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T65 – Organizações de alta confiabilidade (HRO): podemos dizer que operadoras de sistemas metroferroviários são uma HRO?

Descrição: A medida em que forças advindas da globalização e inovação elevam os níveis de diversidade cultural e tecnológica dentro e entre as organizações, suas interações se tornaram mais dinâmicas e complexas, sua capacidade de adaptação a ambientes em mudança e a capacidade de indivíduos e grupos de compreender as situações em que participam se tornam cada vez mais importantes. A maioria das organizações estão buscando maneiras de prover aos seus colaboradores a oportunidade de desenvolver conhecimentos, descobrir e corrigir erros e aplicar seu aprendizado a cada novo problema que é chamado de “Organizational competence collective mindfulness”. Com isso, a capacidade de grupos e indivíduos de ter uma consciência aguda significativos de detalhes além de outras capacidades organizacionais, a atenção plena pode ser desenvolvida através de práticas organizacionais e de liderança eficazes. Weick (1999) em seus estudos em organizações, nos apresenta o Sensemaking sendo como uma apreciação da natureza altamente tácita e distribuída do conhecimento organizacional, bem como das práticas sociais complexas através das quais esse conhecimento se desenvolve. Weick também afirma que o Sensemaking se diferencia da interpretação, pois se pauta no modo como as pessoas geram o que elas interpretam, sendo considerado um processo ou uma atividade. A confiabilidade da Organização e do Sistema pode ser fornecida através de um desempenho confiável e seguro se a organização iniciar uma reestruturação baseada em requisitos completos relacionados à atenção plena. Em geral as pessoas se referem as Organizações de Alta Confiabilidade HRO ou têm em mente as Usinas de Geração de Energia Nuclear (Marcus, 1995; Bourrier, 1996), Operadoras de Aeronaves Navais (Rochlin et al, 1987), Sistemas de Controle de Tráfego Aéreo (La Porte, 1988) e Ônibus Espaciais (Vaugham, 1987). Características da HRO serão apresentadas de como elas gerenciam: Tecnologias de alta complexidade, sucesso e sobrevivência; Segurança e confiabilidade; Organização interna altamente complexa; Consequências Catastróficas. Algumas abordagens inspiradas em HRO são como encorajar o ceticismo, relatar quase erros/acidentes, encorajar a cultura de relatar falhas, a crucial importância da comunicação, reconhecer que os sistemas são complexos, aumentar a visibilidade do sistema e planejar o pior cenário possível. Em um mundo dinâmico e incognoscível, pode-se presumir que se organizar de maneira análoga à das HRO seria do interesse da maioria das organizações. Entretanto, muitas das tentativas das organizações tradicionais falharam devido a demonstrar pouca consciência de que tipo de infraestrutura é necessária para suportar um desempenho de alta confiabilidade. Todas as organizações de alto desempenho têm como objetivo a consistência, a qualidade e a capacidade de resposta das melhores HROs. No entanto, à medida que são levados a diminuir a folga de suas operações através de downsizing, fusões, redução de recursos ou implantação de tecnologias complexas de computação distribuída, essas mesmas organizações correm o risco de uma série de falhas (Weik et al, 1999). O Autor também menciona que os Sistemas metroferroviários possui sistemas, subsistemas técnicos e métodos operacionais que estão se tornando cada vez mais complexos para transportar seus usuários e mercadorias em um determinado momento, em busca de redução de seus custos, minimizando a manutenção e transportando com mais eficiência. Por estas razões, o aumento da velocidade e/ou capacidade tem sido o maior desejo em alcançar um desempenho operacional robusto. Mas, as características inerentes ou naturais das ferrovias criam barreiras substanciais para isso. Assim, o autor baseado no conhecimento de HRO pretende em sua palestra apresentar respostas para as seguintes questões: 1. Uma Operadora Metroferroviária é caracterizada como uma HRO? 2. Uma Operadora de Sistema Metroferroviário pode tornar-se uma organização de alta confiabilidade? Se sim, uma nova questão surge, Como Operadores Metroferroviário podem aplicar os conceitos da Organização de Alta Confiabilidade?

AUTORES:

Fabio Tadeu Alves – Metrô SP

Apresentação