentes à Região Metropolitana de São Paulo são feitas em anos terminados com o algarismo 7. Tudo começou em 1967 e desde então, a cada dez anos, a pesquisa é refeita. Além disso, mais recentemente, adotou-se a prática de realizar uma pesquisa de aferição de parâmetros cinco depois da cada Pesquisa O-D; elas aconteceram em 2002 e 2012.

Estava programada a pesquisa de aferição de parâmetros para 2022, mas em função do impacto da pandemia, decidiu-se fazer uma nova Pesquisa O-D completa, como aquelas feitas em anos terminados com o algarismo 7. Serão 36 mil pesquisas domiciliares. E a partir disso, se redesenhará a rede de transporte estrutural de alta e média capacidade na região metropolitana de São Paulo.

Quando surgiu notícia da feitura de uma Pesquisa O-D completa, a Secretaria de Transportes Metropolitanos estava concluindo o PITU 2040. “Foi preciso suspender o contrato para a realização desse trabalho para compreender a situação. Fizemos algumas revisões. Acabamos de retomar esse contrato agora nesta semana e provavelmente entregaremos a rede até o final deste ano. Portanto, o PITU 2040 vai estar pronto até o final deste ano”, disse Epifani.

DEFESA DA EXPANSÃO DA REDE

Na parte final de sua exposição, Alberto Epifani defendeu a expansão da rede metroferroviária, explicando que os investimentos nesse campo representam apenas uma pequena parcela da economia gerada para o Estado – e para a sociedade – com as chamadas externalidades positivas que trens e metrôs ocasionam. Ele explicou que tais externalidades são oque se deixa de emitir em termos de poluição do ar e o que se deixa de gastar com as nefastas consequências da poluição para a saúde pública. E também em razão da diminuição de ocorrências de trânsito e de seus custos em termos de internações e perda de dias de trabalho.

Em 2020, a economia anual proporcionada pelo Metrô de São Paulo foi de R$ 11,7 bilhões e da CPTM, de R$ 11,3 bilhões. Com 10% da soma desses dois desses valores – algo como R$2,3 bilhões – seria possível construir pelo menos dois quilômetros de metrô, que custariam, cada um, a preços atuais, R$ 1 bilhão. Dois quilômetros equivalem à média histórica anual internacional de implantação de linhas de metrô, inclusive naqueles normalmente situados entre os principais sistemas: os de Londres e de Paris.

Deixe um comentário